sábado, 23 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Senhores professores, tenham vergonha!
Começou a dança dos exames. Muitos... Poucos... Causam «stress» nas crianças... São desnecessários... E por aí fora... A sua calendarização para o mês de maio é uma estupidez incompreensível, interrompe as aulas, apressa a lecionação para cumprimento de programas, etc., etc., etc.
Sabe-se tudo isto, discutido ano após ano.
O que «não se sabe» e é igualmente incompreensível é a quantidade de atestados médicos que chovem nas escolas nesta época do ano, «metidos» pelos professores para não terem a maçada de corrigir as provas de exames nacionais. São doenças sazonais e anuais de um rigor e precisão apreciáveis.
É uma vergonha para os próprios, para as direções escolares, que assobiam para o lado, para os médicos que colaboram nesta patranha. É uma vergonha e falta de caráter, que nem o facto de a correção não ser paga, como já sucedeu, serve como argumentário de defesa.
Sabe-se tudo isto, discutido ano após ano.
O que «não se sabe» e é igualmente incompreensível é a quantidade de atestados médicos que chovem nas escolas nesta época do ano, «metidos» pelos professores para não terem a maçada de corrigir as provas de exames nacionais. São doenças sazonais e anuais de um rigor e precisão apreciáveis.
É uma vergonha para os próprios, para as direções escolares, que assobiam para o lado, para os médicos que colaboram nesta patranha. É uma vergonha e falta de caráter, que nem o facto de a correção não ser paga, como já sucedeu, serve como argumentário de defesa.
A manipulação nos exames nacionais
«O presidente do Conselho Científico (CC) do
Instituto de Avaliação Educativa (Iave), João Paulo Leal, disse [...] que o atual
Ministério da Educação e Ciência (MEC) tem feito “a encomenda dos exames
nacionais”, [...] com a indicação de que se deve “manter a estabilidade nos
resultados” dos alunos “em relação aos anos anteriores, porque socialmente é
difícil de explicar que as notas tenham grandes variações”.»
«Na sua intervenção, Leal [...] explicitou que
aquele organismo “tem feito os exames escolhendo os itens de maneira a que se
repliquem as notas dos exames dos anos anteriores”.»
«Na conferência, [João Paulo Leal] deixou claro
que se podem promover resultados, em média, mais altos ou mais baixos,
alterando, simplesmente, as cotações dos vários itens ou, então, uma ou duas
questões em todo o exame. Apontou como exemplo, duas perguntas de gramática
muito semelhantes para não especialistas, mas que têm variações de acerto que
caem de 12% para 71%, consoante se pede um verbo na negativa ou no condicional.
Da mesma forma, a Matemática, indicou duas questões similares que podem ter
resultados díspares, de 80% ou 40%, conforme a resposta implica um raciocínio
ou dois raciocínios articulados, explicou.»
«“Hoje temos um historial de cinco mil itens a
Português, por exemplo. Se quero que haja notas altas é muito fácil. Pego numa
ou em duas perguntas, substituo-as por outras, aparentemente semelhantes, e a
minha expectativa em relação aos resultados dá um salto de cinco valores”,
sublinhou.»
«Disse, ainda, pensar que “não é segredo para
ninguém que as equipas do Iave que realizam os exames fazem uma estimativa de
que resultados, em média, cada exame vai ter”: “Com uma diferença de mais ou
menos um valor em vinte, acertam em 95% dos casos”, disse, sublinhando que
aquelas equipas “conseguem fazer um exame para a nota que querem”.»
Sem comentários...
Via oestadodaeducação.
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Nuno Crato igual a si próprio
Alunos surdos tinham de fazer o exame de inglês que incluída ouvir CD.
O momento de humor protagonizado pela estrutura suposta e alegadamente comandada por Nuno Crato está descrito aqui. »»»
segunda-feira, 18 de maio de 2015
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Queda de nave russa
Acompanhar aqui: »»».
quinta-feira, 7 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Queima das Fitas - Coimbra 2015 - Cartaz
terça-feira, 21 de abril de 2015
A mentira descarada ou ir além da Troika
Os cortes efetuados por Passos Coelhos e seus esbirros nas áreas da Saúde e da Educação têm sido dos maiores no Orçamento de Estado, argumentando com o despesismo, etc.
Ontem, no seu programa semanal da TVI 24, Medina Carreira apresentou uns dados interessas sobre a despesa dos ministérios acima referidos em percentagem do PIB no que às despesas sociais diz respeito.
Os dados projetados foram estes:
- Saúde: 5, 7
- Educação: 5
E atenção que os elementos se referem ao ano de 2010. De lá para cá, os cortes fizeram baixar ainda mais a orçamentação dos dois ministérios.
Sr. PM e sr. MEC, continuem a cortar nestas áreas até chegarmos a 0. "Valete, fratres"!
sábado, 18 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
"When a man loves a woman", Percy Sledge
(25/11/1941 - 14/04/2015)
sexta-feira, 10 de abril de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Paulo Guinote e o fim do nosso 'Umbigo'
Nos últimos nove anos, o espaço de que era autor marcou a Educação portuguesa.
Fui um dos seus leitores assíduos desde 2007. Concordei, discordei. Polémico, escreveu sempre o que pensava. Marcou o setor (sector) e não deixou ninguém indiferente. Condicionou a ação de sindicatos, de governantes, de professores, de ministros... Era leitura assídua de jornalistas.
Tudo tem um princípio e um fim. É uma lei da vida, mas nem isso faz com que o fim seja mais fácil de encaixar. Manter vivo aquele espaço, com opinião, com argumentação coerente e lógica, com estudo aprofundado e sustentado dos assuntos... tudo isso ocupa tempo e cansa imenso.
Mas o que mais doi ao ler o testemunho do próprio ao Público é isto: “A certa altura comecei a sentir que os professores descarregavam a sua frustração nos comentários que escreviam no Umbigo e noutros blogues e que nas escolas não intervinham”.
Deixou um vazio.
Paulo Guinote: A Educação do Meu Umbigo.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Uma versão de "Autopsicografia"
O artista é um transgressor...
Que marca a diferença por se opor
Fugindo às regras da sociedade
Procura a sua própria liberdade
Cria para fugir da solidão
Ouvindo apenas o seu coração
Não se preocupa se é diferente
Mas não demonstra aquilo que sente
Fecha-se no seu próprio mundo
Vive sozinho mas é feliz
Não é nenhum vagabundo
Mas não é o que por aí se diz.
Sílvia Silva
Que marca a diferença por se opor
Fugindo às regras da sociedade
Procura a sua própria liberdade
Cria para fugir da solidão
Ouvindo apenas o seu coração
Não se preocupa se é diferente
Mas não demonstra aquilo que sente
Fecha-se no seu próprio mundo
Vive sozinho mas é feliz
Não é nenhum vagabundo
Mas não é o que por aí se diz.
Sílvia Silva
Qual é o plural de "golfinho"?
A
palavra golfinho vem do latim delphīnus, que tem vários significados (“golfinho, peixe do mar; constelação; delfim”) e do grego delphís,înos. Neste contexto, golfinho é a designação comum a vários mamíferos cetáceos, marinhos, especialmente os que pertencem à família
dos delfinídeos
que não alcançam
grandes dimensões e que possuem o focinho alongado formando um bico.
Por outro lado, o termo pode designar ainda a modalidade de golfe jogado num campo de pequenas dimensões, cujo
percurso é entremeado de túneis, pontes, curvas fechadas e outros obstáculos.
Nesta situação, a palavra deriva de «golfe + -inho».
Seja como for, a palavra golfinho pode assumir diversas formas de plural:
- golfinhozinho;
- golfinhozito;
- golfinhinho;
- golfinhito.
Antonomásia: um exemplo futebolístico
. O Glorioso perdeu por dois a um com o Rio Ave.
(O Glorioso = O Benfica)
(O Glorioso = O Benfica)
A língua portuguesa no Mundo
A propósito de um comentário produzido por um aluno procurando diminuir a língua portuguesa, tendo como ponto de partida a sua «dificuldade de aprendizagem» e de «uso quotidiano», comparativamente ao inglês:
- 244 milhões de falantes;
- sexta língua mais falada no mundo;
- 8 séculos de existência («Testamento de D. Afonso II», datado de 1214).
quarta-feira, 25 de março de 2015
"O Amor em Visita", Herberto Helder
Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar.
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas -
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos
palpitantes.
Ele - imagem vertiginosa e alta de um certo
pensamento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Em cada mulher existe uma morte silenciosa.
E enquanto o dorso imagina, sob os dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
- Oh
cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe
o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria.
Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.
E enquanto manar de minha carne uma videira de
sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.
Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então
cantarei a exaltante alegria da morte.
Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a
estrela
despenhada de sua órbita viva.
- Porém,
tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a
noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém,
não te esquecem meus corações de sal e de brandura.
Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.
Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o
sorriso,
a inspiração.
E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e
harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus
olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha
velada
beleza.
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura, não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da
terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.
Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe a força
maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música
nocturna.
Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz
sobre as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.
Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as
pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu
peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.
Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.
Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.
Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.
Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó
urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música
estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o
que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.
Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as
aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da
manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.
Se te aprendessem minhas mãos, forma do vento
a cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No
entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.
Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu
devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.
As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros
do crepúsculo
- aspiram
longamente a nossa vida.
Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho,
no mosto aberto
- no
amor mais terrível do que a vida.
Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.
E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos
novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.
De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.
Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.
E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias
com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.
Herberto Helder, in O Amor em Visita
terça-feira, 24 de março de 2015
Tom Sawyer - Episódio 1: "O meu amigo Huck"
Foi há cerca de 3 décadas...
Éramos tão felizes e sabíamo-lo.
sábado, 21 de março de 2015
"Always the Sun", The Stranglers
Após o eclipse de ontem de manhã, é sempre bom saber que há «always the sun».
quinta-feira, 19 de março de 2015
85...
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se
embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e
passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade, in Lição de Coisas
segunda-feira, 16 de março de 2015
Einstein e a maçã
«Isto» é uma aluna do 12.º ano a refletir sobre a importância do sonho na vida do ser humano: «Um exemplo disso è a teoria de AlBert Einstein, se ele, quando a maça lhe cai na cabeça ficasse quieto a comer a maça, nós secalhar hoje nao sabiamos o que atraia os corpos para o centro da Terra.»
Uma pessoa otimista considerará que, pelo menos, a aluna conseguiu associar o nome de Einstein à «ciência».
segunda-feira, 9 de março de 2015
Concurso Nacional de Professores
O sítio do SNP disponibiliza o mapa concetual abaixo reproduzido (consultar aqui), muito útil para todos os professores que pensam e / ou têm de concorrer.
domingo, 8 de março de 2015
Contração da preposição com pronomes e artigos
. Regra geral, a preposição contrai-se
com pronomes e determinantes artigos:
- O golo é do Jonas.
- O livro é dele.
. Porém,
quando é seguisa de um verbo no infinitivo, a preposição não se contrai com
pronomes e artigos:
- Tenho pena de ele ter falecido.
- Gostei de
a ver, Sr.ª Quinhas.
- O facto de o o Jesus ter problemas com a língua...
- O facto de o o Jesus ter problemas com a língua...
sexta-feira, 6 de março de 2015
Exames Nacionais 2015 - Normas para alunos com Necessidades Educativas Especiais
Ler aqui: Norma JNE NEE 2015.
Plural de «pêra»
Qual é o plural de pêra? Peras ou pêras?
O plural de pêra é peras, ou seja, sem acento circunflexo, ao contrário do que sucede com o singular.
O singular da palavra tem acento para diferenciar da preposição arcaica «pera» (presente, por exemplo, nas obras de Gil Vicente). Ora, dado que as preposições não têm plural, o plural do fruto pêra não necessita de acento.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Live long and prosper, Mr. Leonard Nimoy Spock
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
'Octógono' ou 'octágono'?
A resposta é: ambas as formas.
De facto, estamos perante um vocábulo que surgiu no âmbito da Ciência a partir do século XVI que envolve elementos tanto do grego como do latim.
Assim, por um lado temos a forma octágono, cujos elementos de formação são de origem grega.
Por outro lado, octógono é um nome de formação híbrida, constituído pelo elemento octo-, de origem latina, e pelo elemento -gono, de origem grega.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
O grupo de Salazar
Pérola nos exames de 12.º ano de junho:
«Salazar juntou-se a um grupo de indivíduos que queriam por ordem no mundo e sinceramente conseguiram.»
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Sexta-feira 13
Sexta-feira
13 é considerado um dia de azar e um poço de superstições. Qual será a origem
desta associação do dia a diversos mitos, crenças e curiosidades? Uma coisa é
certa: todos os meses começados a um domingo terão uma sexta-feira 13.
O medo resultante da ocorrência deste dia tem um nome: parascavedecatriafobia. O Instituto da Fobia de Ashville, na Carolina do Norte, Estados Unidos, estima que entre 17 e 21 milhões de norte-americanos sofram desta doença, que também é conhecida por frigatriscaidecafobia. Muitas destas pessoas não saem de casa quando a sexta-feira coincide com o dia 13 do mês, com medo que algo de mal lhes aconteça. Por outro lado, há quem sofra de um medo incontrolável apenas do número 13. Essa fobia também está estudada cientificamente e chama-se triskaidekaphofia. O cantor brasileiro Roberto Carlos, por exemplo, tem tanto medo dos maus agouros que às sextas-feiras 13 simplesmente não trabalha. Pelo sim, pelo não, tira folga nos outros dias 13 do ano. Em vários países asiáticos, nomeadamente no Japão, o número 13 não existe nos prédios. Os números dos elevadores dos prédios mais altos, por exemplo, saltam do 12 para o 14.
Por outro
lado, este dia é pródigo em acontecimentos trágicos:
. O dilúvio bíblico,
relatado no livro do Génesis, terá começado precisamente numa sexta-feira 13.
Só Noé ‑ e a sua família ‑, instruído por Deus a construir uma arca que pudesse
albergar um casal de cada espécie existente na Terra, escapou.
. A queda do avião que
levava a equipa uruguaia de rúgbi nos Andes foi numa sexta-feira 13, em 1972.
. O maior incêndio da
história da Austrália, onde todos os anos ardem quilómetros e quilómetros de
floresta, deflagrou a uma sexta-feira 13, em 1939. Nesse dia, mais de 20 mil
quilómetros quadrados de floresta arderam e 71 pessoas perderam a vida.
. De acordo com uma
seguradora britânica, nas sextas-feiras 13 o número de acidentes de automóvel
sofre um acréscimo na ordem dos 13%.
As
explicações em torno desta superstição são várias e de diversas origens.
Uma
das principais explicações provenientes do Ocidente prende-se com a Última
Ceia, durante a qual Jesus se sentou à mesa com 12 apóstolos, sendo ele o 13.º
elemento na mesa. Além disso, foi crucificado numa sexta-feira.
Outra
das mais comummente aceites está relacionada com a ordem dos Templários. O rei
Felipe IV de França sentia-se ameaçado pelo poder e influência exercidos pela
Igreja católica no país. Para contornar a situação, tentou entrar na ordem
religiosa dos Cavaleiros Templários, que gozava de grande prestígio. No
entanto, o seu pedido foi declinado. Enfurecido, terá ordenado a perseguição
dos templários. Os que foram encontrados foram presos (aos milhares),
excomungados e até queimados na fogueira. Tal sucedeu numa sexta-feira, 13 de
outubro de 1307.
A
mitologia nórdica procura explicar a maldição das sextas-feiras 13 a partir de um
grande banquete organizado pelos deuses em Valhalla, no qual o seu chefe, Odin,
terá reunido outras onze importantes divindades. Uma delas, Loki, o deus da
discórdia e do fogo, ofendida por não ter sido convidada, foi ao encontro,
enganou um deus cego para que este ferisse Balder (ou Baldur), favorito de
Odin, ato que resultou na morte de Balder. Daqui terá surgido a ideia que
juntar 13 pessoas à mesma mesa é sinal de desgraça. Por isso, fica um de fora,
ou se convida um décimo quarto.
Um
segundo mito da mitologia nórdica explica esta superstição com o processo de
cristianização dos povos bárbaros que invadiram a Europa no início do período
medieval. Antes da conversão, eram politeístas e muito devotos de Friga, deusa
do amor e da beleza. Com o processo de conversão, passaram a amaldiçoá-la como
uma bruxa. Então, todas as sextas-feiras, Friga terá passado a reunir-se com 11
feiticeiras e com o Diabo, rogando pragas contra os homens.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Do particípio passado
Pergunta o professor, a propósito da transformação para a passiva de uma frase ativa cujo verbo era «comprar»:
- Qual é o particípio passado do verbo «comprar»?
Resposta pressurosa da Jéssica:
- Na feira.
- Qual é o particípio passado do verbo «comprar»?
Resposta pressurosa da Jéssica:
- Na feira.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Novo programa de Português do 10.º ano
A Editorial Asa disponibilizou dois documentos onde é possível observar, de forma genérica num e pormenorizada noutro, as diferenças entre o novo programa de Português do 10.º ano (a vigorar a partir do ano letivo de 2015-2016) e o antigo.
Os documentos podem ser consultados através das seguintes ligações:
Os documentos podem ser consultados através das seguintes ligações:
domingo, 25 de janeiro de 2015
Múltiplos e divisores de um número natural
1. Múltiplos de um número
. O múltiplo de um número obtém-se
multiplicando esse número por 0, 1, 2, 4…
Assim, o
múltiplo de um número natural é todo o número que se obtém multiplicando o
número dado por um número natural.
Por exemplo,
múltiplos naturais de 2:
2 x 1 = 2 2 x 2 = 4 2 x 3 = 6 2
x 4 = 8 2 x 5 = 10 …
Escreve-se M2 = {2, 4, 6, 8, 10 …}
↓ ↓
significa múltiplos de 2 o conjunto M2 tem uma infinidade de
elementos
(não tem fim, por isso
utilizam-se as reticências)
. Todos os números naturais têm um
conjunto infinito de múltiplos.
. Os múltiplos de um número natural
obtêm-se multiplicando esse número por um qualquer número natural.
. Qualquer número é múltiplo
de si próprio.
. O zero é múltiplo de
qualquer número.
2. Divisores de um número
. Divisor de um número
natural é qualquer número natural cuja divisão inteira de um pelo outro dá
resto zero.
. Assim, um número é
divisível por outro quando a divisão do primeiro pelo segundo é exata (isto é,
dá resto zero).
. O 1 é divisor de qualquer número natural.
. Os divisores de 9 são 1, 3
e 9 e escrevem-se assim:
D9 = {1, 3, 9}
↓
divisor de 9
. Os conceitos de múltiplo e
divisor estão relacionados, pois se 3 (por exemplo) é divisor de 9, então 9 é
múltiplo de 3, 9 é divisível por 3 ou a divisão interna de 9 por 3 é exata
(isto é, dá resto zero).
domingo, 18 de janeiro de 2015
Visita Virtual à Casa de Tormes
Eça de Queirós ter-se-á inspirado nesta espaço para criar A Cidade e as Serras.
Antes da visita real, é possível contactar com este espaço esplendoroso através dos meios tecnológicos. Aqui: »»».
Antes da visita real, é possível contactar com este espaço esplendoroso através dos meios tecnológicos. Aqui: »»».
sábado, 17 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Relatório dos Testes Intermédios do 2.º Ano
O Relatório dos Testes Intermédios do 2.º Ano está disponível para consulta pública aqui. »»»
As conclusões relativamente à disciplina de Português são as seguintes:
«Dos resultados
obtidos ao longo dos quatro anos de aplicação, é importante destacar três áreas
em que parece ser necessária uma intervenção mais específica: o domínio da
Escrita, nomeadamente ao nível da textualização; o domínio da Gramática; e, tendo
em conta as fragilidades na interpretação de alguns tipos de texto, o domínio da
Leitura.
As dificuldades
identificadas no domínio da Escrita incidem particularmente na integração de
todos os elementos inerentes à tipologia do texto narrativo, na estruturação do
texto e na ortografia, pelo que o reforço de estratégias assentes em modelos
processuais de escrita, treinando, de forma sistemática, a construção da frase,
a estruturação do texto e a produção de narrativas, individualmente, em pares e
em grande grupo, surge como indispensável. Deste modo, as práticas de produção
e de revisão textual, que incluem a partilha de ideias e o melhoramento nos
planos ortográfico e lexical, parecem essenciais. As dificuldades de escrita
compositiva podem ser minimizadas também através de um treino recorrente da
escrita, com uma revisão que atenda à especificidade da planificação, da
textualização e do aperfeiçoamento de textos.
No domínio da
Leitura, as dificuldades na interpretação de textos de diferentes tipologias
sugerem a necessidade de uma abordagem mais frequente e sistemática de textos
diversificados. Também o treino específico e orientado da leitura de enunciados,
compreendendo situações comunicativas e expressões utilizadas, constitui uma
ferramenta preciosa para a promoção de melhores resultados, da qual muito
beneficiarão os restantes domínios em avaliação.
Em relação ao
domínio da Gramática, os resultados confirmam a necessidade de se reforçar o
trabalho nestes conteúdos, com vista à construção de um conhecimento metalinguístico,
mas também à apropriação de conteúdos, que, neste ano de escolaridade, se pode
realizar sem recurso à metalinguagem.»
Conclusão: está tudo mal, à exceção da área da Compreensão Oral.
E agora? O que esperar? Atuar na formação de professores? Novos programas? Alterar as metas? Enfiar o relatório na gaveta e deixar andar, que novo está a meses de tomar posse e ele que tome conta da criança? Esperar que a delegação de competências no setor da Educação para as autarquias locais resolva o problema?
Passe a ironia, mais a sério: e então?
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Novo Código do Procedimento Administrativo
Foi ontem publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, que aprova o novo Código do Procedimento Administrativo (CPA).
O Código do Procedimento Administrativo é a lei geral que regula a atuação dos órgãos da Administração Pública, quando esta, exercendo poderes de autoridade, entra em relação com os particulares. Tal documento, portanto, aplica-se também à prática docente, pelo que deverá ser do conhecimento de todos os professores.
O CPA já não sofria alterações desde o ano de 1996.
O seu downloado pode ser efetuado aqui. CAP
A Homenagem do L'Équipe
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Plural de «Pai Natal»
Já que (ainda) estamos em plena época natalícia, aqui fica a dúvida:
Qual é o plural de «Pai Natal»?
a) Pais Natais.
b) Pai Natais.
A resposta correta é pais natais.
De facto, como natal é um adjetivo, concorda em número com o nome pai.
Qual é o plural de «Pai Natal»?
a) Pais Natais.
b) Pai Natais.
A resposta correta é pais natais.
De facto, como natal é um adjetivo, concorda em número com o nome pai.
O bom uso da língua portuguesa na imprensa portuguesa
Num jornal qualquer on-line
Subscrever:
Mensagens
(
Atom
)