a) “Mais
quero asno” ¾® Pêro Marques, marido estúpido e
ingénuo;
b) que me leve” ¾® que leve
Inês a cavalo, ou seja, que lhe faça todas as vontades;
c) “que
cavalo” ¾® Escudeiro, marido “avisado” e
“discreto”;
d) “que me derrube” ¾® que a
derrube, ou seja, que lhe faça a “vida negra”, lhe tire a liberdade e a ameace
e maltrate.
Sobre este tema, transcrevemos o
programa “Lugares Comuns”, da autoria de Mafalda Lopes da Costa, Antena 1, de
24 de janeiro de 2012:
Passar
de cavalo para burro corresponde a ficar em pior situação, descer de
categoria ou posto, passar de um cargo importante para outro que lhe é
inferior, descer de posição social, em suma, ser rebaixado, ficar pior.
Segundo
o filólogo brasileiro Aurélio Buarque de Holanda, a expressão nasceu por
analogia com uma antiga prática de sanção militar. Antigamente, no exército a
cavalo, o sargento que perdia as divisas, por exemplo, por má conduta, e
passava par acabo ou soldado raso perdia também o cavalo e era-lhe dado a
montar uma mula ou mesmo um burro.
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