Dá-se o encontro de Iracema com Poti. Martim não consegue abarcar verdadeiramente a realidade; Iracema pensa sempre mais além que ele. É ela quem tem coragem e firmeza para tomar as iniciativas: caracterização positiva do elementos indígena.
Temos nestes capítulos o adensar da intriga através de um conjunto de factos. Todas as descrições e factos têm uma função: são elementos funcionais, ou seja, estão em função da construção das personagens principais, da definição do seu caráter. As figuras melhor caracterizadas e a quem os factos se ligam são Iracema e Martim. A jovem é sempre caracterizada positivamente: corajosa, fiel, de vontade imutável. São estas qualidades que fazem com que o seu amor se mantenha uno e decidido, ao contrário de Martim, que se mostra indeciso. Ela sabe da existência da "virgem loura", mas não desiste do seu amor. Estes episódios mostram o seu comportamento positivo, que se distingue de Martim pela sua superioridade.
Martim é o reflexo da duplicidade do herói romântico. Ele oscila entre o amor a Iracema e a saudade da pátria. E é esta oscilação que o vai caracterizar negativamente e colocar numa posição inferior a Iracema, principalmente quando esta tem perfeita consciência dessa dualidade. Martim apresenta frequentemente um comportamento orgulhoso e excessivo; chega mesmo a mostra desprezo quando Iracema o defende. É valente e corajoso, mas raramente o mostra no momento oportuno. Raramente entende o sacrifício que Iracema faz em prol do seu amor. Temos ainda de notar as diferenças entre ambos: raça, condição social, religião, tribo. Estas diferenças situam-nos em campos opostos. Isto vem valorizar o elemento indígena e idealizá-lo.