Os
corpos de Anna e Charlie, baleados com uma arma de calibre .32, são descobertos
quase em simultâneo, o que gera um grande sururu e uma enorme especulação.
Mollie assume, de novo, alguma preponderância na história, dado que, como sabe
falar inglês e é casada com um homem de pele branca, é ela quem dialoga com as
autoridades em nome da sua família, as quais se mostram particularmente
renitentes em investigar as mortes. Esta ausência de ação leva a família
Burkhart a solicitar a William Hale, tio de Ernest, que se envolva, no sentido
de levar as autoridades a agir. De facto, Hale é uma figura com grande
preponderância no condado de Osage, por se tratar de um homem abastado e com
grande influência na região, bem como um defensor do Estado de Direito. Chegara
àquela região dos EUA há bastantes anos, sem passado conhecido, e trabalhara
como vaqueiro conduzindo gado destinado a abate através das planícies,
conseguindo poupar dinheiro suficiente para comprar um rebanho de gado, para,
no entanto, tudo perder pouco depois. No entanto, este fracasso, em vez de o
desanimar e abater, tornou-se o combustível da sua grande ambição em busca de
sucesso e riqueza. De facto, logo recomeça a sua demanda de riqueza e acaba por
fazer fortuna dedicando-se à indústria pecuária. A conquista de riqueza faz com
que ponha de lado a asua tradicional imagem de homem rude: muda a sua forma de
vestir, começando a envergar roupa mais adequado ao seu novo estatuto
socioeconómico, casa-se com uma professora e é pai de uma rapariga. A narrativa
não deixa dúvidas: Hale mudou a sua vida graças ao facto de trabalhar mais e
melhor do que os outros e sendo mais inteligente e astuto do que os rivais.
Assim, acumula riqueza e, em simultâneo, poder e influência, não só apenas
graças ao seu dinheiro, mas também a gestos em prol da comunidade, como por
exemplo, a construção de um hospital e de escolas, que lhe granjeiam a imagem
de um benfeitor excecional e amigo especial junto da tribo osage. Tudo isto faz
com que seja reverenciado como um rei, homenageado com a nomeação honorária
como vice-rei e assuma o título de reverendo. Deste modo, promete ajudar Mollie
a obter justiça para a sua irmã, algo em que esta acredita piamente, graças à
relação próxima com Ernest e a sua amizade com Anna.
É
aberto um inquérito formal sobre a sua morte, no qual a irmã Mollie testemunha,
ansiosa por fornecer qualquer informação que possa contribuir para identificar
o assassino da mana. Após a conclusão da inquirição e por ter sido a última
pessoa a ver Anna viva, Bryan Burkhart é detido, juntamente com o seu irmão
Ernest, todavia ambos são libertados pouco depois por inexistência de provas
suficientes do seu envolvimento que permitissem a manutenção da sua detenção. Em
Osage, muitos acreditam que os assassinos serão pessoas de fora, visto que a
Lei Seca, que fora imposta no início de 1920, tinha criado um ambiente de
desrespeito pela lei na região, enquanto outros apontam para o ex-marido de
Anna, Oda Brown, que procura, sem sucesso, anular o testamento da defunta por
esta não lhe ter deixado nada. Um falsificador do Kansas entra também em cena e
entra em contacto com o xerife Freas para lhe comunicar que Brown lhe pagou
para assassinar Anna, porém, como, mais uma vez, não existem quaisquer provas
da sua narrativa, tanto ele como Brown são postos em liberdade.
Perante
este quadro, Hale pressiona as autoridades locais, que decidem desenterrar Anna
para procurar e analisar a bala que a matou. Todos estes acontecimentos,
nomeadamente toda a gama de sentimentos despertada pela morte da filha, levam à
morte de Lizzie uns curtos dois meses após a daquela. Bill Smith desconfia,
contudo, considera o passamento de Lizzie suspeito e começa a investigar por
sua iniciativa, concluindo que foi envenenada. Perante isto, convence-se de que
todas as mortes recentes – concretamente as de Anna, Lizzie e Charles Whitehorn
– estão interligadas entre si e relacionadas com as vastas reservas de petróleo
que a tribo osage controla.