O tema deste episódio é, portanto, a partida dos
marinheiros da praia do Restelo e a despedida dos seus familiares e amigos.
terça-feira, 5 de março de 2024
Análise do episódio das Despedidas em Belém
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
Mito pelásgico da criação
De acordo com esse mito, no início havia apenas o Caos, uma massa informe e escura. Dele brotou, nua, Eurínome, a deusa de todas as coisas, que se separou do Caos e criou o Oceano. De facto, não vendo substância em seu redor onde formar os pés, apartou o mar do céu, dançando solitária sobre as suas ondas. Ao dançar em direção a sul, gerou o Vento Norte (que se soltava por trás dela a cada passo que dava). Movendo-se, ondulante, em torno dele, estreitou-o nos braços, deixou-o deslizar-lhe por entre as mãos e, subitamente, viu diante de si Ofião, a grande serpente. Eurínome continuou a dançar, com crescente frenesim, para se aquecer, o que levou Ofião, lúbrico de natureza, a enrolar-se naqueles membros divinos e unir-se-lhe, cheio de desejo. Daí em diante, o Vento Norte, também chamado Bóreas, fecunda e, porque assim é, as éguas oferecem as suas garupas ao vento e geram potros sem a necessidade de um garanhão. O mesmo sucedeu para que Eurínome ficasse pejada.
Abra-se aqui um parêntesis para observar o seguinte. Este mito enquadra-se ou reflete um sistema religioso arcaico, no qual não existem deuses nem sacerdotes, surgindo-nos apenas uma deusa universal e as respetivas sacerdotisas. Quem domina são as mulheres, cabendo ao homem apenas o papel de sua vítima amedrontada; os conceitos de pai e de paternidade são praticamente inexistentes, ou pelo menos não eram objeto de veneração, já que se atribuía a conceção ao vento, à ingestão de feijões, ou mesmo a um inseto, engolido por incauto. Na esteira destes princípios, as heranças e a sucessão eram transmitidas pelo lado materno. Por seu turno, as serpentes eram encaradas como incarnação dos mortos. Neste contexto, Eurínome, “a grande nómada”, seria o título atribuído à deusa enquanto lua visível, e que entre os Sumérios tinha o nome de Iahu, a “pomba exaltada”, honra que mais tarde passaria para Jeová, enquanto Criador. E é efetivamente sob a forma de pomba que Marduk a divide simbolicamente em duas, no Festival da Primavera babilónio, quando inaugurava a nova ordem do mundo.
Findo o parêntesis, retornemos ao mito. Eurínome transformou-se numa pomba e pousou sofre Ofião, que se enrolou no seu corpo e a fecundou, indo ela incubar sobre a superfície das águas e, cumprido o tempo, pôs o Ovo Universal. Por ordem dela, Ofião enrolou-se sete vezes em torno desse ovo, que se rompeu e dividiu em dois. Dele nasceram, de forma desordenada, todas as coisas: o sul, a lua, as estrelas, os planetas, a terra, as plantas, os animais e os seres humanos.
Posteriormente, Eurínome e Ofião foram morar para o Monte Olimpo e reinaram sobre a criação, porém ele tornou-se arrogante e quis igualar-se-lhe, ao dizer-se o autor do Universo. Ela castigou-o, calcando-lhe a cabeça com o pé e banindo-o do Olimpo para as profundezas do Oceano.
Ofião, ou Bóreas, é o demiurgo-serpente das mitologias hebraica e egípcia, o que se reflete no facto de a imagem da deusa acompanhada por ele se encontrar na arte mediterrânica primitiva. Os pelasgos – os nascidos-da-terra –, que reivindicavam ter vindo dos dentes de Ofião, pode ser o povo, na sua origem, autor das pinturas do período neolítico, que atingiu a Grécia continental a partir da Palestina por volta do ano 3500 a.C., e que os primitivos Heládicos – imigrantes vindos da Ásia Menor através das Cíclades – foram encontrar ocupando o Peloponeso setecentos anos mais tarde. Por outro lado, o termo «pelasgos» acabou por se aplicar a todos os habitantes pré-helénicos da Grécia. É por isso que Eurípides afirma que os pelasgos adotaram o nome de «Dânaos» depois de Dânao ter chegado a Argos acompanhado pelas suas cinquenta filhas. Estrabão, por seu turno, afirma que os habitantes em redor de Atenas eram conhecidos pelo nome de Pelargi («cegonhas»), provavelmente devido ao facto de estas serem as suas aves totémicas.
Depois se expulsar Ofião do Olimpo, Eurínome passou a governar sozinha o universo, auxiliada pelas suas ninfas, as Cárites. A seguir, criou as sete potências planetárias, pondo à cabeça de cada uma delas um Titã ou uma Titânide: Teia e Hiperião reinavam sobre o Sol; Febe e Atlas sobre a Lua; Dione e Crio sobre o planeta Marte; Métis e Ceos sobre Mercúrio; Témis e Eurimedonte sobre o planeta Júpiter; Tétis e Oceano sobre Vénus; Reia e Cronos sobre Saturno.
É possível que os Titãs («senhores») e as Titânides, que tinham as suas réplicas na astrologia primitiva da Babilónia e da Palestina, onde vamos encontrar também divindades a governar os sete dias da semana sagrada planetária, tenham sido introduzidos pelos Cananeus ou pelos Hititas, que se haviam estabelecido no Istmo de Corinto nos inícios do segundo milénio a.C., ou mesmo pelos Heládicos primitivos. No entanto, quando o culto titânico é abolido na Grécia e que a semana de sete dias deixou de figurar no calendário oficial, alguns autores passam a referir-se a doze, talvez para corresponderem aos signos do Zodíaco. Quanto aos seus nomes, há versões contraditórias. Na mitologia babilónica os governantes dos planetas da semana, nomeadamente, Samas, Sin, Nergal, Bel, Beltis e Ninibe, eram todos varões, à exceção de Beltis, a deusa do amor. Por outro lado, na semana germânica, que os Celtas terão ido buscar ao Mediterrâneo Oriental, o domingo, a terça e a sexta eram governados por Titânides, contrapondo-se aos restantes dias, sob o domínio dos Titãs. Quando o sistema chegou à Grécia, foi decidido acasalar cada uma umas Titânides com um Titã, para salvaguardar os interesses de Níobe. Passado pouco tempo, dos catorze passou-se para sete potências planetárias: o Sol, para a iluminação; a Lua, para a magia; Marte, para o crescimento; Mercúrio, para a sabedoria; Júpiter, para a lei; Vénus, para o amor; e Saturno, para a paz. Na Grécia Clássica, os astrólogos seguiram o mesmo princípio dos babilónios, pelo que atribuíram os planetas a Hélio, Selene, Ares, Hermes (ou Apolo), Zeus, Afrodite, Cronos, cujos equivalentes latinos atrás referidos estão na base da nomenclatura dos dias da semana no francês, italiano e castelhano.
Zeus devorou os Titãs e, com estes, ele próprio, na sua forma original.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
Apolo
Alcíone
- BENEDITO, Silvério, Dicionário Breve de Mitologia Grega e Romana. Editorial Presença, Lisboa, 2000.
- GRAVES, Roberto, Os Mitos Gregos, Publicações D. Quixote, Col. Nova Enciclopédia, Lisboa, 1990.
terça-feira, 2 de janeiro de 2024
Actéon
segunda-feira, 1 de janeiro de 2024
Género literário de Os Lusíadas
O post pode ser encontrado no seguinte link: género-de-os-lusíadas.
ELEMENTOS da EPOPEIA |
CONCRETIZAÇÃO
n’ OS
LUSÍADAS
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CARACTERÍSTICAS |
. A ação:
acontecimentos representados ao longo da obra.
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. Viagem de Vasco da Gama, acontecimento culminante da
História de Portugal.
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. Unidade: ligação entre as diversas partes.
.
Variedade: inserção de episódios para quebrar a monotonia e embelezar a ação. . Verdade: assunto real ou, pelo menos, verosímil. .
Integridade: criação de uma intriga com princípio, e fim. |
. A
personagem: os agentes ou heróis da ação.
|
. Vasco da Gama.
. O Povo Português (“o
peito ilustre lusitano”).
. Camões?
. E os deuses, mais homens que deuses?
|
.
Individual e principal, com uma dimensão simbólica → um povo de
marinheiros.
. Herói coletivo, fundamental numa epopeia.
. Herói
individual (ou coletivo, porque representativo do homem do Renascimento,
completo, soldado e escritor, guerreiro e Velho do Restelo?).
. Não
são meros símbolos, têm paixões humanas, identificam o êxito e o fracasso, a
vitória e a derrota (Vénus ≠ Baco).
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. O
maravilhoso: intervenção de seres sobrenaturais na ação.
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. Júpiter, Vénus, Marte, etc.
. Deus (a Divina Providência cristã).
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. Pagão: deuses pagãos.
. Cristão: Deus do cristianismo.
. Misto: mistura dos dois anteriores.
. Céltico: magia, feitiçaria.
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. A forma.
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. Dez cantos.
.
Narrativa em versos decassílabos, geralmente heroicos, agrupados em oitavas.
.
Rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos.
. Esquema rimático: abababcc.
|
Vida e obra de Luís de Camões
1524 – 1525
Nascimento
Luís Vaz de Camões terá nascido em 1524 ou 1525,
provavelmente em Lisboa (ou Coimbra) (não se sabe ao certo a data e o local do
seu nascimento), no seio de uma família da pequena nobreza e oriunda da Galiza.
O pai chamava-se Simão Vaz de Camões e a mãe, Ana de Sá (ou Ana Macedo, segundo
alguns documentos).
1535 – 1545
Juventude em Coimbra
Segundo alguns autores, Camões viveu parte da sua juventude
em Coimbra, onde se terá instalado desde muito novo, para aí fazer os seus
estudos. Através do seu tio, D. Bento Camões, chanceler a Universidade e prior
do Mosteiro de Santa Cruz, teve acesso às aulas de Humanidades, regidas pelos
frades de Santa Cruz, e contacto com os ideais humanistas, bem como acesso a
obras de grandes nomes da literatura renascentistas europeia.
Petrarca e a influência renascentista
Francesco Petrarca (1304 – 1374), poeta e humanista italiano, foi um dos grandes exemplos da nova estética do Renascimento. Seguidor da escola petrarquista, Camões viria a adotar os...
A conclusão do post encontra-se no link seguinte: vida-e-obra-de-camões.
Renascimento
PowerPoint que sintetiza o estudo referente ao Renascimento: power-point-renascimento.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2023
O tema do sacrifício do filho / A intertextualidade no conto "A Aia"
Relação do conto "A Aia" com os contos de fada
A expressão “Era uma vez” remete-nos para o mundo atemporal da fantasia, bem característico dos contos de fadas.
Por outro lado, a lealdade da aia à rainha e ao pequeno príncipe, traduzida em última análise no facto de tirar a vida ao próprio filho para salvar a do futuro rei, sugere uma aceitação e uma felicidade em ser servo. Essa servidão atinge o auge no momento em que a serva sacrifica o próprio filho, tornando o amor de mãe em secundário para que a lealdade à rainha e ao reino seja superior e prevaleça.
Deste modo, a felicidade parece estar reservada aos nobres: quem vai viver e ser feliz é o príncipe e não o bebé escravo. Por outro lado, o bem público parece prevalecer sobre...
A moralidade do conto "A Aia"
A linguagem do conto "A Aia"
- indicia a
preocupação, a ansiedade e a angústia com o destino do principezinho e o seu
crescimento: “longa distância”, “anos lentos”;
- “beijos
pesados e devoradores”: a dupla adjetivação posposta ao nome realça o afeto, o
carinho, o amor que a asia nutre pelo filho.
• Metáforas:
- “faminto do
trono”: exprime o forte desejo do trio por usurpar o trono e o ocupar;
- “E sem que
a sua face de mármore perdesse a rigidez” →
realça a rigidez e a lividez da face da Aia, sugerindo a sua apatia e ausência
de vida;
- “cabelos de
ouro”: os cabelos louros do principezinho;
- “a flor da
sua nobreza”: sugere que os que pereceram faziam parte da elite da nobreza,
eram os melhores dentre os melhores;
- “Uma roca
não governa como uma espada”: a metáfora e a comparação enfatizam o poder
desigual e a fragilidade da mulher (“roca”) em relação ao homem (“espada”) numa
sociedade tradicional, isto é, uma mulher não tem a capacidade guerreira de um
homem – a rainha é incapaz de defender o reino após a morte do rei;
- “O
bastardo, o homem de rapina […]”: a metáfora mostra o caráter violento e cruel
do tio do príncipe; por outro lado, o uso do determinante artigo definido confere-lhe
um sentido de generalização e singularidade, como se ele fosse o único e o pior
de todos os seus semelhantes;
- “acendeu um
maravilhoso e faiscante incêndio de oiro e pedrarias”: sugere o brilho intenso
produzido pelo tesouro do palácio, bem como a sua beleza a extrema riqueza;
- “… valia
uma província.”: sugere que o punhal escolhido pela aia era muito valioso.
• Comparações:
- “de face
mais escura que a noite e coração mais escuro que a face” (vide hipérbole):
- “Os olhos
de ambos reluziam como pedras preciosas”: realça a beleza e o brilho dos olhos
dos bebés;
- “à maneira
de um lobo”: intensifica o caráter cruel e selvagem do tio;
- “Nenhum
pranto correra mais sentidamente do que o seu pelo rei morto”: mais do que qualquer
outra pessoa, a aia chorou copiosa e sentidamente a morte do seu rei;
- “Só a ama
leal parecia segura – como se os braços em que estreitava o seu príncipe fossem
muralhas de uma cidade…”: a comparação aponta para as ideias de proteção e
coragem. A ama leal é a personagem que cuida do filho da rainha, que está em
perigo por causa de um inimigo que ataca o reino. A comparação entre os braços
da ama e as muralhas de uma cidade sugere que ela é capaz de defender o
príncipe com a sua força e determinação, mesmo que esteja cercada de medo e
insegurança. A comparação também cria um contraste entre a fraqueza da rainha,
que apenas sabe chorar, e a firmeza da ama, que parece segura;
- “… um corpo
tombando molemente sobre lajes, como um fardo”: indica o modo como o corpo do
tio caiu, morto, no chão, isto é, de forma simultaneamente mole e pesada;
- “A mãe caiu
sobre o berço, com um suspiro, como cai um corpo morto.”: traduz a ideia de que
a rainha perdeu toda a esperança e a vontade de viver, pensando que o príncipe
foi morto pelo seu tio. Por outro lado, a forma como ela cai, com um suspiro,
sobre o berço, indicia a sua dor e a rendição à situação;
- “Nos seus
clamores havia, porém, mais tristeza do que triunfo.”: sugere que os habitantes
da cidade, que acabaram de derrotar o inimigo que os ameaçava, não sentem
alegria nem orgulho pela sua vitória, mas sim dor e luto pelos seus mortos;
- “… seria no
Céu como fora na Terra.”: sintetiza a visão do mundo e as crenças da aia;
- “… arrancou
a criança, como se arranca uma bolsa de oiro”: acentua a violência do ato
(rapto do bebé) e a sua motivação (o dinheiro).
• Exclamações:
- “Pobre
principezinho da sua alma!”: traduz a ansiedade e a preocupação em torno do
crescimento do principezinho, face à sua fragilidade e aos perigos que o
cercam.
• Repetição:
- “forte pela
força e forte pelo amor”: reforça a ideia de grandeza do reino, nascida não só
da força, mas também do amor.
• Antítese:
- “cabelo
louro e fino” / “cabelo negro e crespo”: marca o contraste físico entre os dois
bebés – o príncipe e o escravo;
- “mãe ditosa”
/ “mãe dolorosa”: a mãe ditosa é a rainha, que fica feliz por o seu filho estar
vivo e salvo, enquanto a mãe dolorosa é a Aia, que está triste e repleta de dor
pela perda do seu filho.
• Eufemismo:
- “[…] os
seus pajens tinham subido com ele às alturas”: suaviza a morte dos pajens, o
que está de acordo com as crenças da aia num mundo para além da morte;
- “O seu cavalo
de batalha, as suas armas, os seus pajens tinham subido com ele às alturas.”:
traduz a ideia de morte e a crença da aia na vida no céu enquanto réplica da
vida terrena. De facto, para a personagem, o céu reproduz a estrutura social
existente na terra, mantendo o rei e os seus súbditos a hierarquia vivida na
terra. Esta crença envolvia os próprios animais: “O seu cavalo de batalha, as
suas armas, os seus pajens tinham subido com ele às alturas.”;
- “…
sucumbira, ele e vinte da sua horda.”: traduz a morte do tio bastardo e dos
seus soldados.
• Hipérbole:
- “de face
mais escura que a noite”: exprime o caráter tenebroso e desprezível do irmão do
rei, estabelecendo a correspondência entre os traços exteriores e os
interiores.
• Aliteração:
- “passos
pesados”: a aliteração em “p” marca a cadência sinistra dos passos (podemos
considerar esta expressão também uma hipálage)
- “forte pela
força e forte pelo amor”: a aliteração em “f” sugere a fragilidade do príncipe,
que não tinha quem o protegesse e defendesse.
• Enumeração:
- “refulgiam
os escudos de ouro, as armas marchetadas, os montões de diamantes, as pilhas de
moedas, os longos fios de pérolas”: sublinha a valia / a riqueza do tesouro.
• Interrogação:
- “Que bolsas
de ouro podem pagar um filho?”: o narrador suscita a reflexão sobre o valor / o
preço da vida humana – um filho não tem preço.
• Determinante
artigo indefinido:
- “Era uma
vez”; “um reino abundante”, um rei”:
→ não permite determinar
com precisão o tempo histórico e o tempo cronológico (intemporalidade);
→ não permite determinar
com precisão o espaço físico:
→ contribui para a
exemplaridade da história, cuja mensagem, cujo teor humano pode ser aplicado a
muitos tempos e lugares;
→ traduz o anonimado das
personagens.
• Determinante
artigo definido:
- “O
bastardo, o homem de rapina […]”: vide metáforas.
• Sensações
auditivas e visuais:
- as
sensações auditivas relevam a solenidade do momento e o acontecimento trágico
que lhe deu origem: “(…) respeito tão comovido que apenas se ouvia o roçar das
sandálias nas lajes. As espessas portas do tesouro rolaram lentamente.”; “Um
longo «Ah!», lento e maravilhado, passou por sobre a turba que emudecera.
Depois houve um silêncio ansioso”; “Todos seguiam, sem respirar […]”;