Português

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Correção do Exame Nacional de Português 12.º ano - 2015 (1.ª fase)

Grupo I

1. Entre a Rua Nova dos Mercadores e o portão da quinta, o cravo é transportado por dois homens experientes que, com todo o seu saber e experiência  e o máximo de cuidados, fazem uso dos processos adequados para transportarem o objeto até São Sebastião da Pedreira.
     Entre o portão e a abegoaria, o cravo é transportado por Baltasar e Blimunda. Porém, como não possuem a experiência dos dois homens neste tipo de trabalho e com medo de danificarem um instrumento tão frágil, viram-se em sérias dificuldades para transportar o cravo até ao seu destino.

2. Com efeito, ao longo do excerto, a música de Scarlatti vai-se articulando com os diferentes trabalhos de Baltasar e Blimunda.
     Assim, no dia em que o cravo chegou à abegoaria, o músico procedeu à afinação do instrumento musical. Seguidamente, começou a tocar, encadeando os sons de forma progressivamente mais complexa. Enquanto isso, o par amoroso estava ocupado com trabalhos que causavam pouco ruído (como entrançar vimes e coser velas), não interferindo, portanto, com a música de Scarlatti.
     Nas visitas posteriores à quinta, o músico italiano nem sempre pedia que Baltasar e Blimunda parassem os trabalhos ruidosos que realizavam na abegoaria, o que fazia com que o som proveniente do cravo se fizesse ouvir harmonioso, não obstante o barulho causado pela forja, pelo malho a bater na bigorna ou da água a ferver na tinta,

3. O comentário do narrador justifica-se pela surpresa que as palavras de Blimunda e de Baltasar lhe provocam, dado que, sendo eles analfabetos / iletrados, conseguem verbalizar pensamentos tão complexos e elaborados, o que não seria expectável em alguém sem qualquer grau de escolarização. De facto, colocada perante a possibilidade de a passarola voar, Blimunda admite que a música se possa integrar no voo como expressão de harmonia e celebração. Por seu turno, Baltasar, acometido pelas recordações negativas da guerra, prevê a ocorrência de desastres, dor e sofrimento.

4. No poema, a humanização da música decorre de vários aspetos, como os seguintes:
          - a sua associação a vivências subjetivas do ser humano ("Povoa este
             deserto" - v. 2);
          - o facto de ser indissociável da identidade do ser humano ("A música
             do ser / Interior ao silêncio / Cria seu próprio tempo / Que me dá
             morada" - vv. 8-11);
          - o possuir uma voz que é companheira do sujeito poético ("Por
             companheira tenho a voz da guitarra" - vv. 15-16).

5. De facto, a música é fundamental na construção da identidade do "eu".
     Por um lado, a música tem o poder de unificar o sujeito poético: "O canto me reúne" (v. 18); "E agora de mim / Não me separa nada" (vv. 21-22).
     Por outro lado, a música torna possível o reencontro com um tempo primordial e puro: "De muito longe venho / Pelo canto chamada" (vv. 19-20).



Grupo II

               Versão 1                    Versão 2

1 -               B                                 D

2 -               C                                 D

3 -               A                                 C

4 -               C                                 B

5 -               B                                 C

6 -               D                                 B

7 -               B                                 A

8 - "a sabedoria dos odores"

9 - Complemento direto.

10. Oração subordinada adverbial concessiva.

Golden State Warriors



"Regresso"

 (…)

Ah! quando eu voltar...
Hão-de as acácias rubras,
a sangrar
numa verbena sem fim,
florir só para mim!...
E o sol esplendoroso e quente,
o sol ardente,
há-de gritar na apoteose do poente,
o meu prazer sem lei...
A minha alegria enorme de poder
enfim dizer:
                Voltei!...

                                               Alda Lara (1948)

sábado, 13 de junho de 2015

Alunos terão apenas um mês de férias

     Jorge Ascensão, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), defendeu que as aulas deveriam "começar no início de setembro e terminar apenas no final de julho", ou seja, os alunos teriam apenas um mês de férias no verão.

     Fui tão feliz com 4 (QUATRO! QUE ESCÂNDALO!) meses de férias! Tão feliz!

     E é esta gente, esta gente como Jorge Ascensão, que tutela os interesses das crianças deste país. Meu caro Jorge, enquanto pai, EU esperava que o amigo fosse arrojado e defendesse condições de trabalho (para aqueles sortudos que ainda o têm) que permitissem aos pais passar mais tempo com os seus filhos. Porém, o seu arrojo, o seu pensamento avançado e «out of the box», afinal são mais do mesmo: a visão da escola como ARMAZÉM onde os pais depositam as suas crias para que outros - os professores e funcionários - os criem.

     Bardamerda, ó Jorge!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A televisão e a autossuficiência

     Contexto: teste escrito de avaliação.
     Tarefa: elaborar um texto de opinião sobre os limites (ou não) que devem ser impostos pelos pais às crianças e jovens.

     Exemplificação baseada no caso pessoal: «Eu sem televisão acho que não seria tão inteligente como sou.».

     De facto, confirma-se a influência que a televisão (em excesso) teve na inteligência desta jovem.

Autoria: Joana B.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A felicidade da infelicidade feliz

     "Inflismente curreu tudo bem grassas au resgate dos bombeiros."

     Felizmente o aluno escreve mal ou... sei lá, venham as férias?

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Senhores professores, tenham vergonha!

     Começou a dança dos exames. Muitos... Poucos... Causam «stress» nas crianças... São desnecessários... E por aí fora... A sua calendarização para o mês de maio é uma estupidez incompreensível, interrompe as aulas, apressa a lecionação para cumprimento de programas, etc., etc., etc.
     Sabe-se tudo isto, discutido ano após ano.
     O que «não se sabe» e é igualmente incompreensível é a quantidade de atestados médicos que chovem nas escolas nesta época do ano, «metidos» pelos professores para não terem a maçada de corrigir as provas de exames nacionais. São doenças sazonais e anuais de um rigor e precisão apreciáveis.

     É uma vergonha para os próprios, para as direções escolares, que assobiam para o lado, para os médicos que colaboram nesta patranha. É uma vergonha e falta de caráter, que nem o facto de a correção não ser paga, como já sucedeu, serve como argumentário de defesa.

     
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