Português: 15/05/22

domingo, 15 de maio de 2022

Resumo do capítulo II de Amor de Perdição


             Simão era um adepto dos ideais da Revolução Francesa, o que assumia com orgulho. Em consonância, defendia uma revolução pelas armas em Portugal, o que afastou alguns dos seus companheiros e o levou ao cárcere académico durante seis meses. Deste modo, reprovou o ano letivo, e o pai repeliu-o da sua presença.

            Porém, Simão mudou radicalmente quando conheceu Teresa Albuquerque, que viu pela primeira vez da janela do seu quarto. Tratava-se de uma «menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida», filha de Tadeu de Albuquerque, inimigo figadal de Domingos Botelho, devido a questões judiciais, e o seu ódio aumentou quando o filho do juiz feriu dois criados seus no incidente da fonte.

            Teresa e Simão apaixonaram-se e faziam planos de vida em comum. Todavia, um dia, Tadeu surpreendeu Teresa e Simão namorando à janela e arrancou-a violentamente daí. Ao ouvir os gemidos da sua amada, Simão ficou muito perturbado e passou a noite pensando em vingança. Quando amanheceu, decidiu voltar a Coimbra e lá esperar notícias de Teresa, que lhe escreveu, informando-o da ameaça de seu pai de a encerrar num convento. Apesar da ameaça, a jovem mantém-se firma no seu amor por Simão e disposta a tudo suportar em seu nome.

            Em Coimbra, Simão torna-se um estudante exemplar, movido pelo desejo de «sustentar dignamente a esposa». Esta mudança levou Manuel a viver de novo com o irmão.

29 anos depois, Benfica é de novo campeão nacional de andebol feminino



Resumo do capítulo I de Amor de Perdição


             O capítulo abre com o retrato caricaturado de Domingos Botelho, um fidalgo de província, avô de Camilo Castelo Branco: em 1779, era juiz em Cascais; por ser pouco inteligente, deram-lhe a alcunha de «Brocas», a qual sugere a sua rudeza; apesar de ser feio, não possuir grandes virtudes e ter pouca fortuna, tinha a simpatia da rainha D. Maria, de quem recebia uma pensão; frequentava o paço, onde conheceu D. Rita Castelo Branco, uma bela com quem casou; pouco depois, foi transferido para Vila Real.

            Pelo contrário, D. Rita Preciosa era uma mulher bonita. Além disso, era altiva e desdenhava qualquer fidalgo da província, de onde era originário o seu marido, Domingos Botelho, que se esforçava para lhe agradar. Após a mudança para Vila Real, D. Rita tinha saudades da corte e mostrava frequentemente o seu desagradado com a vida de casada longe do Paço. Assim sendo, a senhora vivia infeliz, pois desagradava-lhe o ambiente e a vida na província e as condições que o marido lhe proporcionava. Este, por sua vez, vivia angustiado com a sua feiura, sentimento que se acentuava pelos ciúmes que tinha dela e da sua beleza. Quando foi transferido para Lamego, o facto desagradou de tal modo à esposa que esta ameaçou ir com os filhos [do matrimónio nasceram cinco, um dos quais era Simão, o segundo] para Lisboa.

            Em 1801, Domingos Botelho foi nomeado corregedor em Viseu, pelo que a família teve de se mudar para essa cidade. Nesta época, Simão tem 15 anos e estuda em Coimbra – de onde regressou com os exames feitos, o que deixou o pai satisfeito –, assim como Manuel, o irmão mais velho, que se queixa a Domingos de não poder coabitar com Simão, por causa do «génio sanguinário» deste e decide ir para Bragança para se alistar no exército como cadete.

            Simão é um jovem forte, fisicamente parecido com D. Rita, com propensão para distúrbios, o que desagradava naturalmente aos pais. Certo dia, de férias em Viseu, envolveu-se numa briga numa fonte, durante a qual espancou uns criados com tanta violência que causou pânico na população e levou a mãe a enviá-lo às escondidas de volta para Coimbra, onde ficou a aguardar o perdão do pai.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...