domingo, 22 de outubro de 2084
Professor
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
Google lança IA que ensina a estudar
A Google anunciou esta
quarta-feira, 3 de setembro, um novo conjunto de ferramentas de Inteligência
Artificial (IA) no Gemini, lançadas a pensar no regresso às aulas. O objetivo é
assumido: ajudar os alunos a estudar de forma mais inteligente, promovendo o
pensamento crítico e uma compreensão mais profunda das matérias, em vez destes
se limitarem a obter respostas prontas.
As novas funcionalidades foram,
segundo o gigante da tecnologia, desenvolvidas em estreita colaboração com
educadores, estudantes e especialistas em pedagogia, e têm por base no LearnLM,
uma família de modelos de IA da Google afinados especificamente para a
aprendizagem. Segundo Maureen Heymans, vice-presidente da área de Aprendizagem
da empresa, a iniciativa parte de um princípio fundamental: "Acreditamos
que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a aprendizagem, mas
também sabemos que a verdadeira compreensão vai para além de uma única
resposta", afirmou em conferência de imprensa internacional na qual o DN
participou.
A partir deste dia, no Google
Gemini, os utilizadores encontram a opção Aprendizagem Orientada (Guided
Learning), um novo modo no Gemini que funciona como um "companheiro
pessoal de aprendizagem". A ideia é afastar-se do modelo de
pergunta-resposta típico dos chatbots.
A ferramenta, que funciona em
português de Portugal, está desenhada para analisar problemas passo a passo,
fazer ela própria perguntas abertas, para estimular a discussão, e adaptar as
explicações às necessidades de cada utilizador. "O objetivo é ajudá-lo a
construir uma compreensão profunda, em vez de apenas obter respostas",
segundo Maureen Heymans. A experiência é interativa e multimodal, recorrendo a
imagens, diagramas, vídeos e até questionários para testar o conhecimento.
Para tornar o processo mais rico
e envolvente, o Gemini passa também a integrar automaticamente o que a empresa
chama de Aprendizagem Visual. Jennifer Shen, diretora de Gestão de
Produto da App Gemini, detalha que a plataforma vai "integrar
automaticamente imagens, diagramas e vídeos do YouTube de alta qualidade
diretamente nas respostas" quando os utilizadores perguntam sobre tópicos
complexos, como o processo de fotossíntese ou a constituição de uma célula.
A pensar na preparação para os
testes, foram ainda criadas Ferramentas de Estudo Instantâneas. Com
esta função, os estudantes podem pedir ao Gemini para criar cartões de estudo (flashcards)
e guias de estudo personalizados a partir das suas próprias anotações ou de
outros materiais das aulas.
A aposta da Google surge numa
altura em que a utilização de IA na educação é já uma realidade. Um Jennifer
Shen refere um "inquérito recente a 7.000 adolescentes europeus" que
revelou que mais de dois terços já utilizam ferramentas de IA para aprender
todas as semanas. Para a Google, isto torna "mais importante do que nunca
que as ferramentas de IA sejam desenvolvidas especificamente para a
aprendizagem".
A empresa procurou também
responder a uma necessidade identificada junto dos mais novos. "Os alunos
disseram-nos que desejam passar de respostas rápidas para uma compreensão
profunda, mas nem sempre sabem como. Também valorizam ter um lugar seguro para
fazer qualquer pergunta que possam ter", afirma Maureen Heymans. A
Aprendizagem Orientada foi concebida para criar esse espaço de conversação
"livre de julgamentos", onde cada um pode aprender ao seu ritmo.
A pensar nos professores, foi
ainda criado um link dedicado que pode ser partilhado diretamente no Google
Classroom.
Para Jennifer Shen, este é um
marco na missão da empresa. "Estas ferramentas Gemini são um passo
importante no nosso caminho para ajudar todos no mundo a aprender qualquer
coisa. Reconhecemos também que o caminho a seguir está repleto de imensas possibilidades
e de responsabilidade partilhada para garantir que a IA beneficia realmente
todos os alunos", afirma.
(c) dinheirovivo.dn
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
sábado, 21 de setembro de 2024
A escola do século XIX em imagens - XIX
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André-Henri Dargelas, – A Volta do Mundo (c. 1860) |
domingo, 15 de setembro de 2024
A escola do século XIX em imagens - XVIII
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Jean Geoffroy – Na Escola Maternal (1898) |
Na pintura de feição realista, em tons suaves mas expressivos, está representado o momento em que, acompanhadas e orientadas por educadoras atentas mas atenciosas, as crianças lavam as suas mãos. Incutir, desde a primeira infância, hábitos de higiene era um dos objetivos da escola maternal. Felizes e sorridentes, meninos e meninas cumprem o seu ritual de limpeza matinal!
Fonte: Escola Portuguesa.
domingo, 8 de setembro de 2024
A escola do século XIX em imagens - XVII
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Max Silbert – Aula de Canto na Holanda (1907) |
Este quadro constitui já uma incursão na escola dos alvores do século XX, mostrando uma diversidade curricular, mesmo na escola elementar, que vai muito para além do ler, escrever e contar…
domingo, 1 de setembro de 2024
A escola do século XIX em imagens - XVI
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Winslow Homer – Escola Rural (1871) |
A pintura retrata uma escola rural algures no norte dos EUA. A Guerra da Secessão havia terminado há apenas meia dúzia de anos, e o pintor, Winslow Homer, viveu-a e retratou-a na primeira pessoa. Contudo, o ambiente que se respira neste quadro é de absoluta paz e tranquilidade. Envoltos na luz suave que entra pelas janelas e sob o olhar vigilante da professora, uma dúzia de alunos concentra-se nas tarefas escolares.
As crianças são de diversas idades e de ambos os sexos: trata-se de uma pequena escola rural, de lugar único, diríamos hoje. Era então uma realidade que começava a desaparecer com o crescimento demográfico de aldeias, vilas e cidades e a progressiva massificação do ensino, e que aqui é evocada já, talvez, com alguma nostalgia.
Outra constatação interessante é a forma como meninos e meninas se trajam e calçam: enquanto os rapazes se apresentam descalços e com um aspecto mais informal ou até descuidado, as meninas parecem esmerar-se na sua apresentação. Um indício de maiores atenções dadas ao sexo feminino, ou um sinal de que as raparigas pobres eram, mais facilmente que os rapazes, privadas da escolarização?…
Atente-se também na professora, uma mulher ainda jovem que, como muitas outras da sua geração, deixou de ser uma mera dona de casa, optando por exercer uma profissão. Uma realidade comum em anos de guerra e de pós-guerra, quando a falta de mão-de-obra masculina tende a abrir às mulheres o mercado de trabalho. E também o começo de um longo processo que converteu a docência, de início predominantemente masculina, numa profissão hoje largamente dominada pelas mulheres…
Fonte: Escola Portuguesa.
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
A escola do século XIX em imagens - XV
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Thomas Brooks – O Novo Aluno (1854) |
O quadro de Thomas Brooks transporta-nos até à Inglaterra vitoriana. O império britânico estava no seu auge, a indústria, o comércio, a finança e a marinha britânicas dominavam o mundo, fazendo da Inglaterra e do seu vasto império a primeira potência mundial. Mas persistiam, no interior rural inglês, escolas como a que, com grande mestria e atenção ao pormenor, aqui é representada.
À sala de aula, dirigida por um professor já idoso, chega um novo aluno. Mais velho do que a maioria dos restantes, é trazido por uma auxiliar ou criada, que descobre a cabeça do rapaz na apresentação ao professor e à turma, enquanto os pais assistem, espreitando à porta. Da parte dos novos colegas, e face ao acanhamento e alguma desconfiança do rapaz, as reacções dividem-se entre a genuína curiosidade, o esgar trocista e a completa indiferença.
Sobre a sala de aula, facilmente identificada pela profusão de mobiliário e material escolar, ainda não é desta que nos deparamos com o famoso “modelo do autocarro”… As carteiras e bancos distribuem-se algo desordenadamente pelo espaço pouco arrumado. A diferença de idades dos alunos e a heterogeneidade da turma sugerem-nos que a pedagogia aplicada deveria estar mais próxima do que hoje chamamos diferenciação pedagógica do que da rigidez que vulgarmente se associa à escola do antigamente.
Fonte: Escola Portuguesa.
domingo, 25 de agosto de 2024
A escola do século XIX em imagens - XIV
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Nikolai Bogdanov-Belsky – À porta da escola (1897) |
Quando pintou este quadro, Bogdanov-Belsky era já um pintor conceituado na Rússia, embora estivesse na altura a viver em Paris, cidade onde completou a sua formação artística. Mas nunca esqueceu as suas origens humildes: nascido numa família de camponeses pobres e vivendo com dificuldades – uma realidade muito comum na Rússia czarista – o pintor conservou sempre um especial carinho pelos camponeses, que se exprime frequentemente nas suas pinturas.
Nesta pintura, vemos em destaque um rapaz do campo que, num misto de curiosidade, acanhamento e vontade de aprender, observa o interior da sala de aula onde já se encontram o professor e os colegas., Não lhe vislumbramos o rosto, mas podemos apreciar o contraste entre as roupas grosseiras e esfarrapadas que veste e o interior organizado da sala de aula, com os alunos nas suas carteiras, o quadro preto à sua frente, mapas e quadros na parede. Nikolai Bogdanov-Belsky, um pintor formado no Realismo, dá aqui os seus primeiros passos no Impressionismo, o estilo então preponderante nas escolas de arte parisienses que frequentou. Uma influência que se nota facilmente, por exemplo, no cuidado tratamento da luz que se projecta no interior da sala.
Este retrato do novo aluno à porta da escola não só nos transporta ao ambiente de uma escola rural dos finais do século XIX como adquire até um cunho autobiográfico: o artista revê-se neste humilde rapaz, à partida predestinado às lides do campo, mas com enorme vontade de aprender muitas mais coisas do que as que o esquálido mundo em que vive tem para lhe ensinar. E é a escola que lhe abrirá novos e deslumbrantes horizontes. Isto é o exacto oposto do discurso cretino dos detractores da “escola do século XIX”: a escola não existia nesse tempo, como nos querem convencer, para formatar alunos destinados às profissões mecânicas. Pelo contrário, foi graças à instrução escolar que milhares e milhares de estudantes pobres, mas aplicados e talentosos, puderam escapar da sua condição de partida e daquilo que seria o seu destino quase inevitável: o trabalho nos campos, nas fábricas ou nas minas.
Fonte: Escola Portuguesa.
segunda-feira, 19 de agosto de 2024
A escola do século XIX em imagens - XIII
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Ludwig Passini – Aula de latim (1869) |
Nos países católicos, os seminários, obrigatoriamente existentes em todas as sedes de diocese, tiveram um papel importante na formação académica dos jovens, permitindo-lhes um percurso que nem sempre desembocava na vida religiosa. Em Portugal, ainda durante a maior parte do século XX, os seminários permitiram a milhares de jovens, estudiosos mas de parcos recursos, realizar estudos secundários. Movida pela necessidade de formar sacerdotes, a Igreja Católica proporcionava ensino gratuito, alojamento e alimentação aos estudantes que acolhia, na esperança de que um bom número deles viesse a enveredar pelo sacerdócio. De quase duas dezenas de crianças e adolescentes que vemos na pintura, quantos lá terão chegado?…
Fonte: Escola Portuguesa.
sexta-feira, 16 de agosto de 2024
A escola do século XIX em imagens - XII
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Eduard Ritter – Sala de aula no Tirol (c. 1840) |
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
A escola do século XIX em imagens - XI
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Jean Geoffroy – Aula da escola primária (1889) |
A escola do século XIX em imagens - X
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Gerrit Dou, Escola nocturna (c. 1660) |
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Provas De Aferição (2018-2023) – Matemática, 8.º Ano
Comecemos pela Matemática e pelos resultados de 2018 e os de 2023.
Nos quatro domínios comparáveis, os resultados dos alunos que “conseguiram” ou “conseguiram, mas” foram em 2018 de 24,7%, (Números e Operações) 22,4%, (Geometria e Medida) 28,7% (Álgebra) e 17,3% (Org. Tratamento Dados). Em 2023 os resultados foram, respectivamente de 24,2% (- 0,5%), 9,5% (-12,9%), 23,9% (-4,8) e 20,3% (+2,7%).
É fazer as contas, por muito simplista que seja a apresentação das coisas.
. Resultados de 2018:
. Resultados de 2023:
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
Normas da citação
•
contextualizar a citação;
•
transcrever as palavras citadas, tal como o original;
• colocar
as citações entre aspas;
•
assinalar eventuais cortes (por exemplo, quando o excerto citado é extenso e só
nos interessa parte dele) com reticências dentre de parênteses (retos ou
curvos);
•
indicar a referência completa de todas as obras citadas.
De acordo com Diniz Braga, “devido à evolução
tecnológica […], o mundo mudou bastante e as pessoas precisam de se adaptar a
essa nova realidade.” (Diniz; Braga, 2016, p.98) |
Segundo Martins et al., “O consumidor […], antes de
fazer uma compra, pesquisa informação sobre a empresa na Internet.” (Martins et
al., 2016, p.12 [Neste caso, trata-se de uma citação de um texto com
vários autores.] |
segunda-feira, 20 de março de 2023
A França vai adiar um ano a aprendizagem da leitura
quinta-feira, 3 de novembro de 2022
Avaliação quantitativa e qualitativa
Helena Matos sobre a avaliação quantitativa e qualitativa: «Ambas são necessárias.»
Sobre a avaliação qualitativa em particular: «Pensem nas suas poupanças que têm no banco. E o banco deixa de lhes dar [informação] em números, passa a "Olhe, este mês está piorzinho; este mês melhorou um bocadinho; este mês está assim-assim, mas tem-se esforçado. Este mês está espetacular. Olhe, agora está terrível. O que é que aconteceu?"»
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
A escola do século XIX em imagens - IX
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Nicolay Bogdanov-Belsky, Cálculo mental na escola pública (1895) |
Esclareça-se antes de mais que este docente não corresponde à figura convencional do mestre-escola em atividade nas escolas rurais oitocentistas. Trata-se de Sergey Rachinsky, um professor universitário de Botânica que a dada altura largou a vida académica em Moscovo para se tornar professor numa pequena cidade, onde não se limitava, como aqui se vê, a “dar a matéria”, mas se empenhava, através de desafios colocados aos seus alunos, em fazê-los pensar.
Além desta mensagem clara que a pintura transmite – a escola pública deve desafiar os alunos, retirando-os da zona de conforto do facilitismo e da falta de exigência, exigindo-lhes esforço para aprender e colocando-lhes desafios que os façam desenvolver todo o seu potencial – há uma outra ideia pertinente que, quando a diminuição das qualificações exigidas para dar aulas está na ordem do dia, é importante salientar: o professor não precisa de saber apenas a matéria que ensina aos alunos. A sua preparação deve ser bem mais vasta e abrangente. A qualidade da formação científica e pedagógica dos professores é, mais do que avaliações do desempenho burocráticas e vexatórias, a melhor garantia que podemos ter em relação à qualidade da escola pública.
Fonte: Escola Portuguesa.
domingo, 4 de setembro de 2022
A escola do século XIX em imagens - VIII
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John Frederick Lewis, Escola árabe (c. 1850) |
Embora a arte europeia tenda a representar sobretudo, como é natural e expectável, o mundo dos europeus, não faltam, a partir do Renascimento e da expansão europeia, exemplos de pinturas e outras obras artísticas que refletem a descoberta e o contacto com outros continentes, civilizações e culturas. Trata-se de um olhar, de início curioso e ocasional, que se vai tornando mais atento e sistemático à medida que as principais potências do Velho Continente constroem ou consolidam, no século XIX, os seus impérios coloniais.
John F. Lewis, um inglês que viveu a sua infância no Cairo, registou, nesta pintura a guache e aguarela, o ambiente de uma típica maktab, a escola muçulmana que correspondia sensivelmente ao que hoje designamos por ensino básico. Os rapazes que desejassem prosseguir os seus estudos ingressariam depois numa madrassa. Umas e outras são escolas religiosas, sublinhando a ligação umbilical, também patente no mundo ocidental, entre a escola e a religião. Só que, enquanto na Europa a laicização progressiva da sociedade foi abrindo espaço à separação entre a escola pública, destinada a formar cidadãos, e as escolas da Igreja, vocacionadas para a formação do clero, no mundo muçulmano essa distinção entre religião e laicidade tem-se mostrado mais difícil e custosa.
A pintura, de contornos difusos, mas onde não falta expressividade, foca-se nas figuras do professor, já idoso – a idade avançada é, neste contexto, um símbolo de sabedoria -, e de um dos seus alunos, que se prepara para recitar a lição. O apelo à memória, hoje tão criticado, era um elemento essencial dos sistemas de ensino mais tradicionalistas e conservadores. E será sempre fundamental, embora ninguém defenda hoje o decorar de matérias como um fim em si mesmo: a verdade é que só somos verdadeiramente conhecedores daquilo que conseguimos armazenar, de forma organizada e compreensiva, no nosso cérebro.