Português

quarta-feira, 25 de março de 2009

Balada para D. Inês

Este tema musical surgiu no Festival da Canção de 1968 pela pena e voz de José Cid. Nesse certame, a canção obteve o terceiro lugar, o que deixou o seu intérprete extremamente insatisfeito, tendo mesmo afirmado «Nunca mais lá ponho os pés».
LETRA:
Chegou das terras de Espanha
Nobre dama de Castela
Na corte de Portugal
Diziam ser a mais bela
Seu nome ficou na história
Como símbolo de amor
Não mais tiveram perdão
Aqueles que a mataram
Dona Inês
Seus longos cabelos de ouro
Os olhos azuis mas morta
Sentada em trono real
Todos lhe beijam a mão
Seu nome ficou então
Como símbolo do amor
E um poeta trovador
A sua morte cantou
Dona Inês

domingo, 15 de março de 2009

Inês de Castro - V

Post-mortem


Apesar de ter perdido o grande amor da sua vida, D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D. Fernando e D. João I, Mestre de Avis.

sábado, 14 de março de 2009

Os túmulos



D. Pedro mandou construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro, em frente ao qual mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.

Rainha depois de morta

Segundo reza a lenda, D. Pedro elevou D. Inês de Castro a rainha de Portugal após a morte desta e obrigou, de seguida, a corte a beijar-lhe a mão, ou que restava dela, dado que a «rainha» tinha falecido há dois anos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Quinta das Lágrimas

O local onde D. Inês foi morta situa-se na cidade de Coimbra e é hoje conhecido como Quinta das Lágrimas. É um lugar onde os namorados se encontram.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Cognomes de D. Pedro


D. Pedro I foi o 8.º rei de Portugal e ficou cohecido tanto por Justiceiro como por Cruel. Ambos os cognomes derivam da infeliz história de amor que viveu com Inês de Castro.

Com efeito, após a cruel execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra, tendo a paz sido mantida graças à acção da rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho.

Porém, quando D. Pedro subiu ao trono, embora tivesse sido muito cuidadoso no tratamento com o povo, que gostava bastante dele, estava inundado pelo sentimento de vingança e, logo que lhe foi possível, mandou executar, de modo cruel, os ex-conselheiros do pai, responsáveis pelo crime horrendo: ordenou que lhes arrancassem o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Inês de Castro segundo Ary dos Santos

Soneto de Inês

Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! Distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.

Os teus gestos são verdes os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turquesa intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.

José Carlos Ary dos Santos

Inês de Castro segundo Bocage

A lamentável catástrofe de D. Inês de Castro

Da triste, bela Inês, inda os clamores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos Céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;

Ouvem-se inda na Fonte dos Amores
De quando em quando as náiades carpindo;
E o Mondego, no caso reflectindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores:

Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morte formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:

Milagre da beleza e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roa
A malfadada Inês na sepultura.

Bocage
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