Português: 07/11/22

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Conectores e articuladores do discurso no sermão


            O sermão deve ser construído de forma lógica, sendo o raciocínio apresentado de forma progressiva e articulada. Por outro, enquanto texto de caráter argumentativo, deve fazer uso de articuladores ou conectores do discurso – advérbios, locuções adverbiais, conjunções, locuções conjuncionais e até orações completas.
 

Finalidade

Articuladores do discurso

reiterar, reafirmar

retomando a questão, penso que, a meu ver, creio que, estou certo, em nosso entender

concordar, provar, exprimir certeza

efetivamente, com efeito, sem dúvida, na verdade, certamente, decerto, com toda a certeza, evidentemente, obviamente, é óbvio que

manifestar oposição, refutar, restringir ideias

no entanto, mas, todavia, contudo, porém, apesar de, em sentido contrário, refutando, pelo contrário, ao contrário, por outro lado

exemplificar

por exemplo, como se pode ver, assim, tome-se como exemplo, é o caso de, é o que acontece com

explicitar

significa isto que, explicitando melhor, não se pretende com isto, quer isto dizer, a saber, isto é, por outras palavras

concluir

finalmente, enfim, em conclusão, concluindo, para terminar, em suma, por conseguinte, por consequência

estabelecer conexões de tempo

então, após, depois, antes, anteriormente, em seguida, seguidamente, quando, até que, a princípio, por fim

referenciar espaço

aqui, ali, lá, acolá, além, naquele lugar, o lugar onde, ao lado de, à esquerda, à direita, ao centro, no meio, mais adiante

indicar ordem

em primeiro lugar, primeiramente, em segundo lugar, seguidamente, em seguida, começando por, antes de mais, por último, por fim

estabelecer conexões de causa

porque, visto que, dado que, uma vez que

estabelecer conexões de consequência

de tal modo que, de forma que, tanto que, e por isso

expressar condição, hipótese

se, a menos que, a não ser que, desde que, supondo que, se por hipótese, admitindo que, exceto se, se por acaso

estabelecer conexões de fim

para, para que, com o fim de, a fim de que, com o intuito de

estabelecer relações aditivas

e, ora, e também, e ainda

estabelecer relações disjuntivas

ou, ou então, seja… seja, quer… quer

expressar semelhança, comparação

do mesmo modo, tal como, pelo mesmo motivo, pela mesma razão, igualmente, assim como


Estrutura do texto argumentativo


             O texto argumentativo é tão antigo como o próprio homem, uma vez que construir um texto (oral ou escrito) com base em argumentos logicamente encadeados está indissociavelmente ligado à atividade humana. Argumentar, persuadir, convencer, de forma rigorosa e objetiva, sempre fizeram parte do discurso humano.

            Habitualmente, o texto argumentativo divide-se três partes:

. Introdução: apresenta-se a tese/a ideia a defender/desenvolver.

. Desenvolvimento: organiza-se em várias (sub)partes, distribuídas por parágrafos, em que se apresentam e exploram os argumentos, os contra-argumentos, concretizados através de exemplos.

. Conclusão: a tese inicial é retomada, de forma mais incisiva, reforçando os argumentos apresentados.

            A linguagem deve ser clara e objetiva, num texto coerente, coeso, com rigor semântico e sintático.

Porque é que a polícia não apanhou Jack, oEstripador?

Porque chamavam "O Coração de Leão" ao rei Ricardo I?


             De acordo com um romance do século XIII, quando Ricardo I foi preso pelo rei Modred de Almain no seu regresso da cruzada, Margery, afilha do seu captor, apaixonou-se por ele.

            A jovem subornou os guardas para a deixarem ver o prisioneiro. Logo que Modred descobriu o que se passara, quis matar Ricardo de imediato, contudo os seus conselheiros aconselharam-no e convenceram a proceder de forma a que o assassinato parecesse um acidente. Deste modo, planearam não alimentar o leão da corte durante alguns dias e, depois, fazer com que, acidentalmente, entrasse na cela do monarca aprisionado.

            Quando a princesa soube dos planos do pai, contou a Ricardo I e implorou-lhe que fugisse, no entanto ele recusou e, em alternativa, pediu-lhe quarenta lenços de seda, que atou àvolta do braço direito.

            Quando o leão entrou na cela, o rei lançou o seu braço protegido à goela do leão e arrancou-lhe o coração. Deu graças a Deus por o ter protegido durante a luta e, a seguir, dirigiu-se ao refeitório do rei.

            Perante a corte, Ricardo I atirou o coração do animal para a mesa, agarrou num punhal de sal, temperou-o e depois comeu-o cru. Foi assim que, de acordo com a lenda, ganhou o epíteto com que ficou conhecido.

            No entanto, de acordo com a História, talvez seja preferível considerar que o cognome resultou das proezas e da coragem no campo de batalha, que foram de tal monta que se criou esse tipo de histórias sobre ele.

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