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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Resumo do "Conto da Ilha Desconhecida"

Um homem dirigiu-se ao palácio real para fazer um pedido ao rei: desejava um barco. A casa real tinha várias portas, dentre as quais a porta da petição e a porta do obséquio, tendo-se o homem dirigido à primeira, supondo que seria atendido pelo rei. No entanto, quem acabou por o receber foi a mulher da limpeza, pois sua alteza real estava muito ocupada na porta dos obséquios, pelo que enviou o primeiro-secretário, que por sua vez mandou o segundo-secretário, que enviou o terceiro e assim sucessivamente, até chegar a vez da mulher.

Ela abriu, pois, a porta da petição e perguntou ao homem o que desejava do rei, ao que ele respondeu que desejava falar-lhe e que só abandonaria o local quando fosse recebido. Tal «teimosia» fez com que a fila da petição fosse aumentando e a do obséquio diminuindo. Passados alguns dias, muito contrariado, o rei abandonou o seu trono e veio falar com o homem à porta. Quando este lhe explicou que desejava um barco, a personagem real perguntou-lhe porquê, tendo o homem explicado que desejava encontrar a ilha desconhecida. Inicialmente, o rei negou satisfazer o pedido, pois os geógrafos afirmavam que já não havia ilhas por conhecer, mas, perante tanta insistência e perante o apoio dos aspirantes que se encontravam junto à porta da petição, o pedido acabou por ser satisfeito.

Assim, foi-lhe dito que se dirigisse ao porto e que solicitasse aí o seu barco. A mulher da limpeza, cansada da vida monótona que levava, abandonou o palácio e o rei e acompanhou-o. Chegado ao porto, o capitão, duvidando da viabilidade da empresa a que o homem se propunha, deu-lhe uma caravela. Já na posse do barco, o protagonista deparou com outro problema: nenhum marinheiro o quis acompanhar, pois não o levavam a sério. Partiu, pois, acompanhado apenas pela mulher. Após discutirem o facto de não terem tripulação, durante o jantar, o homem reparou na beleza da mulher.

Durante a noite, o homem sonhou que tinha encontrado uma tripulação, animais a bordo, terrenos com plantas, faltando apenas a mulher, que tinha ficando em terra. Posteriormente, sonhou com uma terra, que não era a ilha desconhecida, e a tripulação quis sair, levando consigo as mulheres e os animais, deixando na embarcação somente as plantas destinadas à agricultura. Quando o homem do leme decidiu ir tratar das terras, que pareciam uma floresta (a navegar), o homem viu uma sombra ao lado da sua e acordou. Ao seu lado, encontrava-se a mulher da limpeza: sem saberem como, encontravam-se os dois no mesmo beliche.

Por fim, resolveram nomear o barco - "A Ilha Desconhecida" - e fizeram-se ao mar.

Apresentação da obra

O Conto da Ilha Desconhecida foi publicado em 1997/98 pelo escritor José Saramago, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1998.

Nele, o escritor, residente na ilha espanhola de Lanzarote, descreve metaforicamente o mundo, bem como aspectos específicos da vida humana - os seus desejos, ambições e frustrações.

Supostamente, o conto retoma um mote do poeta Fernando Pessoa: «Para viajar, basta existir». Esta viagem metafórica é possível graças à ficção, à literatura, que leva o homem a viajar, usando o sonho e a imaginação, não saindo ele do lugar onde se encontra.
A personagem principal do conto é um «homem desconhecido» que, após grande insistência, consegue obter do rei uma embarcação para procurar uma ilha que, segundo ele, ainda não era conhecida dos homens.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Balada para D. Inês

Este tema musical surgiu no Festival da Canção de 1968 pela pena e voz de José Cid. Nesse certame, a canção obteve o terceiro lugar, o que deixou o seu intérprete extremamente insatisfeito, tendo mesmo afirmado «Nunca mais lá ponho os pés».
LETRA:
Chegou das terras de Espanha
Nobre dama de Castela
Na corte de Portugal
Diziam ser a mais bela
Seu nome ficou na história
Como símbolo de amor
Não mais tiveram perdão
Aqueles que a mataram
Dona Inês
Seus longos cabelos de ouro
Os olhos azuis mas morta
Sentada em trono real
Todos lhe beijam a mão
Seu nome ficou então
Como símbolo do amor
E um poeta trovador
A sua morte cantou
Dona Inês

domingo, 15 de março de 2009

Inês de Castro - V

Post-mortem


Apesar de ter perdido o grande amor da sua vida, D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D. Fernando e D. João I, Mestre de Avis.

sábado, 14 de março de 2009

Os túmulos



D. Pedro mandou construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro, em frente ao qual mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.

Rainha depois de morta

Segundo reza a lenda, D. Pedro elevou D. Inês de Castro a rainha de Portugal após a morte desta e obrigou, de seguida, a corte a beijar-lhe a mão, ou que restava dela, dado que a «rainha» tinha falecido há dois anos.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Quinta das Lágrimas

O local onde D. Inês foi morta situa-se na cidade de Coimbra e é hoje conhecido como Quinta das Lágrimas. É um lugar onde os namorados se encontram.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Cognomes de D. Pedro


D. Pedro I foi o 8.º rei de Portugal e ficou cohecido tanto por Justiceiro como por Cruel. Ambos os cognomes derivam da infeliz história de amor que viveu com Inês de Castro.

Com efeito, após a cruel execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra, tendo a paz sido mantida graças à acção da rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho.

Porém, quando D. Pedro subiu ao trono, embora tivesse sido muito cuidadoso no tratamento com o povo, que gostava bastante dele, estava inundado pelo sentimento de vingança e, logo que lhe foi possível, mandou executar, de modo cruel, os ex-conselheiros do pai, responsáveis pelo crime horrendo: ordenou que lhes arrancassem o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido.
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