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sábado, 8 de junho de 2013

Campo de Trigo com Corvos

Campo de Trigo com Corvos é uma obra do pintor holandês Vincent van Gogh concluída em julho de 1890.
Observa-se, em primeiro plano, um campo de trigo maduro e amarelado representando uma época de colheita e o de fim de vida. Estão também evidenciados no campo três caminhos, um à esquerda íngreme, outro ao centro e um à direita, que dá acesso à parte do solo que não tem trigo. Visualizam-se também, corvos negros que simbolizam morte.
Em segundo, observa-se um céu azul escuro, que pode simboliza negativismo tensão e tempos difíceis e duas nuvens que fazem contrastar o branco com o preto, logo, a felicidade com a tristeza ou a morte com a vida.
Este quadro, pintado na última semana de vida do autor, representa um conjunto de emoções negativas e de premonições de morte, estando isto simbolizado pelos corvos e pelo céu escuro.

Ana P.

Ovelhas ou nuvens

            A imagem da autoria “ Biratan Porto” tem o nome de “Pastores de Nuvens”, foi apresentado no “World Festival” no ano de 2003.
            No “cartoon” vemos vários homens com bengalas enormes a juntarem algumas nuvens, que estão escuras, mas delas cai pouca quantidade de água. Esta é aproveitada pelos homens, ilustrados no quadro, para uns bidões.
            Cada um tem umas nuvens em grupo, mas verificamos que ainda não estão todas, porque um dos homens ainda está a juntar uma nuvem pequena às restantes, já juntas.
            O solo está seco, sem vida, infértil, pois só vemos de onde em onde uma pedra. Não tem cor e é plano.
            Esta imagem demonstra uns homens que estão a juntar as nuvens com a intenção de originar chuva, com a finalidade de aproveitar todas as gotas.
            Dão a entender que a água é para ser utilizada no solo, pois é muito seco, sem vida e sem plantas, etc…
            A mensagem que o “cartoon” quer passar é a falta de água, pois é um bem essencial para haver Vida.
            O título “Pastores de Nuvens” foi escolhido porque dá ideia que os homens da imagem estão a guardar um rebanho, mas em vez de se tratar de um rebanho de “ovelhas” é um rebanho de “nuvens”.          
            A imagem está relacionada com o poema de Alberto, porque, tal como a imagem, ele pensa ser um pastor de um rebanho, mas não de ovelhas.
            Um “cartoon” que demonstra bem a sua mensagem, que é a importância da água para a vida.

            É um bom “cartoon” pois centra-se num grande tema, que preocupa muito a população na atualidade.

Ana A.

Entrevista Histórica a D. João V

O vídeo proposto para observação apresenta um retrato cómico do que outrora foi D. João V. Certos humorista agarraram nas características mais caricatas do rei, ampliaram-nas na forma mais ridícula possível e construindo este pequeno ato que de certa forma retrata a impressão que o povo possuía do seu monarca.
José Saramago descreve o rei D. João V como um homem vaidoso, absoluto, arbitrário e extravagante, pois gostava de implementar estrangeirismos em Portugal. Era conhecido por ser infiel à mulher por qual se casou por conveniência, era caracterizado pela sua flatulência e por ser nomeado como “irrifatigável cobridor”.
No vídeo humorístico apenas pegam nos traços que o próprio José Saramago redigiu e tentam retrata-los numa cena que começa com um apresentador que primeiramente apresenta o entrevistador como sendo D. João V, este último senta-se numa outra cadeira ao pé do apresentador mas antes de se sentar obriga o apresentante a beijar o chão que pisou, numa forma de mostrar a sua superioridade e a partir desse momento começa a “entrevista”. Essa “entrevista” começa logo com o rei a perguntar se havia algo para comer, de seguida o apresentador tenta perguntar algumas perguntas ao entrevistado e o rei o manda-o calar “Está calado” pois estava ocupado a tentar “seduzir” a servente que lhe trazia comida.
 “D. João” durante a entrevista responde o porquê da construção do convento de Mafra, fala sobre o voto que fez devido à sua doença fatal (“…a minha vida era flat, insiste, flat, insiste…”) que teve na época e a incapacidade da sua mulher gerar filhos (“Quando tava mesmo a conseguir…pausa…flat”). Na entrevista o “rei” passa metade do tempo a querer ir embora “Falta muito para isto acabar”, “És um bocado seca…”, demonstra que não queria estar ali, na outra parte do tempo a entrevista é interrompida pelos flates de sua majestade. O monarca faz piadas sobre a localização e como lançou a primeira pedra (“O arquiteto estava armado em mete nojo (…) agarrarei numa pedra e truz”), fala de uma maneira descuidada como se não importasse em ser bem ou não mal-educado. Disse que depois da construção do convento, que fora dedicado a Nossa Senhora e a St. António, a sua flatulência aumentou mas a sua mulher conseguiu finalmente conceber um filho, Maria Barbara e a seguir mais cinco outros e “depois o resto”, fala abertamente sobre a sua infidelidade (“A partir daí tive uma vida extra conjugal muito animada”) sentindo-se orgulhoso por isso.
Falam também sobre a introdução da ópera italiana em Portugal que se deveu a D. João e por fim conversam sobre a sua morte que foi considerada uma morte feliz que se deveu a uma congestão (“Eu comi muito ao pequeno-almoço (…) e nisto chega mais uma cantora italiana que eu queria induzir em Portugal (…) dá-se-me um flat maior que os outros (… daí dá-se o flat mestre (…) estando a italiana a “cantar”).
Podemos concluir que este vídeo goza com os modos de vida de D. João exercia, até mesmo os motivos e o momento da sua morre são ridicularizados na cena, o apresentador tenta manter-se apresentável durante toda a entrevista enquanto o humorista que representa o rei tenta demonstrar superioridade, alguma malicia, um pouco de extravagância e também autoridade, isto enquanto dá flates que estragam qualquer alusão a essa impressão, tornando assim alguém por qual deveríamos ter respeito e afeição, em uma pessoa “nojenta”, sem princípios e no mínimo ridícula.

Daniela E.

Torre de Babel


A imagem aqui presente é um quadro intitulado “Torre de Babel”, pintado em 1563 por Pieter Bruegel (1525-1569), pintor flamengo nascido em Bree, Ducado de Brabante (atual Bélgica), que faleceu em Bruxelas. Há três versões desta pintura: a original, uma de dimensões mais pequenas (ao lado) e uma em marfim; porém, esta última foi perdida já há muitos anos. A apresentada acima é uma das duas restantes, sendo a mais pequena destas pintada numa tela de 60 cm x 74.5 cm. Esta versão mais pequena está atualmente exposta no Museu Boijmans Van Beuningen, em Roterdão, Países-Baixos.
No quadro, podemos observar a suposta Torre de Babel, torre fictícia mencionada e descrita no Livro de Génesis. A torre aparenta ter uma altura enormíssima, ultrapassando até as nuvens do céu. A mesma tem uma forma cónica, com uma base larga e redonda, que vai ficando mais estreita à medida que a subimos, e com o topo ainda por acabar. Há várias janelas, portas e entradas com arco à volta da torre. No plano de fundo, podemos ver terra e árvores, assim como mar e barcos a atracar perto da torre. Analisando ao pormenor, podemos também observar pessoas perto da base e ao pé das entradas e portas. A torre faz parte da mitologia hebraica e foi construída por um suposto único povo unido, com uma só língua, com os mesmos valores e costumes. Para mostrar a sua grandiosidade, ele decidiu construir uma torre tão alta que chegasse aos céus; o edifício pode ser comparado à cidade de Roma, que foi governada pelos Césares com a intenção de ser uma cidade eterna. Ao mesmo tempo, a torre é também um símbolo de um orgulho castigado, e uma das principais intenções do pintor é mostrar e condenar o orgulho das pessoas, pois, segundo a lenda, Deus veio à Terra ver o que este povo fez e, descontente, espalhou-o por todos os cantos do mundo, confundindo as línguas destas novas populações, para que estas não se entendessem entre si, encerrando assim a construção da torre. O trabalho dos construtores e engenheiros (a estrutura apresenta uma forma irregular e mal construída) remete-nos para uma segunda moral, que é a futilidade de muito esforço humano.
No fundo, este quadro dá-nos uma lição, que é apenas não tentar algo de grandes proporções só pela questão de orgulho, pois, no fim, pode-se dar uma reviravolta e todo o nosso esforço é desperdiçado. A outra versão deste quadro dá-nos a mesma moral e não é muito diferente deste quadro: tem apenas umas ligeiras alterações e um maior detalhe. Os quadros de Bruegel representam frequentemente símbolos que nos dão uma lição de moral, e aconselho todos a experimentar analisar um quadro deste grande pintor, pois são quadros muito bem pintados e detalhados, e porque, no fim, podemos também todos aprender uma nova lição de vida.

Pedro M.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pastores de Nuvens

A imagem representada intitula-se “Pastores de Nuvens” e é um cartoon realizado em 2003.
            Em primeiro plano observa-se um céu com algumas nuvens bastante carregadas, com tons de azul-escuro e cinzento, umas gotas de água que estão a cair em três baldes. Visualizam-se também dois homens a olhar para o céu, sendo um deles velho, estando vestido com uma batina e uns chinelos e a pegar numa bengala tão grande que toca as nuvens. O outro homem está vestido com umas calças rasgadas e uma camisola e está também a pegar numa bengala. Observa-se ainda um solo estéril e deserto. Em segundo plano, avistam-se mais pessoas sentadas. Toda a imagem é caracterizada por tons frios.
Este cartoon pretende alertar para a falta de água, para a inconsciente utilização deste recurso natural e para a desertificação.
Esta ilustração relaciona-se com o poema IX de Alberto Caeiro, porque fala de guardadores, ou seja de pessoas que protegem algo. Expressa também a ideia de toque, cheiro ou sabor e, por fim, tanto no cartoon como no poema, a realidade pode ser conhecida através das sensações.
Concluindo, a figura alerta-nos através de um cartoon, acerca da falta de água, através de tons frios e pessoas que aguardam solenemente a chuva.


José V.

Campo de Trigo com Corvos

Campo de Trigo com Corvos é uma obra do pintor holandês Vincent van Gogh concluída em julho de 1890, nas últimas semanas de vida deste e que se inscreve no contexto da pintura de paisagens.
Em primeiro plano observa-se um campo de trigo dourado e luminoso que nos revela que está pronto a ser colhido e dá-nos uma sensação de movimento porque, o trigo está ligeiramente inclinado. Observam-se também três caminhos pintados em tons de verde, vermelho e castanho e divergentes, ou seja, têm inicio no mesmo sitio. O primeiro caminho, à esquerda, está representado num sitio mais íngreme enquanto que, o do meio se perde no interior do campo e o terceiro conduz-nos para fora do trigal. Avistam-se também corvos pretos esvoaçando o que pode simbolizar morte e agouro.
Em segundo plano e por isso no horizonte, observa-se um céu escuro onde aparentemente está instalada uma tempestade, o que pode simbolizar negativismo tensão, agitação e negatividade. Por último, as duas nuvens fazem contrastar o escuro com o claro e realçam um céu tempestuoso.
Concluído, este quadro retrata um bando de corvos sobrevoando um campo de trigo, sob um céu carregado e ameaçador demonstrando a pressão e o negativismo pelo o qual Van Gogh estava possivelmente a passar.


José V.

"A Última Ceia"


                O quadro que eu escolhi foi, a ultima ceia, o autor foi, Leonardo da Vinci entre 1495 e 1497, com a técnica mista com predominância da tempera e óleo sobre duas camadas de preparação de gesso aplicadas sobre reboco, (estuque), a dimensão é de 460cm x 880 cm e localiza-se em Milão.
                No quadro observam-se treze pessoas, Jesus Cristo e os seus apóstolos, perante uma mesa comprida com pratos, copos, bebidas e três janelas, o que nos indica que é uma sala notavelmente grande.
                Os apóstolos agrupam-se em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura),  estão no primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo branco inclinado contra o suposto João), Simão Pedro e João, este o único do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no seculo XIX.
                O tema é religioso e mostra o momento em que Jesus se reúne com os seus apóstolos para uma ultima ceia juntos antes de ser preso e crucificado. Como toda obra de da Vinci, o Renascimento é o movimento artístico, no qual é apresentado proporções geométricas, assimetria, harmonia e outras características presentes nesse movimento. A pintura é naturalista, mas contém características particulares de Leonardo, onde ele coloca os seus mistérios escondidos em toda a imagem. A mensagem passada pela figura é a euforia de todos os apóstolos e como aquele momento era importante para todos.
Em suma a história em que a obra se baseia é encontrada no Novo Testamento. “A Última Ceia” ocorreu quando Cristo revelou, na refeição, que um dos apóstolos ali presentes iria traí-lo. Na história bíblica, foi Judas Iscariotes o apóstolo a trair Jesus Cristo. Leonardo da Vinci retratou o perfil de Judas inclinado para trás, com o rosto em uma sombra. Uma curiosidade sobre “A Última Ceia” é que o mosteiro no qual se localiza, passou por um bombardeiro durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, mesmo deteriorada, manteve-se firme após este bombardeio e ainda pode ser apreciada pelos amantes da arte.

José V.

O imundo vaidoso

Nem sempre o estatuto social alto e a boa aparência é sinal de comportamentos certeiros. Como é o caso do rei D.João V, que foi retratado por José Saramago e Herman José de maneira parecida emuito promenorizada tanto quanto ao seu retrato físico como ao psicológico.
No vídeo em que Herman José veste a pele de D.João V em geito de comédia mas bastante realista, durante a entrevista está constantemente a arrotar e a dar flatulências, inclusive diz que a razão por a qual mandou construir o Convento de Mafra foi não conseguir ter filhos porque quando estava a ter relações com a rainha dava uma flatulência e ela começava a rir-se e deste modo não conseguiam ter filhos. Está também constantemente a pôr o dedo no nariz e senta-se todo torto na cadeira com ar de aborrecido com a entrevista, o que mostra o lado desinteressado do rei perante tudo e a má educação mais uma vez. E uma vez que ele aparenta ter muito cuidado com a imagem e com que todos lhe façam congratulações, faz com que se pense que toda aquela boa figura é so aparente. Depois vemos um outro traço dele o de ser infiel e adúltero, assim que vê a assistente do programa agarra-a e faz com que ela se sente no colo dele e ainda diz “que rica menina”.
No Memorial do Convento José Saramago faz um retrato do rei igualzinho, diz que ele tem uma boa figura, que é atraente, mas depois ridiculariza-o dizendo que sofre de flatulência. Também descreve muitas vezes a sua infieldade e adultério dos quais nasceram vários filhos. Tal como no vídeo evidência a humanidade e mortalidade do rei dizendo que adoece, so que no vídeo Herman José brinca com a doença e diz que é a flatulência, mas no Memorial ele adoece mesmo.
Em suma, tanto no vídeo como no Memorial do Convento o rei D.João V é descrito da mesma maneira, temos o contraste entre o vaidoso e o ridiculo. Ele tanto quer ser vaidoso e ter uma boa figura que depois se ridiculariza com os seus atos como dar flatulências e arrotar constantemente, e ainda a infedelidade. Desta maneira concluimos facilmente que os dois se relacionam, embora um seja em geito de comédia.
 Solange T.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Entrevista a D. João V

No retrato feito por José Saramago, podemos ver o Rei como um charmoso jovem, muito bonito, propenso ao adultério, com várias pretendentes e casos extra conjugais, sendo a sua mulher D.ª Maria Ana uma antagonista do seu arquétipo de mulher. Depois conforme evelhece torna-se apenas num velho monarca narcisista e vaidoso, género Luis XIV em versão portuguesa e fica doente, com aspeto envelhecido e sofre de flatulência, perdendo muito do seu encanto sobre o sexo oposto e ficando cada vez mais uma réstia daquilo que terá sido. Muito religioso e convicto da existência de Deus, cumpre os seus votos arrastando o país para a miséria, gastando dinheiros públicos. No retrato feito por Herman, podemos apenas comparar este rei ao momento do romance em que ele é mais velho, visto que o comediante já o mostra flatulento, falso charmoso que apenas usa o facto de ser rei para conquistar mulheres e que afirma que a sua obra é esplendida. A intencionalidade crítica do retrato feito pelo comediante e apresentador de tv é óbvio, apresentando João V como um nobre bruto que apenas pensa nos seus interesses, não tem muita noção da realidade em que se encontra e o pouco que sabe, sabe mal.
No geral é uma crítica muito bem-feita, tanto no romance como no video, e achei uma interessante comparação de vistas, embora vistas com propósitos diferentes.

 António S.

"Anjo na neve"

                Enquanto que há montes de músicas de amor e músicas sobre a cumplicidade de um casal, podemos diz que este tema musical se relaciona facilmente com o papel que Blimunda mantém na sua relação com Baltasar.
                A letra da música (Angel, angel or so / Wherever you may go / I'll follow / Wherever you may go) é claramente uma mensagem do cantor (ou de uma certa personagem) para a pessoa que ama, o seu "anjo na neve", dizendo que seguirá sempre essa pessoa, esteja onde ela estiver. Esta declaração de amor e de carinho é muito semelhante à relação existente entre as duas personagens principais do Memorial do Convento, onde existe uma certa cumplicidade e sentido de proteção entre Sete-Sóis e Sete-Luas. Quando Baltasar desaparece, Blimunda não descansa até o descobrir e até saber se o seu amado está bem, mostrando novamente que ela estará sempre lá por ele, como está escrito na segunda estrofe do tema musical ("And always will I be there / Shake worries from your hair").

                Supõe-se que, obviamente, Baltasar faria o mesmo pelo amor da sua vida, protegendo-a de todo o mal e ajudando-a sempre nos seus piores momentos. No fundo, Baltasar e Blimunda são, cada um, o "anjo na neve" do outro, protegendo-se, amando-se e ajudando-se.
Pedro M.

Entrevista a D. João V

Comparando a personagem pitoresca que vemos caraterizada por Herman José com o retrato podemos ver várias semelhanças e diferenças. Por exemplo, Herman José representa o Rei, como flatulento, mulherengo, mal-educado, mau falante, mau ouvinte e megalómano, enquanto José Saramago o caracteriza como primeiramente, um jovem garboso, esbelto, garanhão, grande “cobridor” e segundamente, como doente, apagado, sombra daquilo que um dia foi, e tudo aquilo que o cómico retratou. Ou seja, há duas partes do retrato de Saramago para comparar. Quanto á primeira não podia estar mais longe, enquanto está muito perto da segunda. Na critica é um trabalho inteligentemente construído, um retrato apurado da realidade real, sendo esta feita de aparências e ilusões que depressa se desvanecem, senão com o tempo, com o conhecimento da personalidade.

Marco V. 

Relação de Blimunda com a música Angel in the snow

            Blimunda mantém uma relação com Baltazar que transcende a física e não segue apenas as regras religiosas e humanas. É algo completamente acima dos padrões estabelecidos por qualquer comunidade humana. Comparando com o que a música diz, Baltazar é o anjo e Blimunda o sujeito da canção, que lhe diz que a seguirá para onde quer que ela vá o que de facto se verifica no romance, e que lha afastará todas as inquietações da sua cabeça e lhe trará paz, e Blimunda é de facto o porto de abrigo de Baltazar, é a sua companhia de todas as horas e mesmo quando este morre, esta carrega a sua vontade para que o destino deste se cumpra. Blimunda, e Baltazar unidos apenas pelo vínculo amoroso entre os dois são antagonistas do rei e da rainha, e considero a música mais que apropriada para descrever não só o papel de Blimunda na relação, mas também a relação em si.


Marco V.

terça-feira, 4 de junho de 2013

D. João V

         D. João, V de seu nome, Rei de Portugal, é considerado neste Romance por José Saramago duas coisas completamente diferentes. Podemos então analisar o regente em dois momentos distintos, o primeiro como jovem, garboso, cheio de charme, imponente, adultero, megalómano, entre distintas outras coisas, e no segundo momento, as únicas coisas que restam de comum com o primeiro é a megalomania e o adultério, neste momento é doente, flatulento, flácido, envelhecido e apenas uma sombra de outrora, perdendo todo o encanto. De facto não podemos comparar o retrato feito por Herman José ao primeiro momento, mas é colado ao segundo, imensamente semelhante. No sentido critico, o retrato do comediante e apresentador televisivo é muito bem construído e ataca vários pontos inteligentes que foram enormes falhas no reinado de D. João V, tal como a megalomania embutida na construção do convento e do gasto de dinheiro que ali se investiu e perdeu.

Rafafel P. 

Blimunda, o Anjo da neve seguidor de Baltasar

         Baltasar conhecido como sete-sois, e Blimunda conhecida como sete luas são duas metades de uma mesma alma divididas em dois corpos, como tal complementam-se e amam-se incondicionalmente e acima de qualquer padrão terreno ou social, sendo então um casal pleno e funcional ao contrário dos regentes do país. Conheceram-se no auto-de-fé da mãe da nossa heroína, em que a idosa lhes informa que serão companheiros para o resto da vida, e quis o destino, a feitiçaria da velha ou o acaso que fosse verdade. Blimundo sente uma conexão com Baltasar como nunca sentiu por ninguém, e vice-versa. Os seus instintos são animalescos e a sua atração mútua é enorme e muito poderosa, e mesmo nunca tendo um filho, são um casal que funciona como qualquer família, muito embora estejam apenas unidos pelos laços do ritual de sangue realizado pelos dois, nunca se unindo por matrimónio civil ou religioso. A música retrata muito bem o papel de Blimunda na relação, visto que o seu amor por Baltasar é incansável e ela é a sua companhia de todos os momentos e segundos e o segue onde quer que ele vá, tal como diz a música “anjo, anjo, ou algo assim, onde quer que tu vás, eu seguir-te-ei”, e ela ajuda Baltasar a aliviar-se dos seus fardos e das inquietações da sua vida, também se pode comparar este traço na música ao vermos a parte que diz: “E estarei sempre lá, afastando as inquietações da tua cabeça”.
 Rafael P.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Rei do Convento

            O rei português D. João V foi um dos reis cujo reinado durou mais tempo. Filho de D. Pedro II e D. Maria Sofia, este indivíduo nasceu em 1689 e faleceu em 1750. Tomou posse do trono português a 1 de janeiro de 1707 e era um rei absolutista. Casou com a princesa da Áustria, que se chamava Maria Ana, com quem teve seis filhos. Porém o ato de procriar não foi fácil de conseguir, pois por mais que tentassem, a rainha não conseguia engravidar e para que isso acontecesse, sua alteza mandou construir um convento em Mafra.Este homem é duramente criticado por José Saramago no Memorial do Convento e por Herman José num programa que esteve em emissão há alguns anos atrás.
No primeiro caso, este escritor critica este rei pela sua megalomania, infidelidade, vaidade, má administração do país e das finanças, pelo poder absolutista e arbitrário, pelos gastos excessivos e principalmente pela construção do convento e pela exploração e miséria a que o povo estava sujeito. Segundo este autor, a construção desta obra foi um desperdício enorme do ouro e riqueza que vinha do Brasil, pois este monumento é uma obra que não tem utilidade servindo apenas para que sua majestade demonstre a sua grandiosidade e extravagância, pondo em causa a saúde dos trabalhadores que eram tratados como escravos.
            No segundo caso, o humorista Herman José interpreta esta personagem representando as suas atitudes, gestos e palavras, com o objectivo de o criticar. Nesta entrevista podemos comprovar como era este indivíduo. Esta personagem mantém ao longo da conversa uma atitude rude, mal-educada, violenta, crítica (relativamente à actualidade), usa uma linguagem imprópria e inconveniente, manifesta a sua infidelidade agarrando numa jovem e colocando-a ao seu colo, tem atitudes desagradáveis a até mesmo bastante sujas, pois solta os seus “flaps” em qualquer momento, e demonstra a sua megalomania e o seu poder. Porém a crítica principal vai sendo feita ao longo do diálogo quando se fala na sua vida extraconjugal e nos seus inúmeros filhos bastardos, no facto de a rainha não conseguir engravidar e então o rei prometer construir um convento para que isso acontecesse e quando se fala na construção dessa obra que segundo o entrevistador “tem as caves cheias de ratos”. Quando se fala neste último aspecto, sua alteza não consegue explicar ao certo a utilidade deste monumento.
            Em suma, estes dois críticos, põem em causa a construção deste convento questionando a sua utilidade e criticam duramente sua majestade pela sua vida, pelas suas atitudes e pelas suas opções.

 Luís R.

domingo, 2 de junho de 2013

"Pastores de Nuvens"

            Um “cartoon” é uma espécie de desenho e/ou caricatura que é feita com o objetivo de criticar (positiva ou negativamente) a sociedade, a vivência e os problemas vividos pela sociedade.
            Na página 65 do manual encontra-se uma caricatura do “cartoonista” brasileiro Biratan intitulado Pastores de Nuvens. Esta obra ganhou o 1.º prémio do V Porto Cartoon World Festival, devido à sua qualidade, às suas características e à sua mensagem. Mérito também para o maior autor de “cartoons” brasileiro de todos os tempos, que está entre os cinco melhores criadores de caricaturas do planeta.
            Esta imagem tem vários elementos muito chamativos que ajudam na transmissão da mensagem. Esta obra é então constituída por um céu muito branco, sem cor, que tem apenas algumas nuvens negras que se encontram agrupadas. A cor delas dá-nos uma ideia de que se aproxima uma tempestade e algumas delas vão largando pequenas gotas de água. O solo tem um aspecto muito seco, infértil e bastante duro, com uma ou duas pedras apenas. Este elemento apresenta uma cor branca também, à excepção das pedras, que têm uma cor castanha. Ficamos assim com uma ideia de que neste cenário está a ocorrer um extenso período de seca (aspecto de deserto). Vêem-se ainda alguns indivíduos já com alguma idade e com barba enorme. Enquanto que um dos homens está em más condições e usa chinelos, o outro, estando também em condições desfavoráveis, usa um chapéu e está descalço. Apesar destas diferenças, eles têm um ponto em comum que é o facto de ambos terem um cajado enorme, capaz até de tocar as nuvens. Estes indivíduos são parecidos com pastores e com o auxílio dos seus cajados vão aglomerando as nuvens como se elas fossem um “rebanho” apanhando a água que delas com cai, colocando bidões por debaixo delas. O pastor que se encontra mais à frente da imagem está sentado numa pedra e parece estar expectante que algo aconteça, provavelmente está à espera que comece a chover.
            O título desta obra ajuda-nos muito a compreender o seu significado, pois o nome é Pastores de Nuvens. Este título mostra-nos que os indivíduos são como pastores e estão preocupados em manter o seu “rebanho” de nuvens sempre junto e em ordem. Os dois homens querem extrair o “produto” das suas nuvens, ou seja, a chuva, assim como um pastor de ovelhas se preocupa em cuidar dos seus animais e retirar os seus produtos, com o leite por exemplo. São então representados como se fossem criadores de outros animais quaisquer.
            Biratan criou um desenho excelente, mas não nos podemos esquecer da mensagem que ele quer transmitir. O autor consegue fazer passar duas mensagens fundamentais, que são a falta de água e os períodos de seca, vividos principalmente pelos países em desenvolvimento, e o aumento da desertificação. Ele tenta sensibilizar as pessoas para a realidade vivida, por exemplo, em África, e tenta avisar-nos para o desperdício de água, pois devemos optar por medidas que reduzam os gastos deste recurso para que, em todo o mundo, possa haver esse bem precioso e para que os períodos de seca terminem ou diminuam. O outro lado da mensagem é a desertificação dos territórios, pois cada vez mais jovens abandonam a sua terra natal (zonas menos desenvolvidas) e vão para as áreas metropolitanas mais desenvolvidas, porque lá encontram mais oportunidades de trabalho podendo construir uma vida melhor. Este fenómeno acontece em maior quantidade nas localidades do interior dos países, o que faz com que essas terras fiquem cada vez com mais idosos e as actividades sejam mais focadas na agricultura e na pecuária. O autor tenta então alertar-nos para a possibilidade de criarmos meios mais desenvolvidos nas regiões vítimas deste fenómeno.
            O poema de Alberto Caeiro (um dos principais heterónimos de Fernando Pessoa) intitulado poema IX de O Guardador de Rebanhos está relacionado com o quadro. Em primeiro lugar os títulos das duas obras são muito semelhantes (Pastores de Nuvens e O Guardador de Rebanhos). Em segundo o lugar a mensagem transmitida tem pontos em comum, pois este poema mostra-nos que a Natureza deve ser preservada porque ela serve para ser apreciada e é essencial para todo o ser humano. A Natureza é o que mais perto está da realidade, é uma das poucas coisas que podemos dizer que é mesmo verdadeiro e real (“Sinto todo o meu corpo deitado na realidade”). Por isso conclui-se que as duas obras nos transmitem uma ideia de preservação e protecção desta realidade, pois sem ela o homem não é nada, torna-se um ser insignificante. 
            Conclui-se que esta imagem critica negativamente a sociedade e as suas atitudes e também a sua incapacidade de ver a verdadeira realidade. Porém, além de criticar faz também um apelo para que todas as pessoas encarem a actualidade e mudem alguns aspectos para consequentemente melhorar o mundo.

Luís R.

"Metamorfose de Narciso"

Para este trabalho escolhi analisar o quadro “Metamorfose de Narciso”. Esta obra é do artista plástico catalão Salvador Dalí que nasceu em Figueres, na Catalunha a 11 de maio de 1904 e faleceu a 23 de janeiro de 1989 com 84 anos. Dalí demostrou interesse pelas artes plásticas desde a infância e em 1921 entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, em Madrid.
As obras de Dalí são cativantes por causa da sua incrível combinação de imagens bizarras, oníricas (relativas aos sonhos), e com excelente qualidade plástica. Em 1929, viajou para Paris onde conheceu Picasso, um dos artistas que mais o influenciou. No ano seguinte começou a fazer parte do movimento surrealista.
A Metamorfose de Narciso é um quadro do ano de 1937 que está exposto no museu britânico Tate Modern. Esta obra é ambígua pois quando vemos as rochas que estão em cima umas das outras ficamos com a sensação de que é a forma de uma pessoa mas também porque a fenda do ovo coincide com a sombra do cabelo dessa pessoa, que é Narciso. A fissura na unha do polegar dá à mão um caráter imóvel, surreal, adequado ao estilo de Dalí.
            O tema desta obra vem da mitologia clássica. Está relacionado com a lenda de Narciso. Este era um belo jovem que se apaixonou pelo seu próprio reflexo. Maravilhado, o rapaz ficou quieto como uma estátua a observar o seu reflexo e ao debruçar-se sobre a água acaba por morrer afogado. Depois de falecer os Deuses transformaram-no numa flor, daí o nome dado à flor narciso. Além da lenda, Dalí também usou como inspiração uma conversa que ouviu entre dois pescadores. Eles conversavam sobre um indivíduo estranho que tinha um "bulbo na cabeça", expressão alemã que significa doença mental. Isso deu-lhe a ideia de pintar o bulbo da flor surgindo através do ovo. Podemos ver umas formigas a subir a mão que segura o ovo. Estas representam a deterioração, a morte. 
Há quatro detalhes de a Metamorfose de Narciso que se destacam. O primeiro de todos é a figura de Narciso (o jovem que contempla a água obcecado pelo próprio reflexo); a mão que segura o ovo (esta parte do quadro representa o final trágico do conto, quando o jovem morre e se transforma num narciso); o ovo e a flor (o narciso que rompe a casca do ovo é considerada a parte mais brilhante da composição e a mais importante); a figura no pódio (um jovem isolado de costas viradas para os principais acontecimentos do quadro que parece totalmente absorvido enquanto se contempla a si mesmo). Segundo Salvador Dalí, esta pintura era a o melhor produto do seu método paranoico-crítico. 
Na minha opinião esta obra é uma obra fascinante e intrigante porque à partida não sabemos qual é a sua mensagem. Para além disto há quem diga que este quadro é um auto-retrato de Dalí, o que o torna ainda mais interessante de analisar. Podemos ver neste quadro um “mundo” onde os sonhos são reais, um “mundo” surreal.

Bibliografia:




  
Liliana L.

sábado, 1 de junho de 2013

"Le Dejeuner des Canotiers"


O quadro a analisar é a obra de Pierre-Auguste Renoir, de seu nome Le Dejeuner des Canotiers, quadro este de 1881, pintado em França, atualmente exposto na The Phillips Collection em Washington D.C.. Foi comprado ao artista por Paul Durand-Ruel e vendido pelo filho deste último ao senhor Duncan Phillips, daí estar na coleção supracitada. Renoir, nasceu em Limoges, a 25 de fevereiro de 1841, e faleceu em Cagnes-sur-Mer a 3 de dezembro de 1919, filho de um alfaiate e de uma costureira, cresceu no seio de uma família de classe média, e mudou-se para Paris com os pais para tentar uma vida melhor. Estudou na Ecole des Beux-Arts e frequentou o atelier de Charles Gleyre, onde aperfeiçoou a sua técnica. A pintura representa amigos do autor a relaxar na varanda da Maison Fournaisse, junto ao rio Sena. O seu estilo era uma vertente do Rococó.
No quadro, podemos ver uma mesa, repleta de garrafas que aparentam ser de vinho, e várias uvas dispostas numa fruteira junto das mesmas, bem como algumas uvas na toalha, e variados copos juntos a estes dois últimos elementos. A toalha da mesa é branca e está um pouco descomposta. Há várias pessoas ao redor da mesa e há também, em segundo plano, mais pessoas sentadas noutra mesa. Estas pessoas estão vestidas com trajes da época e conversam alegremente enquanto bebem. Em primeiro plano, junto da primeira mesa, podemos observar cinco pessoas, dois homens que conversam com uma mulher, à direita, e uma mulher que brinca com um cãozinho junto de um homem de barbas encostado a um gradeamento
 À esquerda, m segundo plano, vemos um grupo constituído por mais homens e com apenas 3 mulheres, uma encostada ao gradeamento, junto de outra que bebe sentada, rodeadas por quatro homens, e ainda uma mulher que conversa com outros três homens. Este grupo situa-se numa espécie de alpendre ou varanda, coberto por um tolde às riscas vermelhas e brancas. Na paisagem envolvente, pode-se observar uma certa vegetação, um rio e alguns barquinhos que nele navegam, bem como a outra margem do rio e uma casa que nela se encontra.
As cores deste quadro exprimem um ambiente muito alegre, e os elementos como os copos e as garrafas sugerem um ambiente de pândega e convívio. Os trajes das pessoas sugerem que estamos perante uma classe social média-alta. As texturas são bastante realistas, como é natural no Rococó e bastante expressivas. O titulo em português significa “O Pequeno almoço do clube de remo,” portanto depreende-se que todos fossem desportistas nessa vertente de atividades em águas fluviais.
É então um quadro que exprime um ambiente bastante alegre, de súcia, e que transmite uma sensação de serenidade ao apreciador. Aconselho a apreciação do quadro visto que está muito bem construído, com mestria e realismo impressionante, é muito rico em termos de detalhes visuais e ainda porque transmite uma sensação de calma impressionante, mas ao mesmo tempo estimula um frenesim em nós, como se estivéssemos presentes naquele ambiente festivo.

Rafael P. 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Pastores de Nuvens"

A imagem representada intitula-se “Pastores de Nuvens”, é um cartoon realizado em 2003 e faz parte da obra Água com humor.
            Na figura ilustrada, em primeiro plano observa-se um céu com alguns aglomerados de nuvens bastante carregadas, com tons de azul-escuro e cinzento, umas gotas de água que estão a cair em três recipientes circulares, aparentemente móveis e caracterizados em tons frios de branco. Visualizam-se também dois homens a olhar para o céu, sendo um deles bastante idoso e estando vestido com uma batina e uns chinelos e a pegar numa bengala tão longa que toca as nuvens. O outro homem está vestido com umas calças rasgadas e uma camisola e está também a pegar numa bengala. Observa-se ainda um solo estéril e deserto. Em segundo plano, avistam-se mais pessoas sentadas, idosas, a praticarem a mesma atividade. Toda a imagem é caracterizada por tons frios, escuros e neutros.
Este cartoon tem humor, pois de uma forma menos severa, transmite a sua mensagem. O cartoon tem como intencionalidade alertar para a falta de água, para a inconsciente utilização deste recurso natural e para a desertificação. As gotas de água em pequena quantidade transmitem-nos uma ideia de seca e de escassez, assim como os solos, a idade das pessoas e os recipientes. As pessoas têm que guardar as nuvens para saírem umas pingas, como se fossem plantas ou animais. Esta ilustração relaciona-se com o poema IX de Alberto Caeiro, porque, em primeiro lugar, profere acerca de pastores e guardadores que têm significados idênticos. Em segundo lugar, expressa a ideia de sentir, seja de toque, cheiro ou sabor e, por fim, tanto no cartoon como no poema, a realidade pode ser conhecida através das sensações.
Concluindo, a figura alerta-nos sobre uma forma não agressiva e através do humor que caracteriza os cartoons, acerca da realidade que vai ser a falta de água. A imagem evidencia-nos tons frios e pessoas que aguardam pela queda de uma simples gota de água.

Ana P

«Starry Night» – Noite Estrelada


«Starry Night» é um quadro de Van Gogh, pintado em 1889, que retrata a aldeia de Saint-Rémy, no sul de França. Vincent Willem Van Gogh, um pintor pós-impressionista holandês, considerado um dos maiores de todos os tempos, nasceu em Zundert, na Holanda, no dia 30 de março de 1853, e faleceu em França em 29 de julho de 1890. Esta tela foi pintado a óleo, quando o pintor, com 37 anos, se encontrava num asilo, em França, e está exposto no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, EUA, desde 1941.
Esta pintura retrata a vista de uma janela para o exterior, neste caso para uma aldeia, numa noite de luar e céu estrelado pintado em espiral, apesar de ter sido elaborado de memória durante o dia. Em primeiro plano, observa-se um céu a escurecer/anoitecer, com constelações ou estrelas cintilantes, cheias de cor, e uma árvore enorme em tons escuros. Em segundo plano, um pouco mais longe, está a aldeia de Saint-Rémy, com algumas casas e uma igreja, um pouco mais ao lado, uma floresta. Em último plano, estão as montanhas Alpilles do sul de França.
Este panorama do quadro possui poucas cores, mas tons expressivos e fortes como o amarelo para pintar as estrelas, que são retratadas como umas manchas, e o contorno carregado da lua. No céu, as cores fortes ondulam, em formas espirais e círculos, como se tratasse do movimento do vento, com várias cores misturadas como a cor branca, o cinzento, ocre e vários tons de azul. Basicamente, este quadro possui cores escuras, pois trata-se de como o pintor via a aldeia ao anoitecer. O que chama muito à atenção de quem o aprecia são as estrelas, retratadas por manchas, e a lua, devido à sua tonalidade de amarelo. O simbolismo das estrelas pode remeter para a astrologia devido a uma crença que o do pintor. O ponto central da cidade é a torre da igreja, o ponto mais alto, que cria uma sensação de tamanho e de isolamento, isolamento devido também às montanhas.
Esta pintura mostra-nos um lado criativo e intenso devido ao uso das cores fortes, às várias espirais e círculos, mas também por ser pintado a óleo. Ao observarmos este quadro, o nosso olhar foca-se instintivamente nas estrelas, na lua e uns rasgos de luz cheios de movimento que remete serenidade e tranquilidade, fazendo-nos sentir em ‘‘casa’’ e apreciar um quadro belo e cheio de cores escuras, dependendo da interpretação que cada um possa ter, através da visualização da pintura. Remete

Bibliografia:

Ana F.
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