Português

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Modernismo


Álvaro de Campos - Linguagem e estilo

· Aspectos fónicos:
          -» Verso livre, em geral muito longo;
          -» Irregularidade formal (estrófica, métrica e rítmica);
          -» Assonâncias, onomatopeias, aliterações;
          -» Rima interior;
          -» Ritmo amplo, com alternâncias.

· Aspectos morfossintácticos e semânticos:
          -» Excesso de expressão: exclamações, interjeições, apóstrofes, pontuação emotiva
              (exclamações, interrogações, reticências);
          -» Mistura de níveis de língua;
          -» Desvios sintácticos;
          -» Estrangeirismos e neologismos;
          -» Substantivação de fonemas;
          -» Metáforas ousadas, personificações, hipérboles, paradoxos, enumerações, gradações;
          -» Estilo torrencial (2.ª fase);
          -» Repetições, simetria de construção, anáforas;
          -» Construções nominais, infinitivas e gerundivas;
          -» Grafismos inovadores e expressivos;
          -» Estética não aristotélica (fase futurista), assente nas ideias de força, dinamismo,
              energia, etc.

Álvaro de Campos - TEMAS

·  Poeta plural (como Fernando Pessoa) - três fases:
          -» Decandentismo («Opiário»);
          -» Triunfalismo futurista e sensacionista (Odes);
          -» Cansaço e abulia («Tabacaria».

·  Decadentismo literário (1.ª fase):
          -» Abulia, tédio de viver;
          -» Procura de sensações novas;
          -» Busca da evasão.

·  Futurismo (2.ª fase):
          -» Apologia / elogio da civilização mecânica e industrial e da técnica;
          -» Ruptura com o subjectivismo da lírica tradicional;
          -» Atitude escandalosa e chocante: transgressão da moral estabelecida.
    Sensacionismo:
          -» Vivência em excesso de sensações («Sentir tudo de todas as maneiras» - afastamento
              de Caeiro;
          -» Atitudes sadistas e masoquistas;
          -» Cantor apaixonado do mundo moderno, contemporâneo.

·  Pessimismo (3.ª fase) - reencontro com o Pessoa ortónimo:
          -» Dissolução do eu;
          -» Dor de pesnar, de ser lúcido, racional;
          -» Conflito entre a realidade e o poeta;
          -» Inadaptação ao real, que é «opaco» e gera estranheza e perplexidade;
          -» Cansaço, tédio, abulia;
          -» Angústia existencial;
          -» Solidão;
          -» Nostalgia da infância irremediavelmente perdida.
    Busca de soluções (ilusões) para o mal que o afecta:
          -» Sonho;
          -» Retorno à infância;
          -» Viagem («Ode Marítima»);
          -» Ópio («Opiário»;
          -» Sensacionismo futurista.

·  Romantismo:
          -» Hipertrofia do «eu»;
          -» Excesso;
          -» Desejo de evasão e dispersão.

·  Ser dividido entre o sonho e a realidade.

The Man

Ficha de leitura de "Lisbon Revisited (1923)"

1. O poema constrói-se, essencialmente, com base num discurso que o «eu» poético dirige a uma segunda pessoa do plural.

     1.1. Demonstre a veracidade da afirmação, considerando o modo verbal e a função da
             linguagem predominante.

2. A acumulação de construções negativas, nas três primeiras estrofes, remete para uma
     recusa.

     2.1. Explique, por palavras suas, aquilo que o sujeito poético recusa.

3. Comente a interrogação retórica presente no verso 11.

4. A par da recusa referida em 2., o sujeito poético afirma os seus «direitos».

     4.1. Refira-os, justificando a sua resposta com passagens do poema.

5. A décima estrofe constitui uma espécie de parêntesis no discurso do sujeito poético.

     5.1. Identifique o sentimento que aí se revela.

     5.2. Indique a que época da vida do sujeito poético se reporta esta estrofe e a respectiva
             simbologia no contexto do poema.

     5.3. Interprete a expressividade dos adjectivos presentes nos versos 28 a 31.

     5.4. Demonstre, remetendo para passagens do texto, que o sentimento que liga o sujeito
             poético à cidade de «Lisboa» se prende com os direitos por ele apregoados em estrofes
             anteriores.

6. Esclareça o sentido da última estrofe, demonstrando que ela se relaciona intimamente com o verso 4: "A única conclusão é morrer."

7. Relacione o título do poema - "Lisbon Revisited" - e o conteúdo da décima estrofe (vv. 28-33) com o quadro de Miguel Yeco.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Plano (Álvaro de Campos e Pablo Picasso)

Planificação


Título: A Arte como Crítica Social


Introdução:

          • Breve alusão ao verso de Campos e ao quadro de Picasso;
          • Inserção de ambas as obras de arte na corrente futurista;
          • Ruptura com o conceito tradicional de arte.


Desenvolvimento:

          • Breve descrição e reflexão crítica sobre o quadro de Pablo Picasso «Mulher que Chora»;
          • Sentimentos que a imagem evoca em quem a observa;
          • Breve reflexão sobre o sentido do verso de Campos «O Binómio de Newton…»;
          • Conceito de arte que ambas as obras traduzem pela sua estranheza e raridade.


Conclusão:

          • Conceito de arte como forma de crítica social;
          • A arte é utilizada para atrair a atenção do público.

ART

Orações - completivas e relativas (GC9)

1.
     a)
          - «A Rute declarou» - oração subordinante
          - «que o professor de Português está louco.» - oração subordinada substantiva completiva

     b)
          - «Quem foi ao Porto» - oração subordinada substantiva relativa
          - «dormiu nas aulas do dia seguinte.» - oração subordinante

     c)
          - «As pessoas são mais cultas» - oração subordinante
          - «que lêem livros» - oração subordinada adjectiva relativa restritiva

     d)
          - «Logo que a Carol chegou» - oração subordinada adverbial temporal
          - «a Sophie gritou bem alto o seu amor a Saramago» - oração subordinante

1.1.1.
     1) «A Ana Rute fez essa declaração

     2) «A Joana dormiu nas aulas do dia seguinte.»

     3) «As pessoas leitoras são mais cultas.»

     4) «A Sophie saiu da sala imediatamente

1.1.2. Nas frases 1 e 2, a classe é a dos nomes («declaração» e «Joana»); na frase 3, é a dos adjectivos («leitoras»); por último, na frase 4, é a classe dos advérbios.

1.3. As orações subordinadas classificam-se como substantivas, adjectivas e adverbiais porque há um paralelismo entre estes três tipos de orações e as funções desempenhadas por substantivos (nomes), adjectivos e advérbios.

2.1.
     Grupo 1: frases a), c) e f).

     Grupo 2: frases b), d), e) e g).

2.2.1. As orações subordinadas do grupo 1 («Quem foi ao ar», «de quem a trata bem» e «onde a mandarem») são substantivas relativas. Já as orações subordinadas do grupo 2 («que ia aos cucos», «se ia aos cucos», «que gosta de margaridas» e «que não votarei no próximo domingo») são substantivas completivas.

2.2. As orações que são seleccionadas por um verbo ou por um nome são as do grupo 2, que são orações subordinadas substantivas completivas.

3.
     Elementos subordinantes:
          a) «sabia» (verbo);
          b) «verdade» (nome);
          c) «surpreendente» (adjectivo).

     Orações subordinadas:
          a) «se o seu coelho regressaria à toca.»;
          b) «que o Pedro gosta da época da vareja.»;
          c) «que o Sporting jogue tão bem.».

     Classificação das orações subordinadas: são todas orações subordinadas substantivas completivas.

4. As orações subordinadas substantivas são de dois tipos: completivas e relativas.
    As orações subordinadas substantivas completivas são, geralmente, introduzidas por uma conjunção subordinativa completiva e têm um elemento subordinante. As orações subordinadas substantivas relativas são, geralmente, introduzidas por um pronome relativo e não têm nenhum elemento subordinante.

5.1.
     a) «Os professores que bebem cerveja têm barriguinha de grávida.»
     b) «A Carol e a Vera, que estudaram pouco, passaram no exame de código.»
     c) «Margarida, as bolas de berlim que me fanaste estavam envenenadas.»
     d) «Vi uma fotografia assustadora que mostrava o cão da Rute
     e) «A Sara e a Joana, que são amigas dos animais, atropelaram uma osga.»

5.2. Estas orações são introduzidas por pronomes relativos.

5.3. As orações a), c) d) são subordinadas adjectivas relativas restritivas, enquanto as b) e e) são subordinadas adjectivas relativas explicativas.

5.4.
     a) «Os professores que bebem cerveja têm barriguinha de grávida.»
     b) «A Carol e a Vera, que estudaram pouco, passaram no exame de código.»
     c) «Margarida, as bolas de berlim que me fanaste estavam envenenadas.»
     d) «Vi uma fotografia assustadora que mostrava o cão da Rute.»
     e) «A Sara e a Joana, que são amigas dos animais, atropelaram uma osga.»

6. As orações subordinadas adjectivas relativas são de dois tipos: restritivas e explicativas. Ambas são, geralmente, introduzidas por um pronome relativo e têm como elemento subordinante um grupo nominal. As orações subordinadas adjectivas restritivas contribuem para a construção do valor referencial da entidade representada pelo antecedente. As orações subordinadas adjectivas explicativas contêm uma informação adicional sobre uma entidade representada pelo grupo nominal. Por isso, não contribuem para a definição da referência do seu antecedente. Na oralidade, caracterizam-se por pausas e, na escrita, por vírgulas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Plano (Álvaro de Campos e Pablo Picasso)

Planificação


Título: “Uma forma de expressão”


Introdução:

 A ciência mostra, a arte demonstra;

 O estatuto da ciência permite-lhe um conhecimento objectivo, verdadeiro, imparcial e capaz de descrever ou explicar o mundo tal como ele é, ao passo que a arte põe em causa o indivíduo inteiro, com os seus sentimentos e as suas emoções, com as suas ideias e convicções, sendo por isso de natureza subjectiva.

 A ciência define por meio de símbolos conceptuais, a arte sugere por meio de símbolos imagéticos.


Desenvolvimento:

 Pablo Picasso é um dos mais importantes artistas do séc. XX, retratando nas suas obras as emoções por que passou no decurso da sua vida. No quadro “Mulher chorando” de 1937, Picasso mostra-nos uma mulher a chorar, com um lenço na boca, envolta em dor e sofrimento.

 Isaac Newton foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, que criou uma expressão que se denomina Binómio de Newton.

 A Vénus de Milo é uma estátua grega, representa a deusa grega Afrodite, deusa do amor e da beleza física, considerada na Grécia Antiga um protótipo da arte clássica.

 Álvaro de Campos é um poeta sensacionista, torna a sensação a realidade da vida e a base da arte.


Conclusão:

 Hoje em dia, arte e ciência já não são processos distintos. Assim, Álvaro de Campos, ao afirmar que o Binómio de Newton é tão belo com a Vénus de Milo, pretende mostrar-nos que ciência é um tipo de arte que, apesar de diferente apresenta alguns pontos em comum, uma vez que também as teorias científicas podem ser orientadas por critérios estéticos.

 Actualmente as obras são cada vez mais relativas, tanto para os criadores, como para os seus críticos.

 Ser criador ou espectador exige esforço e aprendizagem, pois é a partir da visão que damos às coisas, que torna-mos objectos arte, uma vez que em milhares de pessoas que presenciam uma obra de arte, não haverá, certamente, duas que a sintam da mesma forma.

 Assim, tanto a Vénus de Milo como o quadro de Picasso são obras de arte, e por isso belos, embora o conceito de belo seja subjectivo, temos de estar prontos a admitir e a reconhecer uma verdadeira obra de arte, de forma a distinguir o genuíno do falso em todos os períodos.

S. S.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Orações - completivas e relativas (G9)

1. Divida e classifique as orações presentes nas frases dadas.

          a) A Rute declarou que o professor de Português está louco.
          b) Quem foi ao Porto dormiu nas aulas do dia seguinte.
          c) As pessoas que lêem livros são mais cultas.
          d) Logo que a Carol chegou, a Sophie gritou bem alto o seu amor a Saramago.

     1.1. Compare as frases do grupo A com as do grupo B.

          Grupo A
               a) A Rute declarou que o professor de Português está louco.
               b) Quem foi ao Porto dormiu nas aulas do dia seguinte.
               c) As pessoas que lêem livros são mais cultas.
               d) Logo que a Carol chegou, a Sophie saiu da sala.

          Grupo B
               1) A Ana Rute fez essa declaração.
               2) A Joana dormiu nas aulas do dia seguinte.
               3) As pessoas leitoras são mais cultas.
               4) A Sophie saiu da sala imediatamente.

          1.1.1. Sublinhe os grupos sintácticos em B que substituíram as orações em A.

          1.1.2. Identifique a classe a que pertencem os núcleos desses grupos sintácticos.

      1.3. Justifique a classificação das orações subordinadas em substantivas, adjectivas e
             adverbiais.


2. Observe as frases seguintes.

          a) Quem foi ao ar perdeu o lugar.
          b) A Sara afirmou que ia aos cucos.
          c) A Irene gosta de quem a trata bem.
          d) O Pedro perguntou à Sara se ia aos cucos.
          e) A Margarida jura que gosta de margaridas.
          f) A Vera vai onde a mandarem.
          g) É um facto que não votarei no próximo domingo.

     2.1. Agrupe as frases tendo em conta a classe da palavra que introduz as orações
            subordinadas.

          2.1.1. Classifique as orações subordinadas de cada grupo.

     2.2. Distinga as orações que são seleccionadas por um verbo ou por um nome.


3. Identifique nas frases apresentadas os elementos subordinantes e as orações subordinadas, classificando-as.

          a) A Ana não sabia se o seu coelho regressaria à toca.
          b) É verdade que o Pedro gosta da época da vareja.
          c) É surpreendente que o Sporting jogue tão «bem».


4. Complete as seguintes definições.

          As orações subordinadas substantivas são de dois tipos: _______________ e _______________.
          As orações subordinadas substantivas _______________ são, geralmente, introduzidas por uma _______________ _______________ _______________ e têm um elemento subordinante. As orações subordinadas substantivas _______________ são, geralmente, introduzidas por um _______________ _______________ e não têm nenhum elemento subordinante.


5. Observe as frases complexas fornecidas.

          a) Os professores que bebem cerveja têm barriguinha de grávida.
          b) A Carol e a Vera, que estudaram pouco, passaram no exame de código.
          c) Margarida, as bolas de berlim que me fanaste estavam envenenadas.
          d) Vi uma fotografia assustadora que mostrava o cão da Rute.
          e) A Sara e a Joana, que são amigas dos animais, atropelaram uma osga.

     5.1. Sublinhe as orações subordinadas.

     5.2. Identifique a classe das palavras que as introduzem.

     5.3. Classifique as orações.

     5.4. Sublinhe os antecedentes das orações subordinadas.


6. Complete o seguinte enunciado.

          As orações subordinadas adjectivas relativas são de dois tipos: _______________ e _______________. Ambas são, geralmente, introduzidas por um _________________ e têm como elemento subordinante um _______________ _______________. As orações subordinadas adjectivas _______________ contribuem para a construção do valor referencial da entidade representada pelo _______________. As orações subordinadas adjectivas _______________ contêm uma _______________ _______________ sobre uma entidade representada pelo grupo nominal. Por isso, não contribuem para a definição da referência do seu _______________. Na oralidade, caracterizam-se por pausas e, na escrita, por _______________.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Plano (Álvaro de Campos e Pablo Picasso)

Planificação

Titulo: “A ciência como arte”


Introdução:

• A ciência é exacta, incontestável e universal;
• A arte é sentida e avaliada por juízos de valor. A arte tem presente a ideia do belo e depende de culturas, vivencias e gostos.


Desenvolvimento:

• Pablo Picasso foi um pintor espanhol que, em 1937, pintou “Mulher que chora”. Esta obra representa Dora, a única mulher psicologicamente à altura do pintor;
• Newton foi um cientista inglês, criador do Binómio de Newton;
• A Vénus de Milo é uma estátua grega que representa Afrodite, a Deusa do amor e da beleza;
• Para Campos, a Vénus de Milo é tão bela como o Binómio de Newton.


Conclusão:

• Há várias maneiras de ver e sentir a arte;
• O Binómio de Newton, tal como a matemática, é arte;
• Tudo o que é arte é belo, nomeadamente a Vénus de Milo, o Binómio de Newton e o quadro de Picasso. Independentemente de interpretações.

M.M.
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