A imagem retratada na figura [no quadro],
intitulada “Os companheiros do medo”, foi criada em 1942 por René Magritte, que
foi um pintor belga, nascido a 21 de novembro
de 1898, que se dedicou ao surrealismo e que foi morrer [morreu] em Bruxelas a 15
de agosto de 1967.
Em primeiro plano, observam-se,
imediatamente, duas corujas e três mochos e, em segundo plano, observam-se
montanhas e o céu. No primeiro plano, estão representados animais da noite que
nos remetem para a falta de vida, assim como todo o solo onde elas se
encontram, desprovido de cor, avistando-se apenas pequenas plantas e um curto
areal. Em segundo plano, observam-se montanhas no horizonte, com neve, e um céu
escuro carregado de nuvens. Toda a imagem nos remete para o título, pois só nos
faz recordar morte e agonia. A imagem é caracterizada por cores frias e
tristes, como o cinzento e o preto, e a morte é simbolizada pelos mochos, as
corujas, as nuvens carregadas e o solo nú [nu].
O ato segundo da peça Frei Luís
de Sousa relaciona-se com a imagem, devido ao facto de que, tal como a
imagem, nos remete para a ausência de vida,
a agonia e o desespero, aquele também é caracterizado pela tristeza da chegada ao palácio que outrora fora de D.
João de Portugal e pela descoberta iminente das personagens.