Paulo Guinote, bem conhecido professor e bloguer, viu a sua página de Facebook denunciada e, por isso, está impedido de a usar e nela publicar.
As causas para as denúncias parece ser um conjunto de «posts» que põem a nu a miséria nacional nos mais diversos setores:
- "Que comunidade? Que padrões?";
- "Questões de domingo";
- "Um país de costas largas";
- "A escalada governo/enfermeiros".
Isto não é novidade. Por exemplo, nas últimas eleições autárquicas algumas páginas satíricas da ação política de candidatos às eleições foram denunciadas e, consequentemente, «eliminadas». Alguns iluminadas do Parlamento Europeu têm tentado limitar fortemente o que se pode publicar nas mais diversas plataformas «on-line».
São novas formas de censura e de limitação da expressão do pensamento livre e da opinião. Quando não se concorda, combate-se com argumentação sólida e factual. Quando se passa das marcas da legalidade, convoca-se a lei e o tribunal, se necessário. Regressar a tempos bafientos não é, claramente, solução, porém a tentação é grande.
Há mais de uma dúzia de anos que o Paulo Guinote incomoda muita gente de todas as áreas, assumindo sempre em seu nome os textos que publica, com custos pessoais elevados que só ele poderá quantificar/qualificar. A sua voz calou-se durante algum tempo quando decidiu encerrar o «Umbigo». Regressou pouco depois num registo diferente e de maior abrangência, mas a acutilância regressou em força nos últimos tempos perante a sujeita que é a vida política portuguesa.
A nós resta-nos apenas prestar-lhe o reconhecimento pela sua coragem e frontalidade e a solidariedade distante e fria de um teclado.
Um abraço, colega Paulo Guinote!