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domingo, 16 de dezembro de 2012

Reação do MEC aos resultados do TIMSS e PIRLS

     Confrontado com os resultados avançados nos «posts» infra, o MEC produziu um comunicado, em forma de vómito, que, como muito bem assinalou Paulo Guinote (aqui), desrespeita o trabalho de professores, alunos e pais / encarregados de educação.

     O comunicado é o seguinte: 
«2012-12-11 às 10:09

ESTUDOS INTERNACIONAIS MOSTRAM NECESSIDADE DE MELHORAR CONHECIMENTOS DOS ALUNOS EM MATEMÁTICA E CIÊNCIAS

Foram divulgados os resultados dos estudos Tendências Internacionais no Estudo da Matemática e das Ciências (Trends in International Mathematics and Science Study [TIMSS]) e Progressos no Estudo Internacional de Leitura e Literacia (Progress in International Reading Literacy Study [PIRLS]), realizados pela  Associação Internacional para a Avaliação das Realizações Educacionais (International Association for the Evaluation of Educational Achievement [IEA]). Ambos os estudos foram realizados por alunos do 4.º ano em matemática e ciências e em leitura, respetivamente. O TIMSS foi também aplicado a alunos do 8.º ano, mas Portugal não participou nesta avaliação.
Foi a primeira vez que Portugal participou no PIRLS. Quanto ao TIMSS, Portugal já tinha participado em 1995, numa altura em que a avaliação externa era muito mais reduzida do que é hoje. O País participou nos 3.º, 4.º, 7.º e 8.º anos, e ficou sempre entre os 5 últimos colocados à exceção de ciências no 8.º ano, em que ficou entre os 9 últimos colocados. O País não voltou a participar até 2011.
Nesta edição do TIMSS & PIRLS 2011, no 4.º ano de escolaridade participaram 50 e 45 países, respetivamente. Portugal ficou em 15.º lugar em matemática e em 19.º em ciências e leitura. A pressão por uma maior exigência por parte da sociedade civil, a introdução de uma avaliação continuada, através de provas de aferição no primeiro ciclo, e um maior controle sobre os manuais escolares não foram de certeza indiferentes para estes resultados. 
Ainda assim, em todos os estudos mais de metade dos alunos portugueses não ultrapassam o nível intermédio de benchmark (melhores práticas), o segundo mais baixo em quatro níveis. Quer isso dizer que em ciências estes alunos têm quando muito conhecimentos e compreensão elementares sobre situações práticas, mas não têm domínio suficiente desses conhecimentos; em matemática, podem conseguir aplicar conhecimentos básicos em situações de resolução imediata, mas não têm domínio desses conhecimentos suficiente para resolver problemas; e em leitura, podem ser capazes de fazer inferência direta, mas não tem fluência suficiente de fazer inferências e interpretações baseando-se no texto. Ainda há, portanto, a necessidade de melhorar significativamente estes conhecimentos.
A avaliação externa é um fator fundamental para o progresso de qualquer sistema de ensino. Esta avaliação deve ocorrer sempre em dois níveis: nacional, através da realização de provas finais e exames, e internacional, através da participação em estudos como estes. Em 2012/2013, pela primeira vez os alunos de todos os ciclos de ensino realizam provas finais e exames, que permitem ter um melhor conhecimento do sistema.»
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