Português: 31/01/24

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Resumo da 3.ª parte da 1.ª crónica: Rei das colinas Osage


    Os corpos de Anna e Charlie, baleados com uma arma de calibre .32, são descobertos quase em simultâneo, o que gera um grande sururu e uma enorme especulação. Mollie assume, de novo, alguma preponderância na história, dado que, como sabe falar inglês e é casada com um homem de pele branca, é ela quem dialoga com as autoridades em nome da sua família, as quais se mostram particularmente renitentes em investigar as mortes. Esta ausência de ação leva a família Burkhart a solicitar a William Hale, tio de Ernest, que se envolva, no sentido de levar as autoridades a agir. De facto, Hale é uma figura com grande preponderância no condado de Osage, por se tratar de um homem abastado e com grande influência na região, bem como um defensor do Estado de Direito. Chegara àquela região dos EUA há bastantes anos, sem passado conhecido, e trabalhara como vaqueiro conduzindo gado destinado a abate através das planícies, conseguindo poupar dinheiro suficiente para comprar um rebanho de gado, para, no entanto, tudo perder pouco depois. No entanto, este fracasso, em vez de o desanimar e abater, tornou-se o combustível da sua grande ambição em busca de sucesso e riqueza. De facto, logo recomeça a sua demanda de riqueza e acaba por fazer fortuna dedicando-se à indústria pecuária. A conquista de riqueza faz com que ponha de lado a asua tradicional imagem de homem rude: muda a sua forma de vestir, começando a envergar roupa mais adequado ao seu novo estatuto socioeconómico, casa-se com uma professora e é pai de uma rapariga. A narrativa não deixa dúvidas: Hale mudou a sua vida graças ao facto de trabalhar mais e melhor do que os outros e sendo mais inteligente e astuto do que os rivais. Assim, acumula riqueza e, em simultâneo, poder e influência, não só apenas graças ao seu dinheiro, mas também a gestos em prol da comunidade, como por exemplo, a construção de um hospital e de escolas, que lhe granjeiam a imagem de um benfeitor excecional e amigo especial junto da tribo osage. Tudo isto faz com que seja reverenciado como um rei, homenageado com a nomeação honorária como vice-rei e assuma o título de reverendo. Deste modo, promete ajudar Mollie a obter justiça para a sua irmã, algo em que esta acredita piamente, graças à relação próxima com Ernest e a sua amizade com Anna.

    É aberto um inquérito formal sobre a sua morte, no qual a irmã Mollie testemunha, ansiosa por fornecer qualquer informação que possa contribuir para identificar o assassino da mana. Após a conclusão da inquirição e por ter sido a última pessoa a ver Anna viva, Bryan Burkhart é detido, juntamente com o seu irmão Ernest, todavia ambos são libertados pouco depois por inexistência de provas suficientes do seu envolvimento que permitissem a manutenção da sua detenção. Em Osage, muitos acreditam que os assassinos serão pessoas de fora, visto que a Lei Seca, que fora imposta no início de 1920, tinha criado um ambiente de desrespeito pela lei na região, enquanto outros apontam para o ex-marido de Anna, Oda Brown, que procura, sem sucesso, anular o testamento da defunta por esta não lhe ter deixado nada. Um falsificador do Kansas entra também em cena e entra em contacto com o xerife Freas para lhe comunicar que Brown lhe pagou para assassinar Anna, porém, como, mais uma vez, não existem quaisquer provas da sua narrativa, tanto ele como Brown são postos em liberdade.

    Perante este quadro, Hale pressiona as autoridades locais, que decidem desenterrar Anna para procurar e analisar a bala que a matou. Todos estes acontecimentos, nomeadamente toda a gama de sentimentos despertada pela morte da filha, levam à morte de Lizzie uns curtos dois meses após a daquela. Bill Smith desconfia, contudo, considera o passamento de Lizzie suspeito e começa a investigar por sua iniciativa, concluindo que foi envenenada. Perante isto, convence-se de que todas as mortes recentes – concretamente as de Anna, Lizzie e Charles Whitehorn – estão interligadas entre si e relacionadas com as vastas reservas de petróleo que a tribo osage controla.

Resumo da 2.ª parte da 1.ª crónica: Um ato de Deus ou do homem?


    A localização remota do condado de Osage significa que a aplicação da lei e as investigações criminais estão entregues a amadores locais, o que está longe de garantir qualquer espécie de fiabilidade ou eficácia. James e David Shoun, médicos brancos locais, realizam a autópsia de Anna. Os Shouns determinam que a mulher morreu entre cinco a sete dias e que a causa da morte é um ferimento de bala que ostenta na cabeça. Um agente da polícia procura a bala calibre 32 desaparecida e, embora não a encontre, descobre uma garrafa de aguardente e algumas marcas de pneus na área onde o corpo foi descoberto.

    Lizzie fica arrasada com a morte de Anna e sua saúde piora enquanto ela se pergunta se Wah'Kon-Tah (a força vital que cerca tudo e todos no sistema de crenças Osage) não tem mais o apoio da sua família. Mollie planeia o funeral da irmã, que combina tradições osage e católicas. As exéquias têm um preço exorbitante e claramente inflacionado, nomeadamente o caixão, o embalsamento e as flores. No momento do sepultamento, são entoados hinos e cânticos Osage, embora o estado do corpo de Anna não permita que que alguns rituais Osage possam ser realizados.

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