Português: Oralidade
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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Princípios da cortesia e da cooperação

    O debate e o diálogo argumentativo baseiam-se no confronto de ideias, pelo que é fundamental que os intervenientes sejam capazes de ouvir as ideias e opiniões do(s) outro(s) participante(s), nomeadamente aquelas de que discordam e respeitá-lo(s). Por outro lado, é igualmente importante que o indivíduo seja capaz de refutar essas opiniões contrárias, argumentando deforma racional / válida e consistente.

a) Princípio de cooperação
 
    Para que a interação discursiva entre os falantes se desenvolva de acordo com o objetivo pretendido e seja eficaz, é fundamental que eles cooperem entre si.
    Para que tal suceda, é necessário que a interação obedeça às linhas seguintes:

▪ o discurso deve conter apenas a informação necessária;

▪ o discurso não deve conter o que o falante crê ser falso nem o que não pode ser provado;

▪ o discurso deve ser pertinente e relevante;

▪ o discurso deve ser claro, ordenado e pertinente.
 

b) Princípio de cortesia

    O princípio de cortesia compreende as estratégias discursivas adotadas para promover a harmonia entre os intervenientes numa situação de comunicação:

• não interromper o interlocutor;

• aguardar a sua vez para falar;

• manter a atenção quando o interlocutor fala;

• não proferir insultos, ameaças, insinuações ou acusações infundadas;

• recorrer ao eufemismo e à perífrase sempre que necessário;

• usar formas de tratamento adequadas à situação / ao contexto e à relação (de familiaridade ou formalidade / distanciamento) entre os interlocutores.

 

Recursos não verbais

    Numa situação de comunicação oral, além das ideias expostas e da sua fundamentação, são igualmente importantes os recursos não verbais usados pelos intervenientes: tom de voz, entoação, postura, articulação, ritmo, expressividade, olhar, etc.

    A exploração adequada desses recursos permite a captação do interesse dos interlocutores / do auditório e, igualmente, torna os conteúdos mais facilmente compreensíveis para esse auditório. Por exemplo, uma pausa no discurso, um momento de silêncio, ou uma expressão facial qualquer podem ser muito importantes para compreender o texto produzido.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Diálogo argumentativo


    No diálogo argumentativo, dois ou mais intervenientes defendem o seu ponto de vista relativamente a um determinado tema, respeitando o princípio de cortesia.

    Os pontos de vista devem ser defendidos e sustentados de forma concisa, com base em argumentos válidos e exemplos significativos.

    A estrutura do diálogo argumentativo assenta na troca de posição dos participantes, que, alternadamente, vão apresentando os seus argumentos e exemplos, refutando as ideias de que discordam, colocando questões um ao outro e respondendo.

Exposição sobre um tema


    A exposição é um texto de caráter demonstrativo que tem como objetivo divulgar informação sobre um tema, isto é, uma área ou domínio da realidade, de forma concisa, objetiva e fundamentada, com exemplos significativos.

    Um texto expositivo caracteriza-se pelo rigor e pela pertinência dos factos que apresenta, bem como pela clareza dos dados apresentados e pelo recurso a uma linguagem simples e direta.

    Estruturalmente, uma exposição oral deve incluir uma introdução (apresentação do tema), um desenvolvimento (apresentação de dados/informações sobre o tema, comprovação desses dados/dessas ideias, seguindo um encadeamento lógico) e conclusão (resumo das ideias mais importantes).

O debate


    O debate é organizado em torno de um tema, a propósito do qual são apresentados e confrontados vários pontos de vista.
    Tal como sucede com o diálogo argumentativo, as diferentes perspetivas dos intervenientes no debate devem ser defendidas e sustentadas com base em argumentos válidos e consistentes, suportados por exemplos concretos, respeitando o princípio da cortesia.
    Num debate, cada interveniente desempenha um papel específico:

a) o moderador:

- abre o debate;

- organiza as intervenções;

- coloca questões;

- regula o tempo de cada intervenção;

- garante o cumprimento das regras e procedimentos;

- apresenta as conclusões;

- fecha o debate.

b) os participantes: apresentam as diferentes perspetivas sobre o tema / assunto em discussão.

    No que diz respeito à estrutura, o debate compreende os seguintes momentos:

1.º) Abertura (feita pelo moderador).

2.º) Interação dos participantes (regulada e orientada pelo moderador).

3.º) Fecho (feita pelo moderador).

 

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Compreensão do oral: como preparar o Grupo I do exame do 9.º ano

                 Ouvir e compreender um texto é muito diferente de o ler, desde logo porque exige do ouvinte maior atenção e concentração para poder fixar os aspetos mais importantes, seja através da memória, seja por meio da tomada de notas.

                Na prova de exame do 9.º ano, a compreensão de um texto oral é o primeiro exercício que é proposto aos alunos.

 
                O que deve o aluno fazer?
 
1.º) Ler atentamente as questões do enunciado respeitantes, neste caso, ao Grupo I, o da compreensão do oral. Deste modo, quando ouvir o texto, o aluno saberá já a informação que deve procurar.

2.º) Escutar atentamente o texto (o documento será reproduzido duas vezes).

3.º) Durante a primeira audição, o aluno deverá:

i) ouvir atentamente;

ii) captar a informação essencial, isto é, aquela que é pedida nas perguntas;

iii) tomar notas.

4.º) Responder às perguntas, normalmente de escolha múltipla, por exemplo, a lápis, na folha de respostas.

5.º) Durante a segunda audição, verificar as respostas dadas e completar o que esteja em falta.

6.º) Após a segunda audição:

i) refletir sobre o ouvido;

ii) verificar as respostas uma última vez.

 
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