Os novos centros escolares de Santarém foram apresentados como paradigma da construção sustentável. O que justificou custarem o dobro das escolas normais. O problema é que a “construção sustentável” está-se a tornar insustentável para as crianças.
A Associação de Pais dos Alunos do Centro Escolar Salgueiro Maia já pediu a intervenção da autoridade de saúde pública. “É de facto uma questão de saúde pública”, afirmou a O Ribatejo Vítor Bezerra, pai de uma das crianças e médico de Santarém.
“Além do calor insuportável nas salas de aula, existem ainda vários erros na conceção do centro escolar, como os urinóis terem sido colocados a uma altura em que só podem ser usados por adultos, ou existência de esquinas com arestas aguçadas. É preciso que a Câmara atue imediatamente na solução destes problemas antes que aconteça algum problema”, disse Vítor Bezerra.
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Para resolver de imediato o problema, o diretor do Agrupamento D. João II, António Pina Braz, decidiu comprar cortinas e solicitou à Câmara a sua colocação. “Já pedimos aos operacionais para procederem à colocação imediata das cortinas”, confirma Luísa Féria.A construção deste Centro Escolar custou 2,6 milhões de euros, com comparticipação comunitária do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional de 1,7 milhões de euros.
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