Português: 29/04/24

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Análise do capítulo I de "O Fantasma de Canterville"

    Hirsham B. Otis, um ministro norte-americano, acaba de comprar a propriedade Canterville Chase a Lord Canterville, contrariando quem o avisa de que aquele local está assombrado e que, portanto, está a cometer um erro. Lord Canterville explica-lhe que a casa é o lar da família Canterville há várias gerações e informa-o que está totalmente mobilada, mas inclui também um fantasma que a assombra há três séculos, o que deixa os habitantes da propriedade muito desconfortáveis. Atualmente, esta ato pode parecer uma simples transação comercial, porém, na época, a aristocracia simplesmente não vendia as suas propriedades, o que mostra estarmos a entrar numa era de algumas mudanças. O dono da casa acrescenta que a duquesa viúva de Bolton teve um ataque de medo quando um esqueleto colocou as suas mãos no ombro da senhora enquanto ela se vestia e explica que outras pessoas viram o fantasma. No entanto, o Sr. Otis ri das crenças de Lord Canterville, afirmando que a sua família vem dos Estados Unidos, um país moderno onde ninguém acredita nessas coisas. Se existissem fantasmas, diz, o assunto seria tratado nos jornais e ele saberia disso, além de serem colocados em museus. Assim sendo, efetiva a compra da propriedade.
    Em julho, a família Otis (pai, mãe e quatro filhos) muda-se para Canterville Chase. Ao aproximarem-se da casa, alguns fenómenos sucedem: o céu fica subitamente coberto de nuvens, a atmosfera enche-se de uma quietude estranha, um grande bando de gralhas passa silenciosamente sobre as suas cabeças e algumas gotas grossas de chuva caem. Eles são recebidos à porta pela governanta, a Sr.ª Umney, que se apresenta envergando um vestido preto.
    Quando a família se prepara para tomar chá na biblioteca da nova residência, a Sr.ª Otis nota uma mancha vermelha no chão, junto à lareira. A Sr.ª Umney esclarece que se trata de uma mancha de sangue está ali há três séculos e que é uma verdadeira atração turística, já que marca o local onde Sir Simon de Canterville assassinou a sua esposa em 1575, e é impossível eliminá-la. A governanta acrescenta que o próprio Sir Simon desapareceu da casa em circunstâncias misteriosas e desconhecidas nove anos depois do crime, nunca o seu corpo tendo sido encontrado. O seu fantasma, porém, tem assombrado a moradia desde então.
    O filho mais velho, Washington, não  se mostra impressionado com a narrativa da Sr.ª Umney e procura, de imediato, remover a mancha de sangue do chão, usando o “Super Tira-nódoas Pinkerton e o Detergente Paragon”. A nódoa centenária desaparece, todavia de imediato um relâmpago ilumina a sala e a governanta desmaia. O casal dialoga sobre a forma como lidar com a senhora desmaiada, sugerindo o Sr. Otis que eles deduzam do seu salário o tempo despendido em desmaios, algo que ele crê ter como efeito acabar com esses achaques. Quando desperta, a mulher  avisa a família que coisas mas irão suceder, porém os Otis tranquilizam-na e a mulher vai deitar-se.

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