Português: 17/12/19

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Caracterização de Romeu

Romeu é o filho e herdeiro de Montecchio e Lady Montecchio. Trata-se de um jovem de dezasseis anos, bonito, inteligente e sensível. Embora impulsivo e imaturo, o seu idealismo e paixão fazem dele uma personagem extremamente agradável. Vive no meio de uma luta violenta entre a sua família e os Capuletos, mas não está interessado em violência. O seu único interesse é o amor. No início da peça, está loucamente apaixonado por uma mulher chamada Rosalina, mas no instante em que vê Julieta, apaixona-se por ela e esquece-se da outra paixão. Assim, Shakespeare dá-nos todos os motivos para questionar quão real é o novo amor de Romeu, mas este vai ao extremo para provar a seriedade dos seus sentimentos. Ele casa-se secretamente com Julieta, a filha do pior inimigo de seu pai; aceita alegremente o abuso de Tebaldo; prefere morrer a viver sem a sua amada. Romeu também é um amigo afetuoso e dedicado a seu parente Benvólio, Mercúcio e Frei Lourenço.
O nome Romeu, na cultura popular, tornou-se quase sinónimo de "amante". Ne peça, realmente experimenta um amor de tanta pureza e paixão que se mata quando acredita que o objeto de seu amor, Julieta, morreu. O poder do amor de Romeu, no entanto, muitas vezes obscurece uma visão clara do seu caráter, que é muito mais complexo.
Até a relação de Romeu com o amor não é tão simples. No início da peça, anseia por Rosalina, proclamando-a o modelo de mulher, e desespera perante a indiferença da jovem em relação a ele. Em conjunto, as declarações de Romeu pela rapariga parecem bastante juvenis. Ele é um grande leitor de poesia de amor, e o retrato do seu amor por Rosalina sugere que está a tentar recriar os sentimentos sobre os quais leu. Depois de beijar Julieta pela primeira vez, ela diz-lhe que ele beija «artisticamente», o que significa que beija de acordo com as regras e implica que, embora proficiente, o seu beijo carece de originalidade. Relativamente a Rosalina, aparentemente, Romeu ama «by the book». A jovem, é claro, foge da mente de Romeu à primeira vista de Julieta. Mas esta não é mero substituto. O amor que ela compartilha com ele é muito mais profundo, mais autêntico e único do que o amor de cachorrinho clichê que Romeu sentiu por Rosalina. O amor de Romeu amadurece ao longo da peça, passando do desejo superficial de amar a uma paixão profunda e intensa. É preciso atribuir o desenvolvimento de Romeu, pelo menos em parte, a Julieta. As suas observações sensatas, como a do beijo de Romeu, parecem exatamente o que o afastou da sua conceção superficial de amor e o inspirou a começar a declamar algumas das mais belas e intensas poesias de amor já escritas.
No entanto, a profunda capacidade de amor de Romeu é apenas uma parte da sua maior capacidade para sentimentos intensos de todos os tipos. Dito de outra forma, é possível descrever Romeu como alguém a quem falta a capacidade de moderação. O amor obriga-o a esgueirar-se para o jardim da filha do seu inimigo, arriscando a morte simplesmente para a ver. A raiva força-o a matar o primo da sua esposa num duelo imprudente para vingar a morte do seu amigo Mercúcio. O desespero leva-o ao suicídio ao ouvir a notícia da morte de Julieta. Esse comportamento extremo domina a personagem de Romeu ao longo da peça e contribui para a tragédia final que acontece com os amantes. Se Romeu se contivesse de matar Tebaldo ou esperasse um dia antes de se matar depois de ouvir as notícias da morte de Julieta, a história poderia ter tido um desenlace feliz. É claro que, se Romeu não tivesse tais sentimentos, o amor que ele compartilhava com Julieta nunca teria existido.
Entre os seus amigos, especialmente enquanto brinca com Mercúcio, Romeu mostra vislumbres da sua personalidade social. Ele é inteligente, perspicaz, gosta de justas verbais (principalmente sobre sexo), leal e não tem medo do perigo, revelando aí toda a sua coragem.

Adaptado de SparkNotes

O nosso Natal (IV)


Resumo e análise da Cena III do Ato V de Romeu e Julieta

Resumo
Naquela noite, Páris entra no cemitério da igreja, acompanhado de um criado que transporta uma tocha. Ele ordena ao serviçal que se retire e começa a espalhar flores no túmulo de Julieta. De repente, ouve um apito – o aviso do servo de que alguém se aproxima e retira-se na escuridão. Romeu, carregando um pé de cabra, entra com Baltasar, a quem diz que veio para abrir a tumba dos Capuletos, a fim de recuperar um anel valioso que havia dado a Julieta. Então ordena a Baltasar que se vá embora e, de manhã, entregue a Montecchio a carta que lhe dera. Baltasar retira-se, mas, desconfiado das intenções do seu senhor, deixa-se ficar por perto para observar.
De seu esconderijo, Páris reconhece Romeu como o homem que matou Tebaldo e, portanto, como o homem que indiretamente matou Julieta, já que é o pesar que ela tem pelo primo que, supostamente, a matou. Como Romeu foi exilado da cidade sob pena de morte, Páris pensa que ele deve odiar tanto os Capuletos que voltou ao túmulo para desonrar o cadáver de Tebaldo ou de Julieta. Com raiva, enfrenta Romeu. Este pede que saia, mas Páris recusa-se. Eles sacam as suas espadas e lutam. O pajem de Páris foge em busca da guarda civil. Entretanto, Romeu mata Páris. Quando está a morrer, pede para ser colocado perto de Julieta na tumba, e Romeu concorda.
Romeu desce ao túmulo carregando o corpo de Páris. Ele encontra Julieta deitada em paz e pergunta-se como pode ela parecer ainda tão bonita, isto é, como se não estivesse morta. Ele fala com a esposa acerca da sua intenção de passar a eternidade com ela. De seguida, beija-a, bebe o veneno, volta a beijá-la e morre.
Nesse momento, Frei Lourenço entra no cemitério e encontra Baltasar, que lhe diz que Romeu está na tumba. O criado acrescenta que adormeceu e sonhou que o amo lutou e matou alguém. Incomodado, o frade entra no túmulo, onde encontra o corpo de Páris e depois o de Romeu. Enquanto observa a cena sangrenta, Julieta acorda.
A jovem pergunta ao frade onde está o marido. Ao ouvir um barulho que ele acredita ser a chegada do guarda, o religioso responde rapidamente que Romeu e Páris estão mortos e que ela deve sair com ele, mas Julieta recusa sair, e o frade, com medo de que a chegada do guarda seja iminente, sai sem sozinho. Julieta vê Romeu morto ao lado dela e deduz, do frasco vazio, que o marido bebeu veneno. Esperando morrer com o mesmo, ela beija os seus lábios, mas sem sucesso. Ao ouvir o guarda que se aproxima, Julieta desembainha a adaga de Romeu e, dizendo: "Ó adaga feliz, esta é a tua bainha", apunhala-se e morre sobre corpo de Romeu.
O caos instala-se no cemitério, para onde o pajem de Páris trouxe o guarda. Os vigias descobrem manchas de sangue perto do túmulo e detêm Baltasar e Frei Lourenço, que descobriram perambulando por perto. O príncipe e os Capuletos entram. Romeu, Julieta e Páris são descobertos no túmulo. Montecchio chega, declarando que Lady Montecchio morreu de tristeza pelo exílio de Romeu. O príncipe mostra-lhe o corpo do filho. A pedido do príncipe, Frei Lourenço conta sucintamente a história do casamento secreto de Romeu e Julieta e as suas consequências. Baltasar entrega ao príncipe a carta que Romeu havia escrito anteriormente a seu pai. O príncipe diz que a missiva confirma a história do frade e, de seguida, repreende os Capuletos e Montecchios, considerando a tragédia uma consequência da sua luta e lembrando que ele próprio perdeu dois parentes próximos: Mercúcio e Páris. Capuleto e Montecchio apertam as mãos e concordam em colocar um fim à sua vingança. Montecchio declara que irá construir uma estátua de ouro de Julieta, e Capuleto insiste que ele erigirá outra de Romeu em ouro ao lado da dela. O príncipe leva o grupo para discutir esses acontecimentos, declarando que nunca houve “… jamais história alguma houve mais dolorosa do que a de Julieta e a do seu Romeu.”.

Análise
As mortes de Romeu e Julieta ocorrem segundo uma sequência de etapas: primeiro, Julieta bebe uma poção que a faz parecer morta. Pensando que ela tinha falecido, Romeu então bebe um veneno que realmente o mata. Vendo-o morto, Julieta apunhala-se no coração com uma adaga. O consumo paralelo de poções misteriosas confere à morte uma simetria pacífica, que é interrompida pelo dramático golpe de punhal de Julieta. Durante a peça, Shakespeare sustentou a possibilidade do suicídio como um aspeto inerente ao amor intenso. A paixão não pode ser sufocada e, quando combinada com o vigor da juventude, ela expressa-se através da saída mais conveniente. Romeu e Julieta desejam viver por amor ou morrer por ele. Shakespeare considera esse impulso suicida não como algo separado do amor, mas como um elemento tão importante quanto a euforia romântica do Ato II. Como tal, o duplo suicídio representa tanto a realização do amor de um pelo outro quanto o impulso autodestrutivo que surgiu e se flexionou debaixo do seu amor durante a peça. A personificação do bem e do mal na figura do frade está reunida num único ato: suicídio. Julieta tenta matar-se com um beijo: um ato de amor como violência pretendida. Quando isso falha, ela apunhala-se com uma "adaga feliz", "feliz" porque a reúne com o seu amor. A violência torna-se uma afirmação de autonomia sobre o eu e uma ação final de profundo amor.
Por outro lado, forças sociais e privadas convergem nos suicídios de Romeu e Julieta. Páris, o suposto marido de Julieta, desafia Romeu, seu verdadeiro marido, colocando as personificações da falta de poder de Julieta na esfera pública contra a sua capacidade muito real de dar o seu coração a quem ela deseja. Com a chegada do príncipe, a lei impõe-se, procurando restaurar a paz em nome da ordem social e do governo. Montecchio e Capuleto chegam, recuperando a tensão entre as famílias. Nenhuma dessas forças é capaz de exercer influência sobre os jovens amantes. Vimos Romeu e Julieta repetidamente tentando reconfigurar o mundo através da linguagem, para que o seu amor possa ter um lugar para existir pacificamente. Essa linguagem, embora poderosa no momento, nunca poderia contrariar as vastas forças do mundo social. Através do suicídio, os amantes são capazes não apenas de escapar do mundo que os oprime. Além disso, na glória ardente final das suas mortes, eles transfiguram esse mundo. A luta entre as suas famílias termina. O príncipe Della-Scala – a lei – reconhece a honra e o valor devidos aos amantes. Ao morrer, o amor conquistou tudo, sua paixão mostrou-se a mais brilhante e mais poderosa. Parece, finalmente, que as palavras de Frei Lourenço se concretizaram: "Essas delícias violentas têm fins violentos / e em seu triunfo morrem. A paixão extremamente intensa de Romeu e Julieta superou todas as outras paixões e, ao chegar ao seu fim violento, forçou essas outras paixões também a cessar.

Traduzido de SparkNotes

Seinfeld: Temporada 02 - Episódio 03

O nosso Natal (III)


Resumo e análise das Cenas I e II do Ato V de Romeu e Julieta

. Cena I
Resumo
Na manhã de quarta-feira, numa rua de Mântua, um alegre Romeu descreve um sonho maravilhoso que teve na noite anterior: Julieta encontrou morto, mas beijou-o e insuflou nova no em seu corpo. Nesse momento, Baltasar entra e Romeu cumprimenta-o alegremente, dizendo que deve ter vindo de Verona com notícias da esposa e do seu pai. Romeu comenta que nada pode estar doente no mundo se Julieta estiver bem. Baltasar responde que nada pode estar doente, pois Julieta está bem: está no céu, depois de ter sido encontrada morta naquela manhã, em sua casa. Desesperado, Romeu grita: "Então eu vos desafio, estrelas".
Então diz a Baltasar para lhe dar uma caneta e um papel (com os quais escreve uma carta para Baltasar entregar a Montecchio) e contratar cavalos, e diz que retornará a Verona naquela noite. O criado diz-lhe que parece tão perturbado que tem medo de o deixar, mas Romeu insiste. De repente para e pergunta se Baltasar traz consigo uma carta de Frei Lourenço. Ele responde que não, e Romeu envia-o de volta. Ido o servo, Romeu declara que se deitará com Julieta nessa noite. De seguida, procura um farmacêutico, um vendedor de drogas. Depois de dizer ao homem, na loja, que parece pobre, oferece-se para lhe pagar bem por um frasco de veneno. O farmacêutico responde-lhe que tem exatamente isso, mas que vender veneno em Mântua acarreta a sentença de morte. Romeu responde que o farmacêutico é pobre demais para recusar a venda. O farmacêutico finalmente cede e vende-lhe o veneno. Uma vez sozinho, Romeu fala com o frasco, declarando que irá ao túmulo de Julieta e se matará.

. Cena II

Resumo
Na sua cela, Frei Lourenço fala com Frei João, a quem havia enviado anteriormente a Mântua com uma carta para Romeu. Ele pergunta-lhe como Romeu respondeu à sua carta (que descrevia o plano que envolvia a falsa morte de Julieta). Frei João responde que não conseguiu entregar a carta, porque foi trancado numa casa em quarentena devido a um surto de peste. Frei Lourenço fica preocupado ao perceber que, se Romeu não souber da falsa morte de Julieta, não haverá ninguém para a recuperar da tumba quando ela acordar. (Ele não sabe que Romeu soube da morte de Julieta e que acredita que a mesma é real.) Procurando um pé de cabra, Frei Lourenço declara que terá de resgatar Julieta do túmulo por conta própria. Então envia outra carta a Romeu para o avisar sobre o que aconteceu, e planeia manter Julieta na sua cela até o marido chegar.

Análise das cenas
A sequência de equívocos e mal entendidos nesta seção revela o trabalho inevitável do destino. Não há razão para o plano do frade não resultar. Mas um surto de peste força Frei João a uma quarentena que o impede de entregar a carta de Frei Lourenço a Romeu, enquanto Baltasar procura o jovem com notícias da morte de Julieta. Assim como o público sente um destino inviolável a cair sobre Romeu, este também se sente encurralado pelo destino. Mas o destino que o público reconhece e o destino que Romeu vê em seu redor são muito diferentes. O público sabe que Romeu e Julieta estão fadados a morrer; Romeu sabe apenas que o destino de alguma forma tentou separá-lo da amada. Quando ele grita "Então eu vos desafio, estrelas", está a gritar contra o destino que ele acredita estar a frustrar os seus desejos. Por isso, tenta desafiá-lo, matando-se e passando a eternidade com Julieta: "Bem, Julieta", diz ele, "eu dormirei contigo esta noite". Tragicamente, é a própria decisão de Romeu de evitar o seu destino que realmente o traz. Quando se mata por causa de Julieta adormecida, ele assegura o último suicídio duplo.
Através da ironia do desafio de Romeu recaindo sobre ele mesmo, Shakespeare demonstra o extremo poder do destino: nada pode ficar no seu caminho. Todos os fatores se conjugam a seu favor: o surto de peste, a transmissão da mensagem da morte de Julieta por Baltasar e a decisão de Capuleto de mudar a data do casamento de Julieta. Mas o destino também é algo ligado às instituições sociais do mundo em que Romeu e Julieta vivem. Esse destino, causado pela interação de normas sociais das quais Romeu e Julieta não podem escapar, parece igualmente poderoso, embora menos divino. É um destino criado pelo homem, e a incapacidade humana de ver através do absurdo do mundo que ele criou. Agora, nesta cena, vemos Romeu como agente do seu próprio destino. A sorte que acontece com Romeu e Julieta é mais interna do que externa. É determinada pelas naturezas e escolhas dos dois protagonistas. Se Romeu não fosse tão imprudente e emocional, tão rápido em cair na melancolia, o duplo suicídio não teria ocorrido. Se Julieta tivesse achado possível explicar a verdade aos pais, o duplo suicídio talvez não tivesse ocorrido. Mas desejar que alguém não seja como é é desejar o impossível. O amor entre Romeu e Julieta existe precisamente porque eles são quem são. A natureza destrutiva e suicida do seu amor é um aspeto da sua natureza tanto enquanto indivíduos como enquanto casal.
Na personagem do boticário, mais uma vez, Shakespeare fornece um exemplo secundário das forças sociais paradoxais e prementes que atuam na peça. O farmacêutico não deseja vender veneno porque é ilegal, proibido pela sociedade. Mas é a mesma sociedade que o torna pobre e que insiste na validade das diferenças entre ricos e pobres. O farmacêutico é pressionado a vender o veneno por forças externas que ele, como Romeu, se sente completamente incapaz de controlar.


Traduzido de SparkNotes

Seinfeld: Temporada 02 - Episódio 02

Resumo e análise da Cenas IV e V do Ato IV de Romeu e Julieta

Resumo
Bem cedo na manhã seguinte, a casa Capuleto fervilha com os preparativos para o casamento. Capuleto manda a enfermeira acordar a filha. Ela encontra Julieta morta e começa a lamentar a situação, logo acompanhada pelos pais. Páris chega com Frei Lourenço e um grupo de músicos para o casamento. Quando descobre o que aconteceu, junta-se aos lamentos. O frade lembra a todos que Julieta foi para um lugar melhor e pede que se preparem para o funeral. Tristemente, eles obedecem e saem.
Deixados para trás, os músicos começam a arrumar os seus apetrechos. Pedro, o servo capuleto, entra e pede-lhes que toquem uma música feliz para aliviar o seu coração triste. Eles recusam, argumentando que tocar essa música seria inapropriado. Irritado, Pedro insulta-os, e os músicos respondem da mesma forma. Depois de lhes dirigir um insulto final, Pedro sai. Os músicos decidem esperar que os enlutados retornem, para que possam comer o almoço que será servido.

Análise
No seu luto por Julieta, os Capuletos aparecem menos como uma força hostil organizada contra os amantes e mais como indivíduos. O público compreende as imensas esperanças que os Capuletos depositaram em Julieta, bem como um sentimento de amor por ela. Da mesma forma, o amor de Páris por Julieta parece totalmente legítimo. O seu lamento não pode ser simplesmente entendido o lamento pela perda de uma esposa que lhe poderia ter trazido fortuna. Parece ser mais pessoal que isso, mais como o pesar pela perda de um ente querido.
Muitas produções de Romeu e Julieta cortam a cena representando Pedro e os músicos. As produções fazem isso por um bom motivo: o humor da cena e os insultos trocados parecem mal colocados num momento tão trágico da peça. Se alguém olhar a cena como um mero alívio cómico, é possível argumentar que ela age como uma espécie de cesura, um momento para o público recuperar o fôlego da tragédia do Ato IV antes de entrar na tragédia ainda maior do Ato V. Se olharmos a cena em contexto com as cenas anteriores que incluem servos, um segundo argumento pode ser apresentando acerca do motivo pelo qual Shakespeare a incluiu. De cada cena que inclui criados, obtemos uma perspetiva única dos acontecimentos da peça. Aqui, na figura dos músicos, temos uma visão profundamente diferente da reação das classes mais baixas à tragédia da morte de Julieta. Inicialmente, os músicos têm receio de tocar uma música feliz, porque ela será considerada imprópria, independentemente das explicações. Afinal, não cabe a um mero músico dar explicações aos nobres que estão de luto. À medida que a cena avança, fica claro que os músicos realmente não se importam muito com Julieta ou com a tragédia que a envolve. Eles preocupam-se mais com o facto de estarem sem emprego e, talvez, com a perda de um almoço grátis. Por outras palavras, essa grande tragédia, que é, sem dúvida, uma tragédia de proporções épicas, ainda não é uma tragédia para todos.

Traduzido de SparkNotes

Resumo e análise da Cena III do Ato IV de Romeu e Julieta

Resumo
No seu quarto, Julieta pede à enfermeira que a deixe passar a noite sozinha e repete o pedido à mãe quando ela chega. Sozinha, segurando o frasco que Frei Lourenço lhe deu, pergunta-se o que acontecerá quando o beber. Se o frade não for digno de confiança e procurar apenas ocultar o seu papel no seu casamento com Romeu, ela poderá morrer; ou, se Romeu se atrasar por algum motivo, ela pode acordar na tumba e enlouquecer de medo. Julieta tem uma visão na qual vê o fantasma de Tebaldo procurando pelo marido. Ela implora ao fantasma que desista da sua busca por Romeu e, brindando ao marido, bebe o conteúdo do frasco.

Análise
Mais uma vez, Julieta demonstra a sua força. Ela mostra-se racional após refletir sobre a razão pela qual beber a poção para dormir lhe pode causar danos físicos ou psicológicos, mas escolhe beber de qualquer maneira. Nesta ação, não apenas tenta contornar as forças que obstruem o seu relacionamento com Romeu, como também assume total responsabilidade por si mesma. Ela reconhece que beber a poção pode levá-la à loucura ou à morte. Esse gesto, portanto, constitui uma ação em que ela tira a vida com as próprias mãos e determina o seu valor para ela. Além do óbvio presságio presente na visão de Julieta do fantasma vingativo de Tebaldo, o facto de ela beber a poção também sugere acontecimentos futuros. Julieta bebe a poção, assim como Romeu depois beberá o veneno do farmacêutico. Ao beber a poção, ela não apenas demonstra vontade de tirar a vida com as próprias mãos, mas contraria o que é esperado das mulheres e age.

Traduzido de SparkNotes

Resumo e análise da Cena II do Ato IV de Romeu e Julieta

Resumo
Julieta regressa a casa, onde encontra os pais preparando-se para o casamento. Ela surpreende-os ao mostrar-se arrependida da sua desobediência e ao aceitar alegremente casar-se com Páris. Capuleto fica tão satisfeito que insiste em antecipar o casamento por um dia, para quarta-feira – o dia seguinte. Julieta dirige-se aos seus aposentos para, aparentemente, se preparar para o casamento. O pai vai embora para contar as notícias a Páris.

Análise
Contrastando com o que foi dito, na cena anterior, sobre Frei Lourenço, é um desafio situar Páris ao longo do continuum moral da peça. Ele não é exatamente um adversário de Romeu e Julieta, pois nunca age conscientemente para os prejudicar ou ir contra os seus desejos. Como quase todos, ele não sabe nada sobre o relacionamento dos recém-casados. Os seus sentimentos por Julieta também são motivo de alguma ambiguidade, já que o público nunca tem acesso aos seus pensamentos. Evidências textuais posteriores indicam que Páris abriga um amor legítimo por Julieta e, embora assuma arrogantemente que ela desejará casar-se com ele, nunca a trata com maldade. No entanto, porque a jovem não o ama, ele representa uma potencialidade real e assustadora para Julieta.

Traduzido de SparkNotes

Resumo e análise da Cena I do Ato IV de Romeu e Julieta

Resumo
Na sua cela, Frei Lourenço fala com Páris sobre o casamento iminente com Julieta. Páris diz que a tristeza de Julieta pela morte de Tebaldo a desequilibrou e que, na sua sabedoria, Capuleto determinou que eles se casassem em breve, para que ela parasse de chorar e encerrasse o seu período de luto. O frade observa para si mesmo que desejaria não ter consciência do motivo pelo qual o casamento de Páris com Julieta deve ser adiado.
Julieta entra e Páris fala com ela com amor, embora de maneira arrogante. A jovem responde indiferentemente, não mostrando afeto nem aversão. Ela observa que ainda não se casou com ele. Com o pretexto de ouvir a confissão de Julieta, Frei Lourenço conduz Páris para longe, embora não antes de o rapaz a beijar uma vez. Depois de Páris sair, Julieta pede ajuda ao frade, brandindo uma faca e dizendo que se matará ao invés de se casar com Páris. O frade propõe um plano: Julieta deve consentir em se casar com Páris; então, na noite anterior ao casamento, deve tomar uma poção para dormir que a fará parecer morta; será posta para descansar na tumba dos Capuletos, e o frade enviará uma mensagem a Romeu em Mântua para o ajudar a recuperá-la quando ela acordar. Julieta retornará a Mântua com Romeu e estará livre para morar com ele longe do ódio dos seus pais. Ela concorda com o plano de todo o coração. Frei Lourenço dá-lhe a poção para dormir.

Análise
Frei Lourenço é a personagem mais ardilosa da peça: ele, secretamente, casa os dois amantes, leva Romeu a Mântua e encena a morte de Julieta. As maquinações do frade também parecem ser ferramentas do destino. No entanto, apesar do papel que Frei Lourenço desempenha na morte dos amantes, Shakespeare nunca o apresenta sob uma luz negativa, ou mesmo ambígua. Ele é sempre tratado como uma presença benigna e sábia. O fracasso trágico dos seus planos é tratado como um acidente desastroso no qual o frade não tem responsabilidade.

Traduzido de SparkNotes

Resumo e análise da Cena V do Ato III de Romeu e Julieta

Resumo
Pouco antes do amanhecer, Romeu prepara-se para descer da janela de Julieta, para começar o seu exílio. Ela tenta convencê-lo de que os gritos de pássaros que ouvem são do rouxinol, uma ave noturna, e não da cotovia, um pássaro matutino. Romeu não pode aceitar as suas reivindicações; ele deve sair antes que a manhã chegue ou ser morto. Julieta declara que a luz lá fora não vem do sol, mas de algum meteoro. Superado pelo amor, ele responde que ficará com Julieta e que não se importa se os homens do príncipe o matam. Diante dessa reviravolta, a jovem esposa declara que o pássaro que ouviram foi a cotovia; que é madrugada e ele deve fugir. A enfermeira entra para avisar Julieta que Lady Capuleto se aproxima. O casal separa-se em lágrimas. Romeu sai pela janela. De pé, no pomar abaixo da sua janela, promete a Julieta que se verão novamente, mas ela responde que ele parece pálido, como um morto no fundo de uma tumba. O marido retorque que, para ele, ela aparece da mesma maneira, e que é apenas a tristeza que faz os dois parecerem pálidos. Romeu apressa-se enquanto Julieta puxa a escada e implora ao destino que o traga de volta rapidamente.
Lady Capuleto chama a filha, que se pergunta por que razão a mãe viria falar com ela tão cedo pela manhã. Sem saber que a jovem é casada com Romeu, Lady Capuleto entra na sala e confunde as lágrimas de Julieta como um sofrimento contínuo por Tebaldo. A mulher conta-lhe o seu profundo desejo de ver "o vilão Romeu" morto. Julieta leva a mãe a acreditar que ela também deseja a morte de Romeu, quando na verdade está a declarar firmemente o seu amor por ele. Lady Capuleto conta à filha sobre o plano de Capuleto de Julieta casar com Páris na quinta-feira, explicando que o pai deseja fazê-la feliz. A jovem fica horrorizada. Ela rejeita o enlace, dizendo: “Eu não me vou casar ainda; e quando o fizer, juro / será Romeu – que sabe que odeio - / em vez de Páris”. Capuleto entra na câmara. Quando descobre a determinação de Julieta em o desafiar, fica furioso e ameaça renegar a filha se ela se recusar a obedecer-lhe. Quando Julieta pede à mãe que interceda, esta nega-lhe a ajuda.
Depois de Capuleto e Lady Capuleto se afastarem, Julieta pergunta à enfermeira como poderá escapar da situação. A enfermeira aconselha-a a prosseguir com o casamento com Páris – ele é um par melhor, diz ela, e Romeu está como morto de qualquer maneira. Embora enojada com a deslealdade da sua enfermeira, Julieta finge concordar e diz-lhe que fará a confissão na casa de Frei Lourenço. Julieta corre para o frade, jurando que nunca mais confiará no conselho da enfermeira. Se o religioso for incapaz de a ajudar, Julieta comenta consigo mesma que ainda tem o poder de tirar a própria vida.

Análise
Para combater a chegada da luz, Julieta tenta mudar mais uma vez o mundo através da linguagem: ela afirma que a cotovia é realmente um rouxinol. Na cena da varanda, Romeu viu Julieta transformando a noite em dia, aqui ela é capaz de transformar o dia em noite. Mas, assim como os seus votos de desprezar os seus nomes não conseguiram superar as instituições sociais que os atormentaram, eles não podem mudar o tempo. Julieta é, dos dois, a mais pragmática e percebe que Romeu deve partir, enquanto ele está disposto a morrer simplesmente para permanecer ao lado dela.
Num momento remanescente da cena da varanda, uma vez do lado de fora, Romeu despede-se de Julieta enquanto ela fica de pé à sua janela. Aqui, os amantes experimentam visões que prenunciam descaradamente o final da peça. Este será o último momento que passam vivos na companhia um do outro. Quando Julieta voltar a ver Romeu, ele estará morto e, quando ela olha pela janela, já o vê morto: “Ó Deus, tenho uma alma que adivinha mal! / Acho que te vejo, agora tu és tão baixo, / Como alguém morto no fundo de uma tumba. / Ou a minha visão falha, ou tu pareces pálido”.
No confronto com os pais após a partida de Romeu, Julieta mostra a sua completa maturidade. Ela domina a conversa com a mãe, que não consegue acompanhar a inteligência da filha e, portanto, não tem ideia de que Julieta está a proclamar o seu amor por Romeu sob o pretexto de dizer exatamente o contrário. A sua decisão de romper com o conselho da sua enfermeira desleal – e, de facto, excluir a enfermeira de qualquer das suas ações futuras – é outro passo no seu desenvolvimento. Ter uma enfermeira é uma marca da infância; ao abandonar a enfermeira e manter a lealdade para com o marido, Julieta abandona completamente da infância e entra na feminilidade.
Shakespeare situa esse amadurecimento logo após a noite de núpcias da jovem, vinculando a ideia do desenvolvimento desde a infância até à idade adulta à experiência sexual. De facto, Julieta sente-se tão forte que desafia o pai, mas nessa ação ela aprende o limite do seu poder. Por mais forte que possa ser, não passa de uma mulher num mundo dominado por homens. Poder-se-ia pensar que Julieta deveria aceitar o convite do pai para a renegar e ir morar com Romeu em Mântua. Isso não é uma opção, porém. Julieta, como mulher, não pode deixar a sociedade; e o pai dela tem o direito de fazê-la fazer o que ele deseja. Embora derrotada pelo pai, Julieta não volta a ser uma menina. Ela reconhece os limites do seu poder e, se não for possível encontrar outra maneira, decide usá-lo: para uma mulher em Verona que não pode controlar a direção da sua vida, o suicídio, a capacidade bruta de viver ou não viver essa vida, pode representar o único meio de afirmar autoridade sobre o eu.

Traduzido de SparkNotes

Seinfeld: Temporada 02 - Episódio 01

Resumo e análise da Cena IV do Ato III de Romeu e Julieta

Resumo
Capuleto, Lady Capuleto e Páris caminham juntos. Capuleto diz que, devido aos terríveis acontecimentos recentes, não teve tempo de perguntar à filha sobre os sentimentos dela por Páris. Lady Capuleto afirma que ela conhecerá os pensamentos da filha pela manhã. Páris está prestes a sair quando Capuleto o chama de volta e lhe diz que acha que a filha o ouvirá, depois corrige-se e afirma que tem a certeza de que Julieta cumprirá a sua decisão. Ele promete a Páris que o casamento será realizado na quarta-feira, depois para de repente e pergunta que dia é aquele. Páris responde que é segunda-feira; Capuleto decide que quarta-feira é muito cedo e que o casamento deve ser realizado na quinta.

Análise
As razões de Capuleto para mudar a data do casamento de Julieta com Páris não são totalmente claras. Em cenas posteriores, ele afirma que deseja trazer um pouco de alegria para um momento triste e querer curar Julieta do seu profundo luto (é claro que, ironicamente, ela lamenta o banimento do marido e não a morte de Tebaldo). Mas também é possível que, neste momento de conflito com os Montecchios, Capuleto deseje toda a ajuda política que puder obter. Um casamento entre a filha e Páris, um parente próximo do príncipe, ajudaria bastante nesse aspeto. Independentemente da motivação de Capuleto, a sua decisão torna óbvia a impotência das mulheres de Verona. A impotência de Julieta nesta situação é posta a nu pela ironia da determinação de Capuleto de empurrar o casamento de quarta para quinta-feira, quando alguns dias antes ele queria adiar o casamento por dois anos.

Traduzido de SparkNotes

Resumo e análise da Cena III do Ato III de Romeu e Julieta

Resumo
Na cela de Frei Lourenço, Romeu é tomado pela tristeza e pergunta-se que sentença o príncipe decretou. O frade responde-lhe que tem sorte: o príncipe apenas o baniu. Romeu afirma que o banimento é uma pena muito pior que a morte, pois ele terá de viver, mas sem Julieta. O frade tenta aconselhar Romeu, mas o jovem é tão infeliz que não aceita nada disso e cai no chão. A enfermeira chega e Romeu pede desesperadamente notícias sobre Julieta. Ele assume que a esposa agora pensa nele como um assassino e ameaça esfaquear-se. Frei Lourenço detém-no e repreende-o por não ser viril. O religioso explica que Romeu tem muito a agradecer: ele e Julieta estão vivos, e depois de os problemas acalmarem, o príncipe Della-Scala pode mudar de ideia. O frade estabelece um plano: Romeu visitará Julieta naquela noite, mas terá de deixar o seu aposento e Verona, antes da manhã. Irá depois residir em Mântua até que as notícias do seu casamento se espalhem. A enfermeira entrega a Romeu o anel de Julieta, e esse símbolo físico do seu amor revive o seu espírito. A enfermeira parte e Romeu despede-se do frade. Ele deve preparar-se para visitar Julieta e depois fugir para Mântua.

Análise
Shakespeare cria uma tensão psicológica interessante em Romeu e Julieta, vinculando consistentemente a intensidade do amor jovem com um impulso suicida. Embora o amor seja geralmente o oposto do ódio, violência e morte, Shakespeare retrata a autoaniquilação como aparentemente a única resposta à esmagadora experiência emocional que constitui ser jovem e apaixonada. Romeu e Julieta parecem flertar com a ideia da morte durante grande parte da peça, e a possibilidade de suicídio repete-se com frequência, prenunciando as suas mortes finais no Ato V. Quando Julieta entende mal a enfermeira e pensa que Romeu está morto, ela não pensa que ele foi morto, mas que se matou. E, pensando que Romeu está morto, Julieta decide rapidamente que ela também deve morrer. O seu amor por Romeu não permitirá outro curso da ação.
A ameaça real de suicídio feita por Romeu na cela de Frei Lourenço, na qual ele deseja "saquear / A odiosa mansão" que é o seu corpo para que possa erradicar o seu nome, lembra a cena da varanda, na qual Romeu despreza o seu nome Montecchio na frente de Julieta, dizendo: "Se eu a tivesse escrito, rasgaria a palavra". Na cena da varanda, um nome parecia ser uma coisa simples que podia segurar na sua frente e rasgar. Uma vez rasgado, poderia facilmente viver sem ele. Agora, com uma melhor compreensão de como é difícil escapar às responsabilidades e reivindicações da lealdade da família, de ser um Montecchio, Romeu modifica a metáfora. Ele não se concebe mais como capaz de rasgar o seu nome. Em vez disso, agora deve arrancá-lo do corpo e, no processo, morrer.


Resumo e análise da Cena II do Ato III de Romeu e Julieta

Resumo
Na casa de Capuleto, Julieta anseia que a noite caia, para que Romeu a encontre "sem falar e sem ser visto". De repente, a enfermeira chega com as notícias da luta entre Romeu e Tebaldo. Mas a enfermeira está tão perturbada que tropeça nas palavras, fazendo parecer que Romeu está morto. Julieta assume que ele se matou e resigna-se a morrer. A enfermeira então começa a lamentar a morte de Tebaldo, e Julieta teme brevemente que este e Romeu estejam mortos. Quando a história é finalmente contada e Julieta entende que Romeu matou Tebaldo e foi condenado ao exílio, amaldiçoa a natureza de que deve colocar "o espírito de um demónio" na "carne doce" de Romeu. A enfermeira ecoa Julieta e amaldiçoa o nome de Romeu, mas a jovem denuncia-a por ter criticado o marido e acrescenta que ela se arrepende de o ter culpado. Julieta afirma que o banimento de Romeu é pior do que dez mil Tebaldos mortos. Ela lamenta que vai morrer sem ter uma noite de núpcias, uma solteira viúva. A enfermeira assegura-lhe, no entanto, que sabe onde Romeu está escondido, e fará com que ele a encontre na noite de núpcias. Julieta dá à enfermeira um anel para dar ao marido como um sinal do seu amor.

Análise
O amor entre Romeu e Julieta, feliz no ato II, é testado em circunstâncias terríveis, já que o conflito entre as suas famílias é mais desastroso do que se poderia imaginar. A maneira como os jovens amantes respondem à sua separação iminente ajuda a definir as qualidades essenciais das suas respetivas personagens. Depois de ouvir que deverá ser exilado, Romeu age com o drama habitual: fica triste e dominado pela sua paixão. Ele cai no chão, recusa-se a ouvir a razão e ameaça matar-se. Julieta, por outro lado, mostra um progresso significativo no seu desenvolvimento, desde a menina simples e inocente do primeiro ato até à mulher corajosa, madura e leal da conclusão da peça. Depois de criticar Romeu pelo seu papel na morte de Tebaldo e de ouvir a enfermeira dizer o nome de Romeu, ela recupera o controle de si mesma e percebe que a sua lealdade deve ser para com o marido, e não para o primo Tebaldo.

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