domingo, 29 de maio de 2011
VII, 78-87 - Correcção
1.º momento (estância 78):
2.º momento (estância 79 - 81): Argumentos do poeta:
3.º momento (estâncias 82 a 86): Crítica ao exercício do poder:
- A invocação: "Vós, Ninfas do Tejo e do Mondego";
- Objectivo: pedir às Ninfas que lhe dêem inspiração para a composição da obra ("Vosso favor invoco");
- Razões do pedido: o receio de que, sem a inspiração das Ninfas, não seja capaz de cumprir o seu propósito ("Que, se não me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo").
2.º momento (estância 79 - 81): Argumentos do poeta:
- O poeta já cantou "o vosso Tejo e os vossos Lusitanos";
- Trabalhos e danos que enfrentou:
a) os perigos do mar (79, v. 5);
b) os perigos da guerra (79, v. 6);
c) a pobreza sofrida no Oriente (80, v. 1);
d) os trabalhos passados em regiões estranhas (80, v. 2);
e) as esperanças e as desilusões (80, vv. 3-4);
f) os perigos da navegação: o naufrágio que sofreu (80, vv. 5-8);
g) a ingratidão (81) dos senhores (82, v. 1) que o Poeta cantava e que, em vez de honra e glória, lhe inventaram novos trabalhos (81, vv. 7-8), levando os poetas do futuro a desistir de cantar os feitos que mereçam "ter eterna glória".
3.º momento (estâncias 82 a 86): Crítica ao exercício do poder:
4.º momento (estância 87): Intenções do poeta: cantar apenas aqueles que, arriscando a vida por Deus e pelo seu rei, merecem a imortalidade.
VII, 78-87
Complete o esquema fornecido.
1.º momento (estância 78):
2.º momento (estância 79 - ___): Argumentos do poeta:
3.º momento (estâncias ___ a 86): Crítica ao exercício do poder:
4.º momento (estância 87): Intenções do poeta: _______________________________
1.º momento (estância 78):
- A invocação: "_____________________";
- Objectivo: _______________________;
- Razões do pedido: __________________________ ("Que, se não me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo").
2.º momento (estância 79 - ___): Argumentos do poeta:
- O poeta já cantou "___________________";
- Trabalhos e danos que enfrentou:
a) __________ (79, v. 5);
b) __________ (79, v. 6);
c) __________ (80, v. 1);
d) __________ (80, v. 2);
e) __________ (80, vv. 3-4);
f) os perigos da navegação: __________ (80, vv. 5-8);
g) __________ (81) dos senhores (82, v. 1) que o Poeta cantava e que, em vez de honra e glória, lhe inventaram novos trabalhos (81, vv. 7-8), levando os poetas do futuro a __________ de cantar os feitos que mereçam "ter eterna glória".
3.º momento (estâncias ___ a 86): Crítica ao exercício do poder:
4.º momento (estância 87): Intenções do poeta: _______________________________
VI, 95-99 - Correcção
Nestas estâncias, o Poeta reflecte sobre a Fama e a Glória.
O texto pode dividir-se em quatro momentos. No primeiro, constituído pelos quatro primeiros versos da estância 95, Camões refere, genericamente, como se alcançam a imortalidade ("honras imortais") e as maiores distinções ("graus maiores"): através da capacidade de luta e de sofrimento, como fica visível nas seguintes expressões textuais: "hórridos perigos" e "trabalhos graves e temores".
Um segundo momento localiza-se entre o verso cinco da estância 95 e o verso quatro da estância 98. Aí, são apontados os obstáculos à fama e à glória e os meios para os atingir:
O terceiro momento, situado entre o verso cinco da estância 98 e o verso quatro da estância 99, sintetiza as qualidades necessárias àqueles que buscam a virtude: o "calo honroso" no peito, que despreza as honras e o dinheiro trazidos pela "ventura" e não pela "vertude", o entendimento esclarecido e temperado pela experiência e a libertação dos interesses mesquinhos ("baixo trato humano embaraçado").
E o Poeta conclui, nos últimos quatro versos da estância 99, as suas reflexões, clarificando que só quem tiver percorrido este caminho poderá e deverá ascender ao poder ("ilustre mando"), sempre contra a sua vontade e nunca a seu pedido.
Em suma, é digno de louvor e merecedor de glória aquele que se dignifica através do seu esforço, da sua capacidade de sofrimento, perseverança e humildade, bem como através do desprezo das honras e do dinheiro conquistado graças à sorte e não ao mérito pessoal. Só quem "preencher estes requisitos" poderá conquistar o "ilustre mando", não porque o peça, mas contra a sua vontade. Tal significa que só a honra e a glória alcançadas por mérito próprio poderão ser valorizadas.
VI, 95-99
Nestas estâncias, o Poeta reflecte sobre a Fama e a Glória.
O texto pode dividir-se em quatro momentos. No primeiro, constituído pelos _____ versos da estância 95, Camões refere, genericamente, como se alcançam a _____ (“honras imortais”) e as maiores distinções (“_____”): através da capacidade de _____ e de _____, como fica visível nas seguintes expressões textuais: “_____” e “_____”.
Um segundo momento localiza-se entre o verso _____ da estância 95 e o verso _____ da estância ___. Aí, são apontados os obstáculos à fama e à glória e os meios para os atingir:
O terceiro momento, situado entre o verso _____ da estância 98 e o verso quatro da estância ___, sintetiza as qualidades necessárias àqueles que buscam a virtude: o “calo honroso” no peito, que despreza as _____ e o _____ trazidos pela “_____” e não pela “vertude”, o entendimento esclarecido e temperado pela _____ e a libertação dos _____ (“baixo trato humano embaraçado”).
E o Poeta conclui, nos últimos _____ versos da estância 99, as suas reflexões, clarificando que só quem tiver percorrido este caminho poderá e deverá ascender ao poder (“_____”), sempre contra a sua _____ e nunca a seu _____.
Em suma, é digno de louvor e merecedor de glória aquele que se dignifica através do seu _____, da sua capacidade de _____, _____ e _____, bem como através do desprezo das _____ e do _____ conquistado graças à sorte e não ao mérito pessoal. Só quem “preencher estes requisitos” poderá conquistar o “ilustre mando”, não por-que o peça, mas contra a sua vontade. Tal significa que só a honra e a glória alcançadas por _____ próprio poderão ser valorizadas.
Tempo do discurso
O tempo do discurso é revelado através da forma como o narrador relata os acontecimentos. Ele pode apresentá-los de forma linear, optar por retroceder no tempo em relação ao momento da narrativa em que se encontra ou antecipar situações.
1. Analepses
- a referência a 1624: a explicação, em parte, da construção do convento como consequência do desejo expresso nesse ano, pelos franciscanos, de possuírem um convento em Mafra;
- a referência à batalha de Jerez do los Caballeros, em "Outubro do ano passado";
- D. Maria Ana Josefa "chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa...";
- D. João V é "um homem que ainda não fez vinte e dois anos...";
- "S. Francisco anda pelo mundo, precisamente há quinhentos anos, em mil duzentos e onze." (esta analepse e a anterior permitem deduzir a data de 1711 como a que marca o início da acção - 1211 + 500 = 1711; D. João V nasceu em 1689 + 22 anos = 1711);
- a referência ao facto de o primeiro auto-de-fé ter acontecido "dois anos depois de se queimarem pessoas em Lisboa", que remete para 1709;
- o regresso da nau de Macau, que partiu "há vinte meses", ainda Sete-Sóis andava na guerra;
- o nascimento e baptizado da infanta Maria Bárbara ou do infante D. Pedro, que morrerá com dois anos;
- o nascimento do futuro do rei D. José em 1714.
2. Prolepses
- as mortes do sobrinho de Baltasar e do infante D. Pedro;
- a morte de Álvaro Diogo, que viria a cair de uma parede durante a construção do convento;
- o prenúncio da morte da filha do Visconde de Mafra para daí a dez anos: "... não vai haver muita música na vida desta criança (...) daqui a dez anos morrerá e será sepultada na igreja de santo António...";
- a informação sobre os bastardos que o rei iria gerar, filhos das freiras que seduzia: "... por isso se diverte tanto com as freiras (...) que quando acabar a sua história se hão-de contar por dezenas os filhos assim arranjados...";
- as referências aos cravos (outrora, nas pontas das varas dos capelães; muito mais tarde, símbolos da revolução do 25 de Abril);
- a associação entre os possíveis voos da passarola e o facto de os homens irem à lua no século XX;
- a alusão ao tipo de diversões típicas do século XVII;
- a referência à futura existência de cinema e aviões: "... para vir o cinema ainda faltam duzentos anos, quando houver passarolas a motor, muito custa o tempo a passar...".
3. Sumários
- "Tornou o padre aos estudos, já bacharel, já licenciado, doutor não tarda.";
- "Aí está Junho".
4. Elipses
- alguns períodos em que Baltasar e Blimunda estão em Mafra ou em S. Sebastião da Pedreira;
- as viagens do padre Bartolomeu de Gusmão ao estrangeiro, nomeadamente à Holanda;
- o período que o padre passou em Coimbra a estudar;
- o período de nove anos, correspondente à procura de Baltasar por parte de Blimunda: "Durante nove anos, Blimunda procurou Baltasar. (...) Milhares de léguas andou...".
VIII, 96-99
1. Indique a razão por que o capitão das naus (Vasco da Gama) nelas permaneceu tranquilamente.
2. Nos quatro versos finais da estância 96, o Poeta faz uma advertência / constatação. Especifique-a.
3. Entre o quinto verso da estância 96 e a estância 99, o Poeta enumera os efeitos negativos do dinheiro. Indique-os pormenorizadamente.
3.1. Sintetize os vícios provocados pela ambição do ouro em cinco traços.
4. Na estância 97, o Poeta apresenta três casos que exemplificam o poder negativo do dinheiro e do ouro. Comente-os.
VIII, 96-99 - Correcção
1. Indique a razão por que o capitão das naus (Vasco da Gama) nelas permaneceu tranquilamente.
O capitão permaneceu nas naus porque já não confiava no Regedor, visto que este já o traíra, era muito ambicioso ("cobiçoso"), corrupto ("corrompido") e "pouco nobre".
2. Nos quatro versos finais da estância 96, o Poeta faz uma advertência / constatação. Especifique-a.
O Poeta adverte para o efeito corruptor do dinheiro que tanto sujeita os ricos como os pobres.
3. Entre o quinto verso da estância 96 e a estância 99, o Poeta enumera os efeitos negativos do dinheiro. Indique-os pormenorizadamente.
Os efeitos negativos do dinheiro são os seguintes:
- corrompe o pobre e o rico;
- leva ao assassínio;
- conduz à traição e à falsidade entre os amigos;
- transforma o mais nobre em vilão;
- corrompe os puros;
- corrompe as ciências, os juízes e as consciências;
- distorce a realidade;
- manipula as leis e a justiça;
- fomenta o perjúrio;
- fomenta a tirania nos reis;
- corrompe os sacerdotes.
3.1. Sintetize os vícios provocados pela ambição do ouro em cinco traços.
Em síntese, os vícios são os seguintes: a traição ("Faz tredores e falsos os amigos"); a corrupção ("Este corrompe virginais purezas"), a censura ("Este interpreta mais que sutilmente / Os textos..."), a mentira / perjúrio ("Este causa os perjúrios entre a gente") e a tirania ("E mil vezes tiranos torna os Reis".
4. Na estância 97, o Poeta apresenta três casos que exemplificam o poder negativo do dinheiro e do ouro. Comente-os.
O primeiro exemplo refere-se ao rei da Trácia, que assassinou Polidoro, filho de Príamo, com o único fito de lhe roubar o ouro.
O segundo caso remete para Dánae, filha de Acriso, que foi encerrada numa torre para que não concebesse. Porém, Júpiter metamorfoseou-se em chave de ouro, entrou na torre e engravidou-a.
O último exemplo alude à cidade de Tarpeia, que se entregou aos Sabinos, tendo ficado soterrada debaixo do ouro que exigia para se render.
IX, 92-95 - Correcção
1. Preencha o quadro proposto:
2. Explique o conteúdo dos versos 7 e 8 da estância 93.
Os versos significam que é preferível não possuir as honras que os seus actos lhe faziam merecer do que tê-las sem as merecer.
3. Qual é o prémio reservado a quem trilhar o caminho apontado?
Todos aqueles que actuarem da forma descrita terão direito a ser recebidos na "Ilha de Vénus" e tornados divinos pelas relações com as ninfas, alcançando o estatuto de Heróis: "(...) e numerados / Sereis entre os Heróis esclarecidos, / E nesta Ilha de Vénus recebidos." (est. 95, vv. 6 a 8).
IX, 92-95
Nestas estâncias, o Poeta reflecte sobre o verdadeiro caminho para atingir a fama. Esse caminho passa por um conjunto de actos (a evitar e a praticar).
1. Preencha o quadro proposto:
2. Explique o conteúdo dos versos 7 e 8 da estância 93.
3. Qual é o prémio reservado a quem trilhar o caminho apontado?
Princesa Maria Bárbara
A princesa, com "dezassete anos feitos", prepara-se para se casar com Fernando de Castela.
Tem "cara de lua cheia" e a pele "bexigosa", mas é "boa rapariga" e "... musical a quanto pode chegar uma princesa..." (p. 297).
Nascida a 4 de Dezembro de 1711 em Lisboa, D. Maria Teresa Bárbara de Bragança era filha de D. Maria Ana de Áustria e de D. João V. Tornou-se rainha de Espanha após o seu casamento, em Lisboa, por procuração, em 1729, com o futuro Fernando VI, na altura príncipe das Astúrias.
D. Maria Bárbara desempenhou um papel fundamental nas boas relações que o seu marido manteve com Portugal. Um exemplo da influência exercida por ela foi o Tratado de Madrid de 1750, que terminou com a discórdia sobre a pertença dos territórios da América do Sul a Portugal ou a Espanha.
Muito querida no seu país de adopção, era, segundo os cronistas, não muito bela, mas possuía um carácter encantador. O dispendioso palácio de Vendas Novas foi construído por D. João V de propósito para o séquito de D. Maria Bárbara aquando do seu casamento, tão sumptuoso era o seu enxoval. Dona de grande cultura e inteligência e promotora de caridade, foi compositora, aluna de cravo de Domenico Scarlatti, protectora e incentivadora de cantores e da música, favorecedora dos jesuítas. Em 1750, criou o convento das Salésias Reais.
Toda a vida teve uma saúde frágil, acabando por falecer em Madrid a 27 de Agosto de 1758, o que desesperou o marido e o levou à reclusão e demência evolutiva.
D. Maria Bárbara desempenhou um papel fundamental nas boas relações que o seu marido manteve com Portugal. Um exemplo da influência exercida por ela foi o Tratado de Madrid de 1750, que terminou com a discórdia sobre a pertença dos territórios da América do Sul a Portugal ou a Espanha.
Muito querida no seu país de adopção, era, segundo os cronistas, não muito bela, mas possuía um carácter encantador. O dispendioso palácio de Vendas Novas foi construído por D. João V de propósito para o séquito de D. Maria Bárbara aquando do seu casamento, tão sumptuoso era o seu enxoval. Dona de grande cultura e inteligência e promotora de caridade, foi compositora, aluna de cravo de Domenico Scarlatti, protectora e incentivadora de cantores e da música, favorecedora dos jesuítas. Em 1750, criou o convento das Salésias Reais.
Toda a vida teve uma saúde frágil, acabando por falecer em Madrid a 27 de Agosto de 1758, o que desesperou o marido e o levou à reclusão e demência evolutiva.
Povo
O povo, humilde e trabalhador, vive na mais completa miséria, física e moral, daí que não se estranhe o facto de o narrador o elogiar e enaltecer constantemente, procurando, desse modo, tirá-lo do anonimato e individualizá-lo em várias personagens (por exemplo, atribui-lhe um nome para cada letra do alfabeto - pág. 242). E episódio da Epopeia da Pedra simboliza, precisamente, os trabalhos e as dificuldades que teve de enfrentar na construção do convento.
Assim, o povo constitui o verdadeiro herói da obra, ainda que um herói diferente do habitual, porque deficiente, feio, rude e às vezes violento: "(...) não tardaria que se começasse a dizer que isto é uma terra de defeituosos, um marreco, um maneta, um zarolho, e que estamos a exagerar a cor da tinta, que para heróis se deverão escolher os belos e formosos, os esbeltos e escorreitos, os inteiros e completos, assim o tínhamos querido, porém, verdades são verdades..." (pág. 242).
No fundo, o que o narrador pretende ao inaugurar esta nova visão do povo é apresentar uma interpretação diversa da que a História registou, ou seja, destacar os operários (cerca de 40 000) que, humildemente, sofreram e procuraram sobreviver à construção do convento: "Deve-se a construção do convento de Mafra ao rei D. João V, por um voto que fez se lhe nascesse um filho, vão aqui seiscentos homens que não fizeram filho nenhum à rainha e eles é que pagam o voto, que se lixem, com perdão da anacrónica voz..." (pág. 257). Dito de outra forma, o narrador pretende que os verdadeiros heróis que estiveram na génese dos grandes feitos e das grandes obras não sejam, ao contrário do que registam os livros de História, os reis e os líderes, mas aqueles que, com o seu esforço, a sua dedicação e a sua coragem, foram o braço indispensável à realização desses feitos e dessas obras.
No fundo, o que o narrador pretende ao inaugurar esta nova visão do povo é apresentar uma interpretação diversa da que a História registou, ou seja, destacar os operários (cerca de 40 000) que, humildemente, sofreram e procuraram sobreviver à construção do convento: "Deve-se a construção do convento de Mafra ao rei D. João V, por um voto que fez se lhe nascesse um filho, vão aqui seiscentos homens que não fizeram filho nenhum à rainha e eles é que pagam o voto, que se lixem, com perdão da anacrónica voz..." (pág. 257). Dito de outra forma, o narrador pretende que os verdadeiros heróis que estiveram na génese dos grandes feitos e das grandes obras não sejam, ao contrário do que registam os livros de História, os reis e os líderes, mas aqueles que, com o seu esforço, a sua dedicação e a sua coragem, foram o braço indispensável à realização desses feitos e dessas obras.
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