A constante desvalorização (e nalguns casos perseguição) dos professores portugueses por obra e graça de sucessivos governos desde os tempos de Sócrates, as precárias condições de trabalho, a falta de apoio por parte de tudo e todos (incluindo o de proximidade), a estagnação forçada numa carreira que, na prática, quase não existe, o aumento da indisciplina e da violência em contexto escolar, a sensação galopante de inimputabilidade... são apenas alguns dos fatores que têm vindo a afastar do ensino candidatos a exercerem, futuramente, a profissão.
Os reflexos estão aí e serão cada vez em maior número, mesmo que se continue a assobiar para o lado e a aguentar a situação, empurrando para o futuro um problema que se vai acentuando.