▪ O romance
histórico é caracterizado pela presença da História e pela oscilação entre a
verdade e a verosimilhança.
▪ O romance
histórico é marcado pela reconstituição histórica, que implica a recriação de
determinados ambientes, conseguidos pelo recurso ao efeito da cor local e/ou da
época. Este efeito é conseguido pelo recurso a várias estratégias:
-» evocação,
o mais fiel possível, da linguagem da época e dos diferentes grupos sociais;
-» descrição
pormenorizada do vestuário das personagens;
-»
reconstituição de espaços físicos/geográficos (cidades, castelos, monumentos,
etc.), com especial destaque para os aspetos arquitetónicos;
-» recriação
de grandes movimentações das personagens (saraus, torneios, manifestações
populares), com o objetivo de criar a ilusão da fidelidade ao tempo narrado.
▪ A presença
de personagens referenciais (personagens pertencentes a um determinado contexto
histórico e/ou mítico, que condicionam a leitura e a interpretação, mesmo que não
possuam uma existência real – por exemplo, D. João V ou Scarlatti).
▪ As
personagens ficcionais (persona → ideia de “ficção”) ocupam, geralmente,
os papéis principais do romance, visto que proporcionam ao autor/narrador
liberdade criativa, o que não acontece com as personagens referenciais, dotadas
de características próprias e de personalidade conhecida que interessa
respeitar.
▪ O romance
histórico recorre também a fontes (verdadeiras ou apócrifas), desde “documentos
antigos” a “velhos livros”, bem como “memórias” e “manuscritos que só o
narrador conhece”, com a finalidade de atestar a veracidade dos acontecimentos
narrados.