Português

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Modificador do nome, complemento do nome e do adjetivo: exercícios

         Assinale a função sintática desempenhada pelos elementos sublinhados nas frases.

a) Não aprecio calças de ganga.
b) Vi o Manuel, primo da minha mãe.
c) O professor de Português está disponível para vos ajudar.
d) O Antunes, meu aluno, chegou da Austrália.
e) O cinema da vila foi encerrado por falta de espetadores.
f) O filho da tua cadela não sobreviveu.
g) Os cineastas defendem o apoio do ministério à atividade cinematográfica.
h) Os hotéis madeirenses estarão cheios na época natalícia.
i) A decisão do tribunal sobre José Sócrates será conhecida hoje.
j) Caros alunos, têm de entregar o trabalho sobre Ricardo Reis.
k) A Terra, um planeta verde e azul, está ameaçado.
l) Estou descontente com a exibição do Benfica.
m) O meu filho mais velho comprou uns ténis.
n) Joaquina, a minha prima, iniciou um novo negócio.
o) A festa de despedida do professor Rua foi muito participada.
p) O arquiteto mostrou-se interessado no projeto.
q) Dizem que este hospital é difícil de gerir.
r) A decisão da direção foi mal aceite pelos alunos.
s) José Sócrates, o réu, será julgado oportunamente.
t) Fumar é um vício prejudicial à saúde.

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Correção

a) Modificador do nome restritivo
b) Modificador do nome apositivo
c) Complemento do adjetivo
d) Modificador do nome apositivo
e) Modificador do nome restritivo
f) Complemento do nome
g) Complementos do nome (2)
h) Complemento do nome
i) Complemento do nome
j) Modificador do nome restritivo
k) Modificador do nome apositivo
l) Complemento do adjetivo
m) Modificador do nome restritivo
n) Modificador do nome apositivo
o) Modificador do nome restritivo
p) Complemento do adjetivo
q) Complemento do adjetivo
r) Complemento do nome
s) Modificador do nome apositivo
t) Complemento do adjetivo


Aulas de apoio e reuniões: componente letiva ou não letiva?

     Esclarecimentos do SPN aqui.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Na aula (XVI): problemas de localização geográfica

     «Em Lisboa há os estádios do Benfica, do Porto e do Sporting.»

     O centralismo da capital já chegou a este extremo?

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A fábula do burro e a Educação


A estória é bem conhecida mas lembro-a rapidamente: o dono de um burro teve que se ausentar e deixou dinheiro a um vizinho para ir comprando comida para o animal enquanto ele estava fora. O vizinho, para poupar dinheiro, foi dando cada vez menos comida ao burro até que ele morreu de fome. O comentário do desajeitado aforrador foi: “Que pena! O animal foi morrer logo agora, quando já estava quase habituado a não comer!”.
O orçamento proposto pelo Governo para 2014 corta – em cima dos cortes anteriores – mais 314 milhões de euros no Ministério da Educação. Os gastos com professores e auxiliares no ensino básico representam um corte de 13% em relação ao orçamento anterior.
Assim, reduzir professores e auxiliares, é uma poupança que nos vai custar muito caro. Cada vez mais as nossas escolas vão estar preparadas para educar alunos que têm ambientes familiares estimulantes e que lhes permitem seguir o currículo sem a necessidade de apoios. Para os outros, aqueles cada vez mais numerosos que não têm em casa, quem lhes dê apoio ou quem lhes possa pagar este apoio, a escola está cada vez mais pobre. Pobre porque não consegue criar ambientes de aprendizagem diferenciados que tenham atenção aos diferentes ritmos e condições de aprendizagem; pobre porque cada vez mais é encorajada a atuar como se os alunos se dividissem em “normais” – aqueles que aprendem da forma como tradicionalmente se ensina e os “especiais” aqueles que dão problemas e que não se tem possibilidades e recursos para ensinar.
E voltamos à fábula do burro. Todos estes cortes têm os seus efeitos: um dia perdemos uma auxiliar, daqui a meses um professor, para o ano mais duas auxiliares, e assim vamos… Tal como o burro vamo-nos desabituando de comer… A questão que é preciso recordar é o final da estória: o burro morreu. Quer dizer que estes cortes na educação vão-nos distanciando de uma escola para todos em cuja construção estivemos empenhados durante muitos anos. Não se trata só de racionalizar os gastos, o problema é que estamos a retomar uma conceção de escola – à semelhança da escola de má memória do “antigamente” – que ensine quem quer, quem está preparado, quem se comporta, quem ao fim e ao cabo se apresenta como um aluno “normal”.
Era muito bom que não nos conformássemos, que não nos habituássemos a esta dieta de recursos que fazem regredir a nossa educação e que leva a que muitos milhares de alunos – que podiam e são os nossos filhos – se sintam estrangeiros numa escola que foi feita para eles.

David Rodrigues

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O Rato

     O que leva uma pessoa supostamente educada, culta e com parte dos neurónios ainda em funcionamento a submeter-se, a subalternizar-se de forma humilhante e indecorosa?
     Em Esposende, o "disponível" ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, assistiu, ao vivo e a cores, à assunção formal da sua pasta por parte do primeiro-ministro. De facto, este, nas barbas (literal e figurativamente) do matemático, deu notícia ao mundo da forma autoritária e inapelável como subordinou a figura de Crato à sua vontade: quem quer sair sai, não ameaça, não se coloca à "disposição".
     O sorriso forçado e aparvalhado do MEC no momento em que Passos Coelho falou diz tudo sobre o nada em que se tornou. O inenarrável processo de colocação de professores (quando é que terminará?) foi apenas a cereja no topo do bolo de um mandato miserável.

Henricartoon

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Análise do poema "Não sei se é sonho se realidade"

                O sujeito poético começa por afirmar a sua incapacidade para distinguir o sonho da realidade (“Não sei se é sonho, se realidade, / Se uma mistura de sonho e vida.” – vv. 1 e 2). Essa incapacidade torna o desejo de felicidade (“A vida é tão jovem e o amor sorri.” – v. 6) tão forte (“É esta que ansiamos” – v. 5), que esta se presentifica (“Ali, ali” – v. 5), como se de uma realidade tangível se tratasse (“Aquela terra de suavidade / Que na ilha extrema do sul se olvida.” – vv. 3 e 4). Neste contexto, a “ilha extrema do sul” (v. 4) simboliza precisamente a felicidade ansiada, porém inacessível.
                A primeira palavra da segunda estrofe – o advérbio “talvez” – anuncia o tom geral desta parte do texto (de dúvida), bem como a impossibilidade de concretização do sonho (“inexistentes”, “longínquas”) presente na terceira estrofe (vv. 17-18). Os paraísos imaginados (“palmares inexistentes, / Áleas longínquas sem poder ser” – vv. 7-8) são uma forma de evasão reconfortante dos crédulos (“Sombra ou sossego deem aos crentes / De que essa terra se pode ter.” – vv. 9-10), mas apenas desencadeiam no sujeito poético dúvidas e ceticismo (“Ah, talvez, talvez, / Naquela terra, daquela vez.” – vv. 11-12) e descrença na possibilidade de se ser feliz (“Felizes, nós?” – v. 11). Assim, as imagens de felicidade (“sonhada” – v. 13; “Sob os palmares, à luz da lua” – v. 15) e a consciência da realidade (“Ah, nesta terra também, também, / O mal não cessa, não dura o bem.” – vv. 17-18), quando pensadas (“Só de pensá-la” – v. 13), perdem o seu efeito balsâmico (“se desvirtua” – v. 13), pois causa dor (“cansou pensar” – v. 14) a consciência do seu caráter ilusório (“Sente-se o frio de haver luar.” – v. 16).
                Concluindo, o sonho é ilusão e a felicidade aí procurada (“ilhas do fim do mundo” – v. 19; “palmares de sonho” – v. 20) traz ilusões e desilusões (“Não é […]”; “Nem […] ou não”; “Que cura a alma seu mal profundo, / Que o bem nos entra no coração.”). Ela está perto (“É ali, ali” – v. 23), mas só pode ser alcançada no íntimo de cada um de nós (“É em nós que é tudo.” – v. 23; “Que a vida é jovem e o amor sorri.” ­ V. 24).
                A nível vocabular, o sentido do poema progride da dúvida, logo presente no verso 1, para a certeza (“Não é” – v. 19). A transição do “sonho” para a “realidade” é feita na terceira estrofe através da conjunção adversativa “mas”. O advérbio “ali” acompanha esta progressão, pois, na primeira estrofe, refere a “ilha extrema do “sul” e, na última, remete para o interior de cada um de nós, pois é em nós, e apenas em nós, que podemos encontrar a felicidade (“É em nós que é tudo.” – v. 23). Esta conclusão é marcada, igualmente, pela utilização de atos ilocutórios assertivos, destacando a certeza do sujeito poético relativamente àquilo que afirma.
                O título do poema remete já para o tema – o refúgio no sonho – e para a oposição em torno da qual se desenvolve o texto: sonho vs realidade.

sábado, 11 de outubro de 2014

Um concelho a caminho da falência


Público on-line

Crato quis, mas não o deixaram, logo não saiu


     Nuno Crato sempre defendeu a implosão do MEC, porém o resultado da sua ação está a ser a implosão do quotidiano das escolas, dos professores e dos alunos.

     O chefe do bando, por sua vez, está unicamente preocupado com a permanência do dito e não com o caos que os seus ministros da Educação e da Justiça causaram nos respetivos setores, isto é, sectores.

"Canção da Primavera", Francisco Martins


Francisco Martins (15/10/1946 - 27/07/2014)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Frações

     Uma fração é um número que representa uma ou mais partes iguais da unidade. Representa-se com o auxílio de um traço horizontal.


     O número que se escreve por cima do traço chama-se numerador e representa o número de partes de unidades representadas.

     O número que se escreve por baixo do traço chama-se denominador e indica o número de partes iguais em que a unidade foi dividida.


Situação problemática

                O João tinha um chocolate dividido em seis partes iguais, mas já comeu duas partes.
                Que parte do chocolate comeu o João?


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Memória

. Etimologia

     Na antiguidade grega, Mnemosine (Memória) era uma divindade que dava o poder de recuar no tempo e recordá-lo para transmiti-lo à sociedade – deusa da memória, no fundo.


. Definição

     As memórias são escritos em que um autor recorda e narra factos ligados à sua pessoa ou à sua época.


. Tipos

     - memórias de viagem;
     - memórias de infância;
     - ...


. Características

     - Pertence ao género literário narrativo.
     - É uma forma de escrita sobre si mesmo.
     - Constitui:
          o relato de factos/vivências pessoais e familiares;
          . o testemunho dum tempo e dum meio;
          . o relato de acontecimentos históricos e políticos.
     - A narrativa de memórias tem um fundo histórico-cultural, sujeito à filtragem subjetiva de quem a produz.
     - O papel fundamental neste tipo de texto é desempenhado pela memória. Os acontecimentos são passados pelo crivo da lembrança, que por vezes precisa de auxiliares: diários íntimos, cartas, jornais, etc.
     - Os factos são relatados num desfasamento temporal: o presente do discurso (da escrita) e o passado da história.
     - O discurso está centrado na primeira pessoa, com os verbos preferencialmente no pretérito imperfeito (para presentificar o passado) e no pretérito perfeito.
     - As memórias possuem enorme valor documental, pois constituem o testemunho de um tempo, um espaço e um meio. De facto, o narrador descreve todos os acontecimentos e condicionalismos que determinaram a sua infância, sejam de ordem familiar, social, cultural ou política.
     - Nas memórias, acumulam-se nomes de personagens ilustres que foram atores da história, ao mesmo tempo que o memorialista é actor da sua história.
     - A memória constitui uma recriação seletiva do passado: sendo seletiva, guarda apenas os factos e ocorrências significativos, aqueles que, por motivos diversos, se assumam como mais marcantes.
     - Neste tipo de texto, como a designação deixa antever, desempenha papel central a memória, pois é ela, enquanto faculdade que permite conservar recordações, que propicia a lembrança dos acontecimentos passados relatados.
     - A exterioridade possui um peso enorme: ainda que alusivo à vida do sujeito da enunciação, o texto centra-se sobretudo na sua relação externa com o meio e as outras pessoas, não registando apenas, como sucede com o diário, a posição do «eu» face ao mundo.
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