Português: Exames
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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Exame Nacional de Português - 12.º ano - 2020 - 1.ª fase

Correção do Exame Nacional de Português - 12.º ano - 2020 - 1.ª fase

Grupo I

1.
▪ A atitude de Gonçalo Ramires é caracterizada pela ociosidade, visível no facto de ele adiar a concretização da escrita de um romance sobre a sua família (algo que recorda o que sucede com João da Ega e Carlos da Maia em Os Maias).
▪ Por sua vez, José Castanheiro mostra-se pró-ativo: trabalha no Ministério da fazenda, mostra-se entusiasmado e empenhado na criação de uma revista quinzenal e está envolvido na ressurreição do sentimento português.
▪ A postura/atitude das personagens de Os Maias é semelhante à de Gonçalo Ramires, pois mostram-se ociosos, passeando por Lisboa «às horas de trabalho», dedicando-se a observar apenas os outros.

2.
▪ O excerto de A Ilustre Casa de Ramires critica:
a) o facto de os portugueses adiarem a concretização das suas ideias, dos seus projetos;
b) a ausência de um sentimento patriótico, que surge associado à perda da identidade nacional.
▪ O extrato de Os Maias critica:
a) a ociosidade da juventude portuguesa, que vagueia pela cidade, sem uma ocupação útil/sem trabalhar;
b) a imitação caricatural/ridícula de modelos estrangeiros, pela incapacidade de criar modelos próprios.

3.
a) 3
b) 2
c) 1

4.
▪ O sujeito poético mostra uma atitude racional, visto que intelectualiza as suas emoções, recusa voluntariamente a mudança (“Tudo quanto me ameace de mudar-me / Para melhor que seja, odeio e fujo” – vv. 5-6) e busca a calma, a serenidade, a tranquilidade (versos 7 a 10).
▪ O sujeito poético mostra-se aterrorizado face ao destino e/ou à ideia de mudança, o que lhe causa sofrimento e dor.

5.
▪ Comparação: “indo / Para a velhice como um dia entra / No anoitecer”.
▪ Expressividade da comparação: tal como o dia termina lenta e gradualmente e entra na noite de forma impercetível, também o sujeito poético deseja que o tempo passe por si igualmente de modo impercetível, conduzindo-o tranquilamente para a morte, isto é, sem que isso lhe cause dor e sofrimento.

6.
a) 2
b) 2
c) 1

7. A crítica e a alegoria no Sermão de Santo António:
▪ A Nau Soberba, que é caracterizada pelas velas inchadas pelo vento e que leva os marinheiros ao naufrágio, simboliza a vaidade, o orgulho desmedido, a arrogância que conduz(em) o homem à perdição.
▪ A Nau Vingança, caracterizada pela artilharia e pelos bota-fogos acesos, onde «se queimariam ou deitariam a pique», simboliza o desejo de vingança.
▪ A Nau Cobiça, sobrecarregada e aberta com o peso, fica incapaz de fugir ou se defender, acabando na mão dos corsários, representa o materialismo e a ambição desmedida.
▪ A Nau Sensualidade, que faz com que alguns homens se percam ou ceguem, simboliza os que caem facilmente na tentação e por ela se perdem.
▪ A ictiofagia e a antropofagia: o pregador critica os peixes por se comerem uns aos outros e faz o mesmo aos homens, que se comem igualmente uns aos outros, com a agravante de os pequenos comerem os pequenos, representando, desta forma, a exploração do ser humano pelo seu semelhante.
▪ O peixe roncador representa a soberba e a vaidade, visto que, tal como ele é pequeno em tamanho, mas faz produz muito ruído porque ronca muito, também o homem (como Pedro ou o gigante Golias) faz alarde e se gaba das suas ações.
▪ O peixe pegador representa o oportunismo e o parasitismo, pois, tal como ele se agarra aos peixes maiores, vivendo à sua custa, também alguns seres humanos (como, por exemplo, os seguidores de Herodes) se «pegam» aos homens influentes para beneficiar do seu poder e influência.
▪ O peixe voador representa a ambição, dado que, tal como ele tem forma de peixe mas quer ser ave, pagando com a vida essa sua ambição, também alguns homens (como Simão Mago) são castigados.
▪ O polvo representa a traição e a hipocrisia, dado que, tal como ele se dissimula e se mostra inofensivo para atacar as presas de forma traiçoeira, também certos homens (como, por exemplo, Judas) agem de forma traiçoeira/falsa.


Grupo II

Versão 1     Versão 2
1.             D                 B
2.             B                 C
3.             A                 B
4.             C                 A
5.             D                 A

6.
a) complemento direto
b) complemento agente da passiva

7.
a) 3
b) 2
c) 3

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

sábado, 22 de junho de 2019

Exames nacionais do ensino secundário - 1.ª fase - 2019

 1.ª FASE  
138  |   Português Língua Segunda   |   18-06-2019
501  |   Alemão   |   26-06-2019
517  |   Francês   |   26-06-2019
547  |   Espanhol   |   26-06-2019
550  |   Inglês   |   26-06-2019
623  |   História A   |   21-06-2019
635  |   Matemática A   |   25-06-2019
639  |   Português   |   18-06-2019
702  |   Biologia e Geologia   |   26-06-2019
706  |   Desenho A   |   26-06-2019
708  |   Geometria Descritiva A   |   27-06-2019
712  |   Economia A   |   27-06-2019
714  |   Filosofia   |   17-06-2019
715  |   Física e Química A   |   19-06-2019
719  |   Geografia A   |   19-06-2019
723  |   História B   |   21-06-2019
724  |   História da Cultura e das Artes   |   21-06-2019
732  |   Latim A   |   18-06-2019
734  |   Literatura Portuguesa   |   27-06-2019
735  |   Matemática B   |   25-06-2019
835  |   Matemática Aplicada às Ciências Sociais   |   25-06-2019
839  |   Português Língua Não Materna - B1   |   18-06-2019

Exames nacionais de 9.º ano - 1.ª Fase - 2019

3.º Ciclo - 9.º Ano de Escolaridade 
1.ª FASE 
91   |   Português   |   21-06-2019
92   |   Matemática    |   27-06-2019 
93   |   Português Língua não Materna - A2   |   18-06-2019 
94   |   Português Língua não Materna - B1   |   18-06-2019 
95   |   Português Língua Segunda   |   21-06-2019

terça-feira, 18 de junho de 2019

Correção do exame nacional de Português - 12.º ano - 2019 - 1.ª fase

Grupo I

Parte A


1. Caracterização do espaço:
  • ilhas do sul com paisagens belas e irreais ["Onde há paisagens que não pode haver. / Tão belas (...) como que o veludo..." - vv. 2-3];
  • espaço associado ao sonho e à imaginação;
  • espaço associado à beleza, à suavidade ("Tão belas que são como que o veludo" - v. 3);
  • espaço acolhedor e aprazível ("o veludo / Do tecido" - vv. 3-4);
  • espaço associado à ilusão do amor ("E o pensamento julga que é amor"- v. 12);
  • espaço visto como promessa da felicidade ("... tudo o que é a vida / Tornado amor e luz..." - vv. 6-7).
2. Os versos 3 e 4 contêm uma comparação entre a beleza das ilhas e o "veludo", nome que sugere a ideia de suavidade que o mundo pode proporcionar ("Do tecido que o mundo pode ser." - v. 4). Os versos associam-se à dicotomia entre o sonho e a realidade (o tema do poema), visto que o sujeito poético imagina as "ilhas lá ao sul", proporcionadoras de beleza, suavidade, mas que são produto do seu sonho, da sua imaginação, e não da realidade.

3. As anáforas sugerem o seguinte:
  • a ideia / consciência de que o espaço ("ilhas lá ao sul") é mero produto do sonho e da imaginação ("o que o sonhar / Dá à imaginação..." - vv. 7-8);
  • a consciência de que o espaço descrito sugere o amor, a felicidade, a tranquilidade e harmonia, mas, enquanto fruto do sonho, é impossível de alcançar ("Sei, sim, é belo, é longe, é impossível..." - v. 13);
  • a consciência de que o sonho é distinto da realidade (vv. 17-18), mas característico do ser humano.


Parte B

4. O padre Vieira elogia os peixes por não confiarem nos homens e, por isso, se manterem, prudentemente, afastados dele.
     Por outro lado, esse facto fez com que os peixes conservem a sua liberdade e autonomia, ao contrário do que sucede com os outros animais que vivem próximos do homem, se deixam domesticar e sofrem as consequências dessa atitude.

5. Os exemplos apresentados por Vieira sustentam o conselho dado aos peixes para que se mantenham, prudentemente, afastados do ser humano e, assim, conservem a sua liberdade. Por contraste, esses exemplos sugerem que os outros animais, porque vivem próximos dele e se deixam subjugar, perdem a sua liberdade e são explorados.

6. Um dos objetivos da oratória é delectare, ou seja, agradar ao auditório; para o alcançar, nas linhas 14 a 21, entre outros processos, Vieira socorre-se de uma construção na qual existe uma estrutura paralelística ou simétrica (1) que contribui para uma evidente musicalidade (4) do discurso.



Parte C

Visão crítica sobre o tempo histórico representado e a sociedade desse tempo:

Obra
Crítica
Memorial do Convento
. a megalomania, a ostentação e a sumptuosidade associadas a D. João V, traços visíveis na importação de materiais e objetos valiosos/caros do estrangeiro e na ampliação do convento de Mafra;
. a prepotência, o poder absoluto e discricionário do rei, patentes no recrutamento à força de trabalhadores para as obras do convento em todo o reino e na sua vida precária e miserável em Mafra como autênticos escravos;
. a prática religiosa caracterizada pelo fanatismo, primitivismo e barbarismo;
. a violência, a crueldade e a opressão exercidas pela Inquisição, visíveis nos autos de fé;
. o contraste entre as classes sociais: por exemplo, entre a riqueza, o luxo, a opulência do rei e do alto clero e a pobreza, a miséria em que vive o povo.
O Ano da Morte de Ricardo Reis
. a opressão que caracteriza o Estado Novo, patente na forma como a PIDE oprime e controla o povo e na ação dos delatores;
. o controle e a manipulação da informação transmitida pelos meios de comunicação social, de que é exemplo a informação/o noticiário sobre a guerra na Europa;
. a propaganda política em favor do regime político, de que é exemplo a forma como a figura de Salazar é elogiada e apresentada como um modelo a seguir por outros países e como o salvador de Portugal;
. o poder opressor do Estado Novo, visível no modo como são reprimidas as manifestações de revolta, cujo exemplo mais eloquente está presente na atuação dos marinheiros.



Grupo II
    Versão 1     Versão 2

1. D                    C

2. B                    A

3. C                    B

4. C                    D

5. D                    B

6.
a) Complemento do nome.
b) Complemento direto.

7. Modalidade deôntica, valor de obrigação.
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