Português

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fim das marcas "Blogger" e "Picasa"

          A Google vai mudar as marcas de vários dos seus serviços mais populares, como o Blogger e o Picasa, para facilitar a respetiva integração no Google+. O YouTube mantém-se inalterado.

          Saber mais >>aqui.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Premonição...

          De acordo com professores que corrigiram exames nacionais (quer do 9.º ano quer do ensino secundário), os resultados que vêm a caminho não são nada famosos.

          Exemplificativo disso é o facto de haver correctores com 70% de provas com classificação negativa. Quer isto dizer que, por exemplo, em 50 exames, 35 são inferiores a 10 valores (ensino secundário) ou ao nível 3 (9.º ano).

domingo, 3 de julho de 2011

"Sísifo", de Miguel Torga

          O ano lectivo terminou há muito, a primeira fase dos exames nacionais também.
          Como mensagem para um novo ciclo que se aproxima para milhares de alunos, que já vislumbram a universidade no horizonte, aqui fica o poema "Sísifo", da autoria de Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido por Miguel Torga:

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.


E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga, Diário XIII

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O verbo "poder"

          Pérola retirada do Record on-line:

          «Após Federer ter vencido os dois primeiros sets, poucos acreditariam que Tsonga podesse conquistar os três parciais seguintes, e avançar para as meias-finais.»

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um mês e meio louco



          Vai começar hoje a fase de correcção dos exames nacionais de Português, que só terminará a 8 de Agosto.

          Aceitam-se pistas acerca do que o GAVE engendrou para "responder" às questões do exame mal formuladas e que deram origem a interpretações diversas por parte dos alunos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Exame nacional 2011 - 1.ª fase

terça-feira, 21 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Exame Nacional 2011 - 1.ª fase - Proposta de correcção

Grupo I

Texto A

1. Sensações do sujeito poético:
  • Sensação visual: "Moram ali pessoas que desconheço, que já vi mas não vi." (v. 3);
  • Sensação auditiva: "As vozes, que sobem do interior do doméstico..." (v.8).

2. Infância é sinónimo de:
  • inocência, felicidade e alegria ("As crianças, que brincam..." - v. 5);
  • beleza e fragilidade (os vasos de flores);
  • protecção ("... que brincam às sacadas altas..." - v. 5);
  • a (aparente) eternidade da alegria e felicidade simbolizadas pela infância, reveladora da inconsciência que as crianças têm da passagem do tempo.

3. Relação entre o sujeito poético e os outros:
  • é uma relação de oposição: o sujeito é infeliz e vive desajustado; os outros são felizes e vivem ajustados ao que os rodeia;
  • por outro lado, o sujeito é diferente dos outros, de quem vive afastado e que desconhece ("pessoas que desconheço, / que já vi mas não vi.").

4. Na última estrofe, o sujeito revela o seu vazio e a sua dor ("Um nada que dói..." - v. 26) e esse estado de espírito resulta da reflexões que fez nas estrofes anteriores.
          Assim, nelas ele questiona-se acerca do sentir dos «outros», concluindo que, no fundo, não há «outros», mas «nós», isto é, só é possível sentir individualmente. Por outro lado, é extremamente difícil ou impossível ter acesso ao sentir do(s) outro(s), dado que há um fechamento, uma falta de comunicação dos seres humanos entre si, que tem a ver com a individualidade de cada ser humano.


Texto B

. Introdução:
  • Reis, heterónimo de Pessoa, de formação clássica, cultor de um epicurismo triste;
  • Desenvolve o tema da da brevidade, fugacidade e transitoriedade da vida / do tempo.

. Desenvolvimento:
  • A passagem do tempo é inexorável, a vida é breve e a morte uma certeza (imagem do rio que passa, do mar, os símbolos clássicos - a barca, Caronte, o óbolo, etc.) # contraste com a Natureza, que se renova periodicamente;
  • A impossibilidade de o Homem lutar contra esses factos;
  • Implicações: sofrimento, dor, angústia...;
  • Objectivo: evitar o sofrimento;
  • Adopção de uma filosofia de vida / princípios de vida:
                    - aceitação dessas realidades;
                     - ideal do carpe diem: aproveitar o momento, porque a vida é breve;
                    - viver com moderação, auto-domínio, sem apego às coisas;
                    - comedimento das paixões, das ambições, evitando assim a dor da morte;
                    - busca do prazer relativo e da ataraxia;
                    - ...

. Conclusão:
  • Reis procura evitar o sofrimento e a dor motivadas pela efemeridade da vida / passagem do tempo;
  • Reis constrói uma filosofia de vida orientada nesse sentido.
          » Referência, por exemplo, a poemas como "Vem sentar-te comigo, Lídia...".



Grupo II

     Versão 1                                                                          Versão 2

1.1. D                                                                              1.1. B

1.2. B                                                                               1.2. A

1.3. C                                                                               1.3. B

1.4. D                                                                               1.4. C

1.5. C                                                                                1.5. B

1.6. A                                                                                1.6. D

1.7. A                                                                                1.7. B

2.1. O antecedente dos pronomes possessivos é o grupo nominal "As terras".

2.2. A expressão destacada desempenha a função de sujeito.

2.3. A oração referida é uma oração subordinada adverbial consecutiva.



Grupo III

. Introdução:
  • A importância genérica da literatura / da leitura para o ser humano;
  • Relacionamento com o texto introdutório.

. Desenvolvimento:

          - Argumento 1: a literatura desperta o sonho, a criatividade, a imaginação, dá asas ao
                                  Homem para este voar; é uma forma de evasão;

                    - Exemplos:
                              a) a identificação com uma situação, uma personagem...;
                              b) a construção de uma imagem mental das personagens, dos espaços,
                                   dos cenários, das acções...

          - Argumento 2: a literatura é sinónimo de conhecimento, cultura, consciência, espírito
                                    crítico, liberdade...

                    - Exemplos:
                              a) a leitura protege o ser humano da ignorância, estupidez, tirania... - con-
                                   frontar a sociedade portuguesa anterior ao Salazarismo e a actual, mais
                                   escolarizada, mais «lente»;
                              b) os alunos que lêem regularmente, por norma exprimem-se melhor, pen-
                                   sam de forma estruturada e crítica, em comparação com aqueles que
                                   não lêem, que apresentam maiores dificuldades em se expressarem.

          - Argumento 3: a literatura possibilita o estreitamento das relações familiares, a partilha
                                    e a afectividade; nela estão retratados os sentimentos humanos e as
                                    formas de relação do Homem com o que vê, sente...

                    - Exemplos:
                              a) a leitura em família (os pais que lêem para os filhos em idade pré-esco-
                                   lar; os pais e filhos que lêem em conjunto / partilham a leitura...);
                              b) os clubes de leitura...

          - Argumento 4: a literatura é a transfiguração da realidade, possibilitando assim a fuga
                                    à rotina e à monotonia do quotidiano;

                    - Exemplo: a fruição da leitura; a literatura / leitura enquanto prazer, ocupação de
                                       tempos livres - função semelhante à desempenhada por outras formas
                                       de arte (a música, o cinema, o teatro...).

É HOJE!


Pelo final da tarde, aqui será colocada uma proposta de correcção do exame.

sábado, 18 de junho de 2011

Em memória...

          "A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras. No dia seguinte ninguém morreu."

                                  José Saramago, As Intermitências da Morte

Gramática nos exames

  • Coesão: todos os exames, várias questões;
  • Funções sintácticas: 4 exames;
  • Relações entre palavras: vários exames;
  • Orações: vários exames;
  • Pontuação (nomeadamente o uso expressivo da pontuação): vários exames;
  • Conectores: vários exames;
  • Modos / tempos verbais: 2 exames;
  • Actos ilocutórios, aspecto verbal, valor do adjectivo, deícticos, pronomes: 1 exame.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sinais dos tempos

Futuros magistrados apanhados a copiar tiveram todos dez
          Indícios de que 137 auditores que estão no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) a formarem-se para serem magistrados copiaram num teste levou à anulação do exame. Face à impossibilidade de encontrar uma data para repetir o teste a direcção da instituição decidiu atribuir nota dez a todos os futuros magistrados.

CV (exemplo 2)



CV (exemplo 1)


(C) Ana R. Teixeira
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