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terça-feira, 11 de junho de 2019

Escola do século XXI, ou a banha da cobra educativa

Escola do século XXI, ou a banha da cobra educativa

por António Duarte
O futuro das crianças que se iniciam agora na escola é uma incógnita mas, mesmo assim, continuam a ser ensinadas através de “um programa curricular pensado há muitos anos”, criticou Rod Allen, mentor e co-autor de uma profunda reforma curricular no Canada, no Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular, que decorreu esta semana na […]
António Duarte | 11/06/2019 às 8:06 | Etiquetas: DemagogiaEduquêsFacilitismosIncongruênciasVerdades inconvenientes | Categorias: Educação | URL: https://wp.me/p6duOw-oNZ
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     (Mais) Um excelente post do nosso colega António Duarte, no seu blogue [ligação], agora sobre a patranhice da dita escola do século XXI.

sexta-feira, 29 de março de 2019

terça-feira, 22 de abril de 2014

Passos Coelho, a sua troupe e o coronel Aureliano Buendia

     «O coronel Aureliano Buendia promoveu trinta e dois levantamentos armados e perdeu-os todos. Teve dezassete filhos varões de dezassete mulheres diferentes, que foram exterminados, um após outro, numa única noite, antes de o mais velho fazer trinta e cinco anos. Escapou a catorze atentados, a setenta e três emboscadas e a um pelotão de fuzilamento. Sobreviveu a uma dose de estricnina no café que teria chegado para matar um cavalo. Recusou a Ordem do Mérito que lhe foi conferida pelo presidente da República. Chegou a ser comandante-geral das forças revolucionárias, com jurisdição e poder de uma fronteira à outra e o homem mais temido pelo Governo, mas nunca permitiu que lhe tirassem uma fotografia. Declinou a pensão vitalícia que lhe propuseram e viveu até à velhice dos peixinhos de ouro que fabricava na sua oficina de Macondo. Ainda que tenha sempre lutado à frente dos seus homens, a única ferida que recebeu foi a que fez a si mesmo depois de assinar a capitulação de Neerlândia que pôs termo a quase vinte anos de guerras civis. Disparou um tiro de pistola no peito e a bala saiu-lhe pelas costas sem atingir nenhum centro vital. A única coisa que ficou de tudo isso foi uma rua com o seu nome em Macondo. No entanto, segundo declarou poucos anos antes de morrer de velho, nem sequer isso esperava na madrugada em que partiu com os seus vinte e um homens para se ir reunir às forças do general Victorio Medina. 
     - Aqui te deixamos Macondo - foi tudo quanto disse a Arcadio antes de partir. - Deixamos-ta bem. Faz com que a encontremos melhor

Gabriel García Márquez, Cem Anos de Solidão

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

'A Literatura'

     «Não sei se já repararam nisso mas quando lemos - estou a falar para a ínfima minoria de espectadores que além de virem ao teatro ainda lêem... 2 ou 3 pessoas, hoje -, bom, mas quando lemos livros estrangeiros, raramente nos detemos nos nomes. Eu pelo menos faço isso. Mas eu tenho um desconto, que ainda por cima venho todos os dias ao teatro. É que um personagem dum romance russo, por exemplo, pode chamar-se Ievguénhi Ponomarev Tsugorski! E então estamos nós a ler: «O cavalo corria louco pela estepe, mas, de repente, estacou tão abruptamente que I-e-v-g aaa... Pino... Poni... Pinto... bom, Tsa... Tsu... chiça! foi cuspido violentamente e esmagou o crânio instantaneamente. Mas o bravo amigo... japonês... Os-ss-u-ga-ro- I-o-mi-akei, ok, Iomiakei Kawa-ka-ta-mi - fo-go! -, deitando-se sobre o corcel, consegue ainda apanhar o valioso documento que I... I-e-v-g-u pffff Pinto Tsar transportava tão ciosamente.. Osss.... u Io, io, io! Kawa... saki! Lançou-se a toda a brida.» Uff! «Mas o cruel mongol que os perseguia aproximava-se cada vez mais. Com efeito, Li-ao Tse Xi-ong» - e este é fácil! Eu já estou a simpatizar com o mau da fita... - «Liao Tse Xiong tinha prometido ao condutor de riquexó Sun Wang Ião (...) não só resgatar o valioso documento que tinha viajado pelo Japão e chegado à Sibéria trinta e seis anos depois» isto é fácil porque não está em numeração romana... «não só resgatar o trararara como também aniquilar... I-ev-g... Ivo Pinto Tsu e o nipónico Osso Io Kawasaki.»
     Eu compreendo que se leia cada vez menos. Literatura estrangeira, pelo menos... para mim tem o problema dos nomes.»
José Pedro Gomes, O País dos Jeitosos 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Público vs. Privado

Para já, e para começar, constata-se que a solidariedade nacional desapareceu. proponho uma guerra civil: setor público vs setor privado.
Depois, sugiro que se acabe com a função pública: privatize-se tudo. O cidadão comum não terá mais que pagar os agora serviços públicos ao preço de custo. Paga a educação dos filhos por inteiro, se não tem dinheiro fica com filhos analfabetos e paciência. Paga os serviços de saúde por inteiro, se não tem dinheiro paciência, morre e depois já não tem que se incomodar. Paga os serviços judiciais por inteiro, se não tem dinheiro vá pedir justiça à Nossa Senhora. Chegaremos então a um patamar perfeito em que o setor público desaparece e é tudo privado.
O princípio da igualdade é facílimo de aplicar: TODOS os cidadãos, independentemente do modo como auferem os seus rendimentos, que ganhem mais de 1500 € / mês, devem pagar 2/14 do seu rendimento anual a título de imposto extraordinário. Claro que havia que disciplinar e fiscalizar os liberais (advogados, empresários por conta própria, etc) que declaram ninharias, bem como os trabalhadores do privado que auferem rendimentos não declarados ou pagos em espécie (carro, viagens, telemóvel, etc.)
Por fim, havia ainda que acabar com essas benesses privadas, como por exemplo, descontarem no IRS os livros, gasolina, formação profissional, refeições, etc.
Mas eu quero mesmo é uma guerra civil!

Comentário reatirado do blogue Cachimbo de Magritte

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Mark Twain e Ministério da Educação e Ciência

     As medidas enunciadas e adotadas para os próximos anos em matéria da Educação só me merecem uma citação de Mark Twain:
     «Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido.»

sábado, 28 de abril de 2012

Partir a loiça toda II

     Noutra parte da entrevista ao i, Maria Filomena Mónica prossegue, verrinosa e intratável:

E o sistema de ensino?
.
É péssimo. O sistema de ensino deixou-se contagiar por uma ideologia pseudo-esquerdista que tentou fazer iguais todos os alunos, mas por baixo. A exigência não foi valorizada. Em 1974, a revolução apanhou-me a meio do doutoramento e pedi para ficar cá mais um ano, para poder participar. E estive a dar aulas, mas dois meses depois já não aguentava os alunos. Os estudantes diziam que não queriam notas, que eles é que faziam os curricula e que eu não mandava em ninguém. Respondi: “Óptimo, vou-me embora.” E não é só culpa da esquerda, pois a direita está penetrada das mesmas utopias pseudo-igualitárias. Ministros como o Marçal Grilo ou o Roberto Carneiro, em vez de terem uma ideologia própria, reflectem este banho cultural que considera que aos alunos, coitadinhos, não se lhes pode dar más notas, pois ficam com auto-estima negativa. Devemos dar aos filhos dos pobres as mesmas oportunidades que aos filhos dos ricos e não baixar os níveis de exigência para que toda a gente passe, como durante anos aconteceu.

Partir a loiça toda

     Maria Filomena Mónica, em entrevista ao jornal i:

Somos todos primos uns dos outros?
E sabemos quem foi para a cama com quem, achamos que, se se está com ciúmes do outro, é uma questão de saias. Na universidade, então, é uma baralhada completa, porque, como é pequenina, todos nos conhecemos. E do assédio sexual nem vale a pena falar. Em Oxford, num ambiente muito masculino, onde havia 80 homens e cinco mulheres, nunca senti nenhum assédio sexual, apesar de, como aluna, usar mini-saia.
E em Portugal?
Com os meus colegas masculinos, percebi que eles iam para a cama com as alunas, e digo: “Vocês não estão bons da cabeça!” Diziam uns aos outros: “Aquela vai à cama?! Se soubesse, tinha-lhe dado melhor nota.” Isto assim, à minha frente! Eu dizia: “Esperem ao menos que elas acabem a licenciatura.” Mas os meus colegas achavam normalíssimo ir para a cama com as alunas. Em Portugal há a promiscuidade do sexo e a promiscuidade do parentesco.
A endogamia ainda é um problema, nas nossas universidades?
Basta olhar para os apelidos. Quando a minha universidade fez 100 anos, fui convidada como antiga aluna. Estavam lá professores da Faculdade de Direito e perguntei se ainda existe endogamia na faculdade. “Ah, de todo!”, responderam-me. E dava vontade de rir – bastava olhar para os apelidos iguais, claramente filhos ou sobrinhos. Há endogamia. E há nepotismo.

     Isto só pode ser surpreendente para quem não conhece os meandros do ensino superior. Já no tempo em que por lá passámos determinados professores tentavam seduzir alunas e «ir para a cama com elas», pelo que atualmente, tendo até em consideração a crise económica, a situação tenderá a amplificar-se. Umas, poucas, aceitavam; a maioria não.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O meu «liceu»

          Esta citação encontrava-se numa das entradas do velhinho liceu:


          Como Camões está desactualizado. Assim pensam os pedagogos modernos e os homens e mulheres que dirigem a Educação em Portugal.
          Depois espantam-se quando confrontados com resultados de exames ou índices de retenção de alunos. Alguém deveria relembrar-lhes a metáfora / imagem da escada  e dos degraus.

sábado, 30 de abril de 2011

Brecht sobre os políticos

          Bertolt Brecht (1898-1956), um dos autores que influenciou a escrita de Felizmente há Luar!, disse um dia o seguinte sobre o analfabetismo e os políticos:

          "Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 de Abril, dia da Liberdade?

          "A liberdade de expressão define-se hoje como o direito de comprar o jornal e de ligar a televisão. Curioso uso das palavras, porque este não é o direito de nos exprimirmos, mas de lermos ou vermos o que outros exprimem. Os jornalistas debitam as suas sentenças, entrevistam, seleccionam e cortam as declarações dos entrevistados, e de vez em quando alguns figurões são convidados para espaços de «opinião...".
                                                                                                                João Bernardo

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Cheque

Roubado do blogue Portugal dos Pequeninos:


          «A imagem, por si, é a mensagem e a massagem. Uma escritora de livros infantis, ainda ministra da educação do Portugalório, contempla a aventura por vir. A seu lado, duas raparigas e dois rapazes - os "melhores" alunos do secundário -, em vez de exibirem livros, mostram réplicas de cheques que lhes devem ter sido entregues pelos "resultados". A educação não pode ser tratada como uma prostituta notória à semelhança do que ainda ontem aconteceu no parlamento. Agora é que sim. Agora é que não. Que lindo futuro.»
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