Português: 17/07/15

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Correção do exame nacional de Português 12.º ano (2.ª fase) - 2015

Grupo I

A

1. Para que a voz se manifeste, é necessário que quem ouve se encontre num estado de semiconsciência ou de semiacordo ("E só se, meio dormindo, / Sem saber de ouvir ouvimos" - vv. 6-7) e que não procure escutar essa voz, pois, se tal acontecer, ela cala-se ("Mas que, se escutamos, cala, / Por ter havido escutar." - vv. 4-5).

2. Segundo os dois últimos versos do poema, quando se desperta do estado de semiconsciência, por um lado, a voz do mar, que traduz a ideia de esperança, desaparece, e, por outro, o mar constitui apenas uma realidade objetiva.

3. De facto, a última estrofe convoca o mito sebastianista. Nela é visível a esperança no regresso do Rei (D. Sebastião) e, com esse regresso, a crença na possibilidade de resgatar a glória de Portugal.
     O Rei encontra-se num espaço mítico e misterioso, fora do espaço ("São ilhas afortunadas, / São terras sem ter lugar," - vv. 11-12), e aguarda o momento adequado para regressar e agir ("Onde o Rei mora esperando." - v. 13).



B


4. Maria é uma jovem
  • sebastianista e mística, pois acredita no regresso de D. Sebastião;
  • crente / religiosa, dado que evoca Deus;
  • crente em presságios e agouros;
  • curiosa, pois insiste em que Telmo lhe explique quem é a primeira figura retratada;
  • idealista e patriota, pois crê na restauração da glória da pátria a partir do regresso de D. Sebastião e da figura de Camões;
  • culta, visto que conhece figuras da política e cultura.
5. Para Maria, as duas figuras simbolizam a glória passada de Portugal e a recusa do presente de submissão a um poder estrangeiro. De facto, o Rei (isto é, o seu regresso), uma figura que ela admira, representa a esperança na restauração da grandeza perdida de Portugal (" é o do meu querido e amado rei D. Sebastião." - linhas 3-4; " que tomou a sério o cargo de reinar, e jurou que há de engrandecer e cobrir de glória o seu reino!" - linhas 5-6), enquanto Camões constitui o herói aventureiro que simboliza o ideal de poeta e de guerreiro ("Numa mão sempre a espada e noutra a pena…" - linha 16).



Grupo II

                   Versão 1            Versão 2

1.                     B                      D
2.                     A                      B
3.                     D                      C
4.                     C                      D
5.                     B                      C
6.                     A                      B
7.                     B                      A

8. "Tudo"

9. Valor restritivo

10. Função sintática: sujeito

TALIS


     A OCDE realizou um inquérito internacional sobre professores que envolveu mais de 100 mil docentes do 3.º ciclo do ensino básico e diretores de 34 países membros.
     Os resultados são... o que são.

1. Disciplina
  • Os professores portugueses perdem, em média, 25% do seu tempo a manter a ordem na sala de aula (15,7% contra 12,7 dos demais países) e a realizar tarefas administrativas, sendo o tempo realmente dedicado a ensinar de 75%.
  • Apenas dois países nos «superam» neste âmbito.
  • 4 em cada 10 professores afirmam que têm de esperar bastante tempo até que os alunos acalmem no início das aulas.
  • Um terço dos professores considera que «há demasiado barulho e perturbação na sala».
2. Pontualidade
  • 58% dos diretores declaram que os alunos chegam atrasados às aulas pelo menos uma vez por semana.
3. Crime e vandalismo
  • Os atos de vandalismo e roubo que sucedem semanalmente nas escolas portuguesas é de 7,4%, contra 4,4 em média na OCDE.
4. Álcool e drogas
  • O número de alunos que possui e usa álcool e drogas é de 3,6%, o segundo valor mais alto da OCDE, só superado pelo Brasil.
5. Horário de trabalho dos professores
  • 44,7 horas por semana é o tempo que os docentes portugueses dedicam ao exercício da sua profissão, contra 38,3, a média da OCDE.
  • Entre os países da OCDE, apenas três - asiáticos - apresentam valores superiores.
  • A média da admirada Finlândia cifra-se nas 31,6 horas.
  • Os professores portugueses despendem uma média de 9,6 horas semanais a corrigir trabalhos dos alunos, o dobro da média da OCDE.
  • 3,8 horas por semana são gastas em tarefas administrativas.
6. Reconhecimento social
  • Apenas 10% dos professores afirmam sentirem reconhecimento da sociedade face ao seu trabalho e profissão. A média da OCDE é o triplo.
  • 16% mostram-se arrependidos com a escolha profissional feita, contra 9,5% na OCDE.
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