quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
sábado, 23 de setembro de 2023
Modalidades de reprodução do discurso I (G 63)
A ficha de trabalho pode ser encontrada aqui: ficha de exercícios.
terça-feira, 18 de abril de 2023
A frase ativa e a frase passiva
sábado, 15 de abril de 2023
Origem e evolução do português: do indo-europeu ao latim
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
Oração subordinada substantiva completiva
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Distinção entre oração coordenada explicativa e subordinada adverbial causal
Distinguir uma oração coordenada explicativa de uma subordinada adverbial causal não é fácil em muitas circunstâncias, o que dá origem a muitas apreciações erradas.
Com a devida vénia, transcrevemos a explicação da professora Maria Regina Rocha, retirada do Ciberdúvidas:
a) Não
almoço, porque não tenho fome. = Como não tenho fome, não almoço.
b) O Vítor
domina o vocabulário, porque lê muito. = Como o Vítor lê muito, domina o
vocabulário.
c) A Marta
não comprou o vestido, porque era muito caro. = Como o vestido era muito caro,
a Marta não o comprou.
d) O menino
caiu, porque ia distraído. = Como ia distraído, o menino caiu.
e)
Aplaudiram o orador, porque o discurso foi brilhante. = Como o discurso foi
brilhantes, aplaudiram o orador.
a) Sobe, que
te quero mostrar uns livros. = Sobe, pois quero mostrar-te uns livros.
b) Come a
sopa toda, que está muito boa. = Come a sopa toda, pois está muito boa.
c) Não
tenhais medo, que o mundo não acaba agora. = Não tenhais medo, pois o mundo não
acaba agora.
d) O Manuel
tem dinheiro, pois comprou um carro novo.
e) O pai já
está deitado, pois as luzes estão apagadas.
b) O facto de o Vítor ler muito é
a causa, o motivo, que o leva a dominar o vocabulário.
c) O facto de o vestido ser caro
foi o motivo, a causa, que levou a Marta a não o comprar.
d) O facto de o menino ir distraído
foi a causa da sua queda.
e) O facto de o discurso ser
brilhante foi a causa dos aplausos.
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Função sintática do pronome que
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Jogo sobre sinónimos e antónimos
Se queres realizar um exercício diferente sobre relações de sentido entre as palavras, clica aqui: sinónimos-e-antónimos.
sábado, 5 de novembro de 2022
Quantas línguas há no mundo?
Por
outro lado, os critérios para a contagem das línguas diferem. Além disso,
ninguém as conhece a todas.
Seja
como for, de acordo com o catálogo Ethnologue
(https:www.ethnologue.com), existem 7 151 línguas no mundo, mas a
conceção geral passa por estimar um número situado entre as 6 000 e as 7
500. O mesmo catálogo conta 142 famílias de línguas.
A língua e o território
Por que razão não falamos todos a mesma língua?
• duplicação:
«elom-elom»;
• partícula:
«xi alom»;
• terminação:
«alomis».
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Quando surgiram as línguas?
A resposta é óbvia: não sabemos. Certamente, não foi algo imediato, antes um processo gradual que levou milhares ou milhões de anos. O que sabemos é que todos os animais comunicam entre si, incluindo os irracionais, embora as formas de comunicação humanas sejam especiais. Por exemplo, os seres humanos comunicam quando choram ou coram, isto é, sem soltar um som que seja.
As
línguas humanas têm características muito específicas: não estão inscritas nos
genes, são extremamente flexíveis, adaptam-se facilmente a novas realidades (todos
os dias surgem novas palavras para designar algo novo que surge), permitem
falar do passado e do futuro (note-se como podemo-nos referir ao futuro sem
usar o respetivo tempo verbal; é possível fazê-lo – e fazemo-lo – usando o
presente: “Volto amanhã.” = “Voltarei amanhã.”), despertam e interferem com a
imaginação. Por outro lado, as línguas humanas fazem uso da chamada dupla
articulação, ou seja, um conjunto limitado de sons conjuga-se para criar
unidades com significado.
No
seu sítio Certas Palavras (www.certaspalavras.pt),
o professor Marco Neves, perante a total falta de dados que nos permitam saber
como surgiu a linguagem humana, imagina uma história explicativa do processo.
De
acordo com essa explicação, a linguagem teria tido origem em sons que o Homem usava
em certas situações de forma instintiva ou na imitação de animais e que, a
partir de certo momento, conseguiu desligar o símbolo do seu significado. E
prossegue nos seguintes termos: “Imaginemos um grupo de seres humanos, na
savana, a caçar. Um deles vê, à frente, uma gazela. Habitualmente, usam um som
dito em surdina, para que todos reparem. Com o tempo, encontram vários sons
para diferentes animais. Estamos perante sinais, que vão sendo aprendidos pelas
novas gerações. Estes sinais, a certa altura, começam a ser usados noutros
contextos, para «conversar» sobre os animais. Nascem as palavras. Um som poderia
representar um tigre, mas também pode ter passado a significar um animal,
usando-se outro som (ou uma conjugação de sons) para representar o tigre em si.
Alguém, à noite, refere vários tigres, usando, provavelmente, uma duplicação
dos sons usados para se referirem àquele animal.
Com
o tempo, ganham-se hábitos de ordenação desses símbolos sonoros – seria possível
dizer «gazela» «caçar» «eu», mas nunca «eu» «caçar» «gazela». Nasce a gramática.
A língua é criada a partir de necessidades práticas, ganha características
gramaticais particulares, que mais não são do que a cristalização de hábitos
linguísticos adquiridos sem grande lógica, e conhecer essas características
(essa gramática) torna-se essencial para viver na comunidade que usa essa
língua. Quem falava para caçar também era capaz de falar para impressionar a
vizinha – e se não fizesse, teria menos hipóteses de ter filhos com a vizinha.
As
línguas são sistemas simbólicos muito complexas, com base em sons ou gestos.
Com esses símbolos, comunicamos e criamos pensamentos na cabeça dos outros
(obrigamo-los a pensar em tigres). Trabalhamos a pensar em conjunto, nem que
seja para saber como caçar o tigre – ou atacar a tribo do lado. Quanto mais o
cérebro aumentava, mais capacidade tínhamos para manipular símbolos.”
[…]
Imaginemos,
por exemplo, um conjunto de arbustos que precisam de ter exposição ao sol para
sobreviver. Ora, se um arbusto em particular sofre uma mutação no seu ADN que o
torna ligeiramente mais alto e com mais folhas no topo, vai conseguir receber
mais luz do sol e, ao mesmo tempo, vai impedir que os arbustos do lado recebam
tanta luz. Vai viver mais e reproduzir-se mais. Em breve, […], os genes deste
arbusto vão começar a espalhar-se mais do que os arbustos um pouco mais baixos.
Os arbustos mais baixos passam a ter uma desvantagem que não existia antes. Os
arbustos com mutações que os tornam mais altos ganham. O gene que leva a uma
maior altura começa a ser preponderante – e assim surgem as árvores. Todos os
arbustos viviam felizes e contentes antes desta guerra. Não há uma vantagem
inerente à maior altura: a única vantagem é conseguir ganhar aos arbustos do
lado.”
No
caso do ser humano, o uso do símbolo permitia o ganha de vantagens
relativamente a quem não o domina, pois permite perceber melhor os outros,
ganhar mais poder, ser bem-visto, seduzir.
A
linguagem não é essencial para a sobrevivência do ser humano, como o prova o
facto de a humanidade ter vivido e evoluído ao longo de milhares de anos sem
ter uma linguagem como a entendemos hoje. Assim sendo, qual terá sido a razão
que fez com que se tornasse tão preponderante? O professor Marco Neves
responde: “Há duas grandes correntes. Alguns linguistas sublinham que a
linguagem é uma ferramenta cultural, inventada ao longo da nossa História. No
fundo, o uso da linguagem será como a roda: uma vez inventada, tornou-se tão
útil que ninguém a dispensa. Mas não nascemos – segundo esta perspetiva – com algum
tipo de mecanismo linguístico impresso no cérebro. Outros linguistas sublinham
o caráter biológico da linguagem: temos aparelhos fonadores e cérebros
adaptados ao uso da linguagem – as nossas gargantas seriam diferentes se não
fosse a necessidade de falar.” Assim sendo, é lícito concluir que a linguagem humana
é um facto cultural e biológico.
Para
se adaptar à nova necessidade que era a linguagem, tudo no ser humano evoluiu: o
corpo em geral, o cérebro, o aparelho fonador, a boca, a garganta. Aprender a
falar é algo natural ao ser humano, como é caminhar, ao contrário do que sucede
com outras competências, como, por exemplo, a leitura ou a escrita. Por
exemplo, uma criança de 3 ou 4 anos não necessita que os adultos a ensinem a
falar; basta a convivência diária para que ela aquira e desenvolva essa
competência. Porém, o mesmo não sucede com a leitura. Se dermos a essa mesma
criança um livro, não conseguirá lê-lo sozinha, sem ajuda, sem quem a ensine.
Embora
não existam certezas, é possível que, há cerca de 40 000 anos, os seres humanos
já falassem línguas com características semelhantes às que hoje possuímos. No
entanto, há indícios que sugerem que a linguagem humana já existia na era do Homo
erectus, que surgiu há 2 000 000 de anos, conseguiu controlar e usar o
fogo, se expandiu por um território vastíssimo e navegou até ilhas tão
afastadas no mar que tal empresa implicou um grau acentuado de organização e
comunicação, bem como o uso de embarcações com algum alcance e robustez. Em
2004, descobriram-se na Ilha das Flores, na Indonésia, ferramentas que datam de
há 800 000 anos. Daniel Everett, na sua obra How Language Began,
sustenta que o Homo erectus já falaria um tipo de língua simbólica algo
parecida com a nossa. Dado que a ilha já na época distava muito de terra
continental, certamente foi necessário construir barcos que levassem seres
humanos até lá, sendo difícil imaginar que tudo teria sido feito sem o uso da
fala.
terça-feira, 31 de maio de 2022
Como surgiram as línguas?
Marco Neves, no seu livro História do Português desde o Big Bang (p. 43), dá uma resposta curiosa à pergunta.
Para
tal, recua até ao momento em que se iniciou o processo que originou o
surgimento do ser humano, cerca de 6 000 000 a.C. Assim, um grupo de símios,
talvez à procura de comida na savana africana, ter-se-á dividido em dois, seguindo
cada um rumos diferentes. Com a passagem do tempo, as mutações que ocorrem no
momento da reprodução terão feito com que os dois grupos se tornassem cada vez
mais diferentes. Em determinado momento, em época que desconhecemos, deixaram
de poder reproduzir-se entre si. Deste modo, um dos grupos deu origem a todas
as espécies de seres humanos, enquanto o outro às várias espécies de chimpanzés
e bonobos. O primeiro grupo, nesse período de seis milhões de anos, evolui no
sentido de desenvolver aquilo a que chamamos línguas, passou a
locomover-se em duas patas e abandonou as árvores; já o outro manteve as formas
de comunicação dos símios.
Há
cerca de dois milhões de anos, terá surgido o «Homo erectus», a espécie
que teria traços culturais parecidos com os nossos, que se espalhou desde a
Península Ibérica até à atual Indonésia, que explorou continentes e ilhas tão
distantes da costa que implicavam uma certa organização e condenação coletiva,
ou seja, “Algo que permitiria ensinar e aprender, avisar e dar ordens” (Marco
Neves, in História do Português desde o Big Bang, p. 44), isto é, uma
forma de linguagem. São estes dados que levam alguns autores a defender que foi
o «Homo erectus» que inventou a linguagem.
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Como distinguir a oração subordinada adjetiva da oração subordinada substantiva completiva
domingo, 16 de janeiro de 2022
Como identificar o sujeito indeterminado?
Quando temos dúvidas acerca da identificação de um sujeito indeterminado, basta aplicarmos o teste da interrogação: O que / Quem + verbo?
Se a resposta que obtivermos for «Não sei.», tal significa que o sujeito dessa frase é indeterminado.
Vejamos a frase seguinte: "Bateram à porta.»
Apliquemos-lhe o teste de identificação: Quem bateu [à porta]? «Não sei» é a resposta. Temos noção de que alguém bateu, mas, como não vimos quem ou o que foi, não sabemos quem foi exatamente.
O mesmo se passa com outros enunciados:
. «Assaltaram o banco.» Quem assaltou? Alguém, mas não sei quem foi.
. «Diz-se que vai nevar.» Quem diz que vai nevar? Alguém, mas não sei quem.
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
Nome não contável
O nome não contável é o nome comum que designa algo em que não é possível distinguir partes e que não pode ser cantado, enumerável.
Assim, são não contáveis os nomes
que designam:
1. Uma
entidade material homogénea:
▪ água, gasolina, omo, petróleo, etc.
2.
Uma ideia não material, não divisível:
▪ felicidade, tristeza, liberdade,
educação, etc.
O nome não contável pode ser
antecedido do determinante artigo definido singular o, a:
▪ A liberdade é indiscutível.
O nome não contável pode ocorrer
também no singular, sem ser antecedido de artigo, em posição de complemento:
▪ Encontraram petróleo no Beato.
Alguns nomes não contáveis podem ser
enumerados através de uma expressão partitiva ou de medida. É sobre essa
expressão que recai a marca de plural:
▪ Comprei um quilo de batatas.
▪ Comi apenas três colheres de sopa.
Quando o nome contável surge no plural,
este designa:
a)
qualidade e não quantidade:
▪ Há ótimos vinhos na região
do Dão. [= Há várias qualidades de vinho na região do Dão]
b)
o objeto e não o material de que é feito:
▪ Os estanhos desta loja são feios.
Há nomes
comuns não contáveis que, em certos contextos, podem ocorrer como nomes
contáveis:
Nome contável
O nome contável é o nome comum que designa algo que pode ser contado, enumerável: uma casa → duas casas.
Assim, são contáveis:
1.
As entidades materiais, individualizadas e descontínuas:
▪ canetas, livros, folhas, casas…
2.
As entidades abstratas que podem ser individualizadas:
▪ direitos, sentimentos, emoções, pensamentos…
3.
As unidades de medida:
▪ metros, quilómetros, quilos, gramas,
litros…
4.
As entidades que podem ser antecedidas:
• do
artigo indefinido (um, uma):
• de um quantificador
numeral cardinal:
• de um
quantificador existencial (alguns, poucos, muitos…):