Português

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Caeiro, o «Mestre»

Quer Fernando Pessoa (o ortónimo) quer os restantes heterónimos consideram Alberto Caeiro o seu Mestre. Porquê?

Caeiro aponta soluções para os problemas existenciais e filosóficos que atormentam quer o ortónimo quer os outros heterónimos.

Caeiro é, desde logo, o único que consegue atingir a paz, a tranquilidade e a serenidade ao recusar o pensamento e ao adotar o sentir – "Eu não tenho filosofia, tenho sentidos." –, precisamente o oposto de Pessoa, que tudo racionalizava e era incapaz de sentir. Caeiro é, por conseguinte, aquilo que o ortónimo não consegue ser, isto é, alguém que não procura qualquer sentido para a vida ou para o universo, porque lhe basta aquilo que vê e sente em cada momento.

Na verdade, todos os «eus» poéticos pessoanos são atingidos, de uma forma ou de outra, pelo peso excessivo do pensamento, da razão, do racionalismo, causadores de dor e impeditivos da felicidade. Assim, Pessoa apresenta-se como incapaz de sentir; Ricardo Reis controlar as suas emoções através do uso da razão, para evitar a infelicidade; Álvaro de Campos, na sua fase abúlica, lamenta-se do seu vício de pensar ("Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça!"). Pelo contrário, Alberto Caeiro encontra a felicidade ao recusar o pensamento e a existência de um lado abstrato / obscuro das coisas, defendendo a existência apenas do concreto, do objetivo: "Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, / Sei a verdade e sou feliz".

Sintetizando, Caeiro é considerado o Mestre em consequência dos seguintes princípios poéticos:
Recusa o pensamento (que implica que se deturpe o significado das coisas que existem), a filosofia e a metafísica, a essência, acreditando o poeta apenas na aparência (captada pelos sentidos), eliminando assim a dor de pensar e alcançando a felicidade;
Sensacionismo: Caeiro substitui o pensamento, que considera uma doença, pelas sensações que colhe no exterior objetivo, defendendo que nada existe para além do que é percetível para o ser humano, para além do que é captado pelos sentidos – ou seja, devemos percecionar, conhecer e fruir o mundo através dos sentidos, sobretudo a visão, e o real se reduz à materialidade;
Aceitação serena do mundo e da realidade tal qual eles são: as coisas são o que são, resumem-se à sua aparência, não têm significados ocultos, e o poeta aceita-as como elas são, sem as questionar, sem as pensar, visto que "pensar é não compreender" (pelo contrário, o ortónimo pensa, vê para além das aparências, considerando que aquilo que vê é apenas a exteriorização de outra coisa);
Comunhão com a Natureza: o ser humano deve submeter-se às leis naturais e não deve racionalizar processos que existem naturalmente (por exemplo, as ideias de vida ou de morte, que existem enquanto verdades absolutas), daí a negação da existência de significados ocultos na Natureza – neste ponto, aproxima-se do paganismo;
▪ Caeiro sente-se deslumbrado perante a natureza e a sua diversidade (a “eterna novidade do mundo”);
▪ Caeiro é o poeta do real objetivo e do olhar ingénuo sobre o mundo: Caeiro aceita as ideias de vida e de morte sem mistérios, despojadas de reflexão, de pensamento, de subjetividade;
Neopaganismo: Caeiro tem uma visão pagã da existência, resultante da comunhão com a Natureza, que passa pela descrença na transcendência e pela opção pela sensação, considerara a única verdade;
▪ Considera que só o presente existe e deve ser vivido;
Irregularidade formal (verso livre, irregularidade métrica e estrófica), «seguida» por Álvaro de Campos.

Note-se, porém, que existe uma grande liberdade dos discípulos em relação ao seu Mestre. Por exemplo, Ricardo Reis é discípulo de Caeiro apenas em parte, visto que ama a Natureza e o viver lúdico da infância, mas não possui a calma e a placidez exibidas pelo Mestre diante da passagem / do fluir do tempo e da certeza da morte. Reis receia-a e angustia-se perante a sua mortalidade e a do ser humano em geral.

Por sua vez, Álvaro de Campos, apesar de amar e reverenciar Caeiro, "exaspera-se por não conseguir viver os seus ensinamentos". É o próprio Campos que afirma: "Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu".

Fernando Pessoa, por seu turno, é a antítese do Mestre, porque pensa e sofre em virtude dessa racionalidade e da consciência. Ele que afirmou que cada um dos heterónimos constitui uma espécie de drama, o que leva alguns estudiosos da obra pessoana a falar em Poetodrama relativamente à questão da heteronímia.

Em suma, Caeiro é o Mestre, mas quer o ortónimo quer os heterónimos seguiram o seu próprio caminho com liberdade.


Bibliografia:

. COELHO, Jacinto do Prado, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa;
. Coleção RESUMOS, Poemas de Fernando de Pessoa;
. JACINTO, Conceição et alii, Análise de Poemas de Fernando Pessoa;
. MARTINS, Fernando Cabral (Coord.), Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português;
. MATOS, Maria Vitalina Leal, A Vivência do Tempo em Fernando Pessoa;
. SEABRA, José Augusto, Fernando Pessoa ou o Poetodrama;
. SENA, Jorge de, Fernando Pessoa & Companhia Heterónima.          

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Perfil de Alberto Caeiro

Perfil de Alberto Caeiro, traçado a partir da leitura da carta a Adolfo Casais Monteiro.

1. Aspetos biográficos:
          a) Nascimento: 16 de abril de 1889, em Lisboa.
          b) Falecimento: 1915, Lisboa, vítima de tuberculose.
          c) Profissão: nunca exerceu qualquer profissão; viveu à custa de pequenos
                               rendimentos.
          d) Educação: instrução primária (4.ª classe).
          e) Família:
                    - órfão de pai e mãe muito jovem;
                    - vivia com uma velha tia-avó, de pequenos rendimentos, no campo, numa
                       quinta do Ribatejo.

2. Retrato:
          a) Traços físicos:
                    - estatura média;
                    - aspeto frágil;
                    - cara rapada;
                    - louro sem cor;
                    - olhos azuis.

3. Obra
          a) Obras:
                    - O Guardador de Rebanhos;
                    - O Pastor Amoroso;
                    - Poemas Inconjuntos.
          b) Relação com Pessoa e heterónimos: é considerado o Mestre.
          c) Traços poéticos:
                    - ausência de pensamento metafísico;
                    - ausência de racionalização.
          d) Relação com a escrita: escreve mal o português.
          e) Génese: 8 de março de 1914, o "dia triunfal" da vida de Pessoa, pois nele
                           apareceu o seu «Mestre», «"pur pura e inesperada inspiração".

O nome: Alberto Caeiro

     De acordo com o sítio http://www.umfernandopessoa.com, o nome deste heterónimo de Fernando Pessoa seria explicável do seguinte modo...

     Alberto, um nome de origem germânica, significa «calmo» ou «nobre».

     Por seu lado, Caeiro relacionar-se-ia com cal e por isso com branco, remetendo para os versos do heterónimo - brancos por não possuírem rima - e para o facto de ele não crer em nada além do que vê. Assim, a sua compreensão da realidade seria, igualmente, branca, sem nada escrito nela. Além disso, em determinadas culturas, o branco é a cor funerária, do esquecimento e da perda de tudo.

     Deste modo, associando o nome e o sobrenome, Alberto Caeiro significaria «a nobreza calma do esquecimento das coisas».

     Há, ainda, quem seja audaz e associe o nome «Caeiro» a «(Mário de Sá-)Carneiro», o grande amigo de Pessoa e que desempenhou um papel, simultaneamente, importante e involuntário no surgimento deste heterónimo, pois, segundo a carta sobre a génese dos heterónimos, ele teria surgido para pregar uma partida a Mário de Sá-Carneiro.

sábado, 10 de novembro de 2012

Epigrama I, 38

Os versos que tu recitas
São, sim, Fidentino, meus;
Mas como os recitas mal,
Eles passam a ser teus.

                         Marcial

Epigrama VI, 36

Papilo, um pau tão grande tens quanto o nariz
Que sempre, ao levantar, podes cheirar.

                                               Marcial

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A vitória de Obama


A austeridade pela Grécia, ou da regressão humana

25/10/2012 - 16h39

Desempregados gregos deixam de ter acesso a atendimento médico

PUBLICIDADE
LIZ ALDERMAN
DO "NEW YORK TIMES", EM ATENAS

     Como chefe do maior setor de oncologia da Grécia, o médico Kostas Syrigos achou que já tinha visto tudo. Mas nada o tinha preparado para o encontro com Elena, uma desempregada cujo câncer de mama tinha sido diagnosticado um ano antes de sua consulta com ele.
     No momento da consulta, o tumor já tinha alcançado o tamanho de uma laranja e rompido a pele, deixando uma ferida cujo pus ela estava enxugando com guardanapos de papel.
     "Quando a vimos, ficamos sem palavras", disse Syrigos, chefe de oncologia do Hospital Geral Sotiria, na região central de Atenas. "Todo o mundo chorou. Coisas como essas são descritas nos livros didáticos de medicina, mas a gente nunca via em primeira mão porque, até agora, qualquer pessoa que adoecesse neste país sempre podia ser atendida."

Angelos Tzortzinis/The New York Times
O cardiologista Giorgos Vichas, que participa de um grupo clandestino de atendimento médico na Grécia
O cardiologista Giorgos Vichas, que participa de um grupo clandestino de atendimento médico na Grécia

     A vida na Grécia foi virada do avesso desde que a crise da dívida tomou conta do país. Mas em poucas áreas a mudança tem sido mais marcante que na saúde.
     Até pouco tempo atrás, a Grécia tinha um sistema de saúde típico da Europa, com empregadores e indivíduos contribuindo para um fundo que, com assistência do governo, financiava o atendimento médico universal. Isso mudou em julho de 2011, quando a Grécia firmou um acordo com credores internacionais, recebendo um empréstimo para evitar o colapso financeiro.
     Agora os gregos que perdem seus empregos recebem benefícios pelo prazo máximo de um ano. Depois disso, se não puderem pagar a conta, eles ficam por conta própria, obrigados a arcar com seus próprios custos de saúde.
As mudanças estão forçando cada vez mais pessoas a buscar ajuda fora do sistema de saúde tradicional. Elena, por exemplo, foi encaminhada para Syrigos por médicos que participam de um movimento clandestino que surgiu no país para dar atendimento a quem não tem seguro médico.
     "Hoje, na Grécia, estar desempregado significa a morte", disse Syrigos. "Estamos caminhando para a mesma situação em que os Estados Unidos estavam, na qual, se você perde o emprego e não tem convênio médico, você deixa de ter direito a qualquer atendimento."
     Com os cofres públicos esvaziados, os suprimentos médicos estão em níveis tão baixos que alguns pacientes têm sido forçados a trazer os seus de casa, inclusive coisas como seringas e stents (próteses metálicas para a desobstrução de artérias).
     Com a deterioração do sistema, Syrigos e vários de seus colegas decidiram tomar as rédeas do problema nas próprias mãos. "Somos uma rede do tipo Robin Hood", disse o cardiologista Giorgios Vichas, que fundou o movimento clandestino em janeiro. "Em algum momento, as pessoas não vão mais poder doar, devido à crise. É por isso que estamos pressionando o Estado para que volte a assumir a responsabilidade pela saúde."
     Elena contou que ficou sem seguro médico depois de abandonar seu emprego de professora para cuidar de seus pais, que estavam com câncer, e um tio doente. Ela entrou em pânico quando descobriu que tinha o mesmo tipo de câncer de mama que matou sua mãe. O tratamento custaria pelo menos US$40 mil, ela ouviu dos médicos, e as finanças de sua família estavam zeradas.
     "Se eu não pudesse vir aqui, não faria nada", ela comentou. "Hoje, na Grécia, as pessoas precisam combinar com elas mesmas que não vão ficar muito doentes."

Tradução de Clara Allain

A austeridade: um princípio

Notícias ao Minuto
Quarta, 07 de Novembro de 2012, 15:26:
Santarém Hospital corta nos tratamentos de quimioterapia
O Hospital de Santarém tem apenas dois oncologistas três dias por semana, o que vai obrigar a unidade hospitalar a cortar nos tratamentos de quimioterapia. A administração do hospital reconhece a carência.
PAÍS
Hospital corta nos tratamentos de quimioterapia
DR
     A área de oncologia do Hospital de Santarém carece de médicos tendo apenas dois três dias por semana. Esta situação levou ao adiamento de consultas e tratamentos de quimioterapia, avança o Diário de Notícias (DN). O hospital tem cerca de 1.400 casos de cancro todos os anos e entre 600 a 700 pacientes oncológicos em tratamento.
     A falta de médicos na unidade de oncologia ficou agravada com a saída de um clínico a tempo inteiro e com a baixa por gravidez da directora do serviço. Neste momento, existem apenas dois médicos, um que trabalha um dia por semana e outro que trabalha dois. Esta situação não afecta apenas as consultas e os tratamentos, ficam também em causa as compras, que são adiadas por falta de tempo e que levaram à ruptura do stock nas últimas semanas.
     O presidente do conselho de administração do Hospital de Santarém, José Josué, afirmou ao DN que “pode haver situações, sempre circunstanciais de adiamento de compra de medicamentos por falta de verba, mas sempre sem pôr em causa a condição clínica do utente”. A Administração da unidade hospitalar reconhece a falta de reposta mas garante estar a tentar contratar dois médicos recém-formados.

     Nos dias em que não há oncologia, a unidade hospitalar tem recorrido a internistas de modo a gerir complicações que possam surgir no tratamento, no entanto, estes médicos não podem prescrever tratamentos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ah, o Sporting!


Poema XXXIX - "O mistério das coisas, onde está ele?"

            O poema abre com quatro perguntas nos cinco versos iniciais. A pergunta do primeiro verso, aparentemente, traduz a necessidade de saber onde está o mistério das coisas. O segundo e o terceiro constituem uma reiteração do primeiro, mas contêm em si um paradoxo: o de solicitar à figura do mistério que apareça, que se revele. Ora, se o mistério se revelar, deixa de o ser, pelo que é lícito concluir que a pergunta é irónica e traduz a convicção do «eu» poético de que o mistério das coisas não existe, afirmando-se, portanto, como um descrente da metafísica, do etéreo, da essência das coisas.
            As duas perguntas seguintes vêm “igualar” o sujeito poético a elementos da Natureza (o rio e a árvore), para deste modo ele apresentar a argumentação que sustenta a sua tese, a de que não há mistério nas coisas. A Natureza existe sem conhecer o seu mistério, pelo que ele, que não é mais do que ela, também não o pode conhecer. No fundo, as interrogações estão ao serviço do processo de negação do pensamento e da metafísica por parte do «eu».
            No verso 7, o sujeito poético exprime a sua reação àquilo que os homens pensam das coisas: o riso. Ao contrário de si, que acredita que a realidade é apenas o que é e, por isso, não contém qualquer mistério, os “homens” pensam sobre as coisas, logo acreditando que elas são portadoras de algo mais do que aquilo que é visível e que os sentidos captam. Por um lado, o sujeito exclui-se da condição de homem comum, pois, enquanto os homens pensam sobre o mundo, aquele pensa sobre o que eles pensam sobre as coisas / o mundo, Observe-se, porém, como por vezes entra em contradição. De facto, se é certo que Caeiro privilegia as sensações, fundamentalmente as visuais, e que afirma que as coisas não têm significado, apenas existência, algo que aprendeu através dos sentidos, no verso 6 afirma que pensa (no que os homens pensam das coisas). Este dado parece, afinal, anunciar a impossibilidade de uma rejeição total de pensar. E o «eu» compara o riso a “um regato que soa fresco numa pedra”, comparação que sugere o seu caráter simples, puro e espontâneo. Por outro lado, pode sugerir o som constante da corrente, que se assemelha ao som do riso ininterrupto numa qualquer situação cómica.
            A segunda estrofe inicia-se com a conjunção subordinativa causal «porque», o articulador que estabelece a relação de causa entre a primeira e a segunda estrofe. Nos dois versos iniciais, existe um paradoxo, onde é visível também a ironia, que reafirma a inexistência de mistério nas coisas. E fá-lo com absoluta certeza e de modo perentório e inequívoco (atente-se no uso da forma verbal “é”). Para ele, as coisas não têm sentidos ocultos, nelas não há nada que compreender.
            Descolando-se da própria condição de poeta e diminuindo a importância dos filósofos, o «eu» poético afirma que os sonhos dos poetas e os pensamentos dos filósofos estão aquém das coisas, que são piro “parecer”, isto é, o modo como as coisas são em si, como se revelam, antes da consciência humana interferir. Dito de outra forma, à pedra é irrelevante a existência do homem, no sentido de que continuará a ser pedra, tenha o ser humano ou não consciência dela.
            Afinal, as coisas são realmente o que parecem ser, logo não há nada que compreender, sublinhando-se assim a distinção entre dois mundos: o da existência das coisas, independente da consciência humana (verso 13) e o da consciência humana, votada à compreensão das coisas (v. 14).

            Na última estrofe, em jeito de conclusão, o sujeito poético reafirma a sua tese, centrada numa aprendizagem resultante da experiência de vida conduzida pelos sentidos, a fonte do verdadeiro conhecimento. Deste modo, no verso 15 declara que os seus sentidos “aprenderam sozinhos”, uma afirmação que traduz a defesa da intuição, do primado do sentir sobre o pensar. O verso 16 confirma a tese de que as coisas não têm mistério, apenas existência. Os seus sentidos ensinaram-lhe que as coisas existem, não têm significado, têm existência e não precisam de ter significado.
            Atente-se, porém, no seguinte: se, por um lado, é possível os sentidos aprenderem sozinhos, isto é, intuitivamente, por outro, a comunicação desse facto pelo poeta não pode ser feita intuitivamente, mas através da linguagem, algo bastante racional. Ou seja, se Caeiro pode dispensar, ainda que retoricamente, o ato de compreender, para o comunicar, em forma de poema, necessita da linguagem e, logo, de fazer uso da razão.

            A ideologia de Caeiro está bem expressa neste poema:
a) Identifica-se com a Natureza, com a qual deseja relacionar-se de forma harmoniosa e da qual deseja fazer parte;
b) Encara o mundo com objetividade, de acordo com uma visão algo restrita e limitada, reduzindo-o aos fenómenos mais simples e primitivos, recusando a intervenção do homem;
c) Recusa a ideia de que existe um sentido para além daquilo que é possível ver e sentir;
d) Defende o primado do sentir sobre o pensar, recusando o pensamento, que lhe provoca dor.

            A nível formal e estilístico, as características típicas da sua poesia estão também presentes:
a) o verso branco;
b) a liberdade e irregularidade métrica e estrófica;
c) a linguagem simples;
d) o pendor argumentativo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...