Português: 05/01/2022 - 06/01/2022

terça-feira, 31 de maio de 2022

Como surgiram as línguas?


             Marco Neves, no seu livro História do Português desde o Big Bang (p. 43), dá uma resposta curiosa à pergunta.

            Para tal, recua até ao momento em que se iniciou o processo que originou o surgimento do ser humano, cerca de 6 000 000 a.C. Assim, um grupo de símios, talvez à procura de comida na savana africana, ter-se-á dividido em dois, seguindo cada um rumos diferentes. Com a passagem do tempo, as mutações que ocorrem no momento da reprodução terão feito com que os dois grupos se tornassem cada vez mais diferentes. Em determinado momento, em época que desconhecemos, deixaram de poder reproduzir-se entre si. Deste modo, um dos grupos deu origem a todas as espécies de seres humanos, enquanto o outro às várias espécies de chimpanzés e bonobos. O primeiro grupo, nesse período de seis milhões de anos, evolui no sentido de desenvolver aquilo a que chamamos línguas, passou a locomover-se em duas patas e abandonou as árvores; já o outro manteve as formas de comunicação dos símios.

            Há cerca de dois milhões de anos, terá surgido o «Homo erectus», a espécie que teria traços culturais parecidos com os nossos, que se espalhou desde a Península Ibérica até à atual Indonésia, que explorou continentes e ilhas tão distantes da costa que implicavam uma certa organização e condenação coletiva, ou seja, “Algo que permitiria ensinar e aprender, avisar e dar ordens” (Marco Neves, in História do Português desde o Big Bang, p. 44), isto é, uma forma de linguagem. São estes dados que levam alguns autores a defender que foi o «Homo erectus» que inventou a linguagem.

            Seguiu-se o «Homo sapiens», inteligente e dotado de poder de comunicação. Todas as outras espécies de hominídeos desapareceram, não obstante a provável convivência com o Homem de Neandertal, cujos genes estão presentes nas células de muitos de nós, humanos do século XXI (as trocas genéticas entre as várias espécies humanas sempre existiram e caracterizaram as relações entre elas). Perante isto, podemos questionar-nos sobre a razão que terá levado ao «triunfo» do «Homo sapiens» sobre as demais espécies. É provável que tenha sido precisamente a linguagem a responsável por esse domínio do «Homo sapiens».

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Resumo do capítulo XI de Amor de Perdição


             Domingos Botelho e D. Rita Preciosa tomam conhecimento do crime do filho e de que ele se encontra em casa do juiz de fora. O corregedor instrui o meirinho-geral a cumprir a lei e, perante o espanto da esposa, afirma que não irá proteger assassinos – o seu próprio filho – por causa de ciúmes da filha de um homem que odeia. Todas as tentativas de D. Rita de interceder por Simão caem em saco roto.

            O juiz informa Domingos de que, embora tivesse sugerido ao seu filho que alegasse legítima defesa no caso, ele continua a assumir o seu ato, sem receio da forca. No cárcere, Simão recebe uma carta da mãe, na qual esta maldiz o nascimento do filho e lamenta não o poder ajudar financeiramente. Desta forma, o jovem compreende que o dinheiro que recebera anteriormente era de João da Cruz e vira as costas à família.

            Mais tarde, Mariana visita-o e Simão abraça a jovem em lágrimas. O fidalgo pede à filha do ferrador que lhe leve uma banca, um tinteiro e papel para poder escrever a Teresa, por quem pergunta, sendo informado por Mariana de que tinha ido para o Porto. Ela promete não o desamparar e pede-lhe que a veja, a partir dali, como uma irmã.

domingo, 29 de maio de 2022

Andebol: Benfica vence a EHF


 

ENEM 2020


 Aplicação regular


Aplicação digital


Reaplicação/PPL/Segunda oportunidade

https://guiadoestudante.abril.com.br/enem/prepare-se-para-o-enem-refazendo-provas-anteriores/

Resumo do capítulo X de Amor de Perdição


             Mariana chega ao mosteiro. O padre capelão tenta falar com ela, mas a filha do ferrador ignora-o. Posteriormente, encontra-se com Teresa e entrega-lhe a carta, mas a fidalga comunica-lhe que está impedida de escrever a Simão. Assim sendo, solicita-lhe que o informe de que irá para o convento de Monchique, no Porto, e que, durante a viagem, será acompanhada por seu pai, por Baltasar e pelas suas irmãs, além de alguns criados.

            No caminho de regresso, Mariana repete o recado da fidalga e recorda como é bela, o que a deixa triste. É evidente que a filha de João da Cruz ama Simão e Teresa é uma «rival». Quando chega a casa, transmite a mensagem ao jovem, que se enfurece mal ouve o nome de Baltasar. O ferrador aconselha-o a deixar que Teresa vá para o Porto, mas o filho do corregedor está determinado a encontrar-se com a amada. Face a essa determinação, João da Cruz oferece-lhe os seus préstimos.

            Ao anoitecer, Simão escreve uma carta emocionada à fidalga, afirmando que, quando ela lesse aquela missiva, ele já estaria morto. Ao perceber que o jovem se prepara para tomar uma atitude arriscada, Mariana chora e pede-lhe que não saia nessa noite, contudo o filho do corregedor está decidido a ir. No entanto, a João da Cruz afirma que mudou de ideias e já não irá ao encontro de Teresa.

            Quando Simão se encontra à porta do convento, chegam as irmãs de Baltasar, dois criados, Tadeu e Baltasar, que conforta o tio, mas critica, ao mesmo tempo, a educação ministras a Teresa. Entretanto, Teresa e as irmãs de Baltasar saem do convento; a fidalga avista o primo, o que a deixa perturbada. Subitamente, Simão caminha na direção da jovem e dirige-lhe a palavra. Baltasar avança também e os dois trocam palavras violentas. O fidalgo de Castro Daire lança-se sobre o filho do corregedor, que saca de uma pistola e lhe coloca uma bala no crânio. De seguida, João da Cruz insta Simão a fugir, porém este recusa. Quando o meirinho-geral chega e se apercebe de que se trata do filho de Domingos Botelho, dá-lhe a oportunidade de fugir, mas Simão entrega-se. Teresa segue para o Porto na companhia dos criados.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Finlândia e Suécia aderem à NATO


Alexandre Ballaman

 

Resumo do capítulo IX de Amor de Perdição


             João da Cruz regressa a casa e informa Simão de que tinha estado com a mãe, que lhe tinha enviado algum dinheiro. Grato pelos cuidados do ferrador e de Mariana, o jovem pede-lhe que aceite parte do dinheiro como pagamento da sua alimentação, mas aquele recusa a oferta.

            Teresa escreve novamente a Simão e aconselha-o a regressar a Coimbra, visto que Tadeu sabe onde o jovem se encontra. No entanto, noutra missiva, aconselha-o a não ir, pois receia que o seu pai a enclausure num convento mais rigoroso, e assegura-lhe que recusará sempre professar e que deseja fugir.

            Tadeu de Albuquerque avisa a filha de que a vai transferir para o convento do Porto no dia seguinte. A jovem escreve a Simão, relatando-lhe a decisão do pai, no entanto é denunciada pela escrivã. Assim, a mendiga é expulsa do convento e espancada pelo hortelão, que leva o bilhete de Teresa ao pai.

            A mendiga dirige-se a casa de João da Cruz e relata a Simão o que sucedeu, que fica determinado a ir a Viseu. Contudo, Mariana diz-lhe que tem uma amiga que poderá entregar uma carta a Teresa. Deste modo, inquieto, Simão escreve à fidalga, pedindo-lhe que fuja.

Resumo do capítulo VIII de Amor de Perdição

             Em sua casa, João da Cruz recomenda a Mariana que cuide de Simão e que o trate como «irmão ou marido», o que faz corar a filha. Quando o jovem sugere ao ferrador que case a filha, ele responde que Mariana tem muitos pretendentes, mas não aceita nenhum.

            Simão pede à filha de João da Cruz que lhe traga papel e lápis. Esta diz-lhe que tem conhecimento da sua relação com Teresa e do que sucedera aos criados de Baltasar. Além disso, afirma que conhece a família e que está muito grata a Domingos Botelho por ter livrado o pai da forca. Por último, revela-lhe que tinha estado presente na fonte aquando da cena de pancadaria e que tivera um sonho que indiciava que uma desgraça se iria abater sobre Simão.

            João da Cruz entrega a Simão uma missiva trazida por uma mendiga que o informa de que Teresa se encontra no convento, no Porto. Esta nova deixa Mariana um pouco feliz. O jovem responde à carta, pedindo à amada que fuja. Se esta fugisse, ele raptá-la-ia no trajeto. A finalizar a missiva, reafirma o seu amor pela fidalga e a sua decisão de se sacrificar por ela.

            O ferrador apercebe-se de que Simão está sem dinheiro e comunica-o à filha, que se prontifica a lhe entregar as suas economias e congemina um plano para fazer crer que seria D. Rita, a mãe, a enviar o dinheiro ao filho através de João da Cruz. Simão estranha o gesto da progenitora, mas aceita o dinheiro. No final do capítulo, o filho de Domingos Botelho fica consciente de que a Mariana o ama.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

A escalada dos preços


Peter Brooks

 

Resumo do capítulo VII de Amor de Perdição


            Apesar do ferimento no braço, Simão preocupa-se apenas com Teresa, da qual recebeu uma carta transportada por uma mendiga, na qual a fidalga afirma estranhar o comportamento condescendente do seu pai e de Baltasar e aconselha o amado a fugir para Coimbra. Rita, irmã de Simão, informa Teresa de que tinham sido encontrados mortos dois criados de Baltasar. A fidalga pressente algo e fica extremamente inquieta. De seguida, escreve novamente a Simão, manifestando-lhe toda a sua preocupação, no entanto este responde-lhe de forma a tranquiliza-la e promete-lhe acatar o seu conselho e ir para Coimbra assim que lhe for possível.

            Entretanto, Tadeu de Albuquerque decide enviar a filha para um convento no Porto, cuja madre prioresa é sua familiar. Teresa aceita a decisão paterna sem questionar, apesar da tristeza que a mesma acarreta para si. Antes de partir para o Porto, a fidalga fica num convento em Viseu. Ao entrar na clausura, Teresa afirma que se sente livre.

            A madre prioresa, então, descreve a vida conventual a Teresa como se se tratasse de um paraíso, onde as religiosas vivem em harmonia e comunhão. No entanto, rapidamente a jovem se apercebe de que tal não corresponde à verdade, visto que as monjas eram intriguistas e adotavam uma conduta pouco consonante com a vida conventual.

            Contrariando as instruções de Tadeu, a madre escrivã oferece à fidalga papel, tinteiro e o seu quarto para que ela possa escrever a Simão. Além disso, oferece-se para receber em seu nome as cartas do filho de Domingos Botelho.

            Teresa dorme na mesma cela da madre prioresa, mas, apesar disso, consegue escrever a Simão, mostrando-se firme nos seus sentimentos por ele e prometendo mantê-lo a par das resoluções de seu pai.

Resumo do capítulo VI de Amor de Perdição


             Baltasar e os seus criados esperam por Simão à porta da casa de Teresa, quando veem chegar João da Cruz, que tinha avisado o filho do corregedor da presença do primo de Teresa e dos seus criados. O ferrador recomenda-lhe prudência e sugere-lhe que siga os seus conselhos para evitar problemas.

            Simão chega à fala com Teresa no quintal de sua casa. João da Cruz suspeita que Baltasar esteja a armar uma cilada a Simão, por isso acompanha-o sem este saber, chegando primeiro ao local do encontro. Entretanto, apercebe-se de que os criados de Baltasar esperam o fidalgo no caminho e ouve o som de dois tiros. Na emboscada, o filho de Domingos Botelho é ferido no ombro.

            Os dois grupos veem-se frente a frente e o ferrador dispara mortalmente sobre um dos criados de Baltasar, enquanto o outro foge e se esconde no mato, porém é descoberto pelo arrieiro e por João da Cruz. Apesar dos pedidos de Simão para que o poupe e das súplicas do homem, o ferrador abate-o longe dos olhos dos companheiros, gesto que deixa o jovem horrorizado.

terça-feira, 17 de maio de 2022

A ideia de uma Internet aberta e acessível a todos está em risco


    A ideia de uma Internet aberta, acessível a todos está em risco? O controle mais apertado de governos e organizações sobre os conteúdos e as plataformas é um risco para o futuro e várias organizações querem medidas para evitar a morte da Internet como a conhecemos.

    Os alertas para o controle e bloqueio de serviços são antigos e Tim Berners-Lee já defende há vários anos um “Contrato para a Internet” para reparar o que na sua perspetiva está errado com a grande rede. A iniciativa data de 2019 e a visão do “pai da World Wide Web” já reuniu milhares de empresas e organizações que assinaram este “Contrato” com nove compromissos em várias áreas.

    Podem estas iniciativas e avisos ter efeito? Que impacto tem o isolamento progressivo da Rússia? Ricardo Lafuente, vice presidente da associação D3 – Direitos Digitais lembra que a balcanização da Internet não é nova e que neste momento é difícil fazer previsões sobre o que vai acontecer.

“COM A INVASÃO DA UCRÂNIA AINDA EM CURSO E UMA GRANDE INCERTEZA SOBRE OS PRÓXIMOS PASSOS DA CHINA FACE A TAIWAN, É ARRISCADO FAZER QUALQUER PREVISÃO DO QUE SE IRÁ TORNAR A INTERNET – SÓ SABEMOS QUE MUITO VAI MUDAR”, AFIRMA EM ENTREVISTA AO SAPO TEK, AVISANDO QUE “O QUE SE DISCUTE AGORA É O QUANTO SE IRÁ AGRAVAR FACE À REALIDADE GEOPOLÍTICA ATUAL”.

    A utilização da Internet como arma nos conflitos, em especial por regimes totalitários mas também por países democráticos, para controlar a população, reprimir dissidências internas e fazer pressão política são medidas que “têm sido aplicadas regularmente nos conflitos contemporâneos, mas a proximidade da invasão da Ucrânia veio dar ao ocidente outra perspetiva relativamente ao acesso à Internet como arma e mecanismo de controlo”, explica Ricardo Lafuente, apontando a tática russa de desviar tráfego das zonas ocupa-as para passar por servidores russos, com objetivo de vigilância das comunicações.

    A Internet Society é outra das organizações que tem vindo a alertar para a possibilidade da fragmentação deitar por terra décadas de esforço para garantir a ligação do mundo inteiro, dividindo a Internet numa série de redes separadas, sem pontos de contacto.

“PODEM USAR OS MESMOS NOMES E PROTOCOLOS, MAS OS GOVERNOS E EMPRESAS PODEM TORNAR-SE OS ‘PORTEIROS’ DO ACESSO AO QUE AS PESSOAS PODEM FAZER, VER E ACEDER NESSAS REDES”, ADIANTA A ORGANIZAÇÃO.

    E não é só o fluxo dos dados que está em causa, mas o próprio comércio internacional, assim como a divisão digital.

    Dan York, diretor da Internet Society, defende que o impacto na nossa forma de viver é profundo e exemplifica, de forma simples, com o caso de quem não consegue aceder ao Facebook, tem uma alternativa ao Google porque o motor de busca está bloqueado e que mesmo a Wikipedia está fora de alcance. “Podemos usar os mesmos browsers e programas de email mas não conseguimos chegar aos mesmos sítios. E mesmo que consiga, não tem a certeza se o governo local está a monitorizar tudo o que faz online”.

“A INTERNET FOI BEM SUCEDIDA PORQUE É ABERTA, SEM RESTRIÇÕES, E COM PROTOCOLOS COMUNS. PARA O MANTER TEMOS DE PARAR A DIVISÃO E FRAGMENTAÇÃO”, DEFENDE DAN YORK.

    Ricardo Lafuente admite a esperança de que a União Europeia tenha impacto na defesa de uma Internet livre e aberta, mas avisa que a posição tem sido ambivalente e que “tem havido desenvolvimentos que nos deixam apreensivos”, referindo a recente ideia de fazer vigilância massiva e reduzir a encriptação com o pretexto de proteger as crianças.

Fonte: tek.sapo.pt [link]

segunda-feira, 16 de maio de 2022

"Runaway", Del Shannon


1961

Resumo do capítulo V de Amor de Perdição


             Para Tadeu, a festa de aniversário tinha como propósito apresentar a sua filha a outros jovens e, deste modo, desviar a sua atenção de Simão. Teresa sente-se ansiosa e inquieta por causa do encontro com o seu amado. Quando se dirige ao local combinado, é seguida por Baltasar. Por esse motivo, assim que consegue, incita Simão a ir-se embora e a voltar no dia seguinte à mesma hora. No entanto, a jovem não consegue impedir o conflito que se adivinha, e Baltasar e Simão encontram-se nos arredores da casa e têm um breve diálogo frio e seco.

            De seguida, Simão regressa a casa de João da Cruz, que lhe revela ter recebido um pedido de Baltasar para que o matasse a troco de dinheiro, o que ele recusou. Oferece, então, os seus serviços ao fidalgo e disponibiliza-se para o acompanhar ao encontro com Teresa, no dia seguinte.

            Mariana, a filha do narrador, uma jovem de vinte e quatro anos, receia pelo destino de Simão e não esconde as lágrimas, quando sabe dos seus planos arriscados de se encontrar com Teresa.

Desfile da vitória da Ucrânia na Eurovisão


Patrick Blower

Resumo do capítulo IV de Amor de Perdição


             Teresa é uma mulher forte, inteligente, astuta e «distintíssima», profundamente apaixonada por Simão. Apesar da distância física entre os dois, o amor é forte, sendo alimentado pelas cartas que trocavam semanalmente.

            Tadeu comunica à filha que a irá casar com Baltasar, mas Teresa recusa liminarmente, o que o leva a ameaçá-la de novo com o convento, contudo Baltasar aconselha o tio a não proceder assim e a aguardar o regresso de Simão a Viseu.

            Teresa escreve a Simão, contando-lhe o que sucedeu, o que o deixa furioso. Decidido a ver a amada, desloca-se a Viseu e hospeda-se em casa de João da Cruz, um ferrador, que sente gratidão por Domingos Botelho por causa de um favor judicial que o livrou da forca. Posteriormente, o para amoroso troca correspondência através de uma mendiga e, numa das missivas, Teresa combina um encontro secreto em sua casa, na noite do seu aniversário. Às vinte e três horas, Simão espera a amada à porta do quintal.

Resumo do capítulo III de Amor de Perdição


             Teresa conheceu Rita, a irmã mais nova e a predileta de Simão, e com ela comunicava através das janelas, o que proporcionou o surgimento de uma relação de amizade entre ambas, chegando mesmo Teresa a revelar-lhe o seu amor pelo irmão. Um dia, porém, Domingos Botelho descobriu a amizade entre as duas jovens e ordenou a Teresa que se afastasse de Simão. Além disso, injuriou Tadeu de Albuquerque, que não lhe respondeu, quando este surgiu no quarto da filha.
            Posteriormente, são-nos revelados os planos de Tadeu relativamente a Teresa, que passavam por a casar com Baltasar Coutinho, seu primo, um fidalgo de Castro Daire, entretanto chegado a Viseu. Numa conversa com a prima, Baltasar manifestou vontade de a desposar, porém a jovem rejeitou-o e confessou que amava outro homem. Despeitado pela rejeição, o fidalgo afirmou a vontade de conduzir os destinos de Teresa e revelou a Tadeu a conversa. O pai da rapariga, ferido na sua autoridade paterna, proibiu-a de se relacionar com Simão e ameaçou novamente que a encerraria num convento, ao que a filha anuiu, já que era essa era a vontade do progenitor.

Sergei Lavrov, o poeta russo


Maxim Palenlo

domingo, 15 de maio de 2022

Resumo do capítulo II de Amor de Perdição


             Simão era um adepto dos ideais da Revolução Francesa, o que assumia com orgulho. Em consonância, defendia uma revolução pelas armas em Portugal, o que afastou alguns dos seus companheiros e o levou ao cárcere académico durante seis meses. Deste modo, reprovou o ano letivo, e o pai repeliu-o da sua presença.

            Porém, Simão mudou radicalmente quando conheceu Teresa Albuquerque, que viu pela primeira vez da janela do seu quarto. Tratava-se de uma «menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida», filha de Tadeu de Albuquerque, inimigo figadal de Domingos Botelho, devido a questões judiciais, e o seu ódio aumentou quando o filho do juiz feriu dois criados seus no incidente da fonte.

            Teresa e Simão apaixonaram-se e faziam planos de vida em comum. Todavia, um dia, Tadeu surpreendeu Teresa e Simão namorando à janela e arrancou-a violentamente daí. Ao ouvir os gemidos da sua amada, Simão ficou muito perturbado e passou a noite pensando em vingança. Quando amanheceu, decidiu voltar a Coimbra e lá esperar notícias de Teresa, que lhe escreveu, informando-o da ameaça de seu pai de a encerrar num convento. Apesar da ameaça, a jovem mantém-se firma no seu amor por Simão e disposta a tudo suportar em seu nome.

            Em Coimbra, Simão torna-se um estudante exemplar, movido pelo desejo de «sustentar dignamente a esposa». Esta mudança levou Manuel a viver de novo com o irmão.

29 anos depois, Benfica é de novo campeão nacional de andebol feminino



Resumo do capítulo I de Amor de Perdição


             O capítulo abre com o retrato caricaturado de Domingos Botelho, um fidalgo de província, avô de Camilo Castelo Branco: em 1779, era juiz em Cascais; por ser pouco inteligente, deram-lhe a alcunha de «Brocas», a qual sugere a sua rudeza; apesar de ser feio, não possuir grandes virtudes e ter pouca fortuna, tinha a simpatia da rainha D. Maria, de quem recebia uma pensão; frequentava o paço, onde conheceu D. Rita Castelo Branco, uma bela com quem casou; pouco depois, foi transferido para Vila Real.

            Pelo contrário, D. Rita Preciosa era uma mulher bonita. Além disso, era altiva e desdenhava qualquer fidalgo da província, de onde era originário o seu marido, Domingos Botelho, que se esforçava para lhe agradar. Após a mudança para Vila Real, D. Rita tinha saudades da corte e mostrava frequentemente o seu desagradado com a vida de casada longe do Paço. Assim sendo, a senhora vivia infeliz, pois desagradava-lhe o ambiente e a vida na província e as condições que o marido lhe proporcionava. Este, por sua vez, vivia angustiado com a sua feiura, sentimento que se acentuava pelos ciúmes que tinha dela e da sua beleza. Quando foi transferido para Lamego, o facto desagradou de tal modo à esposa que esta ameaçou ir com os filhos [do matrimónio nasceram cinco, um dos quais era Simão, o segundo] para Lisboa.

            Em 1801, Domingos Botelho foi nomeado corregedor em Viseu, pelo que a família teve de se mudar para essa cidade. Nesta época, Simão tem 15 anos e estuda em Coimbra – de onde regressou com os exames feitos, o que deixou o pai satisfeito –, assim como Manuel, o irmão mais velho, que se queixa a Domingos de não poder coabitar com Simão, por causa do «génio sanguinário» deste e decide ir para Bragança para se alistar no exército como cadete.

            Simão é um jovem forte, fisicamente parecido com D. Rita, com propensão para distúrbios, o que desagradava naturalmente aos pais. Certo dia, de férias em Viseu, envolveu-se numa briga numa fonte, durante a qual espancou uns criados com tanta violência que causou pânico na população e levou a mãe a enviá-lo às escondidas de volta para Coimbra, onde ficou a aguardar o perdão do pai.


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Resumo da Introdução de Amor de Perdição


             O narrador, na Introdução, num primeiro momento, apresenta os motivos que o levaram a escrever Amor de Perdição. Assim, refere que encontrou na Cadeia da Relação do Porto antigos registos de entrada dos prisioneiros, num dos quais havia uma nota sobre a prisão de Simão Botelho onde é possível encontrar algumas informações sobre esse prisioneiro, nomeadamente a filiação e a fisionomia. Atesta-se nesse documento que Simão Botelho partiu para o degredo na Índia em 17 de março de 1807.

            De seguida, o narrador comove-se com o sofrimento do condenado, jovem de apenas 18 anos, e com o motivo que o levou ao cárcere: o amor puro, inocente e jovem, que o levou à perdição. De facto, Simão é o protagonista de uma história de amor, que o narrador resume na seguinte frase: «Amou, perdeu-se e morreu amando». Em tom coloquial, dirige-se especialmente às leitoras [o narratário]. Porquê a elas? Porque, enquanto pertencentes ao género feminino, se comoverão, certamente, com a história do jovem e sentirão compaixão pelo seu caso, que, na sua visão, será injusto. Nesta sequência, dá a conhecer ao leitor o ódio e a indignação que sentiu quando tomou conhecimento da história de Simão, vítima da injustiça, dos ódios pessoais e da insensibilidade dos homens.

domingo, 8 de maio de 2022

Genocídio


Marco de Angelis

 

Origem da palavra «gravata»


    Qual é a origem da palavra gravata?

    O professor Marco Neves, neste post, explica-nos a sua origem, numa viagem que começa na Croácia e termina em Portuga, passando pela França.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

'Conselho' ou 'concelho'?

    
    Neste caso, foi o tradutor da série «American Dad» que confundiu «conselho» com «concelho». 

    Não há professor de português que resista a isto, pois é apenas um indivíduo a lutar contra um mundo de analfabetos funcionais. E, já se sabe, a maioria vence sempre.

A concordância entre o nome e o adjetivo

    
    Cá está a nossa imprensa, sempre pronta a proporcionar-nos momentos divertidos. Neste caso, o jornal desportivo "A Bola" presenteia-nos com um título é colocado a qualificar o nome «promessa» (género feminino) o adjetivo «referenciado» (género masculino).
    Tratar-se-á de uma simples distração, certamente, mas não deixa de ser um erro grotesco de quem escreveu e/ou transcreveu a barbaridade para a rede.

A subida dos combustíveis


Plop & Kankr

 

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