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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Texto de reflexão / Dissertação I - Plano

1.          Alberto Caeiro defendia uma vida em comunhão com a Natureza, algo que contraria a atitude que a maior parte de nós exibe quotidianamente: lixo espalhado pelo chão, incêndios florestais (mesmo em pleno Outono), poluição a eito, etc.

          Assim, partindo da introdução acima feita, trace o plano de um texto de reflexão subordinado ao seguinte tema:
                    A Natureza e a sua capacidade de renovação.

          O plano deverá incluir, obviamente, uma tese e o mínimo de três argumentos e três exemplos.

          O plano pode ser colocado na caixa de comentários desta mensagem ou enviado para um dos endereços de correio electrónico.



2.          Esta tarefa não é obrigatória, mas, se entre jantares e actividades relacionadas com os finalistas tiverem um tempinho, passem pelo blogue da Bibliteca da Escola (http://aefcr-be.blogspot.com/) e deixem, na caixa de comentários do Fórum de Discussão, uma opinião sobre a dita Biblioteca.

Ficha de leitura de "Tudo o que faço ou medito" - Correcção

1. Na primeira estrofe do poema, o sujeito poético confessa um sentimento que o domina.

          1.1. Identifique o sentimento e a causa que está na sua origem.

          O sentimento confessado pelo sujeito poético é a frustação, resultante da distância que existe entre o que quer e o que consegue realizar, isto é, entre o que idealiza e o que realiza. Dito de outra forma, a frustação advém da consciência que o sujeito poético tem da sua incapacidade de realizar tudo aquilo que deseja, que sonha ("Tudo o que faço ou medito / Fica sempre na metade"), ou seja, de nenhum dos seus projectos se realizar por inteiro

          1.2. Justifique em que medida os versos 3 e 4 atestam a impossibilidade de realização do "querer".

          Os versos 3 e 4 confirmam que o sujeito poético é incapaz de realizar os seus desejos, o seu «querer», ideia já anunciada nos dois primeiros versos, pois contêm uma "dupla antítese" entre o "querer" ("querendo") e o "fazer" ("Fazendo") e entre "infinito" e "nada". No que diz respeito ao «querer», aos seus projectos e ambições são, de facto, infinitos; já o "fazer" revela-se sempre incompleto / inacabado, facto que conduz à frustração.

2. Esse sentimento provoca um outro sentimento no sujeito poético.

          2.1. Indique-o.

          O outro sentimento manifestado pelo sujeito poético é o nojo de si próprio (verso 5: "Que nojo de mim me fica..."), uma espécie de repugnância e de tristeza.

          2.2. Interprete o sentido da antítese da segunda estrofe.

          A antítese está presente nos versos 7 e 8 e marca o contraste entre a alma do sujeito poetico, que é "lúcida e rica", e o seu ser, metaforicamente descrito como "um mar de sargaço". A alma, pelas suas características, poderia permitir ao sujeito poético realizar os seus sonhos e ambições (o "infinito"), mas o "sargaço", enquanto metáfora que aponta para a ideia de paragem, estagnação, impede-o de concretizar os seus ideais.

3. Atente, agora, na terceira estrofe.

          3.1. Proceda ao levantamento dos vocábulos que sugerem indefinição e estagnação.

          Os vocábulos que, na terceira estrofe, sugerem as ideias de indefinição e estagnação são "bóiam" e "lentos" (verso 9).

          3.2. Estabeleça uma relação de sentido entre "mar de além" (v. 10) e "mar de sargaço" (v. 8).

          A relação possível de estabelecer é uma relação de oposição, pois enquanto o "mar de além" simboliza o "infinito", os ideais que o sujeito poético pretendia obter, o "mar de sargaço" representa os obstáculos, as dificuldades, os impedimentos que o impedem de lá chegar.

          3.3. Apresente uma explicação para o paradoxo com que o poema termina.

          Com o paradoxo final, o sujeito poético parece significar que sabe muito bem o que quer, mas, no que respeita ao "fazer", nada sabe, isto é, não é capaz de concretizar esse "querer" . Pode, assim, concluir-se que o "fazer" (a realização, a concretização) é uma mera caricatura do "querer" (da idealização), daí a frustração e o nojo que sente de si.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Funções sintácticas (GC6)

1.1.
     b) Teste de substituição: Ele assistiu à festa anteontem.
         Pergunta-teste: Quem assistiu à festa anteontem?
         Resposta: O Pedro. => sujeito

     c) Teste de substituição: Na Eurodisney, ela fugiu do Mickey.
         Pergunta-teste: Quem fugiu do Mickey na Eurodisney?
         Resposta: A Carolina. => sujeito

     d) Teste de substituição: Ela foi à Guarda no mês passado.
         Pergunta-teste: Quem foi à Guarda no mês passado?
         Resposta: A Ana Rute. => sujeito

1.2.
     a) Teste de substituição: A professora deu-os ao Pedro.
         Pergunta-teste: A professora deu ao Pedro o quê?
         Resposta: Os «bons-dias». => complemento directo

1.3.
     a) Teste de substituição: A professora deu-lhe os «bons-dias».
         Pergunta-teste: A professora deu os «bons-dias» a quem?
         Resposta: Ao Pedro. => complemento indirecto

2.1.1.
     1.ª) Deu os «bons-dias» ao Pedro.

     2.ª) Deu ao Pedro.

     3.ª) Deu os «bons-dias».

2.1.1.1. Segunda e terceira.

2.2.
     2.ª frase
          . 1.ª pergunta: O que é que o Pedro fez?
            Resposta: Assistiu à festa anteontem.

          . 2.ª pergunta: O que é que o Pedro fez à festa?
            Resposta: Assistiu anteontem.

          . 3.ª pergunta: O que é que o Pedro fez anteontem?
            Resposta: Assistiu à festa.

     3.ª frase:
          . 1.ª pergunta: O que é que a Carolina fez?
            Resposta: Fugiu do Mickey na Eurodisney.

          . 2.ª pergunta: O que é que a Carolina fez do Mickey?
            Resposta: Na Eurodisney, fugiu.

          . 3.ª pergunta: O que é que a Carolina fez na Eurodisney?
            Resposta: Fugiu do Mickey.

     4.ª frase:
          . 1.ª pergunta: O que é que a Ana Rute fez?
            Resposta: Foi à Guarda no mês passado.

          . 2.ª pergunta: O que é que a Ana Rute fez à Guarda?
            Resposta: Foi no mês passado.

          . 3.ª resposta: O que é que a Ana Rute fez no mês passado?
            Resposta: Foi à Guarda.

2.2.1. A segunda de cada frase.

3.1. Os constituintes que desempenham a função de complemento directo ocorrem na resposta.

3.2. Idem.

3.3. Os constituintes que apresentam um comportamento semelhante ao complemento directo e ao complemento indirecto são os seguintes: «à festa», «do Mickey» e «à Guarda».

3.4. Esses constituintes são «anteontem», «na festa» e «no século passado».

4.1.
     a) O Pedro assistiu anteontem.
     b) Na Eurodisney, a Carolina fugiu.
     c) A Ana Rute foi no mês passado.

4.1.1. As frases têm um sentido incompleto, dado que parece faltar-lhes informação importante.

4.2.
     a) O Pedro assistiu à festa.
     b) A Carolina fugiu do Mickey.
     c) A Ana Rute foi à Guarda.

4.2.1. As frases são gramaticais, isto é, têm sentido.

5.complementos do verbo, ou seja, constituintes centrais da frase, que não podem ser substituídos por pronomes pessoais na forma acusativa ou dativa. Contudo, não podem ser omitidos na frase, pois esta perde o seu sentido. Por outro lado, e tal como acontece com os complementos directo e indirecto, só podem aparecer na resposta (no teste de pergunta / resposta). Estes constituintes designam-se complementos oblíquos.
     Na frase, podem ainda ocorrer outros constituintes. A sua remoção da frase não faz com que esta perca o seu sentido. Para além disso, no teste de pergunta / resposta, podem ocorrer tanto na resposta como na pergunta. Ested tipo de constituinte designa-se modificador.

"Gato que brincas na rua"

          O poema é constituído por três quadras em versos heptassilábicos e rima cruzada, segundo o esquema rimático a b a b.

          À semelhança do que faz em "Autopsicografia", Pessoa parte de uma imagem, de uma cena do quotidiano, neste caso um gato a brincar na rua. Além disso, o poema recorda-nos "Tabacaria", nomeadamente o momento em que a sua atenção se centra na rapariga que come chocolates, absorta do resto do mundo. Ora, sucede que é esta ausência de preocupação que o espanta, intriga e lhe desperta a «inveja» que espelha no poema em análise.

          O tema do poema é, mais uma vez, a dor de pensar, motivada pela intelectualização do sentir, do qual decorrem outras temáticas caras ao poeta: a felicidade de não pensar; o isolamento do «eu» face às «pedras e gentes»; a inveja sentida pelo sujeito poético relativamente à inconsciência do animal; o desconhecimento, a sensação de estranheza do «eu» em relação a si.

          O poema abre com a apresentação da referida situação de um gato que o sujeito poético observa a brincar na rua como se fosse na cama (comparação). Esta circunstância coloca-nos desde logo na presença de um animal feliz (porque está a brincar) e ao mesmo tempo tranquilo, despreocupado, indiferente e inconsceinte do perigo (novamente a comparação «como se brincasse na cama»). Além disso, tem «sorte», a sorte de ser inconsciente dos perigos, de ser irracional e não pensar, por isso cumpre o seu destino sem se lhe opor minimamente, cumprindo assim, no fundo, a ambição de Ricardo Reis, que é a de sentir o destino como algo inevitável. Como não pensa, é o «nada», mas é-o plenamente e é feliz, porque não se conhece, regendo-se pelos seus «instintos gerais». Em suma, é feliz «porque [é] assim», isto é, irracional, inconsciente.

          Por seu lado e perante este quadro, o sujeito poético não esconde a sua admiração e inveja relativamente à sorte do gato, ou seja, de ser inconsciente e poder brincar sem pensar em (mais) nada, o que é equivalente a dizer que inveja o gato pela felicidade simples resultante da vivência plena das coisas sem pensar. Pelo contrário, ele tem a consciência plena de que é infeliz, ideia que é acentuada pela observação do gato e do seu comportamento, pois pensa-se, ao contrário do animal, daí que revela também tristeza e desolação por não conseguir abolir o pensamento e, dessa forma, ser igualmente feliz.

          Podemos, em suma, afirmar que o sujeito poético inveja o gato por três razões:
1.ª) Tem "instintos gerais" e sente só o que sente, ou seja, não pensa sobre o que está a sentir, limita-se a sentir;
2.ª) É "um bom servo das leis fatais", isto é, não tenta contrariar as etapas inevitáveis da existência: nascimento, crescimento e morte;
3.ª) "Todo o nada que és é teu", ou seja, ao contrário do sujeito poético, o gato não pensa, não se questiona .
          Assim, esta dor de pensar que o tortura leva-o a desejar ser inconsciente como a ceifeira e como o gato, que não pensam.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Funções sintácticas (GC5)

1.1.
     a) ofereceu
     b) desagradou
     c) perdoou
     d) contou / sabia
     e) dirigiu
     f) doou

1.2.
     b) O exercício desagradou à Sara.
         Pergunta: O exercício desagradou a quem?
         Resposta: À Sara.

     c) A Ana Irene perdoou o furto ao ladrão.
         Pergunta: A Ana Irene perdoou o furto a quem?
         Resposta: Ao ladrão.

     d) A Sophie contou o que sabia à Margarida.
         Pergunta: A Sophie contou o que sabia a quem?
         Resposta: À Margarida.

     e) A Joana dirigiu a ofensa à Vera.
         Pergunta: A Joana dirigiu a ofensa a quem?
         Resposta: À Vera.

     f) O Pedro doou o bilhete a Jerónimo de Sousa.
         Pergunta: O Pedro doou o bilhete a quem?
         Resposta: A Jerónimo de Sousa.

1.3.
     b) O exercício desagradou-lhe.
     c) A Ana Irene perdoou-lhe o furto.
     d) A Sophie contou-lhe o que sabia.
     e) A Joana dirigiu-lhe a ofensa.
     f) O Pedro doou-lhe o bilhete.

1.3.1. Os pronomes surgem depois do verbo, ligados por hífen, e antes do complemento directo, quando este está presente.

1.3.2. O grupo que o pronome substitui é de tipo preposicional, visto que o seu núcleo é uma preposição.

1.4. O grupo preposicional iniciado pela preposição a, que é a resposta a uma pergunta do tipo sujeito + verbo + a quem? e que pode ser substituído por um pronome pessoal na forma dativa desempenha a função sintáctica de complemento indirecto.

Nova época

          Começa agora...

sábado, 23 de outubro de 2010

Funções sintácticas (G6)

1. Observe as seguintes frases.
          a) A professora deu os «bons-dias» ao Pedro.
          b) O Pedro assistiu à festa anteontem.
          c) Na Eurodisney, a Carolina fugiu do Mickey.
          d) A Ana Rute foi à Guarda no mês passado.

     1.1. Identifique os constituintes que desempenham a função sintáctica de sujeito aplicando os testes relevantes.

          a) A professora deu os «bons-dias» ao Pedro.
              Sujeito: A professora.
              Teste de substituição: Ela deu os «bons-dias» ao Pedro.
              Pergunta-teste: Quem deu os «bons-dias» ao Pedro?
              Resposta: A professora (=> sujeito).

     1.2. Identifique os constituintes que desempenham a função sintáctica de complemento directo aplicando os testes relevantes.

     1.3. Identifique os constituintes que desempenham a função sintáctica de complemento indirecto aplicando os testes relevantes.

2. Diversos constituintes das frases dadas não podem ser classificados nem como sujeito, nem como complemento directo, nem como complemento indirecto. Este facto significa que desempenham outra(s) função(ões) sintáctica(s).

     2.1. Releia as frases em 1.

          2.1.1. Responda às seguintes perguntas, feitas à primeira frase.

               1.ª) O que é que a professora fez?

               2.ª) O que é que a professora fez os «bons-dias»?

               3.ª) O que é que a professora fez ao Pedro?

               2.1.1.1. Identifique as frases agramaticais resultantes do par pergunta-resposta.

     2.2. Repita o exercício com as restantes frases.

          2.2.1. Indique as frases agramaticais resultantes dos pares pergunta-resposta.

3. Responda, agora, às perguntas seguintes.

    Nos pares pergunta-resposta com frases agramaticais:

     3.1. Os constituintes que desempenham a função de complemento directo ocorrem na pergunta ou na resposta?

     3.2. E os constituintes que desempenham a função de complemento indirecto?

     3.3. De entre os restantes constituintes das frases, quais foram os que ocorreram na resposta à semelhança do complemento directo e do complemento indirecto.

     3.4. Indique, dos restantes constituintes, os que não se comportaram como complementos?

4. Concentre a sua atenção nos constituintes que identificou nas respostas às perguntas 3.3. e 3.4.

     4.1. Reescreva as frases b a d, omitindo os constituintes referidos em 3.3.

          4.1.1. Classifique as frases como gramaticais, agramaticais ou de sentido incompleto.

     4.2. Rescreva, agora, as mesmas frases retirando-lhes os constituintes referidos em 3.4.

          4.2.1. Classifique as frases resultantes, à semelhança do que fez em 4.1.1.

5. Complete o quadro apresentado.

Desaparecimento

Criança raptada no Alentejo

Funções sintácticas (G5)

Complemento indirecto

1. Observe as frases seguintes.
          a) A Carolina ofereceu uma lambada à Ana Rute.
          b) O exercício desagradou à Sara.
          c) A Ana Irene perdoou o furto ao ladrão.
          d) A Sophie contou o que sabia à Margarida.
          e) A Joana dirigiu a ofensa à Vera.
          f) O Pedro doou o bilhete a Jerónimo de Sousa.

     1.1. Transcreva para o caderno diário as formas verbais presentes nas frases.

     1.2. Redija uma pergunta para cada frase sobre quem / o quê é o destinário da situação e registe a resposta. Oriente-se pelo exemplo dado:

          a) A Carolina ofereceu uma lambada à Ana Rute.
              Pergunta: A Carolina ofereceu uma lambada a quem?
              Resposta: À Ana Rute.

     1.3. Substitua um dos constituintes da frase pela forma dativa do pronome pessoal - lhe / lhes -, de acordo com o exemplo:

          a) A Carolina ofereceu uma lambada à Ana Rute.
              A Carolina ofereceu-lhe uma lambada.

          1.3.1. Identifique a posição ocupada pelos pronomes na frase.

          1.3.2. Identifique o tipo do grupo substituído pelo pronome.

1.4. Tendo presentes os exercícios realizados, complete a síntese seguinte:


T.P.C.: Alberto Caeiro

Tarefas:

          1.ª) Ler os textos da páginas 51 e 52 do manual e a Carta a Adolfo Casais Monteiro (também do manual);

          2.ª) Fazer uma síntese, sob a forma de esquema, dos referidos textos no que diz respeito a Alberto Caeiro, de acordo com os seguintes tópicos:

                    i) Aspectos biográficos:
                              a) Nascimento;
                              b) Falecimento;
                              c) Profissão;
                              d) Educação.

                    ii) Retrato:
                              a) Traços físicos.

                    iii) Obra:
                              a) Obras;
                              b) Relação com Pessoas e heterónimos;
                              c) Traços poéticos
                               d) Relação com a escrita.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Funções sintácticas (GC4)

1.1.
     a) destruíram
     b) desmaiou
     c) contemplou
     d) comprou
     e) construíram

1.2.
     b) A jovem desmaiou.
         Pergunta: Quem desmaiou?
         Resposta: A jovem.

     c) O João contemplou o oceano.
         Pergunta: Quem contemplou o oceano?
         Resposta: O João.

     d) O Paulo comprou o Memorial.
         Pergunta: Quem comprou o Memorial?
         Resposta: O Paulo.

     e) Os madeirenses construíram edifícios belos.
         Pergunta: Quem construiu edifícios belos?
         Resposta: Os madeirenses.

1.3.
     b) A jovem desmaiou.
         Ela desmaiou.

     c) O João contemplou o oceano.
         Ele contemplou o oceano.

     d) O Paulo comprou o Memorial.
         Ele comprou o Memorial.

     e) Os madeirenses construíram edifícios belos.
         Eles construíram edifícios belos.

1.3.1. Os pronomes pessoais ocupam a posição inicial da frase, em posição pré-verbal, isto é, antes do verbo.

1.4.
     a) O professor destruiu o quadro.
     b) As jovens desmaiaram.
     c) Os Joões contemplaram o oceano.
     d) Os Paulos compraram o Memorial.
     e) O madeirense construiu edifícios belos.

1.4.1. As alterações ocorreram ao nível da pessoa dos verbos: os que se encontravam na terceira pessoa do singular passaram para  terceira do plural e vice-versa.

1.5. O grupo nominal que é a resposta a uma pergunta Quem + verbo, que pode ser substituído por um pronome pessoal na forma nominativa em posição pré-verbal e que concorda com o verbo em número desempenha a função sintáctica de sujeito.

2.1.
     b) A jovem desmaiou.
         Pergunta: o que fez a jovem?
         Resposta: Desmaiou.

     c) O João contemplou o oceano.
         Pergunta: O que fez o João?
         Resposta: Contemplou o oceano.

     d) O Paulo comprou o Memorial.
         Pergunta: O que fez o Paulo?
         Resposta: Comprou o Memorial.

     e) Os madeirenses construíram edifícios belos.
         Pergunta: O que fizeram os madeirenses?
         Resposta: Construíram edifícios belos.

2.1.1. O núcleo dos constituintes pertence à classe dos verbos.

2.2.
     b) A jovem desmaiou mas a Ana Rute não.
     c) O João contemplou o oceano e eu também.
     d) O Paulo comprou o Memorial mas a Carolina não.
     e) Os madeirenses construíram edifícios belos e os açorianos também.

2.3. O grupo verbal que é a resposta a uma pergunta do tipo O que fez + sujeito e que pode ser recuperado numa estrutura coordenada do tipo e sujeito também ou mas sujeito não desempenha a função sintáctica de predicado.

3.1.
     b) A jovem desmaiou.
         Pergunta: A jovem desmaiou o quê?
         Resposta: ----------

     c) O João contemplou o oceano.
         Pergunta: O jovem contemplou o quê?
         Resposta: O oceano.

     d) O Paulo comprou o Memorial.
         Pergunta: O Paulo comprou o quê?
         Resposta: O Memorial.

     e) Os madeirenses construíram edifícios belos.
         Pergunta: Os madeirenses construíram o quê?
         Resposta: Edifícios belos.

3.2.
     b) A jovem desmaiou.
         ----------

     c) O João contemplou o oceano.
         O João contemplou-o.

     d) O Paulo comprou o Memorial.
         O Paulo comprou-o.

     e) Os madeirenses construíram edifícios belos.
         Os madeirenses construíram-nos.

3.2.1. Os pronomes surgem em posição pós-verbal, isto é, após o verbo.

3.3.
     a) Os professores destruíram os quadros.
     b) ----------
     c) O João contemplou os oceanos.
     d) O Paulo comprou os Memoriais.
     e) Os madeirenses construíram um edifício belo.

3.3.1. Não se verificaram outras alterações.

3.4. O grupo nominal que é a resposta a uma pergunta do tipo verbo + o quê / quem?, que pode ser substituído por um pronome pessoal na forma acusativa e que não concorda com o verbo em número desempenha a função sintáctica de complemento directo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Funções sintácticas (G4)

Sujeito, Predicado, Complemento directo

1. Atente nas frases apresentadas.
          a) Os professores destruíram o quadro.
          b) A jovem desmaiou.
          c) O João contemplou o oceano.
          d) O Paulo comprou o Memorial.
          e) Os madeirenses construíram edifícios belos.

     1.1. Transcreva para o caderno diário as formas verbais presentes nas frases.

     1.2. Redija para cada frase uma pergunta sobre quem causou a situação ou quem se encontra no estado descrito pelo verbo e registe a resposta, de acordo com o exemplo:
         
          a) Os professores destruíram o quadro.
              Quem destruiu o quadro?
              Resposta: Os professores.

     1.3. Substitua os grupos nominais adequados por um dos pronomes pessoais na forma nominativa (ele / ela / eles / elas), seguindo o exemplo dado:

          a) Os professores destruíram o quadro.
              Eles destruíram o quadro.

          1.3.1. Identifique a posição ocupada pelos pronomes na frase.

     1.4. Reescreva as frases alterando o número dos grupos nominais que substituiu.

          1.4.1. Identifique as alterações que efectuou nas frases, além das ocorridas nos grupos nominais.

     1.5. Tendo em conta os exercícios realizados, complete o quadro seguinte:


2. Releia as frases apresentadas em 1.

     2.1. Redija para cada frase uma pergunta sobre o que fez o sujeito e registe a resposta, de acordo com o exemplo:

          a) Os professores destruíram o quadro.
              Pergunta: O que fizeram os professores?
              Resposta: Destruíram o quadro.

          2.1.1. Identifique a classe de palavras que compõe o núcleo dos constituintes que surgiram nas respostas à pergunta anterior.

     2.2. Reescreva as frases acrescentando uma estrutura coordenada do tipo e Sujeito também ou mas o Sujeito não. Atente no exemplo:

          a) Os professores destruíram o quadro.
              Os professores destruíram o quadro e os alunos também.
              ou
              Os professores destruíram o quadro mas os alunos não.
     Note-se que, nas estruturas coordenadas acrescentadas, a forma verbal está subentendida.

     2.3. Tendo em conta os exercícios realizados, complete a afirmação seguinte:


3. Releia novamente as frases apresentadas em 1.

     3.1. Redija, agora, para cada frase uma pergunta sobre quem / o quê recai a situação ou quem / o quê é afectado pelo estado descrito pelo verbo e registe a resposta. Oriente-se pelo exemplo:

          a) Os professores destruíram o quadro.
              Pergunta: Os professores destruíram o quê?
              Resposta: O quadro.

     3.2. Identifique o grupo nominal que, em cada frase, pode ser substituído por um dos pronomes pessoais na forma acusativa o / a / os / as.

          a) Os professores destruíram o quadro.
              Os professores destruíram-no.

          3.2.1. Identifique a posição dos pronomes na frase.

     3.3. Reescreva as frases alterando o número dos grupos nominais que substituiu na resposta à pergunta 3.2.

          3.3.1. Identifique outras alterações a que procedeu, além das efectuadas na resposta à pergunta 3.3.

     3.4. A partir dos exercícios anteriores, podemos concluir que:

sábado, 16 de outubro de 2010

Ficha de leitura de "Tudo o que faço ou medito"

Tudo o que faço ou medito


                                                     Tudo o que faço ou medito
                                                     Fica sempre na metade.
                                                     Querendo, quero o infinito.
                                                     Fazendo, nada é verdade.

                                                     Que nojo de mim me fica
                                                     Ao olhar para o que faço!
                                                     Minha alma é lúcida e rica,
                                                     E eu sou um mar de sargaço -

                                                     Um mar onde bóiam lentos
                                                     Fragmentos de um mar de além...
                                                     Vontades ou pensamentos?
                                                     Não o sei e sei-o bem.

                                                            Fernando Pessoa


Vocabulário:

          . nojo (v. 5): repugnância, náusea, luto;

          . sargaço(v. 8): designação de certas algas marinhas que bóiam nas águas e são frequentemente aproveitadas para adubo.


Questionário:

1. Na primeira estrofe do poema, o sujeito poético confessa um sentimento que o domina.

          1.1. Identifique o sentimento e a causa que está na sua origem.

          1.2. Justifique em que medida os versos 3 e 4 atestam a impossibilidade de realização do "querer".

2. Esse sentimento provoca um outro sentimento no sujeito poético.

          2.1. Indique-o.

          2.2. Interprete o sentido da antítese da segunda estrofe.

3. Atente, agora, na terceira estrofe.

          3.1. Proceda ao levantamento dos vocábulos que sugerem indefinição e estagnação.

          3.2. Estabeleça uma relação de sentido entre "mar de além" (v. 10) e "mar de sargaço" (v. 8).

          3.3. Apresente uma explicação para o paradoxo com que o poema termina.
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