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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Autárquicas 2021: estou cá com um Fundão!


 

Capítulo XVI de A Sibila

 1. Visita de Quina à cidade
 
            - Casa de Abel
 
1.1. Ar de viagem casual, de romagem pretexto para regressar depressa.
 
1.2. Quina e o espaço citadino:
 
1.3. Caracterização de Germa
- trinta e três anos
- afastamento da mentalidade burguesa citadina/dos valores do pai;
- intelectual inativa:
. a ociosidade;
. o tédio;
. a recusa dos visíveis facilmente trocados ou mercadejáveis;
. o desejo da paz da obscuridade (p. 198);
. a reflexão sobre a infância;
. a revisitação à infância;
- traços de hereditariedade das mulheres da casa da Vessada: "Ela possuía, em parte, o temperamento de Estina e se sua avó...";
- aristocrata de espírito;
- as semelhanças com Quina:
. as contradições;
. a impertinência;
. o individualismo
 
1.4. Quina interesseira: "O plano dela para conseguir a quinta de Augusto não é duma pessoa que se sente morrer." (p. 191) – a compra dos campos de Augusto.
 
1.5. Augúrio: "A solução destas vidas é sempre uma herança" (p. 193).
 
 
            - Casa de João
 
1.6. Sentimentos de Quina
 
1.7. Caracterização da mãe de Germa
- orgulhosa
- "afogada no romantismo"
- resignada
- insensível
- religiosa
- teimosa
- praticante profusamente da caridade, da justiça
 
1.8. Observações
 
            . Pela primeira vez na obra, Quina sai completamente para fora do universo rural: vai à cidade.
 
            . Na 1ª parte do capítulo, é desenvolvido um conjunto de pares comparativos:
- casa de João/casa de Abel (cap. anterior);
- mulher de João/mulher de Abel.
            Quina funciona como terceiro termo nesta comparação, funcionando como elemento que observa e sofre os efeitos dos outros termos: constrangimento em casa de Abel, superioridade em casa de João.
            No segundo caso, as caracterizações de ambas as mulheres estão de acordo com os cenários em que se movimentam. Também aqui o segundo termo leva vantagem relativamente ao terceiro, visto que para Quina o importante é o cunho humano da mulher de João e não a falta de "adesão humana" da mulher de Abel.
 
            . A ausência da referência do nome das cunhadas de Quina é símbolo de exclusão, de um clã que se define pelo fechamento.
 
 
2. Retorno à casa da Vessada
 
            2.1. Presságio: "Pela primeira vez, Quina via aquela casa fechada e vazia, como amarrotada entre a treva e já feita ruína, recordação, passado. E teve a impressão de estar a assistir a alguma coisa irremediavelmente acontecida e afastando-se dela..." (p. 200) última desorbitação de Quina.
 
            2.2. Sentimentos de Quina
- a alegria;
- a felicidade;
- a observação familiar de pessoas, objetos, gestos, sons, cheiros, ventos;
- a ternura para com Custódio.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Capítulo XV de A Sibila

             1. A doença de Quina
 
1.1. "Uma pneumonia prostrou Quina".
 
1.2. A tendência popular para atribuir alcunhas: "Libória, a criada, por alcunha a Sancha...".
 
1.3. Breve retrato de Inácio Lucas: "muito velho e muito trôpego".
 
 
2. Retrato de Custódio
- voltava tarde para casa;
- saía diariamente depois da ceia, ficando por vezes dois ou três dias sem vir a casa;
- libertino;
- fumava muito;
- jogava (p. 178);
- não bebia, mas roubava o vinho para Libória.
 
 
            3. Quina e a família:
durante a sua doença, apenas o cunhado, Inácio Lucas, e Estina a visitam e cuidam de Quina, mas até Estina revela grande contrariedade pela ausência forçada de casa: "Apesar de estreitamente ligadas de coração, Estina sofreu como um exílio aquela época em que esteve afastada dos hábitos..." (p. 183). Todos os outros ignoraram a sua doença e não a visitaram, "porque [Quina] não revelara a seriedade da doença e (...) porque, exceto Estina, os outros se tinham tornado bastante indiferentes, minados por despeitos, ainda que, num plano geral, a estimassem..." (p. 184). No entanto, o seu orgulho não lhe permitiu que confessasse o sofrimento que a indiferença da família lhe causava.

            Mais tarde, Abel visita-a de surpresa nove anos depois do último contacto entre ambos, e constatando a sua debilidade física ("Nunca mais recobrou por inteiro a saúde." – p. 186), insiste para que o acompanhe e se trate na cidade, que a irmã recusa: "... isto é só velhice." (p. 186).

            Note-se como, novamente, se revela a oposição entre o carácter das mulheres da Vessada e dos homens, dúctil e superficial ["Abel (...) era de fácil comoção..." – p. 187].

 
            O materialismo e a ambição de Abel não tardam, todavia, a revelar-se:

. "... magicara adular Quina por intermédio do rapaz...";

. "E, já não podendo conter mais o rancor que, havia anos, acumulava, vazou ali todas as suas queixas, acusou-a de o arruinar, de o lograr (...)" (p. 188);

. "visitando Estina, intrigando contra a irmã que – dizia – o fazia pobre e derramava a rodos o património para satisfazer os caprichos daquele rapaz, mostrou-se magoado e cheio de generosas apreensões..." (p. 188).

            Contudo, e confirmando o espírito de união das mulheres da casa da Vessada já antes demonstrada, Estina, numa atitude "maternal e risonha", limita-se a observar "aquele irmão, bonito, mentiroso, aventureiro..." que "nunca lhe parecera ter crescido". (p. 188)

Capítulo XIV de A Sibila

             1. Quina

- a afeição por Custódio;

- a debilidade física (p. 164);

- última intervenção de Quina como medianeira (p. 165);

- solitária;

- desorbitação de Quina ou o Prometeu libertado (p. 170).

 
 
            2. Retrato de Custódio adulto

- "fizera-se homem";

- degenerado;

 - ingenuidade bronca da criança que teria sido;

- perverso;

- valdevinos;

- liga-se ao crime, integrando o grupo do Morte (p. 171);

- apesar da sua escassa capacidade intelectual, Custódio manifesta, todavia, alguma sensibilidade:  quando o Morte e o seu bando são julgados e condenados, tendo ele permanecido na obscuridade graças ao silêncio dos colegas de banditismo, chorou muito dois dias (p. 173);

- o episódio do pombal (p. 175) revela-nos uma faceta de doçura, carinho e ternura da parte de Custódio.

 
 
            3. Os símbolos
 
            . O pombal (episódio dos borrachos) ≠ o episódio das rãs –  a fragilidade / ternura de Custódio e, simultaneamente, a sua violência primitiva.

Capítulo XIII de A Sibila

             1. Caracterização de Abel
 
            As primeiras referências aos três filhos de Francisco Teixeira e Maria da Encarnação (Abílio, João e Abel) são negativas e caracterizam-nos por oposição à irmã, Quina: fracos, como todos os homens, parecidos com o pai: "Mas todos eles eram muito do pai; volúveis, fracos com aduladores e com mulheres, moralmente a tender para a cobardia das responsabilidades, muitos jogos de argúcia para sofismar a fé que se quer atraiçoar".

            Abel, que não gostava de trabalhar, era, todavia, gastador, instável, amante do luxo e da aventura, e gostava de frequentar ambientes requintados, de preferência onde houvesse "meninas para casar" (p. 52). O gosto pela aventura e pelo luxo, a superficialidade aproximavam-no do pai e, quiçá por isso, da simpatia da mãe (pp. 61-62).

            Casou rico e, inicialmente, não era muito exigente com Quina relativamente à quota que esta lhe devia pagar anualmente pela exploração dos bens. Mantinha na vida e nos negócios o espírito de jogo de azar, como o pai (p. 88).

            Dado que Quina não tinha descendentes, Abel, duma forma perspicaz, chama a atenção de Germa para a necessidade de ser agradável à tia e ele próprio age de uma forma que considera adequada para que a filha seja a herdeira de Quina (p. 123).

            O materialismo de Abel (evidente na "caça à herança" da irmã) contrasta com o pensamento de Germa (p. 142), mas manter-se-á sempre "um diletante da experiência", que encara a vida como um jogo, à semelhança do pai e da irmã, Quina (p. 150).

            Ao contrário de João, que não queria que lhe falassem de Quina, Abel preocupa-se imenso com a herança e inquieta-se com a presença de Custódio e o carinho que a irmã lhe dedica, aponto de discutir com ela. Também a sua situação familiar e económica é diferente da de João. Na verdade, é lógico que dele provenha a herdeira universal de Quina. Só Germa dava garantias de continuidade e respeito pelo «sangue». Todavia, o que ressalta é a ambição desmedida de Abel.

 
 
            2. Caracterização de João
 
            Tem em comum com Abel o facto de não gostar de trabalhar, mas fora esta semelhança, diferem em tudo o mais e as suas vidas vão seguir rumos diferentes.

            João era, sobretudo, caçador, trabalhava pouco, mas, ao contrário do irmão, não era gastador.

            Casou com uma mulher burguesa, proprietária com pretensões fidalgas, feia e bronca, que desagradou muito a Maria da Encarnação: "Ela é uma lorpa, nem do campo nem fidalga, que não sabe ser nem uma coisa nem outra" (p. 69). O que lhe desagradava sobretudo na noiva do filho era a falta de autenticidade, o artificialismo, a pobreza do espírito.

            É por influência da esposa que João vai viver para a cidade e vende a Quina a sua parte da herança. Esta mudança para a cidade e a troca dos bens rurais por dinheiro traduzem o seu aburguesamento. Mas a vida citadina será medíocre e João rapidamente se arrependerá do negócio. A mulher está cada vez mais feia e ridícula. (pp. 122-123)

            Aproximadamente quinze anos depois, quando Abel o procura, João vive no último andar (84 degraus) de um prédio velho, propriedade da mulher, numa situação económica débil ("uma quase pobreza" – p. 149).

            À medida que o tempo passa e se reconhece pobre, enquanto Quina enriquece, João começa a odiá-la por se sentir ludibriado: "Parecia gravemente ofendido (...), mas, mesmo na indignação, era mais sofredor do que agressivo (...). Era um homem fraco, conciliador e liberal na fartura, mas sujeito à inveja e a torturada maledicência quando o êxito de alguém lhe revelava mais profundamente a própria impotência". (pp. 151-152)

            A fraqueza e o carácter "sofredor" revelam-se também no acervo (ultra-)romântico da sua biblioteca. Não tendo filhos legítimos [simbolicamente, a esposa era estéril, como a sua opção pela cidade, a recusa da terra (= fecundidade), o artificialismo, a falta de autenticidade], João, em consonância com as suas leituras "românticas", teve dois bastardos de uma criada.

            Tendo sido sempre um indigente, que ocupa o seu tempo na caça e, mais tarde, no quintal, João acaba por ser dominado pela mulher, intelectualmente medíocre, pretensiosa e ridícula, que o torna ainda mais amorfo e irresponsável. (pp. 154-155)

 
 
            3. Domínio de Custódio sobre Quina: "Ele aprendeu depressa a dominar Quina – ora pelo carinho de menino, ora pela grosseira arremetida que ela temia muito pela suspeita de escândalo que podia ocorrer aos vizinhos.". (p. 153)
 
 
            4. Caracterização de Germa
 
            Com a devida diferença de cultura, Germa segue as mesmas opções que, anteriormente, já tinham sido tomadas por Quina: conceção do casamento como um negócio e submissão a seres inferiores – os homens: "Aquela rapariga de vinte e seis anos, que não casara ainda e que não parecia disposta a transacionar legalmente o seu corpo e todos os seus dotes de educação e mentalidade por uma situação vantajosa para toda a família, parecia-lhe insolente e digna de reproche.". (p. 155)

            Em suma, estamos perante um esboço que aproxima Germa e Quina: solteiras, independentes, insolentes. Este estado de espírito opõe-se diretamente ao do pai, ambicioso e materialista: "Ele entretinha-se, às vezes, a depreciar os seus dotes, com simulado intuito de desafio, para a ver reagir e demonstrar uma atividade útil das suas qualidades – casando-se depressa, procurando um partido indiscutível, ainda que fosse como vingança.". (p. 155)

            É uma intelectual, aristocrata de espírito, que um grande afastamento da mentalidade burguesa citadina do pai e de Bernardo e a aproximação da «aristocracia "ab imo" da terra»: "Tenho espírito demais (...)" até "sessenta dias". (p. 155)

 
 
            5. Retrato de Custódio
 
            Na adolescência ("Aos doze anos..."  -  p. 156), torna-se delinquente ("... moldava em estearina chaves falsas, para abrir as gavetas onde suspeitava valores, que trocava sempre com prejuízo..." ;  "Tornou-se conhecido dos ourives de feira, recetadores de roubos." – p. 156). Chega a roubar a própria Quina, mas esta tudo lhe perdoa. Mantém-no na ociosidade e oferece-lhe até um cavalo branco: "Pobrezinho, és desatinado e tolo, há muitos bem melhores do que tu..." (p. 157); "Custódio roubava-a, ela apenas se precavia mais, sem o repreender; insultava-a, proferindo ameaças, ela optava pelo silêncio." (p. 157). Mesmo quando a sua crueldade o leva a matar "com um pontapé o cãozito rafeiro, cego já e que Quina tinha salvo dum ribeiro havia muito tempo", ela toma outra atitude que não o isolamento e o silêncio.

            A posição tomada para com Custódio compreende-se pelo ascetismo a que Quina aspira:  elevação humana, abandono da vulgaridade dos que a rodeiam, vaidade absoluta e egocentrismo, ostentação dos seus méritos, enternecimento por uma causa humana.

Autárquicas 2021: dar tudo por Oeiras

Capítulo XII de A Sibila

             Inicia-se neste capítulo a terceira e última fase de Quina, coincidente com a adoção de Custódio como uma espécie de filho.
 
 
            1. O apogeu de Quina no poder material e espiritual:

            "Eis aqui a senhora Joaquina Augusta, da casa da Vessada, a quem o seu acréscimo de propriedades e riquezas em rendosos dinheiros conferia já o título de dona. Tinha cinquenta e oito anos, mantinha-se com uma esbelteza de rapariga, se bem que um tanto corcovada e de cabeleira totalmente branca. Estava ela no apogeu das suas faculdades de administradora, de discernimento e de vivacidade. (...) Estava perfeita no seu cargo de sibila...". (pp. 134-135)

 
 
            2. A vulnerabilidade de Quina
 
            Quina recebe em sua casa Emílio, aliás Custódio, uma espécie de filho adotivo, e começa a revelar os primeiros sinais de fraqueza e vulnerabilidade: "Mas não passava duma mulherzinha inteiramente ignara, tola e vulnerável de coração, no dia em que aceitou em sua casa aquela criança e incondicionalmente a adotou". (p. 135)
 
 
            3. A sabedoria popular: as diligências de Quina para conseguir que o menino fale, embora defeituosamente. (p. 135)

            Por outro lado, na página 138, a narradora fez referência à tendência popular para atribuir e conservar alcunhas: "Estava ela [Custódio] registada com o nome de Emílio, mas, como todas as crianças antes do batismo são chamadas Custódios pelo povo, aos quatro anos designavam-no apenas como tal, e nunca o reconheceram com outro nome".

 
 
            4. Custódio
 
                        4.1. Caracterização
 
            Era "um belo menino" que quase não falava (era "belfo"), filho do escudeiro da Condessa de Monteros e duma prostituta. Falecida Elisa Aida, o escudeiro entrou ao serviço de Quina. Um dia, desapareceu e Quina ficou com a criança. (pp. 138-139)
 
 
                        4.2. A importância de Custódio para Quina   -   o despertar da ternura: "Nunca ninguém a considerara tão única, tão imprescindível, tão suprema". (p. 140)

            De facto, a entrada de Custódio na sua vida vai operar nela uma grande mudança, despertando-lhe toda a sua recalcada capacidade de ternura humana: "Tinha-se operado nela uma estranha mudança. (...) Tinha ganho talvez em suavidade e simpatia, mas, de facto, alguma coisa do seu carácter se constrangera até se estiolar.". (p. 140)

 
 
                        4.3. Retrato de Custódio (segundo Germa – pp. 141-142)

- "belo e fatal"

- "quase adolescente"

-"graças dum efebo um tanto selvagem":

. "no expectante do gesto"

. "no movimento da cabeça (...) ingénuo"

- lábio vulgar e espesso demais

- fronte saliente e obtusa

- cabelos curtos

- olhos azuis, baços

 
 
            5. Luta entre Germa e o pai
 
            Abel mostra-se muito preocupado e inquieto com a mudança de Quina, que acolhera Custódio, lhe dedicava toda a sua ternura e podia elegê-lo como seu herdeiro, deixando-lhe a fortuna. Abel sempre sonhara com o dote da irmã solteirona para a filha, Germa, e constatava agora o perigo que constituía a intromissão de Custódio. Germana não se identifica com esta mentalidade calculista burguesa, tem uma diferente visão do mundo e da vida, fruto da sua formação intelectual temperada pelos contactos com o campo e a conceção de vida rural, simbolizados pela casa da Vessada. (p. 142)
 
 
            6. Germa adulta
 
            A memória e o fascínio da Vessada fazem regressar Germa, só que depara com a mudança de Quina e acaba por se sentir a mais. Assim, a Vessada assume as formas de um "paraíso perdido" (pp. 143-145). Contrastando com a sua rápida evolução em criança, Germa, já mulher, manifesta uma certa estagnação mental: "Germa era uma mulher, agora; porém, essa maturidade que se exprime nas criaturas por um estacionamento mental, a súmula de perceções acerca da sociedade e da natureza que regem até à morte o homem, sem que o seu espírito experimente mais ima instigação de curiosidade, de interesse, de reparo, de conclusão nova, isso ela não adquirira". (p. 142)
 
 
            7. A sabedoria popular e a verosimilhança (pp. 143-144).
 
 
            8. Nova focalização de Custódio por Germa
 
            Este novo retrato revela-nos um ser insociável e tímido, donde se destaca a sua animalidade irracional, a violência e a crueldade (a caça às rãs) e o isolamento (pp. 147-148).

Capítulo XI de A Sibila

             1. A adolescência de Germa
 
            Aos treze anos, Germa entra num período de afirmação da personalidade e forte individualismo gerador de contestação e conflitos com a tia, a ponto de durante muito tempo não voltar à casa da Vessada: "Tinha então quase treze anos, e continuava bonita." (p. 122)
            "Foi o contraste de caracteres, a inadaptação, a perene batalha do seu espírito contra o ambiente, que amadureceu muito depressa Germa. Toda a gente, e igualmente Quina, lhe desagradavam. (...) Entrou depois no período esfuziante da adolescência, e durante muito tempo não voltou à casa da Vessada, que achava opressiva...". (p. 125)
 
            Dedica à tia um grande respeito. O convívio com Quina proporciona-lhe um perfeito conhecimento do ser humano.
 
 
            2. Morte de Elisa Aida
 
            A causa imediata da sua morte é uma queda, que lhe quebra uma perna. Gradualmente, a sua vida vai-se degradando, "afastando os amigos e aceitando a falência de certos hábitos" (p. 128), mantendo somente a amizade de Quina.
 
 
            3. Referência ao escudeiro de Elisa Aida: "bonito grumete loiro, com essa petulância (...). Além de filho, disseram-no seu amante". (p. 128)
            Quina recebe-o e acaba por conhecer a sua história: era casado com uma prostituta de quem teve um filho, "um menino de quatro anos, belo como um pastorinho de presépio, e que não falava ainda", mas que "não tinha qualquer significação para si" (p. 134). A prostituta morre, entretanto, e face à indiferença e desinteresse do pai relativamente à criança, Quina decide recebê-lo em sua casa.         

Poesia Trovadoresca Galego-Portuguesa

 

    Este é o primeiro episódio «a sério» do podcast «Que farei com este livro?», dedicado à Poesia Trovadoresca. Para ouvir o original, basta clicar na ligação [Ep. 1.1.].

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Autárquicas 2021: contra o cocó de cão votar, votar!


 

Antes de o ou antes do?

     Por regra, as preposições a, de, em e por contraem-se quando estão seguidas dos determinantes artigos definidos o, a, os, as.

        Ex.: O Benfica foi campeão antes do Belenenses.
                Jesus elogiou Cebolinha pelo seu golo.

    No entanto, quando na frase está presente uma forma verbal no modo infinitivo, a referida contração não ocorre, visto que o determinante artigo faz parte do sujeito da oração infinitiva.

        Exs.:
            O Benfica foi campeão antes de o Belenenses o ter conseguido.
            Jesus elogiou Cebolinha por o seu golo ter sido decisivo.

"Alugar" e "arrendar"

    Os verbos «alugar» e «arrendar» são sinónimos? Não.

    Quando se usa um e o outro?

    O verbo «alugar» usa-se quando nos referimos a bens imóveis:
        Ex.: Vou arrendar uma casa de férias em setembro.

    O verbo «arrendar» emprega-se quando nos referimos a bens móveis:
        Ex.: Vou alugar um carro quando me deslocar ao Brasil.
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