● Apresentação da “Ode Triunfal”
• Segundo a
carta escrita por Pessoa a Adolfo Casais Monteiro, o poema foi escrito em
Londres, em 1914, “num jato e à máquina de escrever, sem interrupções nem
emenda”.
• Fui publicado
no primeiro número da revista Orpheu, em 1915.
• É constituído
por 240 versos.
• Inclui-se na
segunda fase poética de Álvaro de Campos – futurismo e sensacionismo.
• Estrutura
interna
– Introdução (1.ª estrofe) –
Contextualização do canto:
▪ Localização
do sujeito poético: engenheiro situado no interior de uma fábrica.
▪ Atividade:
escrita, a partir da contemplação do que o rodeia (“Tenho febre e escrevo” – v.
2).
▪ Estado de
espírito do sujeito poético.
▪ Novo
conceito de estética: novo conceito de beleza, “totalmente desconhecido”
dos antigos” (v. 4).
– Desenvolvimento
(da 2.ª à penúltima estrofe) – Exaltação da modernidade nas suas várias
vertentes (indústria, técnica, comércio, sociedade), visando a
identificação com tudo.
▪ Associação
da voz do sujeito lírico às máquinas que canta (estrofe 2 a 4).
▪ Explanação
entusiástica de múltiplas imagens de vida urbana e moderna.
▪ Erotização
da relação física do «eu» com a trepidante vida das cidades (estr. 13 a 15).
▪ Apoteose
final (penúltima estrofe).
– Conclusão (último verso) –
Constatação do fracasso (impossibilidade de identificação com tudo):
▪ A busca
desenfreada com “tudo e todos”.
▪ A confissão
de um aparente fracasso: ”Ah não ser eu…” – cf. advérbio de negação.
▪ Tom de
ambiguidade e nostalgia (interjeição “Ah”).