Ninguém respondeu.
- Tom!
Nada.
- Sempre gostava de saber onde se meteu aquele rapaz. TOM!
Silêncio absoluto.
A velhota puxou os óculos para baixo e, por cima deles, olhou o quarto em volta; tornou a puxá-los para cima e olhou através deles. Raras vezes ou nunca procurava de óculos uma coisa tão pequena como um rapaz, mas este par era o de luxo, o seu orgulho; eram só para a vista, e não para serviço, pois via tão bem por eles como através das portas do fogão. Durante um momento pareceu indecisa e, por fim, disse, não muito de rijo, mas em voz suficientemente alta para os móveis a ouvirem:
- Garanto-te que, se te apanho, te...
Mark Twain, As Aventuras de Tom Sawyer