Português: 31/05/13

sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Pastores de Nuvens"

A imagem representada intitula-se “Pastores de Nuvens”, é um cartoon realizado em 2003 e faz parte da obra Água com humor.
            Na figura ilustrada, em primeiro plano observa-se um céu com alguns aglomerados de nuvens bastante carregadas, com tons de azul-escuro e cinzento, umas gotas de água que estão a cair em três recipientes circulares, aparentemente móveis e caracterizados em tons frios de branco. Visualizam-se também dois homens a olhar para o céu, sendo um deles bastante idoso e estando vestido com uma batina e uns chinelos e a pegar numa bengala tão longa que toca as nuvens. O outro homem está vestido com umas calças rasgadas e uma camisola e está também a pegar numa bengala. Observa-se ainda um solo estéril e deserto. Em segundo plano, avistam-se mais pessoas sentadas, idosas, a praticarem a mesma atividade. Toda a imagem é caracterizada por tons frios, escuros e neutros.
Este cartoon tem humor, pois de uma forma menos severa, transmite a sua mensagem. O cartoon tem como intencionalidade alertar para a falta de água, para a inconsciente utilização deste recurso natural e para a desertificação. As gotas de água em pequena quantidade transmitem-nos uma ideia de seca e de escassez, assim como os solos, a idade das pessoas e os recipientes. As pessoas têm que guardar as nuvens para saírem umas pingas, como se fossem plantas ou animais. Esta ilustração relaciona-se com o poema IX de Alberto Caeiro, porque, em primeiro lugar, profere acerca de pastores e guardadores que têm significados idênticos. Em segundo lugar, expressa a ideia de sentir, seja de toque, cheiro ou sabor e, por fim, tanto no cartoon como no poema, a realidade pode ser conhecida através das sensações.
Concluindo, a figura alerta-nos sobre uma forma não agressiva e através do humor que caracteriza os cartoons, acerca da realidade que vai ser a falta de água. A imagem evidencia-nos tons frios e pessoas que aguardam pela queda de uma simples gota de água.

Ana P

«Starry Night» – Noite Estrelada


«Starry Night» é um quadro de Van Gogh, pintado em 1889, que retrata a aldeia de Saint-Rémy, no sul de França. Vincent Willem Van Gogh, um pintor pós-impressionista holandês, considerado um dos maiores de todos os tempos, nasceu em Zundert, na Holanda, no dia 30 de março de 1853, e faleceu em França em 29 de julho de 1890. Esta tela foi pintado a óleo, quando o pintor, com 37 anos, se encontrava num asilo, em França, e está exposto no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, EUA, desde 1941.
Esta pintura retrata a vista de uma janela para o exterior, neste caso para uma aldeia, numa noite de luar e céu estrelado pintado em espiral, apesar de ter sido elaborado de memória durante o dia. Em primeiro plano, observa-se um céu a escurecer/anoitecer, com constelações ou estrelas cintilantes, cheias de cor, e uma árvore enorme em tons escuros. Em segundo plano, um pouco mais longe, está a aldeia de Saint-Rémy, com algumas casas e uma igreja, um pouco mais ao lado, uma floresta. Em último plano, estão as montanhas Alpilles do sul de França.
Este panorama do quadro possui poucas cores, mas tons expressivos e fortes como o amarelo para pintar as estrelas, que são retratadas como umas manchas, e o contorno carregado da lua. No céu, as cores fortes ondulam, em formas espirais e círculos, como se tratasse do movimento do vento, com várias cores misturadas como a cor branca, o cinzento, ocre e vários tons de azul. Basicamente, este quadro possui cores escuras, pois trata-se de como o pintor via a aldeia ao anoitecer. O que chama muito à atenção de quem o aprecia são as estrelas, retratadas por manchas, e a lua, devido à sua tonalidade de amarelo. O simbolismo das estrelas pode remeter para a astrologia devido a uma crença que o do pintor. O ponto central da cidade é a torre da igreja, o ponto mais alto, que cria uma sensação de tamanho e de isolamento, isolamento devido também às montanhas.
Esta pintura mostra-nos um lado criativo e intenso devido ao uso das cores fortes, às várias espirais e círculos, mas também por ser pintado a óleo. Ao observarmos este quadro, o nosso olhar foca-se instintivamente nas estrelas, na lua e uns rasgos de luz cheios de movimento que remete serenidade e tranquilidade, fazendo-nos sentir em ‘‘casa’’ e apreciar um quadro belo e cheio de cores escuras, dependendo da interpretação que cada um possa ter, através da visualização da pintura. Remete

Bibliografia:

Ana F.
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