Português: 06/01/2012 - 07/01/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Metas curriculares de Português

IndiferentOs e ignorantOs

     «Recém-regressada ao solo pátrio e sem ter visto as solenes comemorações do Dia de Portugal, constato na passada quinta-feira à noite, na SIC-Notícias, ter sido definitivamente abolida a invariância de género na Língua Portuguesa.
     Com a perplexidade da incauta viajante acabada de aterrar nesta terra minha que tanto venho estranhando, interrogo-me: será este um 3.º protocolo modificativo ao dito "acordo" dito "ortográfico"? Tudo é possível, bastando uns dias de ausência e de distracção quanto às surpresas com que nos brindam os nossos altos dirigentOs...
     No noticiário das dez, lá estava o presidentO do Futebol Clube do Porto dizendo-se honrado por ter sido recebido pela presidentA da Assembleia da República. Correndo o risco de ser insolentA, confesso que levei tais declarações à conta de o senhor Pinto da Costa não ter sido provavelmente um aplicado estudantO, pese embora a notável carreira ascendentA de dirigentO desportivo...
     Porém, já de madrugada, no programa "Fora d'Horas" da mesma SIC-Notícias, tudo se confirmou. Depois de Martim Cabral se ter dito apátrida de coração, admitindo não encontrar localização para a sua alma internacional no mapa mundi, apregoa-se feiministO e apoia a correspondentA da SIC no Rio de Janeiro, Ivani Flora, na utilização da palavra "presidenta". Diz mesmo, com desdém sobranceiro, ser essa uma questão de mera extensão do "acordo ortográfico", e uma polémica estéril de idêntica irrelevância. Questões mais relevantAs parecem ser as da espuma dos dias com que os jornalistOs se entretêm e nos entretêm, de facto...
     Henrique Cymerman, correspondentO da SIC em Tel Aviv, secunda ambos mas apela à compreensão perante a oposição resistentA a tais alterações. Observa que a língua é lenta a evoluir - coitada! -, não consegue acompanhar o ritmo dos tempos... José Milhazes, correspondentO da SIC em Moscovo que até dá aulas de Português a russos, ri-se e acena a sua concordância.
     Apenas Fernando de Sousa, correspondentO em Bruxelas, parece abster-se. A convidada em estúdio (ex-assessora do ex-MNE Luís Amado) ainda esboça e reitera umas reticências, mas é incapaz de fundamentá-las, como se a existência de "presidentAs" não implicasse necessariamente a existência de "presidentOs"... (Estes, como a presidenta Dilma Rousseff ou o presidentO Cavaco Silva, portadores de reconhecida iliteracia funcional...) Mas a ignorância crassa dos jornalistOs, cujo ofício requer o uso da Língua Portuguesa como ferramenta de trabalho quotidiana, essa demonstra bem o País que temos, o do "acordês" televisivo e o da TLEBS na escolas, um País sem direito ao trabalho e à saúde, sem direito à informação e à escolarização de qualidade aceitável, sem direito à língua e à cultura, esta cada vez mais "apagada e vil tristeza", este imerecimento ignorantO do passado, e esta ausência de futuro tão placidamente aceitA.

Madalena Homem Cardoso, in Público

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Redacção - Declaração de Amor à Língua Portuguesa


     «Tempo de exames no secundário, os meus netos pedem-me ajuda para estudar português. Divertimo-nos imenso, confesso. E eu acabei por escrever a redacção que eles gostariam de escrever. As palavras são minhas, mas as ideias são todas deles.
     Aqui ficam, e espero que vocês também se divirtam. E depois de rirmos espero que nós, adultos, façamos alguma coisa para libertar as crianças disto.

     Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: no ano passado, quando se dizia "ele está em casa", "em casa" era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito. "O Quim está na retrete": "na retrete" é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos "ela é bonita". Bonita é uma característica dela, mas "na retrete" é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
     No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar, etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um "complemento oblíquo". Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo "complemento oblíquo", já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados. Almoçar, por exemplo, é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser "Algumas árvores secaram", "algumas" é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
     No ano passado, se disséssemos "O Zé não foi ao Porto", era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
     NO ano passado, se disséssemos "A rapariga entrou em casa. Abriu a janela.", o sujeito de "abriu a janela" era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
     A professora também anda aflita. Pelos vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12.º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiada parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivação deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deíctico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com seis letras e a acabar em "ampa", isso mesmo, claro).
     Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
     E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que, se escrevermos ação e redação, nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
     E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito.
     João Abelhudo, 8.º ano, turma C (c de c...r...o, setôra, sem ofensa para si, que até +e simpática).

Teolinda Gersão

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Como se no primeiro ano de Matemática aprendessem a tabuada

Texto de Paula Barata Dias, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, na sequência de outro da autoria do professor João Veloso, roubado ao blogue dererummundi.blogspot.pt.

     «O texto de João Veloso é exato e terrível. Exato, porque faz o diagnóstico de um sistema educativo que, desde há muito, maltrata as humanidades, entre elas as línguas clássicas, as "absolutamente marcadas pelo labéu da inutilidade" (para que servem? para que serve a música? para que serve a poesia?...). Terrível, porque sicut uoces praecantes in deserto, são cada vez menos os que alertam para os efetivos prejuízos da construção de um currículo de ensino não superior no qual as humanidades figuram com um enquadramento disforme, seccionado, com o maior desrespeito pelas línguas enquanto saber exato, varrendo-se, das ofertas escolares, o latim, o grego, mas também o alemão, o francês...

     Sou professora de línguas clássicas no ensino superior, mas, por contingências da vida universitária, tenho lecionado outras disciplinas, tendo-me passado pelas mãos algumas centenas de alunos. E, assim, posso testemunhar algo que certamente outros professores já viram: o aluno universitário médio com défices severos não só de formação, mas também de estruturas mentais que lhe permitam aprender: exprime-se em períodos de 3 ou 4 palavras (mais do que isso é uma tese, ou então, interrompido por cadeias de monossílabos); o vocabulário é restrito, a ponto de inibir a compreensão oral de uma exposição do docente; raramente é capaz de ler bibliografia em língua estrangeira (qualquer que ela seja!); parece que a memória se encontra em completo repouso. Já encontrei alunos não treinados para a leitura silenciosa, ou que a acompanham com um mover abichanado dos lábios...

     Após anos, planos e euros gastos com Planos Nacionais de Leitura; reformas curriculares; reformas de programas escolares; aplicação da TLEBS; e.escolas, chegámos a um estado bizarro: somos o único país de língua românica que coloca o latim como opção, a competir com a disciplina de Literatura Portuguesa (que escolha é esta?: então o aluno de humanidades é obrigado a escolher entre o latim e a literatura do país de que é cidadão?).

     O quadro é penoso: somos o único país de língua ocidental (não estamos a cingir-nos apenas aos países românicos) em que o ensino de latim e grego em meio universitário, nas duas únicas licenciaturas de Estudos Clássicos a funcionar no país, admite níveis de iniciação para saberes nos quais, ao fim de três anos, saem licenciados. Seria como se, numa licenciatura de Matemática, os jovens entrassem no primeiro ano para aprender a tabuada.»

Prof. Paula Barata Dias

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano

Grupo I

A

1. As qualidades que permitem atingir as «honras imortais» e «graus maiores», isto é, a obtenção de alyos cargos da hierarquia social, são as seguintes:
  • a busca esforçada /  esforço denodado («Mas com buscar, co seu forçoso braço, / As honras que ele chame próprias suas» - vv. 17-18);
  • a determinação («Mas com buscar, co seu forçoso braço» - v. 17)
  • a combatividade, a capacidade de luta, o espírito de sofrimento e superação pessoal («Vigiando e vestindo o forjado aço» - v 19);
  • a valentia demonstrada na guerra em nome da Pátria («Vigiando e vestindo o forjado aço» - v. 19);
  • a coragem e a capacidade de resistência evidenciadas nas navegações árduas por regiões inóspitas, enfrentando inúmeros perigos, à custa de sofrimento («Sofrendo tempestades e ondas cruas, / Vencendo os torpes frios no regaço / Do Sul, e regiões de abrigo nuas» - vv. 20-22);
  • a abnegação («Engolindo o corrupto mantimento / Temperado com árduo sofrimento.» - vv. 23-24);
  • a firmeza e a imperturbabilidade estóica perante o sofrimento dos companheiros, não por razões pessoais, mas para impedir que o desalento e o desânimo se instalem junto deles («E com forçar o rosto, que se enfia, / A parecer seguro...» - vv. 25-26);
  • a vitória sobre os obstáculos e as limitações pessoais («Pera o pelouro ardente que assovia / E leva a perna ou braço ao companheiro.»).
2. Intenção crítica - Nestes versos, o poeta critica:
  • aqueles que vivem à sombra da glória dos antepassados («Não encostados sempre nos antigos / troncos nobres de seus antecessores» - vv. 5-6);
  • aqueles que se entregam à vaidade, aos luxos e aos requintes supérfluos, à avidez e à preguiça  («Não nos leitos dourados, entre os finos / Animais de Moscóvia zibelinos» - vv. 7-8);
  • aqueles que não resistem aos «manjares novos e esquisitos»,  à ociosidade («Não cos passeios moles e ouciosos»), aos prazeres, aos apetites, que tornam «moles» / fracos («Que afeminam os peitos generosos» - v. 12) os «peitos generosos» e corajosos.
     A anáfora reforça a intenção crítica do poeta, que, pela repetição da negativa («Não cos», ««Não»), realça aquilo que deve ser rejeitado, isto é, os comportamentos que merecem a sua reprovação e que contribuem para a decadência e a degradação moral da Pátria.

3. O poeta, nesses versos, enuncia as qualidades que aqueles que procuram a virtude têm de possuir:
  • o desprezo pelas honras, pela riqueza e pelos privilégios conquistados graças à «ventura» (por isso imerecidos)  e não pela virtude;
  • a sua (das honras e da riqueza) conquista através da prática da virtude e da justiça, do sentido de honra, do esforço pessoal do indivíduo.
4. Partindo do entendimento esclarecido, sustentado na experiência e na libertação dos interesses mesquinhos («O baxo trato humano»), o poeta conclui que o herói é aquele que
  • se dignifica através do seu esforço e da sua capacidade de sofrimento;
  • adquiriu serenidade com a experiência («repousado» - v. 34), distanciando-se do homem comum («embaraçado» - v. 36);
  • ascende a um plano superior («alto assento» - v. 35), de onde observa, com distância, os comuns mortais («Fica vendo, como de alto assento, / O baxo trato humano embaraçado» - vv. 35-36);
  • se torna ilustre por merecimento e não por calculismo, isto é, contra a sua vontade e nunca a seu pedido («Subirá (como deve) a ilustre mando, / Contra vontade sua, e não rogando.» - vv. 39-40);
  • será reconhecido, nos territórios onde as leis forem justas, como alguém capaz de governar («Este, onde tiver força o regimento / Direito e não de afeitos ocupado, / Subirá (como deve) a ilustre mando» - vv. 37-39).
     Assim, o herói é aquele que apresenta uma conduta exemplar que o transforma num modelo a imitar e a seguir, tornando-se digno de ascender a um plano divino.


B

. Introdução:
  • Povo, personagem coletiva anónima, exaltada e retirada do anonimato pelo narrador («estratagema» das letras do alfabeto), é o herói do romance:
  • Herói diferente do tradicional: deficiente, feio, rude e violento por vezes.
. Desenvolvimento:
  • Humilde e trabalhador, vive na mais completa miséria física e moral;
  • É explorado e escravizado (ex.: muitos homens são arrancados à força de suas casas e afastados das suas famílias e conduzidos a Mafra amarrados) para trabalhar no convento;
  • Vive em condições de alojamento (a Ilha da Madeira) e de alimentação muito precárias;
  • Sofre trabalhos e dificuldades diversos durante a edificação do convento (ex.: os acidentes e as consequentes deficiências e mortes);
  • É-lhe exigido um esforço inumano durante a edificação do convento (ex.: a Epopeia da Pedra);
  • Herói imortalizado que, com o seu esforço, dedicação e coragem, foi indispensável à realização da obra.
. Conclusão:
  • Apresentação de uma visão diferente da registada pela História, apresentando o povo como o verdadeiro herói das grandes feitos e das obras obras.


Grupo II

     Versão 1                      Versão 2

1.1. C                                       D

1.2. B                                       A

1.3. D                                       C

1.4. A                                       B

1.5. C                                       B

1.6. A                                       C

1.7. B                                       D

2.1. Oração subordinada substantiva completiva.

2.2. Predicativo do sujeito.

2.3. «(d)a versão em castelhano».



Grupo III

. Introdução
  • A procura da popularidade, sobretudo pelas camadas mais jovens da população, a todo o custo e por diversos meios;
  • A facilitação da popularidade por parte dos meios de comunicação e das redes sociais (facebook, Youtube, twitter...);
  • O caráter ilusório e efémero da popularidade.
. Desenvolvimento
  • Arg. 1 - A procura da popularidade como sinónimo de fama, reconhecimento público e sucesso profissional rápidos.
  • Ex. 1 - A utilização das redes sociais, do Youtube como meios de divulgação das capacidades artísticas (por exemplo, na área da música).
  • Arg. 2 - A popularidade associada ao desejo de ser aceite pelo outro, de fazer amizades.
  • Ex. 2 - O uso do facebook e a «caça» aos «like» e aos «amigos».
  • Arg. 3 - A adesão massiva a programas televisivos (reality shows e programas de entretenimento) que prometem a promoção pessoal, a fama e o sucesso rápidos.
  • Ex. 3 - Programas como «Ídolos».
  • Contra-arg. 1 - O caráter efémero da popularidade e as consequências negativas que tal acarreta (o cair rapidamente no esquecimento, as depressões, as tentativas de suicídio).
  • Ex. 4 - O caso de Zé Maria, vencedor do primeiro Big Brother.
  • Contra-arg. 2 - A impreparação / a dificuldade para lidar com a popularidade súbita e intrusiva.
  • Ex. 5 - Os casos Zé Maria e Susan Boyle (concorrente com talento que lhe proporcionou uma fama instantânea que, por sua vez, conduziu à depressão, por incapacidade para lidar com a situação).
  • Contra-arg. 3 - A exposição exagerada da pessoa e da sua privacidade e os seus efeitos negativos.
  • Ex. 6 - A explosão do cyberbullying; o modo como certos adolescentes são envolvidos e enganados pro adultos (por ex., pedófilos), levando-os à fuga de casa, ao rapto - alusão ao caso das duas jovens encontradas numa quinta da região da Guarda
. Conclusão
  • A procura da popularidade é, por vezes, ilusória, tendo presente o dinamismo da vida contemporânea, sempre em busca de novidade e mudança;
  • Necessidade de estrutura mental para lidar com este tipo de situações;
  • A TV e as redes sociais escondem inúmeros perigos e podem constituir uma feira de ilusões.

Correção do exame nacional de Língua Portuguesa - 9.º ano

Clicar AQUI.

Boa sorte!

Falta pouco...


domingo, 17 de junho de 2012

A Grécia e o(s) Euro(s)


Exames a Sério

     «Considerando o facilitismo da escola e o simulacro de exames, o que terá surpreendido, durante todos estes anos, o observador menos advertido, foi os resultados terem sido sempre piores. Explicação óbvia: quando se pede zero, obtém-se menos que zero.
     E foi para que se não descobrisse o efeito do projecto inconfessável, imposto à escola durante todos estes anos, que foram desvalorizando os exames, que tentaram acabar com todos eles. Usando "argumentos" tão inteligentes e ideologicamente reveladores como os de que os exames ferem a auto-estima dos alunos, discriminam os mais desfavorecidos e levam os professores a preocupar-se apenas (?) em preparar os alunos para as provas.
     Só a opinião pública, progressivamente esclarecida, impediu que acabassem com todos os exames. Vieram, então, as provas cada vez mais fáceis, de "faz-de-conta". Mas mesmo assim, com exigência mínima, provas ridículas, pressão sobre os professores para "passarem" todos os alunos, as retenções aumentaram sempre. Por uma razão tão óbvia que só os "cientistas" da educação, preparados para perceberem as coisas difíceis, não podem compreender: a descida da exigência gera cada vez mais ignorância, desinteresse e irresponsabilidade nos alunos e explicável desmotivação em muitos professores.
     O facto de a exigência, a auto-exigência, a avaliação a sério não serem cultivadas na escola, apresentadas como um auto-desafio, leva as crianças, desde o primeiro dia de aulas, a aprenderem o seu contrário, isto é, a não levarem a escola a sério.
     Nesta perspectiva, os exames a sério - sendo um exercício de autonomia para os alunos - são o momento (educativo, diria mesmo ético e cívico) em que alunos, professores, directores, os próprios pais e, claro, o ME, são confrontados com as suas responsabilidades.
     Cada realidade educativa deve ter um regime de exames adequado. Em Portugal, a situação do ensino, a cultura dominante nas escolas, exige a regulação, durante um certo período, de um regime intensivo de exames.
     Por isso, a imposição da exigência e de exames a sério, com todas as outras mudanças de fundo e instrumentais que serão progressivamente introduzidas, irá reduzir a necessidade de retenções. Como em breve se verá e o "eduquês" teme.
     Esqueçamos as tretas, libertemo-nos da moda: os exames a sério não são, pois, para reprovar, mas, pelo contrário, para transitar... sabendo-se. (Havendo casos em que a transição sem o aproveitamento desejável pode ser considerada útil para o progresso do aluno).
     Todos temos consciência de que a generalidade dos alunos, na generalidade das disciplinas, só estuda empenhadamente quando a avaliação é a sério. Serão poucos os que investem quando a passagem é "de borla". E só se aprende quando se estuda, ao contrário do que é prometido pelos "especialistas" da educação.
     O exame é uma orientação e um desafio de superação para os alunos, os professores e mesmo os pais. A competição é sempre connosco próprios, deve ser assim promovida e vivida.
     Com o novo ministro da Educação vêm os primeiros exames a sério. Deveriam ter vindo antes de qualquer outra medida, para se avaliar o verdadeiro estado da educação.
     Mas esses primeiros exames, convém sublinhá-lo, por serem a sério e não ter havido ainda tempo para mudar a escola, irão traduzir-se, como só o Professor Santana Castilho parece não compreender (?), em resultados previsivelmente piores.
     Devemos, no entanto, estar preparados para alguma surpresa: é que os alunos portugueses não são menos dotados, em inteligência, orgulho e vontade, do que os alunos dos outros países e, como dizia uma das personagens do Frei Luís de Sousa, "a necessidade pode muito". De facto, quando foi noticiado o nome do actual Ministro da Educação, um aluno do 11.º ano disse ao pai: "Temos de estudar, vem aí o Nuno Crato."
     É preciso, pois, aguardar com esperança os efeitos "imediatos" da libertação do "quartel general" do "eduquês".

Guilherme Valente, Expresso (16/06/2012)

sábado, 16 de junho de 2012

Caixa de comentários

     Não vale a pena insistir em linguagem de corredor de escola, vão de escada ou caserna na caixas de comentários. Todos eles serão eliminados.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Matriz do Exame Nacional de Língua Portuguesa 2012 - 6.º ano

Matriz do Exame Nacional de Matemática 2012 - 6.º ano



     A pedido de várias famílias, aqui fica.

Atos ilocutórios


Categorias
Objectivos
Marcas Linguísticas

Assertivos
·     Traduzem uma posição, uma verdade assumida pelo locutor.
·      Verbos declarativos (exs.: afirmar, concluir, declarar, dizer, aceitar, etc.);
·      Verbos assertivos (exs.: aceitar, admitir, achar, acreditar, considerar, confessar, discordar, negar, responder, entender, etc.);
·      Expressões verbais modalizadas (exs.: considerar / achar necessário, possível, certo; colocar a hipótese de, etc.);
·      Asserções simples (afirmativas/negativas).
·      O Eusébio foi um grande futebolista.
·      Acredito que o Benfica será campeão.
                         











Directivos









·     Revelam a intenção de o locutor (através de ordens, sugestões, pedidos, …) conduzir o interlocutor a agir segundo o que lhe é dito, isto é, à realização de uma acção.
·      Expressão da ordem, pedido, conselho, aviso, sugestão, instrução através de:
Ø frases de tipo imperativo;
Ø verbos directivos (exs.: avisar, exigir, implorar, mandar, ordenar, proibir, etc.);
·      Expressão de pedidos de informação/confirmação com base em:
Ø frases simples interrogativas;
Ø frases complexas interrogativas dominadas por verbos de inquirição (exs.: perguntar, interrogar, inquirir, investigar, etc.);
Ø frases interrogativas negativas com valor positivo.
·      Expressões volitivas do tipo «querer que + verbo”.
·      Assine aqui, por favor.
·      Não é verdade que demoraste três horas a fazer o teste?



  




Expressivos
·     Exprimem sentimentos, emoções, estados de espírito do locutor face ao que enuncia.
·      Verbos expressivos (exs.: agradecer, compadecer-se, congratular-se, deplorar, desculpar-se, deplorar, felicitar. lamentar, repudiar, etc.);
·      Verbos modalizados por advérbios (exs.: achar bem/mal, gostar muito/pouco, etc.);
·      Frases de tipo exclamativo.
·      Agradeço a tua lembrança.
·      Gosto muito de ter aulas de Português.




Compromissivos
·    Traduzem o compromisso de o locutor realizar uma acção futura.
·      Frases simples marcadas pelo futuro do indicativo ou outro do mesmo valor;
·      Verbos compromissivos (exs.: comprometer-se, garantir, jurar, prometer, tencionar, etc.);
·      Fórmulas de despedida que dêem lugar a compromissos futuros;
·      Frases complexas, com lógica do tipo condição-consequência, em que a última dá lugar a comprometimento do locutor.
·      Logo falto à aula.
·      Se não trouxeres o documento assinado pela tua mãe, não irás à visita.




Declarações
·     Expressam o poder (reconhecido institucionalmente) de o locutor criar / transformar uma realidade pelo próprio acto de dizer (actos oficiais: casamentos, reuniões, julgamentos).
·      Frases proferidas por locutores institucional ou individualmente reconhecidos com poder, autoridade;
·      Verbos declarativos/performativos: declarar, renunciar, nomear, baptizar abrir, encerrar, terminar.
·      Os serviços encerram por hoje.




Declarações assertivas
·     Pretendem exprimir o que deve ser considerado como uma verdade a seguir, por o locutor possuir uma autoridade específica que é reconhecida pelo interlocutor.
·     Expressões modalizadas: ser fundamental, considerar importante, considerar fundamental, considerar imprescindível.
·     É essencial que o senhor traga todos os comprovativos.
·     É a resposta da Teresa que está correcta.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Matriz do Exame Nacional de Matemática 2012 - 9.º ano

Matriz Exame Nacional de Língua Portuguesa 2012 - 9.º ano

Reforma aos 80 anos

          «Para o presidente executivo da AIG - American International Group -,  a crise da dívida na Europa demonstra que os governos a nível mundial têm de aceitar que as pessoas vão ter de trabalhar mais anos, à medida que a esperança de vida aumenta. Robert  Benmosche defendeu que a idade da reforma terá de se estender até aos 80 anos.»

domingo, 10 de junho de 2012

Atos de fala

1. Ato de fala

    Chama-se ato de fala à produção de um enunciado, linguisticamente funcional, num determinado contexto de interação comunicativa, para realizar uma ação: avisar, informar, prometer, pedir, ordenar, etc. Comunicar não é apenas uma forma de solicitar compreensão para o que o emissor diz, mas é também uma forma de este influenciar o recetor.
     Um ato de fala é, assim, em simultâneo, fala (ato locutório) e ação (ato ilocutório).


2. Ato de fala direto e indireto

   
 O locutor realiza um ato de fala direto quando aquilo que diz corresponde literalmente àquilo que pretende dizer:
          - Dá-me o jornal.
     No caso do ato de fala indireto, o locutor transmite no seu enunciado mais do que aquilo que realmente diz em sentido literal:
          - Importas-te de me dar o jornal?
     Neste segundo exemplo, o locutor, por delicadeza ou cortesia, usa uma frase interrogativa que, neste contexto, deve ser entendida como uma ordem pelo recetor. O locutor, quando profere a frase, não pretende obter uma resposta do tipo sim, importo ou não, não importo. Deste modo, ele quis foi dar a ordem expressa no primeiro exemplo.
     Outros exemplos de atos de fala indiretos:
          - Pode dizer-me as horas?
          - Vamos começar a atividade?
          - Sabe a que horas joga a seleção nacxional?
          - Em casa falaremos! (é um ato de fala indireto, dado que o locutor faz
             uma ameaça.)
          - Não acham que a sala está muito abafada?


3. Ato locutório

     Sempre que alguém fala, realiza em simultâneo três ações: um ato locutório, um ato ilocutório e um ato perlocutório.

     O ato locutório consiste na produção de um enunciado de acordo com as regras gramaticais da língua, transmitindo um conteúdo proposicional, isto é, consiste na enunciação de palavras ou frases que veiculam uma determinada mensagem.


4. Ato ilocutório

     
O ato ilocutório é a ação que o locutor realiza quando profere um enunciado. Dito de outra forma, é o ato locutório produzido num determinado contexto comunicativo, com determinadas intenções e sob certas condições.


5. Ato perlocutório

     O ato perlocutório é a consequência, o resultado ou o efeito provocado no interlocutor por um determinado ato ilocutório (exs.: surpreender, intimidar, convencer, seduzir, assustar, etc.).


     Observe-se a frase seguinte:

          * Vamos começar a aula? - pergunta o professor.
  • Esta frase é um ato locutório, visto que ela obedece às regras gramaticais da língua portuguesa e é contextualmente correta.
  • É também um ato ilocutório, na medida em que, indiretamente, o professor realiza uma ação, a de mandar calar os alunos.
  • O ato ilocutório levará a uma determinada ação por parte do(s) interlocutor(es): os alunos calam-se. Esta ação constitui o ato perlocutório.

H. I. 3. Pragmática

1. Enunciador, enunciação, enunciado.

2. Informação pragmática / enciclopédia.

3. Deixis / Deíticos.

4. Dialogismo.

5. Atos de fala.

          5.1. Tipologia dos atos ilocutórios.

Questionário SERMÃO - Cap. I

1. A frase «Vos estis sal terrae» («Vós sois o sal da terra»), transcrita da Bíblia, mais concretamente do Evangelho de S. Mateus, capítulo V, versículo 13, constitui o chamado conceito predicável, a partir do qual se desenvolverá o Sermão.

1.1. Observe a frase «Vós sois o sal da terra».

1.1.1.       Identifique os referentes do pronome pessoal «vós».
O pronome pessoal “vós” refere-se aos pregadores.

1.1.2. Refira a subclasse a que pertence o verbo usado.
               O verbo usado, “sois”, pertence à subclasse dos copulativos.

1.1.3. Identifique a função sintática desempenhada pelo constituinte «o sal da terra».
               “O sal da terra” desempenha a função sintática de complemento direto.

1.1.4. Indique por palavras suas a relação de sentido entre o constituinte com a função de sujeito e o constituinte referido em 1.1.3.
               O constituinte com a função de sujeito é Jesus Cristo e os constituintes referidos em 1.1.3. são os pregadores. Cristo chama aos pregadores, sal da terra, pois estes foram “enviados” para combater a corrupção tal como o sal e para pregarem a Sua palavra.

1.1.5. Identifique o que representa o «sal».
            O “sal” representa a palavra de Cristo.

1.1.6. Indique, agora, o que representa o elemento «terra».
               O elemento “terra” representa o local onde os pregadores proclamam a mensagem de Cristo, isto é, o planeta Terra.

1.1.7 Sabendo que «predicar» significa atribuir propriedades a entidades ou situações ou estabelecer relações entre entidades ou situações, explique em que medida a frase de 1.1. representa um conceito predicável.
                                A frase 1.1 representa um conceito predicável, pois esta pode significar que o sal da                 terra é matéria orgânica capaz de revitalizar a terra e torna-la apta para cultivo.

1.2. Por que motivo é atribuída por Cristo a propriedade «sal da terra» aos referentes do pronome pessoal «vós».
                A propriedade “sal da terra” é atribuída aos referentes do pronome pessoal “ vós” pois, são os pregadores que vão espalhar a palavra de Cristo.

1.3. Relacione a função do sal com a função das entidades referidas por «vós».
                As entidades referidas por “vós” relacionam-se com a função do sal, pois como este, pretendem impedir a corrupção e eliminar as coisas negativas que existem na Terra.

1.4. Como avalia o padre António Vieira o sucesso dessas entidades no desempenho da sua função?
                O padre António Vieira avalia o sucesso dessas entidades no desempenho da sua função como duvidosa. Isto está demonstrado no seguinte excerto : “ … e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina;”

1.5. Enuncie o problema levantado pelo padre Vieira.
                O problema levantado pelo padre Vieira é a causa da corrupção.

1.5.1. Identifique e classifique o vocábulo que introduz esse problema.
                                    O vocábulo é desta, que é a aglutinação da preposição simples de com o determinante demonstrativo esta.

1.6. Refira as duas hipóteses gerais apresentadas como causas possíveis do problema.
                As duas hipóteses gerais apresentadas como causas possíveis do problema são as seguintes: ou porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar.

1.6.1. Identifique os elementos linguísticos que as introduzem como causa do problema e as apresentam como duas alternativas.
                Os elementos linguísticos que as introduzem são “ou” e “;”.

1.7. Enumere os motivos que poderão ter conduzido à primeira causa e os que poderão ter conduzido à segunda.
                Os motivos que poderão ter conduzido à primeira causa são os seguintes: os pregadores não pregarem a verdadeira doutrina, os pregadores dizerem uma coisa e fazerem outra e os pregadores se pregam a si e não a cristo. Os motivos que poderão ter conduzido à segunda causa são os seguintes: os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhe dão, a não quererem receber, quererem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem e estes em vez de servirem a Cristo, servirem os seus apetites.

2. O segundo parágrafo inicia-se com uma premissa e, com base nela, o padre António Vieira coloca uma pergunta.

2.1. Enuncie a premissa.
                                A premissa é a seguinte :  «Não é tudo isto verdade? Ainda mal»
  
2.2. Parafraseie a pergunta.
                A pergunta é acerca de todas as suposições que o padre António Vieira enunciou para responder ao problema levantado por este.

2.3. Identifique a parte do problema para o qual é proposta, neste parágrafo, uma solução e refira a solução proposta, bem como a finalidade da adoção de tal proposta.
                Neste parágrafo é proposta uma solução para “o que se há- de fazer ao sal que não salga”. A solução proposta é deitar o sal fora como inútil, para que seja pisado por todos. A finalidade da adoção de tal proposta é eliminar os pregadores que não pregam uma doutrina verdadeira.

2.3.1. O problema e a finalidade da solução proposta estão representados por duas orações subordinadas adverbiais que ocorrem na mesma frase. Classifique-as.
Orações subordinadas adverbiais consecutivas e finais.

2.3.2. Qual é o tipo de argumento usado para sustentar essa proposta? Justifique a sua resposta.
                                             É um argumento de causa e consequência, pois a consequência ocorreu devido a Cristo não ensinar corretamente a palavra aos pregadores.

3. Para fundamentar o que se há de fazer à terra que se não deixa salgar (isto é, aos ouvintes que não querem seguir os ensinamentos da verdadeira doutrina), o padre António Vieira recorre ao exemplo de Santo António.

3.1. Indique a razão por que o padre Vieira convoca a figura de Santo António.
                Padre António Vieira convoca a figura de Santo António, pois este arranjou uma solução/ resolução para o problema, mudou o púlpito e o auditório.

3.2. Relate o episódio ocorrido com o santo e que justifica o título deste sermão.
                O episódio ocorrido com a santo e que justifica o título deste sermão é o seguinte: Santo António estava em Itália a pregar contra os hereges, porém estes não o ouviam e quase lhe tiraram a vida. Perante estes acontecimentos e sem mais nada que fazer, Santo António tomou a resolução de mudar de púlpito e de auditório e começar a pragar para os peixes, peixes estes que começaram a colocar as suas cabeças à tona da água e a ouvir o santo.

3.3. Em determinado passo do capítulo, o autor do texto recorre a diversas interrogações. Aponte a intencionalidade do pregador ao colocar essas questões.
            Ao colocar essas questões, o autor pretendeu analisar as soluções que o padre António tinha perante as circunstâncias e ao mesmo tempo mostrar que ele não seguiu nenhum caminho esperado ou óbvio.
  
3.4. Aponte a decisão tomada pelo padre Vieira.
          A decisão tomada pelo padre Vieira foi de ir até ás praias e aos mares pregar.

3.4.1. Refira três argumentos apresentados pelo pregador que justificam essa atitude.
                                         Os três argumentos apresentados pelo pregador são o facto de Santo António ter os pés descalços e não poder protestar, o facto da sua glória divina.

3.5. O primeiro capítulo termina com uma invocação e com a expressão de um desejo.
3.5.1. Indique o destinatário da invocação e a sua intencionalidade.
                                               O destinatário da invocação é Maria “ Senhora do mar” e a sua intencionalidade é de pelo menos uma pessoa ouvir o sermão.
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