Português

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Verbo principal


                O verbo principal é aquele que:
» constitui o núcleo do predicado;
» seleciona um sujeito;
» seleciona complementos;
» seleciona a função sintática desempenhada por esses complementos.

                Exs.:
- O meu tio desposou a minha tia Dina.
(O verbo desposar seleciona um sujeito – O meu tio – e um complemento direto – a minha tia Dina.)
- O João telefonou à mãe.
(O verbo telefonar seleciona um sujeito – O João – e um complemento indireto: à mãe.)
- O João ofereceu um ramo de flores à sua mãe.
(O verbo oferecer seleciona um sujeito – O João –, um complemento direto – um ramo de flores – e um complemento indireto – à sua mãe.)
- A Miquelina gosta de bolo de chocolate.
(O verbo gostar seleciona um sujeito – A Miquelina – e um complemento oblíquo – de bolo de chocolate.)


                O verbo principal, em função do tipo de complemento(s) que seleciona, distribui-se por cinco tipos: intransitivo e transitivo: direto, indireto, direto e indireto e predicativo.

Subclasses do verbo

                 Os verbos portugueses distribuem-se por três subclasses: principais, copulativos e auxiliares.

O verbo "tar"



     Quem está no ensino já quase não estranha que os alunos façam uso do «verbo» "tar" em vez de "estar" no registo escrito.

     No entanto, dar de caras com semelhante patetice num jornal como o "Público" e pela pena de alguém tão experiente como Teresa de Sousa é caso para ficar 'banzado'. E daí talvez não.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Processos fonológicos II (G 45)

                Identifica os processos fonológicos que ocorreram na evolução das seguintes palavras.

Exemplos

Processos fonológicos

1. Pede > pee > pé
2. Feria > feira
3. Multu > muito
4. Locusta > lagosta
5. Ante > antes
6. Hodie > hoje
7. Regnu > reino
8. Sic > si > sim
9. Apicula > apicla > abelha
10. Corona > corõa > coroa
11. Soles > soes > sóis
12. Populu > pobo > povo
13. Apoteca > bodega
14. Inter > entre
15. Ego > eu
16. Amicu > amigo
17. Eno > no
18. Consiliu > conselho
19. Salit > sae > sai
20. Pensu > peso
21. Per + lo > pelo > pelo
22. Clamare > chamar
23. Fenestra > feestra > fresta
24. Stare > estar
25. Dolore > door > dor


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          . Correção.

Protótipos textuais: texto preditivo

7.1. Texto preditivo: o texto preditivo tem como função informar sobre o futuro, antecipando ou prevendo acontecimentos / eventos que irão ou poderão acontecer.
A palavra «preditivo» é um adjetivo formado a partir da forma verbal «predizer», que significa «dizer antes», «anunciar com antecedência», «prognosticar», «vaticinar» ou «profetizar». Assim, o discurso preditivo afirma algo antecipadamente, antes de os factos serem observados ou comprovados.

7.2. Géneros discursivos
- boletins meteorológicos
- profecias e previsões
- horóscopos
- alguns provérbios
- etc.

7.3. Características
. verbos de ação;
. modos e tempos verbais: futuro do indicativo e imperativo:
. expressões com valor temporal de futuro;
. forma de tratamento “você”, dado que o destinatário é o leitor e geral



Bibliografia:
. Domínios, de Zacarias Nascimento et alii;
. Gramática da Língua Portuguesa, de Clara Amorim;
. Itinerário Gramatical, Olívia Figueiredo e Eunice de Figueiredo;
. Nova Gramática Didática de Português, Santillana.


Protótipos textuais: texto conversacional ou dialogal

5.1. Definição: o texto conversacional é atualizado em textos em que intervêm, pelo menos, dois interlocutores que tomam a palavra alternadamente e que produzem um número variável de trocas verbais, cooperando na produção do texto.

5.2. Géneros: este protótipo textual manifesta-se em qualquer interação verbal, como, por exemplo, numa conversa telefónica, nas interações quotidianas orais, no comentário de acontecimentos, em debates e nas entrevistas.

5.3. Características
- aspetos prosódicos (entoação, regulação da velocidade da fala, pausas);
- elementos não verbais (movimento, olhar, distância);
- contextos (relevam no que diz respeito à intencionalidade comunicativa, à relação entre s participantes, lugar e tempo de que se dispõe para falar, convenções, etc.);
- marcas linguísticas:
. características do discurso oral (repetições, quebras sintáticas, etc.);
. segmentos de reformulação;
. marcadores conversacionais (“olha”, “ouve”, etc.);
. formas de tratamento;
. formas verbais do modo indicativo e do imperativo;
. uso da primeira e segunda pessoas de verbos, pronomes e determinantes;
. modos/modalidades de localização espacial que indicam proximidade ou afastamento relativamente aos interlocutores (pronomes e determinantes demonstrativos);
- modos de relacionamento (possessivos de primeira e segunda pessoa);
- modalidades de enunciação: manifestação de atitudes e afetos que relevam da relação entre os interlocutores (tipos de frases) – “Não me chateies.”; “Que linda estás!”, etc.;
- modalidades lógicas: relacionam-se com a verdade, probabilidade, certeza, verosimilhança da conversação.


domingo, 1 de outubro de 2017

Autárquicas 2017: mais porco



     Desceu o pano sobre a campanha eleitoral. É uma pena que tenha terminado.
     Este (será que foi eleito?) promete, mas é mais cauteloso: só em maio. Até lá, já os eleitores se esqueceram.
     E não é a Junta a pagar. Obviamente, seremos todos nós.
     Talvez não tenha sido tão hilariante como há quatro anos, mas os cartazes (e não só!) continuam a ser um manancial de humor e de péssima utilização da língua portuguesa.

     Voltem depressa, por favor! Rir faz muito bem à pele!

Protótipos textuais: texto instrucional ou diretivo

6.1. Definição: o texto instrucional é um texto em que se procura, de alguma forma, alterar o comportamento ou a conduta atual ou futura dos seus destinatários, ajudar ou orientar por meio de sugestões, instruções faseadas, isto é, ensinar ou indicar como fazer algo.
São textos que incitam à ação, estabelecem regras de comportamento ou que fornecem instruções sobre as etapas e os procedimentos que deverão ser seguidos de modo a alcançar um determinado objetivo.

6.2. Géneros discursivos (ou tipos de textos instrucionais)
- avisos / enunciados simples ou interdições como «Não pisar a relva» ou «Proibido fumar»;
- receitas de culinária (e outras);
- regras de utilização de um programa / máquina;
- instruções de montagem de um aparelho;
- alguns provérbios (“Em Roma, sê romano.”);
- manuais de instruções;
- a posologia dos medicamentos;
- “slogans”;
- discurso pedagógico-didático;
- etc.

6.3. Características
. verbos, em geral, de movimento que incitam à ação;
. formas verbais no imperativo (traduzem a ordem e o pedido diretos – “Come a sopa!”), conjuntivo (“insira-se”), infinitivo impessoal (traduzem a ordem e o pedido não diretos- “Comer a sopa faz bem.”) e futuro do indicativo (é usado nos horóscopos e nos textos sagrados – “Não cobiçarás a mulher do próximo!”);
. frases imperativas;
. marcadores discursivos predominantemente temporais;

. o destinatário pode ser o público em geral (uso de “você” ou omissão do pronome) ou particular, conhecido (“Tu fizeste o que te pedi?”).

Autárquicas 2017: o meu voto vai para o porco


Autárquicas 2017: o PS chegou paga primeiro


Autárquicas 2017: na Maia, votam imeeeeeeeeeeeeeensos cidadãos de língua inglesa


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