Português

domingo, 14 de outubro de 2012

Benfica - Banyas on-line

Clicar AQUI.

"Ó sino da minha aldeia" - Questionário

            Assinale a alínea que completa corretamente cada uma das afirmações e / ou responda às perguntas formuladas.

1. O sentido que a evocação do sino desperta no sujeito poético é
a) o tato.
b) a audição.
c) o olfato.
d) a visão.

2. O modificador do nome apositivo usado para qualificar o sino na primeira quadra é
a) “Ó sino da minha aldeia”;
b) “Dolente na tarde calma”;
c) “Cada tua badalada”;
d) “dentro da minha alma”.

3. Esse modificador funciona como
a) hipérbole do estado de espírito do sujeito poético.
b) hipérbole da calma da tarde.
c) hipálage do sujeito poético.
d) metáfora da cadência do sino.

4. Os versos 3 e 4 da primeira estrofe significam que
a) cada badalada do sino ressoa na alma do sujeito poético, perturbando-lhe o sossego.
b) o soar do sino é uma presença efetiva que traz memórias de infância ao sujeito poético e não é comparável a outro toque de uma qualquer igreja.
c) o soar do sino é extremamente perturbador, pela lentidão e caráter repetitivo das badaladas, sempre em tom monocórdico.
d) o sujeito poético recusa a dor de pensar, procurando recuperar os tempos felizes vividos na sua aldeia natal.

5. Com os versos “Soa dentro da minha alma” (v. 4) e “Soas-me na alma distante” (v. 12), o sujeito poético destaca
a) o seu estado de espírito contraditório e a indefinição que caracteriza a sua existência.
b) os efeitos da visão do sino na sua conceção do tempo psicológico.
c) os resultados da audição do sino na sua perceção do tempo cronológico.
d) os efeitos da audição do sino na sua conceção do tempo psicológico.

6. O verso “Tão como triste da vida” (v. 6) apresenta uma construção pouco habitual. A construção correta seria
a) “Tão lento como triste da vida”.
b) “Tão triste como da vida”.
c) “Tão triste como o soar da vida”.
d) “Da vida tão triste como lento”.

7. Na segunda estrofe, o sujeito poético afirma que “(…) a primeira pancada / Tem um som de repetida.” (vv. 7-8), visto que
a) produz eco na sua cabeça.
b) produz eco nas casas vizinhas, confundindo a sua perceção da realidade.
c) desperta as suas memórias, propiciando uma vivência “repetida” pela lembrança.
d) exprime, metaforicamente, a monotonia que pauta a sua vida.

8. O adjetivo “errante” (v. 10) caracteriza o eu lírico como alguém que
a) possui uma natureza inconstante e sem rumo e esperança na vida.
b) caminha pela aldeia sem um rumo concreto e definido.
c) procura uma luz que ilumine a sua existência e lhe dê um rumo.
d) comete sistematicamente os mesmos erros.

9. Os dois últimos versos do poema contêm
a) uma metáfora e a repetição “mais (…) / mais”.
b) uma comparação e um paradoxo.
c) um paradoxo e uma antítese.
d) uma antítese e uma anáfora.

9.1. Esses versos
a) o passado como um tempo longínquo, distante, como se de um sonho se tratasse, despertando no sujeito a saudade esse tempo.
b) contrastam o sentir do sujeito poético em dois momentos confluentes.
c) caracterizam o sujeito poético como um ser em permanente conflito com o seu passado, que o atormenta continuamente.
d) representam o sentir do adepto benfiquista, que assiste, incrédulo, à decadência do seu clube, ficando o passado glorioso como uma ténue lembrança.

10. A presença, nos últimos dois versos do poema, de diversos recursos estilísticos – a antítese, a anáfora, a aliteração do /s/, o quiasmo ‑
a) reflete a influência barroca na poesia de Pessoa, pela acumulação de figuras de estilo.
b) enriquece o texto do ponto de vista retórico.
c) anuncia a feição modernista do poema.
d) traduz a eufonia que caracteriza a poesia de Pessoa.

11. De acordo como sentido do poema, para Pessoa a categoria tempo
a) restringe-se ao sentir ao sentir do presente enquanto continuidade natural do passado e antecipação do futuro.
b) é sempre encarada como algo negativo e perturbador.
c) é constituída por uma série de momentos que não se excluem e surgem em simultâneo na sua memória.
d) não existe no processo de criação poética.

12. O tema do poema é
a) o sino da aldeia do sujeito poético.
b) o estado de alma do sujeito poético, caracterizado pela saudade e nostalgia da sua aldeia natal.
c) a nostalgia de um passado distante e irreversível, que persiste através da memória.
d) a dor, motivada pelo facto de o eu lírico ser incapaz de sentir e intelectualizar os sentimentos e as emoções.

13. O sino simboliza
a) a aldeia do sujeito poético.
b) as tardes calmas vividas na aldeia.
c) a nostalgia de uma felicidade perdida, a da infância, recuperada através da memória.
d) o desconforto e a ausência de sentido para a vida.

13.1. Transcreva os versos do texto que justificam a sua opção.

14. Por sua vez, a aldeia (o sino e a aldeia referem-se, na verdade, ao sino da Igreja dos Mártires, no Chiado, e ao Largo de S. Carlos, zona de Lisboa onde o poeta nasceu)
a) constitui o espaço preferido do eu lírico.
b) é a antítese do espaço citadino.
c) é o espaço que recorda ao eu lírico o som do sino.
d) constitui a metáfora da interioridade do eu lírico, um espaço de intimidade.

15. As formas verbais encontram-se no presente do indicativo e
a) traduzem uma vivência passiva do momento, pela recordação saudosista do passado.
b) situam a aldeia e o sino no presente do sujeito poético.
c) apontam para a noção de que o sujeito poético se encontra preso no presente.
d) fixam o estado de alma do sujeito poético.

16. As aliterações em /t/, /d/ e /p/
a) sugerem o disparar de uma arma.
b) sugerem o soar das badaladas do sino.
c) prenunciam o estado de alma do sujeito poético.
d) são uma característica da poesia de Pessoa.

17. A predominância de sons nasais
a) deve-se ao facto de Pessoa ser fanhoco.
b) está associada ao ritmo do soar do sino.
c) traduz a nostalgia que o sujeito poético sente relativamente à sua aldeia.
            d) confere ao texto um tom de tristeza e dolência.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A rainha Christine vai nua

Por Ferreira Fernandes
     GASTAVA-SE demais. O FMI deu a solução: gastar menos. E explicou-a: gastando menos, a economia caía (até eu percebi: menos investimento, logo menos obras, menos emprego...), mas era poupança que levava a o relançamento (também compreendi: se o Estado emagrece, então precisa de menos impostos, e a economia, como Fénix renascida, logo dançaria com ramos de margaridas). 
     A explicação não foi tão poética, mas foi assim que a ouvimos. O problema é que a Christine Lagarde não é dada a rimas, ela é mais números. Tivesse ela aproveitado a nossa ânsia de música, ainda continuávamos alegremente iludidos. Mas a francesa de perfil seco sacou da calculadora: "Por cada euro de austeridade, a economia cairia 0,50 euros", decretou. 
     O resto da humanidade olhou para a fórmula como um boi para um palácio, fingiu que percebeu e sorriu porque a Lagarde também sorria quando enunciou a fórmula. Um euro de poupado e só meio euro de queda, parecia boa e prometedora aquela relação...
     Ora, agora, ficámos a saber que por cada euro de austeridade, afinal, a economia cai entre 0,9 e 1,7 euros. Mesmo tansos como nós sabem calcular o tamanho do engano: o FMI errou do dobro ao triplo! 
     Mais uma vez ficou demonstrada a vantagem da poesia. Tivesse o FMI ido por ela, ainda hoje podia continuar a iludir-nos, dizendo que o engano era pouco, em vez de ramos de margaridas eram de crisântemos... Mas como insistiu nos números, tramou-se. 
     São uns sábios da treta. 

DN de 12 de outubro de 2012

Ranking de escolas - Exames nacionais

Prémio Nobel da Paz - União Europeia

Anterozóide
     As vítimas da UE por ordem: Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Novamente o PISA...

     A imagem infra (pertencente a um estudo da OCDE) que confirma que, se atendermos aos antecedentes socioeconómicos dos alunos, o desempenho nos testes PISA dos estudantes portugueses ficam acima da média e mais perto dos chamados países desenvolvidos do que é comummente aceite.

Estado não quer concorrência


"Isto" - Correção do questionário


 1.1. No poema “Autopsicografia”, o sujeito poético socorre-se da terceira pessoa verbal (“é”, “finge”, etc.), visto que tece considerações de caráter generalizante sofre o fingimento / a criação poética, que, naturalmente, também o incluem a si.
         Já em “Isto”, que constitui uma espécie de “resposta poética” àqueles que, tendo lido “Autopsicografia” e interpretado erroneamente a sua mensagem, o acusavam de mentir nos poemas que escrevia, o sujeito aplica a si e à sua prática poética as considerações sobre a construção lírica / a poesia e a figura do poeta que efetuara, de modo geral, no segundo poema. Daí que, em “Isto”, faça uso da primeira pessoa (“finjo”, “minto”, etc.).

1.2. O sujeito poético é acusado de ser verdadeiro nos seus poemas, isto é, de fingir / mentir sobre tudo o que escreve.

2.1. O «eu» refuta essa acusação, defendendo que se limita a sentir com a imaginação, racionalizando tudo, mas não mentindo, como se pode verificar pelo recurso ao advérbio de negação «Não».

2.2. O sujeito poético, nesses versos, refuta a “acusação” que lhe é feita, negando que haja mentira no ato de criação poética. O fingimento poético resulta da intelectualização do “sentir”, da racionalização. Ele nega o “uso do coração”, aponta para a simultaneidade dos atos de “sentir” e “imaginar” (pensar), apresentando a obra / criação poética como uma espécie de síntese onde a sensação surge filtrada pela imaginação criadora. O fingimento poético é fruto da imaginação criadora e não do coração.

2.3. De acordo com um «outros» indefinido (“Dizem”), “fingimento” é sinónimo de falsidade, de mentira. Segundo o sujeito lírico, tal interpretação é errada. De facto, para ele, “fingimento” remete para a racionalização, para a imaginação criadora.

2.4. O advérbio “simplesmente” destaca a simplicidade da sua teoria e da sua arte poética, mas possui também um valor irónico, dado que, ao ressaltar a naturalidade e a singeleza do seu processo de criação, reprova todos os que veem nele uma complexa e elaborada construção intelectual e que criticam a sua autenticidade e espontaneidade. Por outro lado, sugere que esta atividade intelectual é habitual para o sujeito poético.

3.1. A figura de estilo é a comparação: “Tudo o que sonho ou passo / (…) É como que um terraço (…)” (vv. 6 a 9).

3.2. A comparação evidencia que a realidade que envolve o sujeito poético (“passo” e “finda”) ‑ bem como os seus sonhos (“sonhos”) e falhanços (“falho”) ‑ é apenas a “ponte” para “outra coisa”: a obra poética, a expressão máxima do Belo. Ou seja, nos alicerces da criação poética encontram-se as emoções negativas e positivas e delas fazem parte os sonhos e as vivências do poeta (“o que sonho ou passo”), os falhanços e as deceções (o que falha), bem como a consciência da efemeridade de tudo na vida (o que finda). No entanto, este conteúdo emocional e realmente sentido é uma espécie de “terraço / Sobre outra coisa ainda”, isto é, as emoções sentidas são a via de acesso a “outra coisa” que é “linda”, que é o poema «perfeito» que o poeta sonha escrever, racionalizando as emoções.

3.3. O sujeito poético sente dificuldade na sua procura, visto que entre ele e o que procura alcançar há algo (“terraço”) que o impede de atingir “essa coisa”, “que é linda”. Isto significa, portanto, que, por mais que o sujeito poético se esforce na sua procura, o seu alvo está tão distante do mundo físico em que se encontra que há sempre um outro nível que o separa do seu objetivo.

3.4. Na esteira da Alegoria da Caverna de Platão, o terraço é uma espécie de “ponte” entre o mundo sensível (o terreno) e o mundo inteligível (o perfeito, das ideias).

4.1. O marcador discursivo que introduz a terceira estrofe é a locução “Por isso”, que tem um valor conclusivo ou explicativo.

4.2. O sujeito poético procura libertar-se do que o rodeia, que é palpável, do que o prende (“enleio”), de modo a atingir o que é verdadeiramente belo e que está num nível superior de inteligibilidade. Ou seja, o «eu» procura desligar-se de cada “enleio” e tornar-se “Sério do que não é”, isto é, consciente da transformação que opera intelectualmente sobre os seus sentimentos. Ele concebe o fingimento poético como uma forma de sinceridade intelectual (“Sério do que não é”).
         Dito de forma mais simples e concisa, o poeta escreve distanciado das emoções que se encontram arquivadas na sua memória ou naquilo “que não está ao pé”, conseguindo assim libertar-se das perturbações de caráter emocional (“livre do meu enleio”) e fingindo emoções que não sente (“Sério do que não é”).

4.3. A interrogação conclui a explicação anterior do sujeito poético e reforça a sua teoria. Assim, ele recusa a poesia como expressão imediata das sensações. O sentir, de acordo com a sua teoria, é remetido para o leitor (“Sentir? Sinta quem lê!” ‑ v. 15), enquanto ao poeta cabe a transformação do sentimento através da sua racionalização, do fingimento.

4.4. O sujeito poético transforma as emoções através do pensamento. Deste modo, liberta-se da sinceridade humana convencionada, dos sentimentos espontâneos que nega existirem para o criador poético, deixando essa tarefa a cargo do leitor.

5. O tema do texto é o fingimento poético / a criação poética.

6. O poema é constituído por três quintilhas de versos hexassílabos (seis sílabas métricas). A rima é cruzada e emparelhada, de acordo com o esquema ABABB.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Testes PISA: alunos portugueses com desempenho acima da média?

     Os diapositivos seguintes fazem parte da comunicação apresentada pelo Professor David Justino em Montemor, no dia 29 de Setembro.
     Resumindo: atendendo aos constrangimentos de ordem social e cultural das suas famílias, os alunos portugueses têm um desempenho acima da média nos testes PISA.
     E esta hein?
     Não fui eu que inventei… é o resultado de um estudo em decurso para publicação internacional e deita por terra muitas ideias feitas sobre o mau trabalho feito nas escolas portuguesas que conseguem, com alunos com um background mais problemático, alcançar resultados acima do previsível.


Roubado ao blogue A Educação do Meu Umbigo

Recuo do ministro da Educação e da Ciência

Exames secundário

Ministério da Educação recua na questão dos exames do 12.º ano

08.10.2012 - 16:34 Por Graça Barbosa Ribeiro
  • Votar 
  •  | 
  •  11 votos 
Os alunos que chegarem ao 12.º ano em 2015 vão ter de responder sobre a matéria dos três anos do secundárioOs alunos que chegarem ao 12.º ano em 2015 vão ter de responder sobre a matéria dos três anos do secundário (Foto: Enric Vives-Rubio)
 Ainda não é este ano que os alunos do 12.º ano vão ter de responder, nos exames nacionais, sobre os programas dos três anos das disciplinas trienais. Mas a regra é para aplicar gradualmente. Os alunos que chegarem ao 12.º ano em 2014/2015 já serão abrangidos.

sábado, 6 de outubro de 2012

«Para» ou «pára» ou um acordo ortográfico parvo

http://sorumbatico.blogspot.pt/

     Houve uma altura, não há muito tempo, em que o título acima era clarinho. Depois inventaram um acordo ortográfico e deu nisto: os trabalhadores fizeram greve para produzirem o iPhone? Ou a greve parou a produção do «gadget»?

Benfica - Beira Mar on-line

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Tema de James Bond, John Williams; «Kingston Calypso», de Byron Lee

   

«Dr. No» (1962)

     A 5 de outubro de 1962 estreava o primeiro filme de James Bond, o espião mais famoso do cinema: «Dr. No».

Derrotem-no que ele gosta

Por Ferreira Fernandes
     O MINISTRO Gaspar tinha um problema: o défice. Então, apresentou a solução 1: cortes de subsídios dos funcionários. Mas o decreto foi ao Tribunal Constitucional e chumbou: à medida faltava equidade, só batia em parte dos portugueses e poupava outros. Quem gostou do chumbo foi o próprio ministro, porque entretanto tinha-se agravado o tal défice e dava-lhe jeito aumentar, somando os privados aos funcionários, o universo a quem bater. 
     Gaspar inventou, então, a solução 2: mudanças na TSU. Porque digo que ele gostou da oportunidade de passar da solução 1 para a solução 2? Ora, porque todos os ministros das Finanças adoram aumentos de receita. Aconteceu, porém, que a nova solução também não vingou. O povo saiu à rua e a TSU foi corrida. 
     Quem gostou do novo desaire, quem foi? Já adivinharam, o ministro das Finanças. Ele esfregou as mãos com a derrota da solução 2 porque, entretanto e mais uma vez, já precisava de ir mais longe e passar à solução 3. Foi o que conhecemos ontem: o aumento brutal do IRS. Ou, como diria o ministro Gaspar, um upgrade, mais um aumento da receita. 
     E eu já tremo por alguém (rua, tribunais, o que seja) tentar chumbar a 3 e obrigue o ministro ao prazer da solução 4. 
     Portugueses, fiquem quietos: estamos a criar um monstro, um sadomasoquista, que adora ser derrotado na sua medida anterior só pelo prazer que lhe dá em bater-nos ainda mais com a medida seguinte. Por favor, não lhe alimentem o vício. 
Diário de Notícias de 4 de outubro de 2012

A CAPA de 2012

Capa do jornal i
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...