Português: Economia
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

A prenda de Natal de Marcelo Rebelo de Sousa: um orçamento fraudulento


"O Orçamento de Estado 2019 foi promulgado pelo Presidente. Um OE que prevê 1700 milhões de euros para "tapar buracos" na Banca (corrupção). A estes somam-se 1500 milhões para as ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias (que deveriam ser apenas 340!, mais corrupção). Ainda quatro mil milhões para participações em empresas (?!) não explicados (corrupção?). E mais 1200 milhões para a Parpública (mais participações). Só em despesas extraordinárias desbarata-se mais de 10% do Orçamento de Estado. 
Nos últimos anos, o Orçamento transformou-se no principal instrumento de corrupção de Estado. Marcelo deveria ter vetado o documento. Mas preferiu continuar com a tradição e pactuar com um (mais um!) Orçamento opaco, obscuro, fraudulento. 
Porque ninguém fala disto, partilhem por favor, a bem da verdade!"

                                        Paulo de Morais

     O post original pode ser encontrado no Portugal Glorioso [aqui].

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

As seis fases da crise na Europa

     «A maior crise económica e financeira desde a Grande Recessão de 1929 começou há dez anos. Os problemas no mercado hipotecário de alto risco nos EUA ("subprime") já se sentiam há alguns meses, e os seus efeitos na volatilidade de alguns segmentos de mercado eram visíveis há semanas. Mas foi a 9 de agosto de 2007 que o BCE pela primeira vez injetou liquidez de emergência no sistema financeiro da Zona Euro para combater o congelamento dos fluxos de crédito interbancário. Desde então, com erros e sucessos, o BCE insuflou o seu balanço para 4,25 biliões de euros, ou quase 12, 5 mil euros por europeu, numa crise de uma década que pode ser dividida em seis fases:

1: Os primórdios da crise, de 9 de agosto de 2007 a 15 de setembro de 2008

     A desconfiança entre bancos força o BCE a injetar liquidez pela primeira vez no sistema financeiro da Zona Euro a 9 de agosto de 2007. Os meses seguintes são confusos e voláteis e o BCE ainda sobe juros em julho de 2008. Dois meses depois cai o Lehman Brothers nos EUA, dando início à grande crise financeira internacional.


2: A grande crise internacional, de 15 de setembro de 2008 a 23 de abril de 2010

     A queda do Lehman Brothers em setembro de 2008 marcou o início da grande crise internacional. A desconfiança generalizou-se por todo o sistema financeiro das economias avançadas, os bancos centrais coordenaram-se em medidas de cedência de liquidez e corte de juros. Em seis meses o BCE passou a taxa central de 4,25% para apenas 1% em maio de 2009.


3: Zona Euro sob ameaça, de 23 de abril de 2010 a 2 de novembro de 2011

     A terceira fase da crise é marcada pelo agudizar dos problemas da Zona Euro, com vários resgates de Estados-membros, a começar pelo grego em abril de 2010. Seguiu-se o irlandês em novembro de 2010 e o português em abril de 2011. A ligação diabólica entre a saúde do sistema financeiro e dos respetivos soberanos fazia sentir-se em toda a força, e começa mesmo a ameaçar grandes países como a Espanha e a Itália.


4: Draghi muda o jogo, de 2 de novembro de 2011 a 4 de julho de 2013

     A entrada de Mario Draghi para a liderança do BCE em novembro de 2011 muda o jogo da crise. Em dezembro avança com empréstimos de muito longo prazo que devolveram alguma tranquilidade aos grandes bancos da periferia. Confrontado com o ressurgir de pressões sobre as taxas de juro na periferia, em julho de 2012 faz o célebre discurso de Londres em que garante que o banco central fará "o que for preciso" para garantir a unicidade do euro e em setembro o BCE apresenta o OMT, o programa de compra de dívida pública de países em dificuldades. As taxas de juro começaram a baixar consistentemente desde então.


5: O fantasma da deflação, de 4 de julho de 2013 a 22 de janeiro de 2015

     Com a Zona Euro fora de perigo de vida, chegou a ameaça de deflação na Zona Euro. Em julho de 2013 o BCE estreia-se em medidas não convencionais, como o "forward guidance", ou seja, garantias de médio e longo prazo para a evolução da taxa de juro, o que nunca tinha feito. A ideia foi defender a Zona Euro da volatilidade provocada pelo início da normalização da política monetária nos EUA sinalizada na primavera de 2013 por Ben Bernanke na Fed. A taxa de inflação já estava a cair na Zona Euro e tinha chegado a 1,6% em julho de 2013. Em maio de 2014 já estava nos 0,5% e o BCE vai mais longe, estreando-se nas taxas de juro negativas em junho desse ano.


6: BCE começa compra de dívida pública, desde 22 de janeiro de 2015

     Um pouco mais de seis anos após a Reserva Federal, em janeiro de 2015 o BCE confirma que vai avançar com um programa de compra alargada de ativos, ao ritmo de 60 mil milhões de euros por mês, com destaque para a compra de dívida pública. O objetivo foi travar os riscos de deflação na Zona Euro. O problema foi reforçado em março de 2016 para compras de 80 mil milhões de euros mensais e cortes nas taxas central para 0% (de 0,05%) e de depósitos para -0,4% (de -0,3%). Em março de 2017, considerando que o risco de deflação desapareceu, o BCE volta a reduzir as compras mensais para 60 mil milhões de euros e guarda para o segundo semestre deste ano novidades sobre novas orientações para a política monetária, no que deverá configurar o início da sétima fase da crise.




FONTE: Jornal de Negócios

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma nota sobre despedimentos

     Reza a lenda que certo professor prémio Nobel da Economia propôs aos seus alunos, numa certa aula, um desafio: apresentar soluções para salvar uma empresa que enfrentava tempos difíceis e graves problemas.
     Questionou diversos alunos. Depois de vários terem apresentado as suas soluções para a questão, o professor virou-se para um dos seus melhores discentes e questionou-o sobre a forma como resolveria o problema daquela empresa.
     A resposta do aluno foi, sensivelmente, a seguinte:
     - Professor, antes de mais, o nível de endividamento da empresa é demasiado elevado, por isso fechava as fábricas que a empresa tem no México e em Portugal. Isto permitiria cortar X postos de trabalho e poupar o equivalente aos juros da dívida. De seguida, cortava 20% dos postos de trabalho das fábricas existentes em Espanha.
     - Basta! - exclamou o professor. - Vá imediatamente para a rua!
     - Mas, professor... - balbuciou o aluno, incrédulo.
     - Saia da sala já!
     O aluno pegou nos seus livros e encaminhou-se para a porta. Quando se aprestava para abrir a porta e sair da sala, o professor disse-lhe:
     - Isto é para que sinta o mesmo que sentiriam aqueles que, injustamente, poria na rua.

sábado, 16 de março de 2013

Resgate a Chipre...

     «O Eurogrupo chegou a acordo com o Governo cipriota quanto aos termos e condições do resgate financeiro do país. O Chipre receberá 10 mil milhões de euros e, entre outras medidas, o Governo compromete-se a limitar os levantamentos bancários e a introduzir um imposto sobre o valor dos depósitos, de 9,9% no caso de depósitos superiores a 100 mil euros e de 6,7% sobre depósitos de valor inferior àquele. Significa isto que quem tenha um saldo de conta por exemplo de 110.987,70 euros terá oportunidade de verificar no extracto um movimento negativo de exactamente 10000 euros a favor da troika, tal como quem tenha um saldo de 10 mil euros verá a sua conta subtraída em 670 euros. Desta vez, não se preocuparam sequer em disfarçar. Já roubam à descarada. E é um convite a uma corrida desenfreada aos bancos em todos os países que tenham uma troika para sustentar, que será ganha por quem consiga chegar antes dos ladrões. Salve-se quem puder. Os cipriotas perderam a corrida

segunda-feira, 11 de março de 2013

Despesas sociais em % do PIB


     Dados de 2010. Lido o gráfico, facilmente se conclui que o Estado português tem dinheiro para a Educação e a Saúde, não tem é para a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações.

     Tendo em conta os cortes aplicados no ministério da Educação e Ciência desde 2010, a % do PIB gasta no setor deve situar-se na casa dos 4.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Da miséria: trabalhar a 43 cêntimos à hora

     A Associação Empresarial de Penafiel contratou quatro desempregados para se vestirem de Pai Natal por 43 cêntimos à hora. Operários da construção civil, trabalham de segunda-feira a domingo e permanecem seis horas e meia por dia em casinhas natalícias espalhadas pelas ruas da cidade, distribuindo balões a quem passa.
     Os sortudos distribuem também afeto, algo que não será fácil para quem recebe 83 euros por 30 dias de trabalho, além dos subsídios de transporte e alimentação e do subsídio de desemprego (que mantêm).
     Parece que, finalmente, vamos ser capazes de competir com as chinas deste mundo.
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