D. João, V de seu nome, Rei de
Portugal, é considerado neste Romance por José Saramago duas coisas
completamente diferentes. Podemos então analisar o regente em dois momentos
distintos, o primeiro como jovem, garboso, cheio de charme, imponente,
adultero, megalómano, entre distintas outras coisas, e no segundo momento, as
únicas coisas que restam de comum com o primeiro é a megalomania e o adultério,
neste momento é doente, flatulento, flácido, envelhecido e apenas uma sombra de
outrora, perdendo todo o encanto. De facto não podemos comparar o retrato feito
por Herman José ao primeiro momento, mas é colado ao segundo, imensamente
semelhante. No sentido critico, o retrato do comediante e apresentador
televisivo é muito bem construído e ataca vários pontos inteligentes que foram
enormes falhas no reinado de D. João V, tal como a megalomania embutida na
construção do convento e do gasto de dinheiro que ali se investiu e
perdeu.
Rafafel P.
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