Há poucos meses, eram estas as certezas de Crato...
Pouco tempo volvido, estamos nisto:
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O ministro da Educação confirmou hoje aos sindicatos que não pode "continuar a garantir que a mobilidade especial não será aplicada aos professores".
Declarações que vêm contrariar o que Nuno Crato disse no Parlamento a 19 de Julho ao assegurar que os professores não iriam estar incluídos no programa de mobilidade especial.
"Não está em cima da mesa, no Ministério da Educação e no Ministério das Finanças e da Administração Pública, nenhuma discussão sobre a mobilidade especial dos professores", afirmou Nuno Crato em Julho no Plenário.
O ministro recuou entretanto na distância de colocação dos professores. Isto porque apresentou aos sindicatos um novo mapa com dez quadros de zona pedagógica.
A proposta inicial apresentada na quarta-feira podia resultar em colocações de professores a mais de 200 quilómetros de distância da sua residência.
Além do novo mapa, o ministro entregou hoje uma proposta com novas regras de compensação de graduação, que pode atingir um ano de serviço. A compensação varia com as distâncias com que o professor fica deslocado.
Caso o professor fique deslocado entre 80 e 120 quilómetros, em linha recta da sua residência, terá uma compensação de 183 dias. Caso seja entre 121 e 180, a compensação sobe para 274 dias. Com mais de 181 quilómetros a compensação atingirá os 365 dias.
Crato diz que não quebrou compromisso
O ministro da Educação garante que não quebrou o compromisso ao aplicar a mobilidade especial aos professores justificando que nas anteriores declarações terá referido a este ano lectivo.
Confrontado pelos jornalistas, Nuno Crato não adiantou em que condições e quando será aplicada a mobilidade especial nos professores. Além disso, o ministro não revelou se esta é uma medida com a qual concorda dizendo que essa é uma questão "que é mais ou menos perguntarem-me se concordo com a chuva" argumentando que "vivemos no mundo em que vivemos" não deixando de sublinhar que "estamos numa situação excepcional". Por isso, argumenta o ministro, o MEC está "a trabalhar em várias alternativas" e a "fazer tudo que está ao seu alcance" para que os professores possam evitar a mobilidade especial referindo o aumento da mobilidade geográfica dos docentes, a possibilidade de dar aulas nos cursos profissionais do IEFP ou a passagem à categoria de técnicos superiores para trabalhar em outros ministérios.
Conclusão: