Continuação da análise aqui: analise-capI-memorial-do-convento.
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terça-feira, 9 de abril de 2024
Análise do capítulo I de Memorial do Convento
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12.º Ano
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José Saramago
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Memorial do Convento
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sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Terra do Pecado, de José Saramago
A narrativa tem como protagonista Maria Leonor, uma mulher viúva, mãe de duas crianças, que se vê a braços, subitamente, com o processo de luto pela morte do marido, com as dificuldades de gerir a sua casa, administrar a propriedade, a vida e a educação dos filhos e as suas relações sociais, além de ter de lidar com as saudades do marido e com as expectativas da sociedade relativamente ao seu novo estado civil (de viuvez).
Maria Leonor é uma mulher frágil, que apenas desempenhou os papéis que lhe cabiam socialmente: filha, esposa e mãe. Assim sendo, o seu universo limitava-se à casa da propriedade rural em que vivia, cuidando dos filhos e do marido, supervisionando os empregados e dedicando-se aos seus bordados e à leitura. Quando o esposo morre, ela não suporta a perda e adoece, sobretudo por causa dos seus nervos frágeis e abalados pelos acontecimentos. O tempo passa e a atividade da quinta fica em suspenso, até que questões urgentes de caráter prático a forçam a sair da cama e a assumir as suas responsabilidades de proprietário rural.
Apesar das várias recaídas que vai sofrendo, consegue restabelecer a ordem na casa e evolui como administradora da propriedade, no entanto interiormente continua a ser afetado pela falta do marido e por se aperceber de algo que era considerado socialmente um pecado muito grande: ela continuava viva. De facto, de acordo com os costumes da sociedade em que existia, a viúva deveria morrer com o marido, mesmo que continuasse a existir fisicamente, ou seja, não poderia voltar a sorrir ou seguir com a sua vida, muito menos considerar a hipótese de se envolver romanticamente com outro homem. Mas é isso exatamente que Maria Leonor vai fazer. Observe-se que ainda hoje se encontram mulheres que viuvavam há anos ou décadas, se vestiam de preto e assim viveram para sempre. Voltando à protagonista, de facto, estabelece uma relação com dois homens: o cunhado e um médico próximo da família: o doutor Viegas.
Daqui decorre uma estranha e complicada relação com Benedita, a sua empregada de confiança, que a condena pelo que acredita ser a fraqueza e o desrespeito de Maria Leonor para com a memória do marido. Com efeito, Benedita tem um sentimento quase de posse em relação à patroa, intrometendo-se por vezes de forma quase ofensiva e denegridora da protagonista.
Contudo, a obra gira, sobretudo, em torno do sentimento de culpa da própria Maria Leonor, em relação às suas ações e comportamentos, bem como aos desejos e pensamentos. É também por isso, além da pressão social, que a vemos esgueirar-se pelas sombras da própria casa, receando os olhares e o julgamento dos empregados, inventando as mentiras mais escabrosas que acabam por destruir a vida de pessoas inocentes só para manter a sua reputação e não ser alvo de comentários e coscuvilhice, que inevitavelmente a atingiriam, bem como aos filhos e aos negócios. Valha a verdade, porém, que nem toda a sociedade a julga e exige dela que seja uma morta em vida. De facto, se Benedita condena as suas ações e a desrespeita, há outras personagens que procuram compreender e defender as atitudes de Maria Leonor, apesar de as considerarem perniciosas.
No fundo, a obra procura retratar um Portugal da época, centrando a ação numa pequena localidade do país, habitada por uma população profundamente católica e conservadora que oprime os outros com as regras sociais que vigoram.
Esta primeira obra de Saramago difere das que o consagraram por causa das questões formais, nomeadamente a ausência de pontuação e de digressões, todavia são já visíveis alguns dos temas que caracterizarão os seus textos, como, por exemplo, a crítica religiosa, a partir do confronto entre o caráter beato de Benedita e a presença constante o padre local e os comentários céticos e algo sarcásticos do doutor Viegas.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Uma análise de Que farei com este livro?
O trabalho aqui divulgado é uma análise da obra Que farei com este livro?, da autoria de José Saramago.
Trata-se de uma tese de mestrado, de Cybele Regina Melo dos Santos, defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
O trabalho pode ser encontrado no link seguinte: tese.
sábado, 13 de junho de 2020
Características do romance histórico
▪ O romance
histórico é caracterizado pela presença da História e pela oscilação entre a
verdade e a verosimilhança.
▪ O romance
histórico é marcado pela reconstituição histórica, que implica a recriação de
determinados ambientes, conseguidos pelo recurso ao efeito da cor local e/ou da
época. Este efeito é conseguido pelo recurso a várias estratégias:
-» evocação,
o mais fiel possível, da linguagem da época e dos diferentes grupos sociais;
-» descrição
pormenorizada do vestuário das personagens;
-»
reconstituição de espaços físicos/geográficos (cidades, castelos, monumentos,
etc.), com especial destaque para os aspetos arquitetónicos;
-» recriação
de grandes movimentações das personagens (saraus, torneios, manifestações
populares), com o objetivo de criar a ilusão da fidelidade ao tempo narrado.
▪ A presença
de personagens referenciais (personagens pertencentes a um determinado contexto
histórico e/ou mítico, que condicionam a leitura e a interpretação, mesmo que não
possuam uma existência real – por exemplo, D. João V ou Scarlatti).
▪ As
personagens ficcionais (persona → ideia de “ficção”) ocupam, geralmente,
os papéis principais do romance, visto que proporcionam ao autor/narrador
liberdade criativa, o que não acontece com as personagens referenciais, dotadas
de características próprias e de personalidade conhecida que interessa
respeitar.
▪ O romance
histórico recorre também a fontes (verdadeiras ou apócrifas), desde “documentos
antigos” a “velhos livros”, bem como “memórias” e “manuscritos que só o
narrador conhece”, com a finalidade de atestar a veracidade dos acontecimentos
narrados.
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Romance histórico
O conceito de romance histórico
O conceito de romance histórico,
tal como hoje o entendemos, surge com o Romantismo, no século XIX, desde logo
porque foi com este movimento que se deu um grande destaque, até aí
desconhecido, ao passado. Antes, existiam romances que se centravam em tempos passados
(por exemplo, Princesse de Clèves, de Madame de Lafayette), mas não se
podem classificar como tal dada a inexistência de rigor ou factualidade
histórica, a ausência de preocupações reais com a reconstituição de um
determinando momento histórico, visto que apresentavam personagens, conceitos e
mentalidades contemporâneos do respetivo autor.
O primeiro romance histórico
considerado como tal é Waverley, de Walter Scott, publicado em 1814, o
qual define os traços gerais do género: respeito pelos factos históricos,
ênfase em determinados acontecimentos, etc.
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Romance histórico
quarta-feira, 5 de junho de 2019
Título "O ano da morte de Ricardo Reis"
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'O Ano da Morte de Ricardo Reis'
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domingo, 2 de junho de 2019
Retrato de Marcenda
. Nome: Marcenda é um verbo proveniente do
latim, no gerúndio, recolhido num verso de Ricardo Reis, que significa
“murchando” (“E colho a rosa porque a sorte manda. / Marcenda, guardo-a;
murche-se comigo, da ode “Saudoso já deste verão que vejo”).
. Retrato físico:
. é uma mulher jovem com
mais de vinte anos;
. magra;
. de aparência instável,
insegura, inacabada, frágil;
. possui o perfil de uma
adolescente;
. apresenta um defeito
físico: a mão esquerda “paralisada e cega”, o que atrai a atenção de Ricardo
Reis.
. Retrato psicológico:
. altiva;
. serena;
. desprendida;
. inexplicavelmente madura,
pois conjuga a falta de experiência com uma sabedoria inata.
. Simbologia:
. Marcenda representa a
sabedoria das mulheres que os homens não entendem.
. Representa a inércia, a
desistência, a apatia e, tal como o heterónimo de Fernando Pessoa, é uma espectadora
do mundo.
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'O Ano da Morte de Ricardo Reis'
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José Saramago
quarta-feira, 20 de março de 2019
'O Ano da Morte de Ricardo Reis' - Ficha de leitura (cap. XIV-XIX) - Soluções
Ficha 4 – versão 1
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Ficha 4 – versão 2
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CAPÍTULOS XIV a XIX
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1. F
2. V
3. V
4. V
5. V
6. V
7. F
8. F
9. V
10. V
11. F
12. V
13. F
14. F
15. V
16. F
17. V
18. F
19. V
20. F
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1. V
2. F
3. V
4. V
5. F
6. V
7. V
8. F
9. V
10. V
11. F
12. V
13. V
14. F
15. V
16. F
17. V
18. F
19. V
20. V
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. Ficha de trabalho [ficha].
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'O Ano da Morte de Ricardo Reis'
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12.º Ano
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José Saramago
terça-feira, 12 de março de 2019
'O Ano da Morte de Ricardo Reis' - Ficha de leitura (cap. VIII-XIII) - Soluções
Ficha 3 – versão 1
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Ficha 3 – versão 2
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CAPÍTULOS VIII a XIII
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1. V
2. V
3. V
4. F
5. V
6. F
7. F
8. F
9. V
10. F
11. V
12. V
13. V
14. V
15. V
16. F
17. V
18. F
19. F
20. F
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1. F
2. F
3. V
4. V
5. F
6. F
7. V
8. V
9. V
10. F
11. V
12. F
13. V
14. F
15. V
16. V
17. F
18. F
19. V
20. V
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. Ficha de trabalho [ficha].
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12.º Ano
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domingo, 10 de março de 2019
'O Ano da Morte de Ricardo Reis' - Ficha de leitura (cap. IV-VII) - Soluções
Ficha 2 – versão 1
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Ficha 2 – versão 2
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CAPÍTULOS IV a VII
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1. V
2. F
3. F
4. V
5. V
6. V
7. F
8. F
9. V
10. V
11. F
12. V
13. F
14. V
15. V
16. V
17. V
18. F
19. V
20. V
21. F
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1. F
2. F
3. V
4. F
5. F
6. F
7. V
8. V
9. F
10. V
11. V
12. V
13. V
14. F
15. V
16. V
17. F
18. F
19. V
20. V
21. F
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. Ficha de leitura [ficha].
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12.º Ano
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Fichas
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José Saramago
'O Ano da Morte de Ricardo Reis' - Ficha de leitura (cap. I-III) - Soluções
Ficha 1 – versão 1
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Ficha 1 – versão 2
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CAPÍTULOS I a III
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1. V
2. F
3. F
4. V
5. F
6. F
7. V
8. F
9. F
10. F
11. V
12. V
13. V
14. F
15. V
16. V
17. F
18. V
19. V
20. F
21. V
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1. F
2. V
3. V
4. F
5. F
6. F
7. V
8. F
9. V
10. V
11. V
12. F
13. V
14. V
15. F
16. V
17. F
18. V
19. V
20. F
21. F
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. Ficha de leitura [ficha].
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12.º Ano
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