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terça-feira, 11 de junho de 2013

"Persistência da Memória", de Salvador Dali


     Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, nasceu a 11 de Maio de 1904 em Figueres (Espanha) e faleceu a 23 de Janeiro de 1989, conhecido apenas como Salvador Dali, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dali chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dali foi influenciado pelos mestres do Renascimento. O seu trabalho mais conhecido, é "A Persistência da Memória".

     A Persistência da Memória é uma pintura de 1931. Este quadro está localizado na coleção do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque desde 1934. É amplamente reconhecida e frequentemente referenciada na cultura popular.

     Nesta obra é curioso onde o pintor foi buscar a inspiração, Salvador Dali efetuou este quadro inspirado no queijo que se encontrava a comer. Queijo camember, caracterizado pela sua textura mol.

     Neste quadro observamos em primeiro plano algo como um caracol ou uma ave no chão, uma oliveira seca, sem folhas e três relógios, marcando horas diferentes a desvanecerem-se ao calor, ao passar do tempo, enquanto um quarto relógio permanece fechado, não se dilatando, mas sendo devorado por pequenos insetos. Distingue-se pela sua cor vermelha, enquanto os outros três têm as cores dourado e prateado. Este plano encontra-se à sombra, os relógios desvanecem-se numa ligeira escuridão.

     A luz solar encontra-se toda ela projetada no segundo plano, onde observamos os rochedos , dando assim um grande equilíbrio no quadro; neste plano mais iluminado predominam os tons amarelos, castanhos e o azul do mar.

As imagens flácidas dos relógios que se dobram, mas não se desfazem, evocam a obsessão humana com a passagem do tempo e com a memória. Os relógios a dilatarem-se, o caracol ou ave que se encontra no chão também a dissolver-se, o quarto relógio a ser devorado e a oliveira seca e sem folhas são premonições de morte. Podem revelar o inconsciente do pintor, podemos eventualmente concluir que este tem medo da morte. Assim conseguimos observar o conflito psicológico que se desenvolve através de um interessante jogo de contrastes: rochas duras e relógios moles, luz e sombras, realidade e sonho, razão e absurdo.

     Através da linguagem imaginária da memória e dos sonhos. Dali distorce a realidade, retira os objetos o seu contexto real, tentando libertar-se da racionalidade e ultrapassar os limites da matéria em busca do abstrato e do insólito. Também o espaço e o tempo se deformam e desvanecem, à medida que a mancha escura vai tomando conta do quadro, sob a poderosa força, obscura e ilógica, que brota das profundezas da alma humana. Neste quadro, Dali pintou uma bela metáfora da mente humana, onde fervilha a vida anterior e interior, onde o tempo é medido e sentido, onde a fantasia expulsa o facto e onde a memória persiste.

     Recomendo a leitura deste quadro porque é uma obra que desenvolve a nossa capacidade de raciocínio e apercebemo-nos da diversidade do nosso inconsciente.

Bibliografia:
     - Arte Abstrata, Mel Gooding;
     - pt.shvoong.com;
     - www.infopedia.pt/$persistencia-da-memoria-(pintura);
     - pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Dali;
     - www.suapesquisa.com/biografias/salvador_dali.htm


Cátia G.

domingo, 2 de junho de 2013

"Metamorfose de Narciso"

Para este trabalho escolhi analisar o quadro “Metamorfose de Narciso”. Esta obra é do artista plástico catalão Salvador Dalí que nasceu em Figueres, na Catalunha a 11 de maio de 1904 e faleceu a 23 de janeiro de 1989 com 84 anos. Dalí demostrou interesse pelas artes plásticas desde a infância e em 1921 entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, em Madrid.
As obras de Dalí são cativantes por causa da sua incrível combinação de imagens bizarras, oníricas (relativas aos sonhos), e com excelente qualidade plástica. Em 1929, viajou para Paris onde conheceu Picasso, um dos artistas que mais o influenciou. No ano seguinte começou a fazer parte do movimento surrealista.
A Metamorfose de Narciso é um quadro do ano de 1937 que está exposto no museu britânico Tate Modern. Esta obra é ambígua pois quando vemos as rochas que estão em cima umas das outras ficamos com a sensação de que é a forma de uma pessoa mas também porque a fenda do ovo coincide com a sombra do cabelo dessa pessoa, que é Narciso. A fissura na unha do polegar dá à mão um caráter imóvel, surreal, adequado ao estilo de Dalí.
            O tema desta obra vem da mitologia clássica. Está relacionado com a lenda de Narciso. Este era um belo jovem que se apaixonou pelo seu próprio reflexo. Maravilhado, o rapaz ficou quieto como uma estátua a observar o seu reflexo e ao debruçar-se sobre a água acaba por morrer afogado. Depois de falecer os Deuses transformaram-no numa flor, daí o nome dado à flor narciso. Além da lenda, Dalí também usou como inspiração uma conversa que ouviu entre dois pescadores. Eles conversavam sobre um indivíduo estranho que tinha um "bulbo na cabeça", expressão alemã que significa doença mental. Isso deu-lhe a ideia de pintar o bulbo da flor surgindo através do ovo. Podemos ver umas formigas a subir a mão que segura o ovo. Estas representam a deterioração, a morte. 
Há quatro detalhes de a Metamorfose de Narciso que se destacam. O primeiro de todos é a figura de Narciso (o jovem que contempla a água obcecado pelo próprio reflexo); a mão que segura o ovo (esta parte do quadro representa o final trágico do conto, quando o jovem morre e se transforma num narciso); o ovo e a flor (o narciso que rompe a casca do ovo é considerada a parte mais brilhante da composição e a mais importante); a figura no pódio (um jovem isolado de costas viradas para os principais acontecimentos do quadro que parece totalmente absorvido enquanto se contempla a si mesmo). Segundo Salvador Dalí, esta pintura era a o melhor produto do seu método paranoico-crítico. 
Na minha opinião esta obra é uma obra fascinante e intrigante porque à partida não sabemos qual é a sua mensagem. Para além disto há quem diga que este quadro é um auto-retrato de Dalí, o que o torna ainda mais interessante de analisar. Podemos ver neste quadro um “mundo” onde os sonhos são reais, um “mundo” surreal.

Bibliografia:




  
Liliana L.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Metamorfose de Narciso"



“Metamorphose de Narcisse” é um quadro de Dali, terminado em 1937, e está exposto na Tate Gallery em Londres. Salvador Dali nasceu em maio de 1904 e desde a infância demonstrou interesse pelas artes plásticas, em 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madrid. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para o avaliar.O trabalho dele chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, com excelente qualidade plástica foi um dos grandes nomes  influenciado pelos mestres do Renascimento.
 "Metamorfose de Narciso" é uma obra ambígua. Ao mesmo tempo que vemos Narciso, ele aparenta ser várias rochas, uma em cima da outra. Na mão que segura o ovo, símbolo da vida, vemos algumas marcas, como se fossem formigas, note-se que Dali tinha pavor de formigas devido a episódios da sua infância. A fenda no ovo combina com a sombra do cabelo de Narciso e também com a fissura na unha do polegar, dando à mão um caráter petrificado, surreal. Pode-se fazer uma leitura corporal, na qual cada parte do corpo tem uma correspondência emocional. Segundo essa ideia, a unha corresponde à autoconfiança do indivíduo, podendo ser considerada mais forte ou mais frágil, dependendo da constituição física. Nesse caso, e por ser o polegar simbolicamente o dedo da auto-afirmação, a fenda pintada pode ser lida como a morte da vaidade.
Além disso, pode ser ainda ligada à maneira com que Dali frequentemente se referia à sua personalidade: metade uma pessoa ordinária, metade um génio, o que reforça a ideia de que o quadro poderia  ser um auto-retrato.Na representação a  flor brota de um ovo, símbolo da germinação da vida e ao mesmo tempo do seu mistério e fragilidade. A fria e pálida magreza dos dedos de pedra faz lembrar o destino de todos os corpos sujeitos à erosão do tempo. Onde se extinguiu o dourado reflexo da vida, imergiu o solitário esqueleto, na presença do qual até o céu escurece, carregando a leveza das nuvens com uma armadura de chumbo.Mais atrás erguem-se silenciosas montanhas cuja lava arrefecida dá lugar a imponderáveis rugas de basalto.  O caminho de lama simboliza os passos do Homem e termina junto à água. À direita do quadro, no primeiro plano, existe um cão que rasga uma carne, quase uma carcaça, talvez representando a morte de algo que algum dia já foi belo.
Em conclusão, o quadro retrata a morte mas uma morte que faz brotar o novo, o belo. Aconselho toda a gente que goste de arte a apreciar esta obra, pois está muito bem concebida em termos de metáforas, e também porque é uma obra que, uma vez decifrada, nos faz refletir na vida e no nosso dia-a-dia.

Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Dal%C3%AD#Biografia
http://www.artgalleryabc.com/next90.html
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