Português: 18/05/12

sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Com quem eu quero", Miúda


Episódio do Sarau da Trindade

1. Objetivos
  • Ajudar as vítimas das inundações do Ribatejo;
  • Apresentar um tema querido da sociedade lisboeta: a oratória;
  • Criticar o Ultrarromantismo que encharcava o público;
  • Reunir novamente as várias camadas das classes mais destacadas, incluindo a família real;
  • Proporcionar um contraste entre um clima de festa e um clima de tragédia.

2. Ambiente
  • Espaço físico: Teatro da Trindade.
  • Espaço social: alta sociedade lisboeta analisada através de tipos sociais.
  • Caracterização da sociedade: inculta, estática e superficial, deformada pelos excessos e lugares comuns do Ultrarromantismo.

3. Temas tratados

a) Oratória

1. Oradores

     1.1. Rufino:
  • "vozeirão túmido, garganteado, provinciano, de vogais arrastadas em canto" - tom altissonante;
  • temas da sua alocução: a caridade, o progresso, a fé, Deus, a sua aldeia, a imagem do "Anjo da Esmola";
  • revela falta de originalidade:
- recorre a lugares comuns e a imagens de origem duvidosa (a imagem do «Anjo da Esmola», que estendera as suas asas benfazejas sibre os deserdados das inundações destruidoras das belas aldeias onde antes o rouxinol trinava);
 - faz uso de chavões retóricos e lirismos banais em torno da caridade e da fé;
  • a sua retórica é oca e balofa;
  • é adulador (volta-se constantemente para a zona das cadeiras reais, considera que a salvação reside no trono de Portugal: "... vir aquele pulha pôr-se ali a lamber os pés à família real...");

     1.2. Alencar - poeta ultrarromântico
  • esguio, sombrio e pensativo;
  • olhar encovado e lento;
  • melancólico, solene e pomposo;
  • tema proposto: a democracia (romântica);
  • utiliza os habituais bordões / chavões líricos ultrarromânticos: o luar, os vastos arvoredos, o amor, os segredos;
  • sustenta um excessivo lirismo carregado de conotações sociais:
- "... a severa ideia social da Poesia...";
- "... uma mulher macilentae, farrapos, chora, aconchegando ao seio magro o filho que pede pão...";
- "... estes humanitarismos poéticos.";
- "... daquele lirismo humanitário e sonoro.";
  • o seu discurso está desfasado da realidade: "A sala permanecia muda e desconfiada.";
  • ataca frontalmente
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