domingo, 30 de novembro de 2025
Sequências narrativas em O Fantasma de Canterville
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Análise do título e da ação de O Fantasma de Canterville
O Fantasma de Canterville foi publicado pela primeira vez em 1887. O seu título, numa primeira leitura, sugere que estamos na presença de uma história tradicional de terror, semelhante às que eram escritas na época e que se destacavam pela exploração do tema do sobrenatural, que estava presente nas narrativas de crime e suspense que evocam os medos e as superstições mais ancestrais, como monstros, demónios, vampiros, lobisomens ou visitas do Além. De facto, os autores contemporâneos começavam, na época, a refletir nas suas obras as inquietações e tendências da ciência moderna que, em diversas circunstâncias, desafiava os limites da compreensão humana, misturando o insólito e o real.
No caso de O Fantasma, Oscar Wilde segue outro caminho, elaborando uma narrativa curta que... (continua aqui: »»»).
Romantismo versus Modernidade em Oscar Wilde
Ler aqui: »»».
A modernidade em Oscar Wilde
Consultar aqui: »»».
A crítica em O Fantasma de Canterville
Ler aqui: »»»
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
O dandismo em Oscar Wilde
O dandismo integra-se na corrente do Esteticismo, visto que defendia, a partir de fundamentos históricos, o belo como solução ou antídoto para os horrores da sociedade industrializada. O movimento atingiu o auge no século XIX, com figuras como Baudelaire e Walter Pater. Para Oscar Wilde, o dândi não era apenas alguém... »»»
Oscar Wilde e o Esteticismo
O Esteticismo é um movimento literário e artístico que privilegiava a beleza formal. Esta corrente influenciou grandemente Oscar Wilder, cuja filosofia conheceu aquando da sua passagem por Oxford, tendo sido influenciado sobretudo por John Ruskin (1819-1900)e Walter Pater (1839-1894)... »»»
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
A era vitoriana
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Biografia de Camões: as origens dos Camões
•
Camos (Nigrán): neste lugar, existia, há cerca de oito séculos (séc. XIII), o
solar dos Camões, residência da família ancestral de Luís de Camões.
•
Esse topónimo, por sua vez, teve origem no nome de uma ave chamada camão
(ou caimão), uma ave aquática de plumagem azul e bico vermelho, que
ainda existe no estuário do rio Miñor.
▪ Um nobre galego era dono
de um pássaro camão que morreria se a sua esposa cometesse adultério.
▪ Um pretendente dessa
dama, tendo sido rejeitado por ela e cheio de despeito, resolveu caluniá-la,
insinuando que teria cometido adultério, por isso o marido quis matá-la.
▪ A esposa pediu ao
cônjuge que consultasse a ave. Ao verificar que esta continuava viva, ele
compreendeu que estava enganado, reconheceu o seu erro e uniu o seu nome de
família ao da ave.
•
Luís de Camões mencionou esta lenda numa carta em verso que escreveu a uma
dama, mostrando, assim, que conhecia as suas origens galegas.
•
Camões cresceu com a ideia de pertencer à nobreza, mesmo que empobrecida, ideia
essa consubstanciada no seguinte:
▪ O solar dos Camões, uma
casa senhorial ou castelo feudal, que, por alturas dos séculos XII ou XIII,
existia em Camos (Nigrán, Galiza), o local onde nasceu o trisavô do poeta (ter
esse passado associado a um castelo fortalecia de linhagem aristocrática).
▪ A lenda do camão, a qual
dava prestígio simbólico à família, visto que a associava à virtude e à honra.
▪ Antepassados ligados à
guerra e à navegação, atividades valorizadas pela nobreza medieval, já que os
feitos de armas e a expansão ultramarina eram sinal de honra.
•
D. Fernando, o monarca português, reivindica a coroa de Castela por direito
dinástico, invade a Galiza, mas recua.
•
Muitos nobres portugueses partidários de Pedro I refugiam-se em Portugal,
nomeadamente o Conde Andeiro, Aires Pires de Camões (capitão de galés) e o seu
primo Vasco Pires de Camões, provável fundador do ramo português da família.
• Os
motivos da vinda de Vasco Pires de Camões para Portugal são os seguintes: apoio
político a Pedro I, como já foi referido, e desavença pessoal (teria
assassinado um fidalgo).
•
D. Fernando recompensa-o com várias propriedades: Gestaçõ, Montemor-o-Novo,
Sardoal, Constância, Marvão, Vila Nova de Anços, Estremoz, Avis, Évora e
Santarém.
•
Após a morte de D. Fernando, em 22 de outubro de 1383, D. Leonor Teles, a
regente do reino, mantém Vasco Pires de Camões próximo de si, conde-lhe funções
e um casamento vantajoso com Maria Tenreiro.
•
Na batalha de Aljubarrota (1385), Vasco Pires de Camões luta ao lado das forças
de Castela, é feito prisioneiro e posteriormente libertado, mas a sua atitude
fá-lo perder prestígio.
•
Em 1391, ainda morava em Portugal, mas após esse ano desaparece dos registos
das cortes.
•
Antes de se mudar para Portugal, era um trovador galego, tendo participado, por
exemplo, em contendas poéticas no Cancioneiro de Baena. Este dado liga o
talento literário de Camões a uma possível herança familiar.
•
Lei do Morgadio: o filho mais velho herdava os bens e títulos, garantindo a
continuidade da linhagem; os filhos segundos entregavam-se à vida eclesiástica
ou à carreira militar.
•
Gonçalo Vaz de Camões:
▪ enquanto primogénito e
de acordo com a Lei do Morgadio, herdou os bens da família;
▪ através de alianças
vantajosas e do casamento com Constança da Fonseca, ligada a uma família
importante, a dos Coutinho, prosperou;
▪ no século XVI, António
Vaz de Camões, um seu descendente, era morgado de Camoeira, rico e influente.
•
Constança Pires de Camões:
▪ casou com Pierre
Séverin, um fidalgo francês que participou na conquista de Ceuta, em 1415;
▪ deu origem à família
Severim de Faria, da qual brotou Manuel Severim de Faria, biógrafo de Camões.
•
João Vaz de Camões:
▪ segundo filho de Simão,
foi o bisavô do poeta;
▪ entregou-se à carreira
militar e judicial: serviu D. Afonso V em expedições contra Castela e no Norte
de África e mais tarde tornou-se corregedor da comarca da Beira (cargo
judicial);
▪ casou com Inês Gomes da
Silva, filha bastarda da família Silva;
▪ desse casamento nasceram
três filhos: João Vaz, Antão Vaz e Pero Vaz;
▪ construiu um túmulo
sumptuoso na Sé Velha de Coimbra.
▪ Antão Vaz de Camões:
→ é o avô do poeta;
→ casou com D. Guiomar da
Gama, que tinha ascendentes comuns a Vasco da Gama;
→ terá servido na Índia
com Afonso de Albuquerque, em 1507, fazendo parte da esquadra do Mar Vermelho;
→ levou uma vida
atribulada:
.
fugiu para Vilar de Nantes, em Chaves, em 1504, por ter cometido um homicídio;
.
viveu das rendas da abadia local;
.
morreu cerca de 1528;
.
filhos prováveis:
- Isidro Vaz (capelão do rei);
- Simão Vaz de Camões (pai
do poeta);
- Bento de Camões (tio do poeta);
- outros, incluindo
um Luís, possível inspiração para o nome do poeta).
▪ Bento de Camões:
. tio
do poeta;
. teve
uma carreira eclesiástica brilhante:
-foi cônego
regrante de Santo Agostinho no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra;
- em 1539,
foi eleito prior do Mosteiro de Santa Cruz e prior geral da congregação;
- em 1540,
foi nomeado chanceler da Universidade de Coimbra, um cargo semelhante a reitor;
.
manteve alguns conflitos com D. João III.
▪ Simão Vaz de Camões:
. pai
de Camões;
. nascimento:
provavelmente em Coimbra ou Vilar de Nantes, em data incerta;
.
estudou em Braga;
.
trabalhou como tesoureiro na Casa da Índia e na Casa dos reis D. Manuel I e D.
João III;
. foi
agraciado com o título de cavaleiro (não hereditário) em 21 de junho de 1538,
por D. João III, devido à participação numa perseguição em Safim (Marrocos) aos
mouros;
. foi
para a Índia como capitão de uma nau; segundo Pedro de Mariz, naufragou à vista
de Goa e morreu no Oriente, em data incerta;
.
casou, antes de 1524, com Ana de Sá:
- os
primeiros biógrafos falam numa Ana Macedo, uma mulher nobre de Santarém,
enquanto outros genealogistas confirmam essa ligação aos Macedo, uma linhagem
nobre portuguesa com ramificações na cidade referida e possíveis ligações a
figuras notáveis como a família de Damião de Góis (note-se que, na época, os
apelidos variavam muito, daí a oscilação ente «de Sá» e «de Macedo»);
- alguns
autores pensaram que havia duas mulheres (uma mãe, que teria morrido cedo, e
outra madrasta), por causa da Canção X, mas trata-se de uma interpretação
errada;
- nalguns
documentos, Camões chegou a assinar Luís Sá de Camões, mostrando a ligação aos
dois apelidos;
- a
oscilação de apelidos era normal da época, não sendo fixos nem oficiais:
. não
havia um nome de família obrigatório e as pessoas não tinham um apelido legal e
permanente;
. os
apelidos podiam vir do pai ou da mãe (por exemplo, uma filha podia usar o
apelido da mãe ou de uma avó, e os irmãos nem sempre partilhavam o mesmo
apelido);
. os
apelidos mudavam ao longo da vida (com o casamento, serviço militar ou cargos,
a pessoa podia adotar outro apelido, para reforçar status).
quinta-feira, 17 de julho de 2025
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Estrutura interna de O Fantasma de Canterville
No que
diz respeito à sua estrutura interna narrativa, segue o modelo comumente
aplicado aos contos tradicionais.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Questionário sobre o episódio de Inês de Castro
1.1. Atenta na etimologia
dos seus nomes.
|
. Inês, f, Do gr. Hagnes
(do adj. Hagne, “pura, santa, casta”, pelo latim agnes. Agnés,
f. […] Do fr. Agnès, este do gr. Agné, “puro, casto, santo,
sagrado.” […] Este nome parece que foi entendido como derivado de agnus,
o cordeiro simbólico. . Pedro, m. Do lat. Petru-,este
do gr. Pétros […], tradução aproximada de vocábulo aramaico, Cep(h)as,
que significa “rochedo”; em gr. Pétros significa igualmente “rochedo”,
petra em lat. José Pedro Machado, Dicionário Onomástico
Etimológico da Língua Portuguesa Vol. III, Livros Horizonte, 2003 |
1.2.
A partir do significado dos seus nomes, podemos atribuir características a
estas personagens. Identifica-as.
2. A que acontecimento da História de Portugal
corresponderá o ano de 1355?
a. Nascimento de Inês de
Castro.
b. Morte de Inês de Castro.
c. Nascimento de D. Dinis.
d. Ano da Peste Negra.
3. Identifica o narrador e o narratário deste
episódio.
4. Indica o plano narrativo de Os Lusíadas em
que se integra este episódio.
5.
Na estância 118, o Poeta indica que irá ser narrado “o caso triste e dino de
memória” daquela que “despois de ser morta foi Rainha”.
5.1.
Identifica o tempo histórico em que tal aconteceu.
6. O
narrador atribui a culpa dos acontecimentos trágicos a um ser abstrato (est.
119).
6.1. Identifica-o e
caracteriza-o.
6.1.1. Poderemos
afirmar que o narrador procede à personificação dessa entidade? Justifica a tua
resposta.
7. Relê
as estâncias 120 a 121.
7.1.
Caracteriza o estado de espírito de Inês, explicitando a sua relação com a
natureza.
7.2.
Transcreve um excerto que apresente um indício trágico relacionado com este
amor.
7.3.
Refere um aspeto que comprove que o amor de Inês por D. Pedro era correspondido.
8. D.
Afonso IV percebe que D. Pedro rejeita “belas senhoras e Princesas” (est. 122).
8.1.
Que motivos levam o rei a ficar tão incomodado com tal atitude?
9. Identifica
o recurso expressivo presente em “Tirar Inês ao mundo determino” (est. 123, v.
1), explicando o seu valor expressivo.
10.
Completa o texto, selecionando a opção correta.
Na estância 123, através da
interrogação, o narrador revela a. ……………….. [compreensão / indignação]
face à decisão de D. Afonso. Na estância 124, este, ao ver Inês, sente-se b.
……………… [arrependido da / confiante com a] decisão tomada após ouvir os
conselheiros.
11.
Explica, por palavras tuas, a interrogação do narrador na estância 123.
12. Relê
as estâncias 126 a129 e ordena os argumentos de Inês de Castro, de acordo com a
ordem pela qual surgem no texto.
A.
Apela à humanidade do rei para que a perdoe, pois não é humano mandar matar uma
donzela frágil por estar apaixonada por quem a conquistou.
B. Apela
à piedade do rei, referindo o exemplo de animais ferozes que demonstram piedade
em relação a crianças.
C.
Se, apesar da sua inocência, o rei a quiser castigar, sugere o desterro como
alternativa à morte, para poder cuidar dos filhos, que tanto precisam dela.
D.
Apela à piedade do rei, para que, tal como soube dar a morte aos mouros, saiba
também dar a vida, poupando-a.
E.
Apela à piedade e ao respeito pelos seus filhos, que são também netos do
monarca.
13.
Face aos argumentos de Inês, D. Afonso IV emociona-se (est. 130).
13.1.
Considerando os factos históricos, por que motivo o rei não pode perdoar Inês,
apesar de o desejar?
13.2. O
narrador revela-se, uma vez mais, indignado com o sucedido.
13.1.1. De
que recursos expressivos se serve para mostrar a sua revolta?
14.
Relê, com atenção, as estâncias que concluem este episódio (est. 131-135) e
completa o seguinte texto, no teu caderno.
|
A morte de Inês é um acontecimento trágico, que
parece suscitar a piedade da própria Natureza. Uma vez mais, a a.
parece ser cúmplice de
Inês, refletindo, neste momento, a tragédia que se abateu sobre ela: os b.
deram eco às suas últimas palavras, a fidalga é comparada a uma
bela e inocente c. que foi d.
antes do tempo e as e. do f.
choram copiosamente a sua
morte, dando as suas lágrimas origem à g.
. |
15.
Reconta, por palavras tuas, através de uma paráfrase, a lenda a que se faz alusão
na estância 135.
16. Recorda a resposta que deste à pergunta 1.2..
16.1.
Analisado o episódio de Inês de Castro, consideras que inferiste uma
caracterização de Pedro e Inês plausível? Justifica a tua resposta.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
Análise do 10.° parágrafo do conto "A Aia"
sábado, 30 de novembro de 2024
Análise do 9.° parágrafo do conto "A Aia"
3.º)
Por acreditar na vida além da morte.
4.º)
Por acreditar que a vida depois da morte é uma continuação da vida terrena.
Análise do 8.° parágrafo do conto "A Aia"
2.ª) “Toda
a nobreza fiel perecera na grande batalha.” (eufemismo: o uso do verbo
«perecer» destina-se a suavizar a ideia de morte): a elite guerreira da nobreza
morrera na guerra juntamente com o rei, pelo que restavam apenas aqueles que não
possuíam capacidade estratégia e militar, bem como força, para lutar.
3.ª) “E
a rainha desventurosa apenas sabia correr a cada instante ao berço do seu
filhinho e chorar sobre ele a sua fraqueza de viúva.”: a rainha está mais
preocupada com a segurança do filho do que com o reino, daí que passe o tempo a
correr do e para o quarto do filho, o que faz com que não haja uma liderança
adequada e efetiva.
Análise do 7.° parágrafo do conto "A Aia"
Deste
modo, a aia não esconde a sua preocupação com o destino do principezinho,
sobretudo por causa da ameaça constante do tio bastardo, que deseja usurpar o
trono e, para tal, terá de se desfazer do sobrinho. Este receio, esta
preocupação revelam o seu forte sentido de dever, responsabilidade e lealdade.
Apesar
de todo o afeto que nutre pelo príncipe, a aia possui um amor superior pelo
próprio filho. Ao contrário do herdeiro do trono, que está relacionado com o
poder e rodeado de inimigos e de perigos, o pequeno escravo, por causa dessa
sua condição, está livre dessas questões, daí que a mãe sinta que está mais
protegido do que o príncipe: “Esse, na sua indigência, nada tinha a recear na
vida.”
Este
parágrafo torna claro que, não obstante demonstrar uma ternura por ambas as
crianças, o faz de formas diferentes. Assim, os beijos q ue dá ao príncipe são “ligeiros”, enquanto os entregues ao
escravozinho são “pesados e devoradores”, metáfora que significa que são
mais intensos, viscerais, profundos e possessivos. Outra metáfora –
“Desgraças, assaltos da sorte má nunca o poderiam deixar mais despidos das
glórias e bens do mundo do que já estava ali no seu berço…” – apresenta-o como
desprovido, desde o seu nascimento, de qualquer riqueza ou estatuto social,
pois até a sua nudez é coberta apenas por um “pedaço de linho branco”.
Contrariamente ao príncipe, que está destinado a assumir grandes
possibilidades, a deter enorme poder e a viver rodeado de riqueza, o pequeno
escravo nada tem a perder em termos materiais, porque nada possui.
Ora,
essa ausência de bens materiais e de estatuto social, proporcionam-lhe uma
certa liberdade e proteção física e emocional: as preocupações e os problemas
associados ao poder e à riqueza, que pesarão, no futuro, sobre o príncipe, não
o atingirão: “[…] nenhum dos duros cuidados com que ela enegrece a alma dos
senhores roçaria sequer a sua alma livre e simples de escravo.”
Por
outro lado, a afirmação segundo a qual “A existência, na verdade, era para ele
mais preciosa e digna de ser conservada que a do seu príncipe” quer dizer que,
embora o príncipe seja o herdeiro de um trono e, em termos materiais, a sua
vida possa ser considerada mais importante, logicamente, para a aia, a vida do
seu filho possui mais valor. Que a razão justifica esta postura? O escravozinho
tem à sua frente uma existência com menos cuidados e preocupações que, na sua
mente, “enegrecem a alma” dos que possuem e exercem o poder. Assim sendo, uma
vida simples e humilde são superiores, na ótica da aia, a uma existência
marcada pelo exercício do poder e das responsabilidades que caberão ao
príncipe.
Outra
personagem visada neste excerto é o tio bastardo, que é descrito como uma
pessoa «cruel», sombria e ameaçadora. Fisicamente, tem a pele escura (comparação
hiperbólica “de face mais escura que a noite”) e, psicologicamente, possui
uma maldade interior superior, mais profunda do que a sua expressão exterior (comparação
hiperbólica “coração mais escuro que a face”), é extremamente ambicioso e
deseja fortemente o trono (“faminto do trono”), que procura usurpar sem
quaisquer escrúpulos. Além disso, retoma-se neste parágrafo a metáfora
do lobo, de atalaia, à espera da presa (“… espreitando de cimas do seu rochedo
entre os alfanges da sua horda!”), ou seja, sugere-se que está à espreita, a
observar e a esperar o momento oportuno para atacar, tal como faz um animal
predador. Assim sendo, confirma-se que o tio representa uma ameaça constante
para o príncipe e o reino.
domingo, 20 de outubro de 2024
Análise do 6.° parágrafo do conto "A Aia"
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Análise do 5.° parágrafo do conto "A Aia"
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Principezinho |
Escravozinho |
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Aparência
física
↓ simboliza
o contraste étnico e social entre ambos |
. cabelo louro e fino |
. cabelo negro e crespo |
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Condições
materiais |
. berço magnífico e de
marfim |
. berço pobre e de verga |
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Condição
social
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. classe social: nobreza / realeza – príncipe herdeiro do
trono . rico e privilegiado . filho da rainha |
. classe social: escravo . pobre e humilde . filho da escrava |
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Situação |
. frágil e vulnerável |
. nada tinha a recear |


