quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Correção do exame intermédio de Português - 12.º ano - 2013
Grupo I
1. Características do espaço que deslumbram Artur:
- o mobiliário bem cuidado e luxuoso («o aparador envernizado, o espelho com o caixilho resguardado por uma gaza cor-de-rosa»);
- a pintura («e o retrato de Prim...»);
- a vista proporcionada da cidade («as ruas secavam sob o norte frio...», «uma carruagem que passou, com dois criados de casacos brancos...»);
- a elegância dos transeuntes («Examinava avidamente as toilettes dos homens; achou adoráveis duas senhoras que atravessavam a calçada, com os vestidos apanhados, mostrando as saias brancas...»);
- os veículos em circulação («uma carruagem que passou, com dois criados de casacos brancos...»);
- a vastidão e o aparato de Lisboa («Nunca imaginara Lisboa tão vasta, tão aparatosa...»).
2. O diálogo entre o criado e Artur, nomeadamente uma fala do primeiro referindo-se às botas do segundo («- Estão na última. Já usted vê!...») , revela o provincianismo e a pobreza do seu vestuário / calçado, que está gasto de tanto uso e fora de moda.
Ao constatar o facto, Artur decide só sair «à noite» porque, desse modo, ficaria menos exposto / visível o seu aspeto pobre e provinciano, isto é, passaria despercebido a coberto da escuridão noturna e pela iluminação a gás.
3. Contraste entre as diferentes emoções sentidas por Artur:
- o fascínio, deslumbramento, espanto e admiração:
- o deleite inicial ao passear por Lisboa, motivado pela novidade do que vê e pela modernidade da cidade;
- o fascínio ao contemplar as vitrinas iluminadas das lojas;
- o espanto e a admiração ao observar as mulheres com que se cruza, pelas carruagens, pela vastidão das ruas, pelo movimento e pela multidão;
- a perturbação motivada pela atmosfera «saturada das emanações de uma vida rica, sábia, idealizadora e ardente!»;
- a vergonha e o sentimento de inferioridade:
- o acanhamento e o sentimento de inferioridade («Mas sentia-se acanhado...»);
- o entontecimento motivado pelo ambiente citadino («o trotar das parelhas entontecia-o»);;
- o medo infantil de agressões («o andar desenvolto dos homens, falando alto, dava-lhe um medo pueril de agressões»);
- a vergonha do seu vestuário, velho, gasto, fora de moda («tinha vergonha do seu velho paletó, mais curto que as abas da sobrecasaca que trazia...»);
- a sensação de alívio, motivada pelo pedido de lume.
4. A expressão traduz o desejo de integração sentido pela personagem, de fazer parte daquela sociedade que o extasia e fascina e não se sentir um estranho, alguém que vem de forma e se sente diferente e inadaptado. É o desejo de se apresentar de acordo com as tendências da moda, de levar uma vida de luxo e ostentação semelhante à daqueles com quem se cruza, de participar nas conversas, de se relacionar, de intervir nas discussões sobre cultura, política, arte... («teve pressa de entrar naquela existência - relacionar-se, regalar-se das discussões sobre Arte e Ideal»), de frequentar os mesmos espaços.
Grupo II
Versão 1 Versão 2
1.1. C A
1.2. A D
1.3. B C
2.1. A oração subordinada adjetiva relativa é a seguinte: «que por lá põem os pés».
2.2. A expressão «o viajante» desempenha a função sintática de sujeito.
2.2. A expressão «o viajante» desempenha a função sintática de sujeito.
Grupo III
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