Português: 04/10/22

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Análise de "Cornélia, Mãe dos Gracos, Apresentando os seus Filhos"


            “Cornélia, Mãe dos Gracos, Apresentando os seus Filhos” é um quadro da autoria de Angelica Kauffmann, uma pintora neoclássica suíça e membro fundador da Academia Real Inglesa (1769), nascida em Coira, a 30 de outubro de 1741 e falecida em Roma, a 5 de novembro de 1807.

            Na pintura, encontramos, ao centro, portanto em posição de destaque, uma figura feminina, Cornélia, que, vestida de branco (cor que simboliza a pureza), se dirige a uma outra mulher vestida de vermelho (símbolo da paixão, neste caso, das coisas mundanas) e branco. Esta personagem, sentada, exibe as suas joias valiosíssimas; como resposta, Cornélia mostra os seus três filhos, o seu maior tesouro. Deste modo, através desta situação contrastante, a pintora enfatiza o materialismo e a frivolidade da mulher de vermelho, provocando o seu visível embaraço.

            Cornélia, na realidade, era uma figura histórica romana, uma das poucas mães em Roma às quais se credita uma poderosa influência sobre a vida pública dos filhos. Era também conhecida por se vestir de forma menos vistosa do que muitas das suas contemporâneas. Cornélia era mãe dos Gracos, dos quais dizia que eram as suas joias, e, depois de ficar viúva, recusou voltar a casar, preferindo dedicar-se exclusivamente à educação dos filhos, que ficaram conhecidos pelas iniciativas reformistas e que acabaram por provocar o seu fim trágico.

            Em suma, esta obra critica o apego excessivo aos bens materiais e a vaidade feminina, demonstrando-se que há valores muito mais importantes na vida do ser humano, como, por exemplo, o amor maternal.

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