Português: Estudos
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sexta-feira, 17 de julho de 2015

TALIS


     A OCDE realizou um inquérito internacional sobre professores que envolveu mais de 100 mil docentes do 3.º ciclo do ensino básico e diretores de 34 países membros.
     Os resultados são... o que são.

1. Disciplina
  • Os professores portugueses perdem, em média, 25% do seu tempo a manter a ordem na sala de aula (15,7% contra 12,7 dos demais países) e a realizar tarefas administrativas, sendo o tempo realmente dedicado a ensinar de 75%.
  • Apenas dois países nos «superam» neste âmbito.
  • 4 em cada 10 professores afirmam que têm de esperar bastante tempo até que os alunos acalmem no início das aulas.
  • Um terço dos professores considera que «há demasiado barulho e perturbação na sala».
2. Pontualidade
  • 58% dos diretores declaram que os alunos chegam atrasados às aulas pelo menos uma vez por semana.
3. Crime e vandalismo
  • Os atos de vandalismo e roubo que sucedem semanalmente nas escolas portuguesas é de 7,4%, contra 4,4 em média na OCDE.
4. Álcool e drogas
  • O número de alunos que possui e usa álcool e drogas é de 3,6%, o segundo valor mais alto da OCDE, só superado pelo Brasil.
5. Horário de trabalho dos professores
  • 44,7 horas por semana é o tempo que os docentes portugueses dedicam ao exercício da sua profissão, contra 38,3, a média da OCDE.
  • Entre os países da OCDE, apenas três - asiáticos - apresentam valores superiores.
  • A média da admirada Finlândia cifra-se nas 31,6 horas.
  • Os professores portugueses despendem uma média de 9,6 horas semanais a corrigir trabalhos dos alunos, o dobro da média da OCDE.
  • 3,8 horas por semana são gastas em tarefas administrativas.
6. Reconhecimento social
  • Apenas 10% dos professores afirmam sentirem reconhecimento da sociedade face ao seu trabalho e profissão. A média da OCDE é o triplo.
  • 16% mostram-se arrependidos com a escolha profissional feita, contra 9,5% na OCDE.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Relatório dos Testes Intermédios do 2.º Ano

     O Relatório dos Testes Intermédios do 2.º Ano está disponível para consulta pública aqui. »»»

     As conclusões relativamente à disciplina de Português são as seguintes:

     «Dos resultados obtidos ao longo dos quatro anos de aplicação, é importante destacar três áreas em que parece ser necessária uma intervenção mais específica: o domínio da Escrita, nomeadamente ao nível da textualização; o domínio da Gramática; e, tendo em conta as fragilidades na interpretação de alguns tipos de texto, o domínio da Leitura.
As dificuldades identificadas no domínio da Escrita incidem particularmente na integração de todos os elementos inerentes à tipologia do texto narrativo, na estruturação do texto e na ortografia, pelo que o reforço de estratégias assentes em modelos processuais de escrita, treinando, de forma sistemática, a construção da frase, a estruturação do texto e a produção de narrativas, individualmente, em pares e em grande grupo, surge como indispensável. Deste modo, as práticas de produção e de revisão textual, que incluem a partilha de ideias e o melhoramento nos planos ortográfico e lexical, parecem essenciais. As dificuldades de escrita compositiva podem ser minimizadas também através de um treino recorrente da escrita, com uma revisão que atenda à especificidade da planificação, da textualização e do aperfeiçoamento de textos.
No domínio da Leitura, as dificuldades na interpretação de textos de diferentes tipologias sugerem a necessidade de uma abordagem mais frequente e sistemática de textos diversificados. Também o treino específico e orientado da leitura de enunciados, compreendendo situações comunicativas e expressões utilizadas, constitui uma ferramenta preciosa para a promoção de melhores resultados, da qual muito beneficiarão os restantes domínios em avaliação.
Em relação ao domínio da Gramática, os resultados confirmam a necessidade de se reforçar o trabalho nestes conteúdos, com vista à construção de um conhecimento metalinguístico, mas também à apropriação de conteúdos, que, neste ano de escolaridade, se pode realizar sem recurso à metalinguagem.»

Conclusão: está tudo mal, à exceção da área da Compreensão Oral. 
E agora? O que esperar? Atuar na formação de professores? Novos programas? Alterar as metas? Enfiar o relatório na gaveta e deixar andar, que novo está a meses de tomar posse e ele que tome conta da criança? Esperar que a delegação de competências no setor da Educação para as autarquias locais resolva o problema?
Passe a ironia, mais a sério: e então?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Education and Training Monitor 2014

     Se há algo de profundamente errado na área da Educação, se há algo efetivamente mau, muito mau mesmo, são os ministérios sucessivos do setor e os políticos que nela / nele intervêm.
     Porquê?
     Porque:
          a) Motiva-os a descredibilização da Educação pública;
          b) Motiva-os a oferta ao privado do maior número possível de escolas
               públicas;
          c) Motiva-os a desorçamentação do setor, visto como uma fonte de
               despesa a evitar a todo o custo e não como um investimento e um
               fator de desenvolvimento das pessoas e, por arrasto, do próprio
               país;
          d) Motiva-os uma ideologia ortodoxa que já (não) provocou noutros
               países.

     E de que meios se socorre esta gente para atingir os seus fins?
          1) Mentira;
          2) Falsidades várias e sucessivas;
          3) Adulteração de dados e números;
          4) Manipulação da «opinião pública».

     Porém, de vez em quando, têm de sair de mansinho pela porta baixa ao levarem na tromba - se quisermos ser polidos, ao serem confrontados) - com dados e números que evidenciam estas manobras miseráveis. Nesses momentos, a catedral escangalha-se e cai como um baralho de cartas.

     A última areiazita na engrenagem, neste caso, do ministro Crato foi o relatório identificado no título desta postagem, que, pasmem senhor ministro, senhores secretários de estado, senhor Passos Coelho e seus acólitos, proclama que os alunos portugueses, embora servidos por professores miseráveis (tão miseráveis que, mesmo possuindo licenciaturas efetivas e devidamente obtidas, mestrados e doutorandos, são obrigados a realizar uma charada para terem acesso à profissão) e por estas públicas ainda piores, obtiveram um desempenho, em 2012, que se situa acima da média da União Europeia em todas as áreas: Leitura, Ciências e Matemática.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Número de jovens que não querem frequentar a Universidade aumenta

     «A percentagem de estudantes que dizem querer ficar só com o 12.º ano, abdicando da formação superior, está a aumentar. Os resultados do 4.º Barómetro Educação em Portugal 2014, realizado pela EPIS – Empresários pela Inclusão Social, mostram que os jovens estarão a acreditar menos nos estudos académicos e terão “uma percepção errada” sobre quem são as principais “vítimas do desemprego”, as pessoas com menos qualificações, alerta o presidente da associação, Luís Palha da Silva. Mas a falta de dinheiro das famílias também não será alheia à tendência.»

     Ver notícia aqui. »»»

domingo, 21 de setembro de 2014

Estado da Educação 2013

"O Estado de Educação 2013 surge na continuidade dos relatórios anuais sobre esta matéria que o Conselho Nacional de Educação publica desde 2010.

Estado da Educação 2013 apresenta alguns indicadores de referência do sistema educativo que permitem caracterizar a população escolar, o corpo docente, a rede e a organização escolar, o financiamento público da educação, a avaliação e os resultados escolares, dos diferentes níveis e modalidades de ensino. O presente relatório integra igualmente quatro trabalhos académicos que abordam temas como o abandono, a retenção e os resultados escolares.

À semelhança das edições anteriores, o Estado da Educação 2013 mantém-se como uma publicação de referência para todos os que se interessam pela área da educação."




quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ensino nacional perdeu quase 100 mil alunos


     Agora, vejamos uma outra análise relacionada com este título sensacionalista:

     Consultar aqui.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Relatório Pisa 2012


     Relatório PISA 2012 sobre Matemática, Leitura e Ciências refere que Portugal é um dos exemplos de evolução positiva. Resultados melhoram sobretudo a Matemática.

(c) Público

     O relatório está disponível aqui:  PISA 2012 Results.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Resultados do PIRLS 2011 - Leitura

     Portugal, com 541 pontos, encontra-se na 19.ª posição entre 45 países, com um registo igual ao da Alemanha, sendo de assinalar, também, o tombo da Suécia, que muitos veem como o modelo a seguir na introdução do cheque-ensino, liberdade de escolha, etc.


     Nesta área, não é possível estabelecer comparações, dado que o nosso país participou unicamente em 2011.

Resultados do TIMSS 2011 - Ciências

     Relativamente às Ciências, Portugal situa-se 22 pontos acima da média, com 522.


     Comparativamente, os alunos portugueses encontram-se, tal como a Matemática, entre o grupo das nações que melhoraram o seu desempenho: + 70 pontos (452 > 522).



Resultados do TIMSS 2011 - Matemática

     Os resultados - quer do TIMSS quer do PIRLS - são apresentados numa escala de 0-1000 com um ponto médio de referência de 500 e um desvio padrão de 100.

     Embora ambos tenham avaliado alunos do 4.º e do 8.º anos de escolaridade, Portugal participou no estudo centrado nos alunos do primeiro ciclo.

     No que diz respeito à Matemática, Portugal obteve 532 pontos, o que o coloca entre os 15 países com melhor desempenho, superando, entre outros, a Alemanha, que a equipa do atual MEC encara como modelo para a introdução do chamado ensino dual entre nós.


     Comparando os resultados de 1995 (data da nossa única participação) com os de 2011, verifica-se que Portugal se encontra no grupo dos que melhoraram o seu desempenho: + 90 pontos (442 > 532).




TIMSS e PIRLS 2011


     Desde o final do século passado que Portugal participa em estudos internacionais que avaliam o desempenho dos alunos em áreas fulcrais do Ensino, como leitura, matemática e ciências.
     O estudo mais conhecido e que tem servido de base para a produção de inúmeros considerandos sobre a qualidade do ensino português é o PISA, programa dirigido a alunos com 15 anos de idade e que tem uma periodicidade de três anos. Os resultados dos alunos portugueses no último PISA - datado de 2009 - podem ser encontrados aqui.
     Outros estudos de âmbito internacional são o TIMSS - Trends in International Mathematics and Science Study -, que se realiza de quatro em quatro anos, e o PIRLS - Progress in International Reading Literacy Study -, com uma periodicidade de 5 anos, tendo ambos como «alvo» os alunos do ensino básico (4.º e 8.º anos).
     Há poucos dias, foram divulgados os dados dos últimos TIMSS e PIRLS, aplicados aos alunos do 4.º ano de escolaridade, que contêm os resultados seguintes:
  • Leitura: 541 pontos - 19.º lugar em 45 países;
  • Matemática: 532 pontos - 15.º lugar em 50 países;
  • Ciências: 541 pontos - 19.º lugar em 50 países.
     A última vez que Portugal tinha integrado estes programas data de 1995. Comparando a variação de resultados de então com os de 2011, verifica-se que o nosso país foi o que mais melhorou a Matemática, passando de 442 para 532 pontos. Na área das Ciências, a melhoria cifrou-se nos 70 pontos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Surpresa: Alunos do básico custam menos ao Estado no público do que no privado

Estudo do Ministério da Educação e Ciência

Alunos do básico custam menos ao Estado no público do que no privado

20.11.2012 - 18:00 Por Clara Viana
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Cada turma do básico nas escolas públicas custa em média 70.256 euros ao EstadoCada turma do básico nas escolas públicas custa em média 70.256 euros ao Estado (Enric Vivies-Rubio)
 O custo médio por turma dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico é actualmente menor nas escolas públicas do que nos colégios que têm um contrato de associação com o Estado. Segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), o Estado paga em média 70.256 euros pelas turmas dos 2.º e 3.º ciclos das escolas públicas. A verba acordada para este ano com os colégios com contratos de associação é de 85.200 euros por turma.
Estes colégios são pagos pelo Estado para assegurar ensino gratuito em regiões onde a oferta pública é escassa ou inexistente. A maioria dos cerca de 47 mil alunos abrangidos por contratos de associação frequenta o 2.º e 3.º ciclo do ensino básico.

Os dados divulgados hoje constam de um documento elaborado por um grupo de trabalho nomeado em Dezembro pelo MEC e que tinha como missão “efectuar os estudos necessários para o apuramento do custo real dos alunos do ensino público por ano de escolaridade”.

O despacho de constituição do grupo de trabalho, assinado pelo secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, esclarece que esta iniciativa resultou de um compromisso que o MEC assumiu nos protocolos assinados com a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (Aeep), onde se fixou o montante de financiamento público aos colégios com contratos de associação.

No despacho acrescentava-se que o apuramento do custo real dos alunos no ensino público tem em vista a “alteração do modelo de financiamento público” àquelas escolas. Esta é uma velha reivindicação da Aeep, que considera insuficiente o valor agora pago pelo Estado. Até 2010, o financiamento por turma nos colégios com contratos de associação era de 114 mil euros.

TC também fez relatório

O grupo de trabalho foi presidido pelo ex-ministro da Cultura, Pedro Roseta. À semelhança da auditoria ao custo médio por aluno feita pelo Tribunal de Contas, divulgada em Outubro, o estudo do MEC tem na base os dados referentes ao ano lectivo 2009/2010. Mas, ao contrário do que aconteceu com o relatório do TC, o estudo hoje divulgado faz uma estimativa de custos tendo em conta os cortes salariais de 5% entretanto decretados para a função pública, a retirada de um dos subsídios e os efeitos da revisão curricular.

Por não ter feito este exercício, o TC alertava no seu relatório que os dados apurados não poderiam ser extrapolados para os anos subsequentes. Já o grupo de trabalho designado pelo MEC considera que, devido aos ajustamentos realizados, as estimativas a que chegou são válidas para 2012/2013.

Antes dos cortes e da revisão curricular, o custo médio por turma no ensino básico era, em 2009/2010, de 79.601 euros. As medidas entretanto adoptadas resultaram numa poupança de nove mil euros, passando o custo médio para 70.256. No ensino secundário, o custo médio por turma passou de 101.811 euros para 88.995. O ajustamento foi considerado necessário, como se explica no relatório, porque “grande parte dos custos (cerca de 85%) se referem a custos de docência” e foi neste item que mais alterações se registaram.

“Havendo posteriormente a estes anos decisões que afectam significativamente os custos de docência, achou-se por bem ajustar estes custos de forma a essas decisões serem reflectidas nas estimativas a partir do ano lectivo 2012/13.”

O grupo de trabalho designado pelo MEC elaborou oito modelos para avaliar os custos, que diferem entre si pelo número de variáveis tidas em conta. Os modelos 1 e 2 apenas têm em conta “o número de turmas como factor explicativo para o custo”, sendo, por isso, aqueles que o estudo considera serem os que “menos se ajustam para explicar o custo total” de um agrupamento. Os outros modelos têm em conta também variáveis como a localização geográfica, as turmas do ensino vocacional secundário e o ensino de adultos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Novamente o PISA...

     A imagem infra (pertencente a um estudo da OCDE) que confirma que, se atendermos aos antecedentes socioeconómicos dos alunos, o desempenho nos testes PISA dos estudantes portugueses ficam acima da média e mais perto dos chamados países desenvolvidos do que é comummente aceite.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Testes PISA: alunos portugueses com desempenho acima da média?

     Os diapositivos seguintes fazem parte da comunicação apresentada pelo Professor David Justino em Montemor, no dia 29 de Setembro.
     Resumindo: atendendo aos constrangimentos de ordem social e cultural das suas famílias, os alunos portugueses têm um desempenho acima da média nos testes PISA.
     E esta hein?
     Não fui eu que inventei… é o resultado de um estudo em decurso para publicação internacional e deita por terra muitas ideias feitas sobre o mau trabalho feito nas escolas portuguesas que conseguem, com alunos com um background mais problemático, alcançar resultados acima do previsível.


Roubado ao blogue A Educação do Meu Umbigo

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Farol


          É sempre agradável estar no topo da lista de um qualquer estudo, mas este em concreto deixa também um amargo de boca: estamos todos desconfiados de todos e com razão.
          Por outro lado, sabendo como o sector da Educação está em Portugal, é caso para dizer que, se é aquele em quem mais os «tugas» confiam, estamos mesmo à beira do fim. As restantes áreas devem estar no fundo do precipício...

PS - Amanhã, há teste.
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