Português: 04/07/23

terça-feira, 4 de julho de 2023

Análise de Memórias de um Sargento de Milícias

 I. Introdução


II. Contexto


III. Resumo da obra


IV. Resumo por capítulos

    . 1.ª parte

        . Capítulo I

        . Capítulo II

        . Capítulo III

        . Capítulo IV

        . Capítulo V

        . Capítulo VI

        . Capítulo VII

        . Capítulo VIII

        . Capítulo IX

        . Capítulo X

        . Capítulo XI

        . Capítulo XII

        . Capítulo XIII

        . Capítulo XIV

        . Capítulo XV

        . Capítulo XVI

        . Capítulo XVII

        . Capítulo XVIII

        . Capítulo XIX

        . Capítulo XX

        . Capítulo XXI

        . Capítulo XXII

        . Capítulo XXIII

    . 2.ª parte

        . Capítulo I

        . Capítulo II

        . Capítulo III

        . Capítulo IV

        . Capítulo V

        . Capítulo VI

        . Capítulo VII

        . Capítulo VIII

        . Capítulo IX

        . Capítulo X

        . Capítulo XI

        . Capítulo XII

        . Capítulo XIII

        . Capítulo XIV

        . Capítulo XV

        . Capítulo XVI

        . Capítulo XVII

        . Capítulo XVIII

        . Capítulo XIX

        . Capítulo XX

        . Capítulo XXI

        . Capítulo XXII

        . Capítulo XXIII

        . Capítulo XXIV

        . Capítulo XXV


V. Estrutura da ação


VI. Personagens: papel, caracterização, representatividade

    . Introdução

    . Leonardo

    . Luisinha

    . Vidinha

    . Comadre

    . Compadre barbeiro

    . D. Maria

    . José Manuel

    . Major Vidigal

    . Leonardo Pataca

    . Maria da Hortaliça

    . Chiquinha

    . Maria Regalada


VII. Tempo


VIII. Narrador - participação e focalização


IX. Classificação


X. Características do romance

Análise do poema "Antítese", de Castro Alves


    O título do poema aponta para um contraste presente no texto entre o homem branco (livre) e o negro (negro e escravo).
    Partindo do título, podemos dividir o poema em duas partes:
        - uma parte de festa: riqueza, luz e som;
        - a descrição do ambiente em que se vai integrar a personagem.
    De um lado, temos a festa, que é cor de vida, mas também falsidade e hipocrisia; do outro lado, está o velho desamparado.

    O poema abre com a descrição de um baile sumptuoso, num ambiente luxuoso, cheio de luz, requinte, cor e vida, onde se destacam os enfeites (“serpentinas”), o vestuário dos presentes (“sedas e querubins”), a orquestra, a riqueza e o luxo. A alegria que se vive é tão grande que os pares dançando parecem silfos numa valsa mágica: “como silfos / na valsa os pares perpassam / sobre as flores, que se enlaçam nos tapetes de coxins”.

    A partir da segunda estrofe começa a desenhar-se a antítese. O poema sai do ambiente de festa para “a névoa da noite, no átrio, na vasta rua”, enquadrando aquele que “como um sudário flutua / nos ombros da solidão”, isto é, aquele que recebeu como prémio o desprezo e uma carta de alforria: o escravo. O espaço que este habita não é o dos salões de festa, mas a praça: “a praça em meio se agita”. Ele é uma espécie de “cão sem dono”, imagem que evidencia a degradação da condição humana, que se acentua nos versos seguintes: “Desprezado na agonia, / Larva da noite sombria, / Mescla de trevas e horror.”

    A penúltima estrofe descreve o ser em questão e a sua situação social: “É ele o escravo maldito, / O velho desamparado / (…) / Tem por leito de agonias / As lájeas do pavimento, / E como único lamento / Passa rugindo o tufão.”

    Na última estrofe, o sujeito poético manifesta a sua solidariedade em favor do escravo: “Chorai, orvalhos da noite, / Soluçai, ventos errantes. / Astros da noite brilhantes / Sede os círios do infeliz!”. Os quatro últimos versos retratam a morte social do escravo (“cadáver insepulto”), que a alforria e a liberdade, embora não assistida, não conseguem ultrapassar.

    O elemento brasileiro (o escravo velho) não está numa posição dominante; o que está em causa é uma ideia romântica: a procura da liberdade, através de um processo muito caro ao Romantismo – a evasão.

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